sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
ENTREVISTA A FR. FRANCOLINO GONÇALVES O.P.
É fascinante mergulhar nos textos antigos, escritos em hebraico, aramaico, grego, à procura das origens históricas do maior bestseller de sempre: a Bíblia. É esse o trabalho de toda uma vida deste dominicano português.
Francolino Gonçalves nasceu em 1943 em Corujas, Trás-os-Montes, e está há 41 anos em Jerusalém Oriental. Vive, trabalha e ensina na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém[o que, segundo a lei internacional, é território palestiniano ocupado], a uns passos da Porta de Damasco, onde as imponentes muralhas de velha cidade se abrem para o bairro muçulmano. Recebe-nos, nesta manhã de finais de Novembro ainda cálida e ensolarada, no refeitório daquela instituição religiosa. Serve-nos um chá e começa a falar. Como quem pensa em voz alta, vai desenrolando o seu percurso de historiador da Bíblia - e, principalmente, dos Livros dos Profetas.
Para ele, o Antigo Testamento é uma biblioteca no sentido estrito da palavra, que inclui uma enorme diversidade de textos. Seguindo as pistas linguísticas, históricas, teológicas que vai encontrando neste labirinto quase borgiano de significados, de interpretações e reinterpretações, de leituras e de releituras desses textos, cujos originais nunca ninguém viu, tenta desvendar como eles foram transmitidos ao longo dos séculos para chegarem até nós com a forma que hoje lhes conhecemos.
O que estuda no Antigo Testamento?
Eu estudei sobretudo a literatura profética. Quando aqui cheguei [em 1969], tinha um projecto muito preciso na minha cabeça. Na altura, a chave de leitura que se tinha da Bíblia em geral e do Antigo Testamento em particular, a palavra-chave da interpretação, era a Salvação. Mas o que é a Salvação? O que significa ser salvo? Quando a Bíblia fala de Salvação, é da salvação de quê, em relação a quê? Estas perguntas podem parecer óbvias para a maioria das pessoas, mas são fundamentais.
Portanto, cheguei cá e fui falar com um dos grandes mestres da altura, que morreu uns anos mais tarde - o padre [Roland] de Vaux [pioneiro, nos anos 1950, das escavações em Qumran, onde foram descobertos os célebres Manuscritos do Mar Morto, bem como do estudo desses manuscritos]. E ele disse-me: "O teu projecto é perfeito, mas tens de começar pelos fundamentos. No primeiro ano, vais estudar o vocabulário da Salvação."
Escolhi então dois grupos lexicais hebraicos e fui percorrer todos os seus empregos no Antigo Testamento, para ver onde é que aparecem e em que contexto, a que outros grupos lexicais estão associados, a que grupos semânticos - e o que é que isso significa. Passei um ano à volta disso.
Quais eram esses termos?
Um é yasha, que significa literalmente salvar, radical donde vêm nomes como Josué, Jesus. O outro é o radical natsal, sobretudo na sua conjugação causativa, em que significa "tirar da mão", "arrancar", "arrebatar". Arrebatar de um perigo, tirar de um perigo, libertar, salvar.
Apercebi-me então de que havia um grupo de textos onde existia uma concentração excepcional desse vocabulário: o segundo Livro de Reis, capítulos 18 a 20 (o mesmo texto também se encontra no Livro de Isaías, capítulos 36 a 39, e nas Crónicas, capítulo 32).
Estudei esses textos de maneira um bocado superficial, porque não era esse o meu objectivo. Mas quando terminei esse trabalho, fui estudar os textos onde esse vocabulário surgia. Ora, acontece que esses textos são relatos das relações e dos contactos entre Isaías e o rei Ezequias, já no fim do século VIII a.C. (entre 705 e 701), no contexto da invasão pelo rei assírio Senaquerib, que cercou e ameaçou Jerusalém. E cá estava eu, atirado para uma pesquisa que não podia ter imaginado. Já não estava a estudar nada da Salvação, mas uma questão de relações entre o império assírio e o reino de Judah. Passei assim uns anos e isso deu a minha tese de doutoramento. Já estava noutro mundo, completamente diferente! [ri-se] Entra-se por uma porta e depois não sabemos muito bem para onde vamos.
Qual foi o tema da sua tese?
O título em francês (fi-la na Universidade de Lovaina) era L’expédition de Sennachérib en Palestine dans la littérature hébraïque ancienne. Tive de estudar documentos assírios e depois fui ler os relatos da Bíblia e fui encontrar a estratificação desses relatos. E pude isolar pelo menos quatro estratos diferentes, de momentos diferentes – e que são interpretações diferentes dos mesmos acontecimentos históricos.
Os textos mais antigos dizem que Jerusalém sofreu terrivelmente com a expedição de Senaquerib, mas a coisa começa a mudar de orientação e o que tinha sido uma derrota terrível acaba por tornar-se uma salvação maravilhosa – devida a Deus. A tradição torna-se lendária, já não tem nada a ver com o que aconteceu mas com uma visão que se tem do que aconteceu. E que já nem tem nada a ver com as primeiras versões que foram dadas, que eram mais próximas [no tempo] dos acontecimentos históricos e que são as mais antigas.E o seu projecto inicial?
Só há uns 15 anos é que tive a possibilidade de voltar à minha ideia inicial, mas por outro caminho. Já não ando à procura da Salvação, mas apercebi-me de que os textos que falam da Salvação - e que as pessoas interpretavam nessa categoria -, são de facto um sistema religioso em si. Mas esse não é o único sistema religioso que existe no Antigo Testamento: há um outro, que não fala de História, mas do mito da criação. E que é cósmico.
São duas histórias lado a lado?
São duas explicações do mundo, duas grandes preocupações que as pessoas tinham, dois grandes horizontes de explicação. Um tem um horizonte cósmico - a criação de toda a humanidade. Preocupa-se com a felicidade do indivíduo, da pessoa, e é universalista, na medida em que se dirige a todos os indivíduos. O outro, o tal que fala de história, fala da história de um grupo humano e do seu Deus, de Israel e do seu Deus.
Claro que acabaram por ligar-se e um entrou no outro - o cósmico serve de quadro para o outro. Daí a impressão que temos hoje, quando lemos o Antigo Testamento: começa pelo Cosmos, pela Criação, capítulo primeiro. Chegamos ao capítulo 11, 12 e estreita-se - Abraão. Ainda é um bocadinho largo, mas ainda se estreita mais: Israel [ri-se muito]. Vai afunilando, afunilando.
E de uma perspectiva cristã, chega o Novo Testamento e volta a alargar. Ora isso é uma construção! É uma construção teológica que reúne dois sistemas religiosos.
A junção dessas duas explicações foi feita quando?
Já estava feita no século III antes da nossa era. E há muitos textos onde se vê, claramente, como foi feita. A visão cósmica era mais generalizada, era mais fundamental, fazia parte de uma visão próximo-oriental do mundo. Era comum e encontra-se em todos os povos semitas de então. A outra visão é mais particular, obviamente, uma vez que diz respeito a um grupo - e as suas primeiras manifestações datáveis, a meu ver, encontram-se em Oseias e são do século VIII a.C.
Portanto, é possível datar os textos da Bíblia.
É possível datar com alguma certeza uma boa parte dos escritos. Outros não, eles escapam a qualquer tentativa de datação, são textos muito desligados de qualquer referência histórica, têm um conteúdo mais ou menos universal. Por exemplo, em certos salmos, quando uma pessoa se queixa de que sofre, poderia ser qualquer ser humano. Se não há referência a qualquer coisa de exterior que possa ajudar, é difícil de datar. Aí, estamos entregues a critérios linguísticos: o vocabulário que é usado, a sintaxe. Há critérios objectivos, mas não são absolutos.
Mas é complicado, porque só temos textos que foram sendo relidos e relidos e relidos e relidos. E contrariamente ao que fazemos hoje - em que distinguimos perfeitamente o texto e o comentário -, na altura o comentário entrava no texto e enriquecia-o, alargava-o, engordava-o. Fazia-se um novo texto, que por sua vez voltava a ser objecto de comentário, que por sua vez entrava no texto. O texto foi sempre vivo até ao dia em que foi canonizado e ficou congelado.
Quais são os textos mais antigos?
