«Estimados colegas e amigos. Uma vez mais não posso estar convosco! É para mim uma grande trizteza de não poder compartilhar as alegrias do encontro, pois tenho muitas saudades de ver caras e corações que continuam a bater(!...) e recordar, com todos vós, belos momentos do nosso passado e da nossa memória colectiva! Como já disse ao Celestino e ao Armando várias vezes, é através do magnífico canal da música e da poesia, que, uma vez mais, comunico e compartilho convosco. O Alexandrino vai apresentar alguns extratos do meu Recital sobre José Afonso que nos servirá de elo de ligação. Devo dizer que esse recital foi um grande momento de emoção e um grande privilégio de poder cantar José Afonso com grandes artistas num lugar tão reputado, onde artistas do mundo inteiro se executam e se tornam célebres... um certo Olympia francês, digamos assim! Além disso, tive o prazer de ter tido a presença de grandes amigos poetas e artistas que têem uma grande estima por José Afonso. Deixo-vos com esta tentativa poética que, espero, traduzirá toda a minha estima por todos vós, lembrando aqui, aquele que agora faz parte do vento e do ar que respiramos, o nosso muito querido João Domingos:
Excessivo,
o meu pensamento
voa através de uma nuvem de emoções
que se transformam em melodias
e que um arrepio longínquo de ecos do passado,
acaricia no tempo;
este fluxo de nostalgia que me corre nas veias,
é certeza e desejo de voltar às minhas origens
na distância do tempo!...»
Um abração fraterno de profunda estima e consideração
Filipe Batista
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