Contrariamente ao que as pessoas podem pensar, o que está no início da Bíblia não é necessariamente mais antigo. Para mim, pelo menos alguns Provérbios são dos textos mais antigos que há na Bíblia. Um texto que está perdido lá no meio de um livro que tem pouco interesse pode ser mais antigo e pode informar-nos muito mais sobre as coisas do ponto de vista histórico do que o relato que é dado [em primeiro lugar].
Hoje em dia, pensa-se que os textos mais antigos que se podem datar com alguma certeza são as partes mais antigas dos Livros Proféticos. Isto é: Amos, Oseias, Isaías, Miqueias, Sofonias. No caso do Livro de Isaías, as partes mais antigas poderão representar menos de cinco por cento do que hoje se encontra no Livro. Portanto, é preciso isolar essas partes.
A sua paixão é tentar fazer isso?
Sim. Tentar descobrir o itinerário desses textos, como é que eles se construíram, como é que eles apareceram, quando, por que razões, em que circunstâncias, respondiam a quê, pretendiam o quê.
Um exemplo em que eu trabalho é o Livro de Jeremias. Temos duas edições do Livro de Jeremias. Uma dessas versões, conhecemo-la hoje essencialmente pelo texto grego, que é uma tradução da Bíblia que foi feita em Alexandria, no século II a.C., para os judeus de língua grega, que era a língua comum de então. A outra edição, mais longa, é o chamado texto masorético, que é o texto hebraico corrente.
A segunda versão, a hebraica, é a mais antiga?
Não. Contrariamente àquilo que se pode pensar, a versão em grego é a edição mais antiga. Isto é, o tradutor desse texto para grego usou uma edição do livro que era mais antiga do que aquela que temos actualmente em hebraico. O texto rabínico actual foi feito seis, sete, oito séculos mais tarde.
E eles são muito diferentes?
São! E por uma razão muito simples: o texto hebraico primitivo - a matriz anterior, comum a ambos - não tinha vogais e o sentido das frases dependia da vocalização que se dava ao texto. Vocalizado de uma maneira, tinha um sentido, de outra, tinha outro.
Ora, há casos onde os tradutores gregos do século III a.C. vocalizaram de uma maneira que faz com que o sentido seja completamente diferente daquele que os rabinos dariam séculos mais tarde.
Pode dar um exemplo?
Há um texto do Livro de Isaías em que temos um par de palavras em hebraico que, segundo a vocalização que se adopta, pode significar "Sol/Lua" (um par perfeitamente coerente) ou "muralha/tijolo". E justamente, enquanto o texto grego optou pela vocalização muralha/tijolo, os rabinos, mais tarde, optaram pela vocalização Sol/Lua.
Por isso, a abordagem dos textos tem de ser feita com muita modéstia e com a consciência de que nem sempre é possível garantir a 100 por cento que o texto só tem um sentido.
Os Manuscritos do Mar Morto [conjunto de rolos de pergaminho, com mais de 2000 anos, descobertos a partir de 1946 em várias grutas perto das ruínas de Qumran, Cisjordânia] foram importantes para estas pesquisas?
Foram. Um dos seus grandes contributos foi darem a conhecer melhor o que era o judaísmo entre o século II a.C. e o século I da nossa era, numa fase decisiva tanto para o nascimento do cristianismo como para a formação do judaísmo rabínico, actual. Eram coisas que já se sabia mais ou menos, mas que com os Manuscritos tiveram uma confirmação.
O outro grande contributo foi a renovação do estudo da história do texto do Antigo Testamento. Não propriamente da sua produção, mas da transmissão, já nas etapas finais, de um texto que já está quase acabado mas que ainda está em evolução. Bruscamente, tinham-se descoberto manuscritos que eram mil anos anteriores aos que tínhamos (até aí, os textos hebraicos mais antigos eram do século IX ou X da nossa era). E isso foi extraordinário.
Quando apareceu toda essa diversidade de textos, foi mais fácil tentar ver se havia famílias textuais, onde é que nasceram, quando e como é que os textos modernos que temos actualmente, tanto no hebraico como no grego, se constituíram. E viu-se que isso é muito complexo. É uma tradição extremamente diversificada, onde nunca se pode falar de um só texto nem de texto original. São cópias de cópias de cópias de cópias de cópias e o texto original ninguém sabe onde está, ninguém o viu.
A história da transmissão nas etapas finais tem indícios que nos podem ajudar a extrapolar para saber o que se passou antes. As técnicas são mais ou menos as mesmas e aqui também ajudam a compreender melhor o processo que levou à escrita e à formação desta biblioteca que é o Antigo Testamento. Porque é uma biblioteca, são dezenas de livros, não é só um.
Uma biblioteca?
Sim. Aliás, há uma confusão à volta do termo utilizado pelas civilizações ocidentais, que vem do grego. Em grego, Bíblia é um plural - "os livros". Mas como a terminação "a" é geralmente feminina e singular em latim e nas línguas que dele derivam, passou a pensar-se que aquilo era um livro, e de facto nas versões modernas é apresentado num volume. Só que nunca pretendeu ser um livro, mas um volume que tem dezenas de livros. Diferentes! Portanto, é uma biblioteca no sentido estrito. A Bíblia é uma biblioteca pequena, mas que dá muito que falar.
Qumran era o repositório dessa biblioteca?
Essa é mais uma complicação. A hipótese tradicional é que vivia lá uma comunidade religiosa que tinha essa biblioteca. Mas nesse caso, não é muito provável que tivessem 15 ou 20 cópias dalguns livros. Parece muito. Isso leva alguns a suspeitar que Qumran foi de facto um lugar onde comunidades diferentes, que viviam em lugares diferentes e que tinham cada qual o seu Livro, se puseram de acordo, num momento de perigo, devido à invasão romana, com a revolta judaica e a resposta romana, para esconder os seus manuscritos até que o perigo passasse e pudessem recuperá-los. Mas o perigo não passou e a biblioteca ficou. Mas ninguém sabe.
Essas cópias eram diferentes?
Sim. Hoje, com a imprensa, é fácil: fazem-se dez mil, 50 mil, 100 mil cópias de um livro e fica tudo igual. Ali, não. Os livros eram raros e a comunidade que tinha um era uma felizarda. E depois aparecia outro, mas com outra forma. Não havia a uniformidade que temos hoje.
No caso do Livro de Jeremias, é extremamente interessante. Descobriram-se uns cinco ou seis manuscritos do Livro de Jeremias em Qumran e há uns que confirmam o texto que temos actualmente em hebraico - o texto longo. Mas também há manuscritos que confirmam a existência do texto curto, que é o que temos em grego.
Já existiam as duas edições! E não se excluíam uma à outra. Não se deitou fora a mais curta, não, guardou-se. E com certeza que havia uns que só liam uma e outros que só liam a outra. Tivemos assim a confirmação da existência, já naquela altura, de uma edição revista e aumentada - e provavelmente corrigida - e de outra que não tinha sido corrigida.
A mais curta não é uma versão abreviada da outra?
Não, essa a visão tradicional, a explicação segundo a qual o tradutor grego de Jeremias, preguiçoso, terá resumido, abreviado, deixado cair bocados de aqui, bocados de além. Mas não funcionava muito bem, porque o tradutor também mudou a ordem dos textos. O exame dos textos já tinha levado um ou outro especialista a suspeitar que não era assim. Mas como é que se podia dizer que uma tradução era anterior àquilo que se supunha que, pelo facto de estar em hebraico, era o livro original?
Ora, dizer que se está em hebraico é anterior é um preconceito. De acordo, foi escrito nessa língua, mas não foi necessariamente essa versão, essa edição - e o tradutor pode ter utilizado uma versão anterior e não essa.
Vê o que a Bíblia conta como uma lenda?
Há duas leituras. A leitura que eu faço é histórico-crítica e, portanto, tento situar esses textos. E para nós é evidente hoje que o relato dos começos do Livro do Génesis é mítico. E quando dizemos mítico, não estamos a depreciar. O mito é provavelmente das formas mais sublimes que nós temos para expressar certas verdades, certas realidades - sobre a própria humanidade, sobre a relação da humanidade com o Cosmos e tudo isso.
Mas aquilo que parece história, é óbvio que é uma história criada. Pode haver - e há com certeza - certos acontecimentos históricos que estão por detrás, mas que se tornaram lendários e que são apresentados só pelo sentido religioso que têm. É um testemunho de fé e um testemunho de fé é partidário por definição. Portanto, faz parte de um relato que não é necessariamente histórico e que não pretende ser um relato objectivo.
A Igreja Católica já não defende a Bíblia como sendo uma realidade, uma verdade histórica?
Não. Defendeu, defendeu, defendeu. Mas isso passou-lhe [ri-se]. Mas no século XX, defendeu.
Mas há pessoas que ainda hoje interpretam a Bíblia à letra - nomeadamente os criacionistas.
Penso que isso vem de uma espécie de medo perante a razão e de uma preocupação em sacralizar as formas de expressão, que os impede de descobrir o sentido dessas expressões, a verdadeira mensagem que está por detrás. Fixam-se na materialidade do linguístico e do imagético e pensam que isso é canónico, normativo. E isso impede-os de aceder ao verdadeiro sentido dos relatos, à sua verdadeira mensagem. Parece infantil.
Como é o seu dia-a-dia?
Trabalho nesta casa, passo semanas sem ir à rua. Os dias são absolutamente iguais. Houve uma altura em que viajava muito mais, mas agora saio pelo menos duas vezes por ano (vou estar em Portugal em Março-Abril e depois normalmente volto no Verão, em Agosto-Setembro). De resto, estou aqui, passo o dia a trabalhar. Isto também é uma comunidade religiosa e sou religioso, também tenho a minha vida conventual normal. Trabalho e neste semestre vou ter um seminário sobre as imagens proféticas no Livro de Jeremias.
O Livro de Jeremias enxameia de profetas por todo o lado, mas há cinco ou seis imagens de profetas, de tipos de profetas. Eu costumo dizer a brincar que o Livro de Jeremias é o atelier onde se esculpiram ou se pintaram as imagens proféticas que povoam o nosso imaginário ocidental.
Quais são os diferentes tipos de profetas?
Primeiro, há os profetas do passado, anteriores ao momento da escrita do livro – e esses são todos bons. Há dois grupos de profetas do passado. Uns tiveram como função anunciar a ruína de grandes reinos e de países poderosos, os outros tiveram a função de exortar Israel à conversão.
Depois, há os profetas do presente, que estão sempre associados aos sacerdotes. Contrariamente àquilo que se pensa, não há oposição entre sacerdotes e profetas, eles formam um par constante e têm o Templo como lugar social. Todos são maus e estão condenados a desaparecer. Todos anunciam uma mensagem que é falsa e pretendem falar em nome de Deus quando Deus nem sequer lhes falou nem os mandou fazer nada.
Há também muita gente que profetiza, mas que nunca é chamada profeta. E há o próprio Jeremias. São imagens diferentes, grupos, modelos diferentes que têm aparentemente lugares sociais diferentes, estão associados a grupos diferentes, com funções diferentes.
Mas o que é extremamente interessante são as diferenças apreciáveis entre o texto grego e o texto hebraico.
Que tipo de diferenças?
Vou dar um exemplo. No texto hebraico, Jeremias recebe 32 vezes o título de profeta. No texto grego, só quatro – e em dois textos bem identificados, bem definidos. Mas o mais engraçado é que há um capítulo (o 28 no texto hebraico e o 34 no texto grego, se não me engano) onde há uma disputa entre um senhor chamado Ananias e Jeremias.
No texto hebraico, tanto Ananias como Jeremias recebem o título de profeta. Cada um seis vezes, de maneira absolutamente simétrica. Portanto, a disputa, no texto hebraico, masorético, é entre o profeta Ananias e o profeta Jeremias [bate com a mão na mesa para pautar a palavra profeta]. Mas no texto grego, só Ananias recebe um título – de falso profeta.
Falso profeta é uma tradução, que aparece umas sete ou oito vezes, da palavra profeta em hebraico (navi). Mas o tradutor pensa que Ananias não é um verdadeiro profeta e portanto chama-o logo falso profeta, pseudo-profeta. Isso significa que, no texto hebraico que o tradutor grego usou, Ananias recebia o título de profeta, que o tradutor interpretou como o seu contrário.
Como se sabe que foi o tradutor quem fez a alteração, que ela não constava já do texto hebraico?
Não pode ter constado, porque não existe correspondente em hebraico. Em hebraico, só existe navi.
Não há falsos profetas?
Há, mas isso já exige uma expressão mais longa, uma paráfrase do tipo “que profetizou na mentira”... Não há uma palavra. Portanto, só pode ser essa a explicação – até porque acontece várias vezes no livro de Jeremias e acontece uma vez no livro de Zacarias.
Mas o que interessa ainda aqui é que só Ananias é que recebe um título. Jeremias ainda não tem título. Ele é Jeremias de Anatoth. Não tem título. E portanto, neste texto, a disputa é entre o profeta Ananias e Jeremias, que ainda não é nada!
O que é que isso significa?
Significa que Jeremias não era socialmente profeta. Foi feito profeta mais tarde e quando esse texto, que não é tão antigo como isso, foi composto, Jeremias ainda não era profeta. Só mais tarde é que passou a sê-lo, que foi declarado, foi reconhecido como tal. Porque ele passou toda a vida a dizer mal dos profetas! Só disse mal dos profetas! Neste texto, é engraçado, o Jeremias diz a certa altura “tu e o teu bando, vós os profetas!”.
Portanto, isso supõe que, para o autor deste relato, Jeremias não é nem podia ser nem queria ser profeta. Mas depois, não só passou a sê-lo – passou a ser uma espécie de profeta por excelência, num processo que poderíamos chamar de canonização, de beatificação [ri-se].
Por que é que isso foi feito?
Penso que está ligado a um processo de atribuição da supremacia absoluta à lei de Moisés sobre o profetismo. Nessa altura, foi preciso promover também Moisés ao título de profeta, de mais do que profeta, de protótipo dos profetas, de quem está acima. E penso que foi uma maneira, diríamos hoje, de submeter os profetas aos rabinos [ri-se]. Os profetas tornam-se repetidores de Moisés, para afastar a instituição de qualquer aventura, dar segurança, submeter tudo a uma norma precisa. Não venha um agora a dizer que viu, que lhe disseram, que Deus lhe disse e que teve uma revelação. Já está, há só um e é esse do passado.
FELIZ ANO NOVO!...
ANIVERSARIANTE
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
CARLOS VIDEIRA
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
BOAS FESTAS!...
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
ANIVERSÁRIOS
Tudo começou com a minha "pancada" em aparecer e festejar o aniversário dos Amigos mais próximos.
Graças a algumas dicas e ao Toninho, a lista aumentou e acarretou o não conhecimento, pessoal, de Todos.
A sabedoria e bom senso do António da Purificação(não aceito o seu desaparecimento) e Ezequiel Vintém, vieram ao encontro da minha angústia: nem TODOS são anunciados.
No último Encontro reparei que a Comissão estava a elaborar uma listagem, daí o ter falado ao Nelson em passar a "pasta-dos-aniversários", á Comissão dos Encontros.
Julgo ser o momento de PEDIR DESCULPAS a TODOS aqueles que troquei as datas (caso do fr. Bernardo, Mário Rocha e Jaime) ou me esqueci.
O meu apontamento sobre o festejado, procurou ser SEMPRE a parte positiva de cada um. Este blog, conforme o seu nome indica, é para UNIR e não para nos afastar.
Para finalizar, uma palavra de agradecimento ao Mano Jaime pelas palavras que aqui escreveu sobre a minha retirada.
Estou certo que o Domingos Carvalhais e Luís Sousa Guedes vão ter a arte e engenho de recordar as várias gerações de Colegas.
A TODOS desejo um BOM DIA de Aniversário, recordando que foi um dia de alegria para os nossos PAIS e AVÓS !...
Fraternalmente
J. Moreno
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Hoje faz anos...
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
REUNIÃO DE TRABALHADORES (RGT)
REUNIÃO DE TRABALHO/ PLANEAMENTO A MÉDIO PRAZO
( DIA 14.DEZ.2010, 21.30 H, TASQUINHA DO LAGARTO, A CAMPOLIDE)
Quem conhece estes 10 dedicados trabalhadores à causa do reencontro e do reforço da amizade dos muitos cidadãos que no seu percurso de vida foram chamados a passar uns anos da sua juventude em Aldeia Nova/Fátima?
Reparem no rosto de cada um e digam qual deles aparenta mais fadiga…
De notar que tinha findado uma longa reunião de trabalho de 4 horas, na qual, com bastante pormenor, foram debatidos aspectos metodológicos e logísticos dos nossos encontros gerais e sectoriais, incluindo estratégias de estímulo ao convívio e de procura de elementos cujo paradeiro se desconhece.
Dado o muito trabalho ainda a desenvolver, seguir-se-ão, naturalmente, outras reuniões em dia, hora e local a anunciar atempadamente.
Apraz-me salientar que desta vez, para além dos elementos da CO e dos habituais assessores, apareceram valiosos conselheiros, alguns vindo até de bastante longe.
Zé Celestino
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Partiu um dos nossos
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Rui Lopes Pinheiro -15 de Dezembro- Parabéns
Nelson Amaral Veiga 15 de Dezembro -Parabéns
Longa vida ao velho amigo, Editor-Avô.
jm
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
O Ordem dos Advogados atribuiu ao Fr. Bento Domingues o Prémio Ângelo d'Almeida Ribeiro
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados atribuíu e entregou, no passado dia 10 de Dezembro, um prestigiado Prémio a Frei Bento Domingues, com o notável curriculum abaixo indicado.
Infelizmente, a notícia foi publicada no site da Ordem no dia 7/12 e só depois da data de entrega me apercebi de tal deliberação, pois certamente estaria presente e duplamente agradado com tal atribuição, quer como membro da Ordem quer como antigo aluno dominicano.
Com a devida vénia, à Ordem dos Advogados e particularmente ao Frei Bento Domingues, a seguir tomo a liberdade de transcrever na integra a notícia e o curriculum ali publicados e no final o site para quem quiser beber a notícia directamente da fonte :
Prémio Ângelo D'Almeida Ribeiro
"CDHOA atribui Prémio Ângelo d'Almeida Ribeiro
A CDHOA deliberou atribuir a Frei Bento Domingues o Prémio Ângelo d'Almeida Ribeiro, pelo elevado mérito do trabalho desenvolvido em defesa dos Direitos Humanos.
A entrega decorrerá no próximo dia 10 de Dezembro, pelas 18h, por ocasião do 62º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
O Prémio Ângelo d'Almeida Ribeiro destina-se a distinguir anualmente as personalidades ou entidades nacionais que mais se tenham destacado na defesa dos direitos dos cidadãos.
>> BREVE CURRICULUM DE FREI BENTO DOMINGUES
Frei Bento Domingues, o.p., (Basílio de Jesus Gonçalves Domingues), nasceu a 13 de Agosto de 1934, em Travassos (Vilar - Terras de Bouro). Entrou para o Noviciado na Ordem dos Pregadores (Dominicanos) em 1953. Estudou Filosofia e Teologia em Fátima, Salamanca, Roma e Toulouse.
Como Assistente da Juventude da Igreja de Cristo Rei (Porto), em 1962 e 1963, foi responsável pela exposição, O mundo interroga o Concílio, que levantou uma grande celeuma no Porto e foi encerrada pela PIDE, no 1º de Maio de 1963. Frei Bento Domingues foi obrigado a abandonar o País.
Nos anos 70, foi longamente interrogado pela PIDE-DGS, na António Maria Cardoso, pela sua pregação numa missa para crianças, interpretada como um ataque à guerra colonial.
Dedicou-se ao ensino e à investigação teológica desde 1965: foi professor no Studium Sedes Sapientiae (Fátima), no Instituto Superior de Estudos Teológicos (ISET/Lisboa), no Instituto de Psicologia Aplicada, no Cento de Reflexão Cristã (CRC), na Escola de Educadoras de Infância Maria Ulrich e director do Instituto de S. Tomás de Aquino.
Participou com D. Luís Pereira, Bispo da Igreja Lusitana, na primeira Conferência Ecuménica, em Portugal, organizada pela Cooperativa Pragma.
Fez parte da equipa da tradução portuguesa da revista internacional, Concilium, a partir de 1965, e participou nos colóquios Concilium.Tomou parte em várias iniciativas de carácter cívico: no lançamento da publicação clandestina, Direito à Informação; pertenceu ao secretariado da Comissão Nacional de Socorro aos presos políticos, do Comité Português Pró-Amnistia Geral no Brasil; foi membro do Conselho Nacional de Imprensa. É membro do Fórum Abraâmico.
A introdução que fez à Segunda Assembleia Livre de Cristãos de Lisboa (7 de Maio, 1974) e à Primeira Assembleia Livre de Cristãos do Porto (9 de Maio, 1974), assim como o texto, A Igreja e o 25 de Abril e a entrevista, A Igreja pode colaborar na Democratização, (Junho 1974) foram considerados, nos meios cristãos, textos de referência para uma Igreja livre num País livre. Cf. Textos Cristãos. 25 Abril. Novembro 25, Ulmeiro, Lisboa, 1977, pp. 22-24; 146-159; 194-200.
Foi um dos oradores do primeiro encontro dos Cristãos para o Socialismo.
Durante a década de 80 colaborou, na área da Teologia da Inculturação, em cursos de reciclagem de missionários e na preparação dos Animadores de Comunidades cristãs em várias dioceses de Moçambique.Ensinou Teologia no Seminário Maior de Luanda (Angola), no Centro Bartolomé de Las Casas (Cuzco - Perú) e na Universidade S. Tomás de Aquino (Bogotá - Colômbia).Participou na configuração do Centro de Pedro de Córdoba (Santiago do Chile), especializado no diálogo entre Teologia e Ciências Humanas, onde também ensinou. Foi o primeiro Director do Centro de Teologia/Ciência das Religiões e da Licenciatura em Ciência das Religiões, da Universidade Lusófona.
Dirige a colecção Nova Consciência do Círculo de Leitores. Todos os livros têm prefácio seu.
Depois de crónicas regulares no Sempre Fixe e na Luta, mantém, desde 1992, uma coluna semanal no Público, dedicada à análise do fenómeno religioso no mundo contemporâneo.
Foi-lhe dedicado o nº2, do Ano I (2002), da Revista Portuguesa de Ciência das Religiões.
O Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, conferiu-lhe o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade, a 25 de Abril de 2004.
Foi-lhe atribuída a medalha de Ouro de Reconhecimento e Mérito, por despacho conjunto da Administração e da Reitoria da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, de 19 de Janeiro de 2005 e foi entregue em Sessão Solene no dia da Universidade, a 19 de Março de 2005.
Membro Externo da Assembleia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; Membro do Conselho de Ética e do Conselho Cultural do ISPA – Instituto Universitário; Membro da Academia Pedro Hispano.
Tem muita colaboração dispersa por obras de conjunto e por várias revistas (Igreja e Missão; Brotéria; Communio; Seara Nova; Reflexão Cristã; Ler; etc.) e em vários jornais, assim como uma vasta participação em Congressos e Semanas de Estudo nacionais e internacionais. Foi co-fundador dos Cadernos Afrontamento (Porto), do Boletim ISET (1972-1975) e do Boletim Reflexão Cristã. Dirigiu os Cadernos de Estudos Africanos, onde publicou vários estudos."
vide
http://www.oa.pt/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.aspx?idc=117&idsc=65642&ida=105595
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
ANIVERSARIANTES
a 8 o Arménio Gonçalves da Costa
e hoje, 9, o Carlos Manuel Rodrigues
Para todos, cordiais felicitações.
ANTÓNIO VALENTE MATEUS (1951) -5 de Dezembro - Parabéns
Votos de muitos anos com força para mais actividades.
jm
ESCLARECIMENTO
Para maior confusão, vou esclarecer o que poderá ter sido um mal entendido que contaminou, por estes dias, o nosso blog.
O António da Purificação – o autêntico - morreu. Finou-se em finais do Verão confortado com os sacramentos da santa madre igreja. Desde que saiu de Aldeia Nova fixou residência num povoado ali para os lados de Sortelha. Era mais do que um bom homem, era catequista. Filho de boas famílias, pois seu pai foi sacristão e a mãe zeladora da capela local, tem rua com o seu nome na aldeia onde teve piedoso passamento. Foi um beato dos autênticos, refinadíssimo e muito exigente na doutrina e na prática da virtude. Confidenciou-me o Nelson, com quem o António se encontrava algumas vezes, que este nosso catequista considerava a passagem mais importante do Pai Nosso o “venha a nós…”. Dizia até que a tradução do aramaico para o grego e do grego para o latim deveria estar errada e seria mais correcta: “venha a mim…”.
António da Purificação teve sempre um papel activo na vida da sua comunidade e granjeou fama e proveito de ser um acérrimo defensor da moral e dos bons costumes. Ele foi um cidadão dos autênticos, doou todos os seus livros de Piedade à biblioteca local e fundou a Associação contra a Extinção do Burro. Dizia ele que temia pela sua própria sobrevivência, que era uma questão de Ser, não uma preocupação ecológica mas ontológica.
Dizem que as suas últimas palavras foram: “ Fui sempre bem intencionado, faltou-me foi lucidez” .
Aqui ficam alguns dados para caracterizar este nosso colega, nunca assaz enaltecido pelo seu empenho em favor do Bem Comum. Antónios haverá muitos, mas António da Purificação apenas ele.
Eduardo Bento
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
UMA EXPLICAÇÃO
sábado, 27 de novembro de 2010
JAIME COELHO (1939) - 28 de Novembro - PARABÉNS!
Memória VIVA de muitas gerações. Rei do sentido de humor.
Votos de saúde e que não faltes aos Encontros.
jm
sábado, 20 de novembro de 2010
MANUEL NEVES DE CARVALHO -19 DE NOVEMBRO- PARABÉNS
jm
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
VIDA - poema de Augusto Branco
Tentei substituir pessoas insubstituíveis
E esquecer pessoas inesquecíveis
Já fiz coisas por impulso
Já me desiludi com pessoas
Que nunca imaginei que me desiludiriam
Mas também desiludi alguém
Já abracei pra proteger
Já ri quando não devia
Fiz amigos eternos
E amigos que nunca mais vi
Amei e fui amado
Mas também fui rejeitado
Fui amado e não amei
Já gritei e saltei de tanta felicidade
Já vivi de amor e fiz promessas eternas
Mas também me magoei muitas vezes
Já telefonei só para ouvir uma voz
E apaixonei-me por um sorriso.
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
Tive medo de perder alguém especial
(e acabei por perder).
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E também tu não deverias passar!
Bom é lutar com determinação
Abraçar a vida com paixão
Perder com classe
E vencer com ousadia
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E a vida é muito para ser insignificante.
Vive!
(Enviado pelo Isidro Dias)
JOSÉ ANTUNES RIBEIRO (1942) - 18 DE NOVEMBRO - PARABÉNS!
Sempre poeta: na vida e na escrita.
Continua bom Amigo e profundo conversador. Dos Encontros sai com mais saúde e juventude.
jm
domingo, 14 de novembro de 2010
CARLOS BALECO (1945) - 14 de Novembro - PARABÉNS!
jm
sábado, 13 de novembro de 2010
FREI BENTO
Inebriado pelo envolvimento do meu nome e aniversário nos enlaçados ‘bytes’ dominicanos... esqueci-me, eu também, de com estes confrades leitores partilhar a notícia de um outro aniversário: a do Frei Bento.
É que foi neste mesmo dia 13 do mesmo Agosto, “um mês que pelas estatíticas parece estar muito ligado aos companheiros de rota de Aldeia Nova/Fátima...)”, como diz o Zé Celestino, que aniversariou também o Frei Bento.
A ele, poucas palavras. O silêncio da admiração, tão só erguendo o meu copo da vida para, com todos os que aqui se associarem, celebrar a vida dele, desejando-a longa, saudável e feliz porque, naturalmente, também mais frutuosa para todos nós!
Manuel B Mendes
MÁRIO DA ROCHA CRIOULO -13 DE NOVEMBRO - PARABÉNS
jm
terça-feira, 9 de novembro de 2010
ONTEM!...
ANTÓNIO EZEQUIEL P. LUCAS (1948) 10 de Novembro - Parabéns!
jm
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Reunião de trabalho da CO do EG -4 de Novembro de 2010
Na habitual sala da «Tasquinha do Lagarto», realizou-se ontem, com início às 20.00 h, uma reunião dos membros da Comissão Organizadora do Encontro Geral – Fátima, 16. OUT.21010.
Analisadas as metodologias organizativas seguidas, considerou-se que foram alcançados os resultados positivos expectáveis e conseguida uma razoável mobilização de colegas.
O «Tesoureiro» Domingos Carvalhais apresentou o Balanço das despesas e receitas, o qual apresenta um saldo equilibradíssimo.
Falou-se do próximo Encontro Geral, cuja realização a mesma Comissão está já a preparar.
A reunião terminou cerca das 23.00 h
Zé Celestino
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Fr. Marcos Vilar op -29 de Outubro - Parabéns!
jm
terça-feira, 26 de outubro de 2010
ENCONTRO ANUAL. FÁTIMA. 16 DE OUTUBRO DE 2010
09.30 h do dia 16 de Outubro de 2010.
Conduzindo eu o meu «HC» na Av.ª D. José Alves Correia da Silva, em Fátima, no sentido Verbo Divino Convento dos Dominicanos, dei-me conta que à minha frente circulava calmamente um Mercedes avermelhado, cujo condutor, de imediato reconheci. Era o Manuel Henriques Marto, acompanhado de sua mulher.
«Colando-me» ao Mercedes do Marto, fiz-lhe sinal de luzes, ao que ele logo respondeu com uma saudação do interior da viatura. Mesmo pelo espelho retrovisor o Marto também me reconhecera imediatamente. Segui-o até ao parque privativo do Convento.
Mal tínhamos estacionado e saído dos nossos carros para darmos um abraço e já outros carros entravam no parque, cada um com um grupo de colegas…
O Neves, o Leopoldo, o Moreno, o Brízido e o Zé Espírito Santo, o Luís Guedes, o Domingos Carvalhais, o Costa, o Manuel Mendes, o Antero, o Toninho e muitos outros que a minha memória visual não conseguiu colocar em «save» depressa encheram o parque do Convento.
Simultaneamente, pelas várias ruas que dão acesso ao Convento começaram a surgir outros pequenos grupos de colegas que se iam concentrando nos espaços e escadarias frente à entrada do Convento e da Capela.
Num curto período de meia hora, os pequenos grupos que iam chegando deram origem a um grande grupo que atingiu os mais de 80 participantes no encontro.
Viveram-se nesta meia hora momentos de muita alegria e até de alguma emoção. Troca de abraços e conversas inter grupos. Era visível nos rostos e olhares de cada um a alegria do reencontro. Bastava que um recordasse episódios mais «sui generis» dos tempos de Aldeia Nova/Fátima para, acto contínuo, surgirem gargalhadas de boa disposição…
Pelas 10.30 h, dirigimo-nos todos para a Capela…
Teve lugar uma missa celebrada pelo «colectivo» dos Padres Dominicanos que partilharam connosco o Encontro: Frs Pedro, Paulo, Marques, Geraldes e Alberto.
Foi muito significativo este momento do nosso encontro. Tivemos presente os mestres e colegas já falecidos e num solene abraço reforçamos os laços de amizade que nos unem.
Finda a missa, dirigimo-nos à sala que foi a antiga capela. Aí, a Comissão Organizadora do Encontro procedeu à recolha da «colecta» estabelecida para fazer face às despesas do almoço e do lanche e distribuir pelos presentes uma ficha para preenchimento, pelos que o desejassem, com os seus dados de identificação, contacto e paradeiro.
Pelas 13.30 h, já todos enchíamos o restaurante da Residencial D. Amélia, lugar onde tivemos o nosso almoço de confraternização.
Foi também um momento muito agradável este o do almoço convívio. Muitos aproveitaram para se sentar à mesma mesa e, naturalmente, reviverem longínquos momentos passados juntos. Todo o meio ambiente era de manifesta alegria, com brindes e votos mútuos de boa saúde. Houve pão, vinho e sumos para todos…
Findo o almoço, voltamos à referida sala da antiga capela.
Foi, talvez, o momento mais alto do Encontro. Sem programa predefinido, vivemos umas horas de grande animação e boa disposição: houve tempo para poesia, declamação, canção e fados de Coimbra com a capa do Frei Alberto…
O Zé Ribeiro declamou poemas do Eduardo Bento. O Eduardo Bento encantou-nos com o «sermão» do Padre António Vieira aos peixes. O Manuel Carreira brilhou na canção. O Manuel Guerra e o Zé Celestino animaram com uns clássicos fados de Coimbra, a que se juntou o Firmino Taborda na «Balada da Despedida».
O sempre presente Neves de Carvalho, desta vez acompanhado pelo Manuel Guerra – um genuíno fadista coimbrão - e com umas ajudas do Firmino Taborda brilharam à viola.
Houve ainda tempo para uma rifa e um leilão de produtos oferecidos por colegas, cujas receitas reverteram, respectivamente, para fundo do próximo encontro e doação às comunidades dominicanas radicadas em Angola e Moçambique.
Pelas 17.30 h foi servido um lauto lanche que se prolongou pala tarde fora…
Gradualmente, começaram as despedidas e promessas de reencontro, o mais tardar, até ao próximo ano.
Zé Celestino
Ficam as imagens registadas pelas objectivas do Neves de Carvalho, do Zé Celestino e do Angelo Carvalho
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Fr. Paulo Silva op -25 de outubro - Parabéns!
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Manuel de Jesus Couto -22 de Outubro- Parabéns!
jm
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
ESTIVEMOS AQUI
guardam lentamente a recordação das margens
e onde a memória é um pássaro de fogo
incendiando os dias:
Só a cinza, um traço, um vestígio leve, um sinal.
E olha para trás...
Oh tempo, tempo fechado,
círculo de gelo.
Teu rosto fundido no meu rosto,
apagados os gestos
esgotado o desejo...
(Como fere a distante presença das tuas mãos nas minhas mãos).
E a noite avança pela tarde.
Ei-la! Transporta em taças de vento
frias estrelas que bebemos.
Já nem as palavras sustêm
o galopar do medo,
o disfarce da voz,
a máscara do rosto...
Os cavalos do tempo
galopam sem retorno
e um silêncio frio cresce
em redor da tua ausência.
Eduardo Bento
in O Nevoeiro dos Dias
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
ENCONTRO ANUAL - reportagem
terça-feira, 19 de outubro de 2010
PARA MEMÓRIA FUTURA
Para constituir documento comemorativo do nosso encontro, estamos a coligir as fotos mais expressivas que os muitos fotógrafos, amadores e profissionais, tiraram durante o encontro.
Com tal objectivo, divulgação no blogue e preparação de um CD, pedimos aos colegas que tenham captado imagens do encontro, que as enviem, via e-mail, para jcelestino@tap.pt
Naturalmente que o CD será facultado a todos os que vierem a manifestar interesse em o adquirir.
Abraço
Zé Celestino
domingo, 17 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
ÁLVARO AMARAL MILAGRE - 15 de Outubro - Parabéns!
Esperamos que a festa de hoje te permita continuar, amanhã, em Fátima.
Votos de saúde e que apareças.
jm
ENCONTRO GERAL (FÁTIMA, 16 DE OUT. 2010) - Reunião de Trabalho - "Briefing"
Para fazer o «Briefing» das acções desenvolvidas para a realização do Encontro Geral, reuniu ontem, pelas 20.00h, na habitual sala da «Tasquinha do Lagarto», a Campolide, a Comissão Organizadora.
Verificadas as inscrições e refeita a lista de presenças – cerca de 90 – a reunião terminou já perto da meia noite…
«Ad perpetuam rei memoriam», foram fotografados, para divulgação no Blogue, os elementos que compareceram à reunião.
A TODOS OS INSCRITOS OU AINDA NÃO INSCRITOS PARA O ENCONTRO, DESEJO UMA BOA VIAGEM ATÉ FÁTIMA, CERTO DE QUE REGRESSARÃO COM A PROMESSA DE VOLTAREM PARA O ANO.
Abraço amigo
Zé Celestino
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Na ausência do Filipe Lage Batista
Excessivo,
o meu pensamento
voa através de uma nuvem de emoções
que se transformam em melodias
e que um arrepio longínquo de ecos do passado,
acaricia no tempo;
este fluxo de nostalgia que me corre nas veias,
é certeza e desejo de voltar às minhas origens
na distância do tempo!...»
Um abração fraterno de profunda estima e consideração
Filipe Batista
terça-feira, 12 de outubro de 2010
ENCONTRO DOS ANTIGOS ALUNOS DOMINICANOS 2010
Temos recebido algumas reclamações pelo facto de não
ter chegado a todos a devida informação relativa ao nosso
Encontro deste ano, a realizar-se no próximo dia 16, em
Fátima.
Pensamos também que, o facto de termos enviado as
circulares um pouco cedo de mais, terá feito com que
alguns colegas se tenham esquecido.
Neste momento registamos um bom número de adesões,
mas preocupamo-nos mais com os que não aderiram – as
ovelhas ainda tresmalhadas – que com aqueles que já estão
inscritos.
Assim, depois de criadas condições nesse sentido,
podemos manter abertas as inscrições por mais uns dias.
Caro Amigo, se integras o grupo dos que ainda não se
inscreveram, aproveita e fá-lo já: gostaríamos de te ver
no nosso convívio. Certamente gostarás de rever os
colegas; mas também estes estão na expectativa de que não
faltes, de modo a poderem abraçar-te. Faz-nos chegar a
tua inscrição o mais rápido possível.
Para os que já se inscreveram, pedimos o vosso apoio
no sentido de mobilizarem os indecisos. Para os que
necessitem de transporte, enviem para o CRIAR LACOS
criarlacos@sapo.pt o vosso pedido com uma forma de
contacto, de preferencia o telemóvel.
Aos que possam dar boleias pedimos que contactem os
que pedem transporte.
Aproveitamos para informar quem quiser levar ofertas
para o leilão a realizar nesse dia que tem , desde já o nosso
agradecimento. A verba angariada com o leilão destina-se
ao apoio das obras que a Ordem Dominicana desenvolve em
Angola e Moçambique. É uma forma de retribuirmos um pouco
do muito que recebemos há largos anos, de quem, no Canadá
ou nos E.U.A., contribuiu monetariamente para que
pudéssemos ser hoje quem somos.
O dia 16 de Outubro está próximo! Lá nos
encontraremos, se Deus quiser.
Recebe um abraço fraternal dos:
Armando Alexandrino
Antero Monteiro
António Pereira da Costa
Domingos Carvalhais
José Celestino
Luís Sousa Guedes
Manuel Branco Mendes.
Do arquivo do Francisco Torres
Luís.
ANTÓNIO COSTA (1940) -13 DE OUTUBRO- PARABÉNS!
Votos de boas entradas nas 70 primaveras.
jm
AOS MEUS AMIGOS
Caros amigos,
Em vésperas do nosso Encontro Anual, considero oportuno reler o sempre actual poema de Vinicius de Moraes e uma frase/poema de Fernado Pessoa, a seguir transcritos, verdadeiros laudos à amizade.
Abraço a todos
Zé Celestino
Saudades até dos momentos de lágrimas,
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
Talvez continuemos a encontrar-nos,
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
Eu poderia suportar, embora não sem dor,
Vinicius de Moraes
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"
Fernando Pessoa
sábado, 9 de outubro de 2010
fr. JOÃO LEITE op (1931) - 9 de Outubro - PARABÉNS!
Bom professor e seleccionador de futebol, exigente. Votos de muita saúde e Vida. Contamos com a sua presença, no próximo encontro.jm
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
OFICIALMENTE VELHO, AOS 70 ANOS?!...
Há 70 anos, a 6 de Outubro de 1940, nascia no Franco um bébé fragil, de aparência doentia. Foi batizado com urgência pois parecia ter nascido mais para a morte que para a vida!
Hoje com 70 anos, no dizer do filósofo e teólogo brasileiro Leonardo Boff, franciscano e depois pai de família, que passo a parafrasear, sou oficialmente velho. 70 anos não quer dizer próximo da morte. Esta quase ocorreu nos primeiros instantes de minha existência e pode ocorrer a todo o momento. Como não me surpreendeu antes, estou convencido que aos 70 anos se inicia outra etapa, a meu ver a última.Trata-se da dimensão biológica. O capital vital esgota-se. Debilitamo-nos. Perdemos o vigor dos sentidos e despedimo-nos lentamente das coisas, a começar pelas mais materiais.
O meu optimismo legendário impoe-me que olhe para a vida (mesmo aos 70 anos) de forma positiva. Diria pois que a velhice é a última etapa do crescimento humano. Nós nascemos inteiros mas nunca estamos acabados. Temos que completar o nosso crescimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino. Estamos sempre em génese: começamos a nascer, vamos nascendo em prestações ao longo da vida, até acabar de nascer! Então entramos no silêncio!...
Penso que 70 anos é a boa idade para renunciarmos à nossa influência sobre os outros, para nos concentrarmos exclusivamente e definitivamente sobre nós mesmos... Esta última etapa será pessoalíssima. É importantissimo que deixemos cair as máscaras uma após outra. Máscaras que a vida nos impôs e sem as quais não poderíamos ter vivido em sociedade. Na verdade a vida é um verdadeiro teatro no qual desempenhamos diferentes papeis.
Eu por exemplo, nascí em Outubro. Foi pois neste mês que recebi a primeira máscara. Nascido no nordeste português, filho, neto, bisneto tataraneto... de lavradores. Fui lavrador e pastor: guiei tantas vezes os bois para que o rego fosse bem direitinho e o milho ou as batatas crescessem bem alinhados. Ajudei o pastor e os cães a levar o rebanho para o curral (ou estrubaría). Aos 7 anos (em Outubro de 1947) ajuntei a máscara do aluno àvido de conhecimento ...
Estas duas máscaras coabitaram ou alternaram-se até aos 14 anos!
Em outubro de 1954 veio juntar-se a terceira máscara, a do seminarista e frade dominicano. Durante 15 anos esta máscara foi dominante e tentou mesmo destruir as outras duas, mas sem sucesso!
Aos 25 anos (outubro de 65) uma nova máscara (a do amor ...) tentou impor-se mas foi regeitada com energia pela terceira que conseguiu resistir durante 4 anos. Em Outubro de 1969, a máscara do amor paixão, conseguiu instalar-se. Esta quarta máscara consegue ainda hoje coabitar com todas as outras depois de se ter fortificado nos dias dois e três de outubro de 1970 com a união oficial, à Geneviève, primeiro civilmente e depois dando-nos o sacramento do matrimónio ...
Neste mesmo ano uma quinta máscara (a da vida profissional) se ajuntaria a todas as outras...
A máscara a meu ver mais importante ( a sexta) foi-me presenteada no dia 29 de agosto 1973 . A máscara de pai, de chefe de familia com o nascimento da Isabelle. Esta máscara ganhou mais força e dinamismo em 75, Benoît,78 Marie Juliette e 79 François-André.
A 23 de abril de 1995, com a ordenação diaconal, a sétima máscara, veio de uma certa forma reavivar a terceira ...
Com o nascimento da minha primeira neta, a oitava e última máscara vem iluminar-me e embelezar-me. Ela tenta substituir todas as outras e penso que vai consegui-lo.
Na verdade, depois de se ter imposto com a chegada de Anna, esta oitava máscara foi ganhando em espessura com a chegada do Alexandre, Eloise, Adrien, Appoline, Antoine, Martin et Paul.
O último netinho, que chegou há oito dias, trouxe-me uma mensagem: “papy, abaixo as máscaras! Com 70 anos podes ser tu mesmo, já não estás em representação! Somos nós, os teus 8 netos, o único público que deve contar para tí. Para nós nem és lavrador nem seminarista ou frade, a vida profissional já não deve preocupar-te... Agora tu és unicamente avô”.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
CHÃOS - Uma aldeia da Beira Interior
Conheça por dentro outras formas de vida:
http://chaosdemeda.blogspot.com/
A minha aldeia.
Antero Monteiro
ENCONTRO ANUAL -16 de Out. 2010 - Fátima (reunião de trabalho)
Convocada pelo sempre activo Luís Sousa Guedes, reuniu no passado dia 4, pelas 20.00 h, a Comissão Organizadora do nosso Encontro Anual/10, que, como divulgado, ocorrerá em Fátima, já no próximo dia 16 do corrente mês de Outubro/10.
A reunião teve lugar na já conhecida sala da «Tasquinha do Lagarto», a Campolide/Lisboa, desta vez na mesa redonda, tendo participado o Luís Guedes, o Domingos Carvalhais, o Manuel Mendes, membros da actual Comissão e também o António Costa, o Armando Alexandrino e o Zé Celestino, membros da Comissão 2009.
A foto ilustra um dos momentos de maior concentração na análise dos elementos documentais…
Foi feito o ponto da situação dos trabalhos já desenvolvidos e planeadas as acções próximas, tendo em vista assegurar toda a logística do Encontro.
Verificamos que já se encontram inscritos cerca de 50 participantes, incluindo familiares…
Apela-se a todos os que desejam participar que o façam com a possível brevidade, pois a residencial D. Amélia tem de assegurar o pão e o vinho para todos…
A Comissão promete um Encontro muito agradável, com tempo bastante para confraternização, intervenções culturais e até umas improvisadas «rifas» e licitações de uns «tintois» ( e não só…) que vários ofertantes se propuseram levar das suas ou de outras regiões…
E falando de ofertantes, que venham mais cinco…
O que é preciso é que haja animação e ambiente de são convívio.
Aquele abraço
Zé Celestino
terça-feira, 5 de outubro de 2010
FERNANDO JOSÉ VAZ - 6 de Outubro - PARABÈNS!...
Temos noticias de que a População de FRANCO está empenhada em festejar condignamente o dia de hoje.
A Capela de Santa Comba e de Santa Bárbara está a ser ornamentada para festejar as 70 primaveras do seu conterrâneo que foi para terras distantes. Vai haver pregações de um Trio de Frades Pregadores.
O Restaurante Local, que fica junto da Fonte, sempre laudado pelo gastrónomo Celestino, tem a lotação esgotada.
A Comissão Organizadora já se encontra no Local para providenciar a melhor recepção aos Convidados, que estão a chegar em autocarros vindos de França, Lisboa e Porto.
O Bom Filho regressa ao cantinho que o viu nascer.
Votos de saúde para tão "redonda" data.
jm
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
RECONHEÇAM-SE!...
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
FILIPE LAGE BAPTISTA NA RTP 1
CAROS AMIGOS
Comunicou-me o Filipe que será entrevistado pela RTP1 em directo, no programa Portugal Sem Fronteiras às 11:00 horas do próximo sábado.
Como é do vosso conhecimento, o Filipe tem desenvolvido um trabalho de divulgação da música portuguesa no Canadá - Quebéc, onde reside desde 1965. Essa actividade tem incidido em particular sobre o fado de Coimbra, José Afonso e o folclore açoriano.
Como o Filipe não vai estar presente no próximo encontro de Fátima, esta será uma oportunidade para o revermos.
Abraços
A. Alexandrino
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
FREI MIGUEL SANTOS OP E FREI HENRIQUE OP - 27 DE SETEMBRO - PARABÉNS!
jm
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
FREI ALBERTO CARVALHO OP
Dinis Martins
terça-feira, 21 de setembro de 2010
fr. Alberto Carvalho op (1925) 21 de Setembro - Parabéns!
Sempre acolhedor e afável para com todos (velhos e novos)
Votos de saúde e VIDA.
jm
domingo, 19 de setembro de 2010
JESUÍNO VAZ MARTINS
Sou o ex frei Humberto Jesuino, agora Jesuino Vaz Martins, já nos setentas. É sobre o próximo Encontro(almoço), e tão só para mandar o meu e-mail que me foi solicitado. Pois aqui vai:"vazmartins@meo.pt.
Um xi-coração para todos.
Vaz Martins.
sábado, 18 de setembro de 2010
LUÍS GINJA (1943) - 19 de Setembro - Parabéns!
jm
BALTAZAR MARTINS JESUÍNO (1945) 19 de Setembro - Parabéns
Continua calado mas repleto de vivências apostólicas e mundanas.
Amigo certo. Bom aniversário.
jm
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
JOSÉ DO ESPIRITO SANTO DOMINGUES (1940) 18 de Setembro - Parabéns!..-.
Votos de boa conta e grande festa.
jm
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O ISIDRO ESTÁ DE LUTO
Nelson
domingo, 12 de setembro de 2010
fr. JOSÉ GERALDES OP -12 de Setembro- Parabéns!
Acolhedor e atento. Boa e útil participação no Blogue.
Votos de bom aniversário.
jm
JOSÉ VIEIRA - 12 DE SETEMBRO - PARABÉNS!
Votos de bom aniversário.
jm
EDUARDO BENTO (1944) 11 de Setembro- Parabéns!
Bom aniversário ao... POETA, com mais participação no blog.
jm
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
FUNERAL DA ESPOSA DO TONINHO
Nelson
O TONINHO ESTÁ DE LUTO
Um abraço
Nelson
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
ENCONTRO ANUAL/2010 - REUNIÃO DE TRABALHO
No âmbito dos trabalhos preparativos do Encontro Geral em Fátima que se realizará no já anunciado dia 16 de Outubro/10, teve lugar mais uma reunião entre elementos da actual e da anterior Comissão Organizadora.
Desta vez a reunião realizou-se no « LAURENTINA – O Rei do Bacalhau»… Foi uma reunião muito proveitosa, como resulta da foto que se apresento…
Sem prejuízo das informações oficiais que a C.O. (Luís Guedes/Domingos Carvalhais/Antero Monteiro e Manuel Mendes) vai activando, nomeadamente via Blog, foi ponto importante o consenso de, cada um ao seu nível, desenvolver contactos/diligências de mobilização/sensibilização de colegas mais próximos à participação no Encontro.
Pela minha parte, desde já apelo à participação dos já consagrados participantes do Norte, Centro, Sul, Ilhas de Portugal e bem assim do universo de países do Mundo onde se encontram colegas de Aldeia Nova/Fátima.
E são muitos…
E, como diz a canção, que cada um traga mais cinco…
Tenho presente os meus contemporâneos, Filipe Lage Baptista/Canadá, António Ferreira/Austrália, Fernando Vaz e Rufino/França, sempre recordados nos nossos encontros .
Uma nota importantíssima: uma vez que, pós almoço, e a exemplo do ano passado, todo o resto do tempo está programado para convívio entre a «malta», animado com a intervenção espontânea dos nossos poetas, escritores, cantores e, obviamente, tocadores de viola, guitarra, bandolim, acordeão e demais instrumentos de corda ou sopro, é indispensável que cada um se faça acompanhar dos seus elementos de suporte…
Att Neves de Carvalho, Eduardo Bento, Zé Ribeiro, Alexandrino, Zé Vieira e todos aqueles que gostam de partilhar a suas experiências de vida…
A vossa presença é muito desejada…
Abraço a todos
Zé Celestino
terça-feira, 7 de setembro de 2010
ABÍLIO ROCHA (1946) - 7 de Setembro- Parabéns!
Minhoto de boa disposição e empenhado em muitas actividades. O seu ninho, onde se pode tomar 1 bom café, é Barcelos, com muitas corridas para Sul.
Votos de bom aniversário com saúde.
jm
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
VITORINO VIEIRA DIAS (1945) -6 de Setembro- Parabéns!
Votos de que tenhas tempo para aparecer nos Encontros. Bom aniversário.
jm
sábado, 4 de setembro de 2010
EM MEMÓRIA DE FREI JOÃO DOMINGOS - por fr. Bento Domingues, o.p.
1.Este nome é, hoje, praticamente ignorado em Portugal, tratando-se, no entanto, de uma figura incontornável da boa presença portuguesa em Angola onde, desde 1982, viveu e realizou uma obra notável. Angola, em plena guerra civil, foi para ele uma opção definitiva.
Nasceu, em 1933, na aldeia da Torre (Sabugal) e morreu, em Lisboa, a 9 de Agosto de 2010, onde se encontrava para ser operado. Entrou para a Ordem dos Pregadores em 1952. Estudou Filosofia no Centro de Estudos Sedes Sapientiae, em Fátima, Teologia em Ottawa e Estrasburgo.
Foi director da Escola Apostólica em Aldeia Nova. Como Prior do Convento Dominicano, participou activamente na criação do Centro de Estudos de Fátima (CEF), cuja sede e funcionamento das aulas estavam situadas nesse mesmo convento. Em 1975, a partir da Comunidade João XXIII (Lisboa), desenvolveu um incansável trabalho de orientação de numerosas congregações religiosas, nomeadamente, no apoio ao movimento das “pequenas comunidades” que irrompeu, em Portugal, por diversas circunstâncias, depois do 25 de Abril 1974.
2. Em 1981, deslocou-se a Angola para estudar as condições de uma futura e inédita presença dominicana masculina naquele país dilacerado pela guerra. Com Frei José Nunes e Frei Gil Filipe foi, em 1982, para Waku-Kungo (Diocese de Novo Redondo, ou Sumbe). Este grupo foi fervorosamente acolhido pelo seu Bispo de então, D. Zacarias Kamuenho, mais tarde, Arcebispo de Lubango a quem foi atribuído o Prémio Sakharov. Acompanhou sempre com admiração e carinho os percursos e realizações dos dominicanos. Este Bispo teve a intuição de organizar a vida da diocese em termos de pequenas comunidades, inspirando-se no modelo da organização tradicional das populações designado por Ondjango. A pequena comunidade dominicana recém-chegada assumiu com entusiasmo essa perspectiva de evangelização inculturada sobre a qual um dos seus membros fez, passados anos, uma brilhante tese de doutoramento, analisando a fecundidade e os limites daquela opção (1).
Waku-Kungo era uma frente de guerra entre o MPLA e a UNITA. Nessa instabilidade, as características dessa Paróquia-Missão exigiam não só uma inserção cultural, mas também uma luta permanente pelo respeito dos direitos humanos, independentemente do ocupante militar. A formação dos cristãos e sobretudo dos animadores das comunidades, na promoção da justiça, na partilha dos bens e na reconciliação entre angolanos, tornou-se a grande prioridade.
3. Esse êxito evangelizador fez com que os dominicanos fossem convocados para uma presença mais alargada em Angola. Coube a Frei João Domingos, em 1987, fundar a comunidade de S. Tomás de Aquino, na Paróquia de Nª Sª do Carmo em Luanda que se transformou um foco de novas iniciativas.
Para além da missão de Pároco, foi-lhe confiada a direcção do Instituto de Ciências Religiosas de Angola (ICRA). Reconhecendo em Frei João Domingos a “graça da pregação” – sem ela, a eloquência não passa de propaganda – os Bispos de Angola não lhe pediram, apenas, que pregasse aos outros e fosse professor de Teologia no Seminário Maior de Luanda, mas também, por várias vezes, quiseram que fosse ele o seu pregador.
Criou, no ICRA, um segundo curso, o de Educadores Sociais. Lançou, depois, o Instituto Superior João Paulo II com um curso universitário de Serviço Social. Colaborou na criação do Centro Cultural Mosaiko, empreendimento dos dominicanos de Angola – na diversidade dos seus povos e culturas – que se tem distinguido por um trabalho de formação e organização, em todo o país, de grupos para a defesa dos Direitos Humanos.
Na sua intervenção multifacetada, estavam sempre unidas a dimensão espiritual e a reflexão sobre a complexidade da realidade angolana, nas suas diferentes fases dos últimos trinta anos. Por isso mesmo, a sua voz tornou-se cada vez mais escutada e respeitada, não apenas nos meios eclesiais, mas também a nível da sociedade civil. Com a celebração Eucarística televisiva – a que Frei João Domingos presidia nos primeiros Domingos de cada mês – as suas intervenções acutilantes eram comentadas em toda a Angola.
Nunca se deixou seduzir pela habitual “caça às vocações” para assegurar um futuro angolano ao carisma dominicano. Perante a fragilidade de todos os desígnios humanos, só o exemplo e um critério de exigência poderiam mostrar se valia a pena ou não ir pelo caminho aberto por ele e seus companheiros. Procurou que os candidatos estudassem noutros países africanos, sabendo que é, a partir da África, que devem elaborar o projecto da Ordem dos Pregadores nesse continente. Varreu, desde o começo, qualquer ideia de colonialismo religioso e eclesiástico, não por táctica, mas para respeitar a verdade da evangelização inculturada que só os africanos poderão assegurar se não caírem na tentação do poder económico, político e religioso. No entanto, quando morre, as três comunidades dominicanas são já constituídas, quase exclusivamente, por africanos.
Os seres humanos não nascem feitos. A vida do Frei João Domingos passou por várias fases, por várias conversões. A morte levou-o quando já tinha dado tudo a Deus e ao povo angolano.
(1) J. Nunes, Pequenas Comunidades Cristãs – o ondjango e a inculturação da fé em África-Angola, UCP, Porto, 1991.