sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Aniversários em Dezembro


Durante este mês celebram o seu aniversário os
nossos Amigos
NOME                                                                 Dia
  António Manuel Gomes Cunha                                          2
  António Valente Mateus                                                  5
  Manuel Pires                                                               8
  Arménio Gonçalves da Costa                                           8
  Manuel Mateus Pereira Santos                                          9
  Carlos Manuel Rodrigues                                                9
  Fernando Maria Faustino                                               12
  Rui Lopes Pinheiro                                                       15
  Nelson Amaral Veiga                                                    15
  Camilo A. F. Morais Martins                                            20
  Jose Luis Fernandes Lourenço                                       25
  Abel do Nascimento  Pena                                             31

Para todos um feliz aniversário e que contem muitos!

JOÃO DE MELO - CONVITE


Com a devida vénia, ao jornal "O Almonda" de Torres Novas

 POR ESTA ESTRADA

                                   CARTA ABERTA AO MEU CÃO MANGUITO.

                                                           Querido Manguito

            Há breves dias, tu e eu, passámos por um profundo estado de aflição quando correu a notícia de que o nosso governo iria limitar o número de cães por apartamento. Só dois da tua espécie poderiam habitar cada casa. Que doloroso transe me trespassou o coração! Teria que te dar destino pois, como tu sabes, contigo habitam no andar a Pacóvia com o seu cachorro que, supostamente, é teu filho também. Não iria pôr na rua a mãe com o pequeno filhote. Seria desumanidade que me transtornava o âmago de forma insuportável. Eras tu que irias ser deixado a monte, ou ficarias a basculhar o lixo nas ruas da cidade, ou, na melhor das hipóteses, serias mais um habitante do canil municipal se para ti lá houvesse lugar. Ah, Manguito, Manguito, como a vida nos prega cada susto…
 Mas, felizmente, foi só susto. Ou porque os boateiros lançaram tão maldosa atoarda, ou porque o governo recuou na intenção da lei. A lei que iria obrigar-nos à separação. É claro que nesta crua dor havia um certo lenitivo. Sabemos que as leis do governo são sempre para nosso bem. Mesmo quando nos pisam é sempre  para nossa felicidade. A boa governação está sempre na mira dos seus sapientes olhos. Cada medida, lei ou decreto, é para que o futuro de todos nós seja um amanhã que canta. Tu, cão que és, nunca poderás lobrigar a alegria que sinto ao sofrer tantos cortes na minha pensão de reforma. É como se me estivessem a inocular uma pequena dor para que o futuro se abra em gargalhadas de felicidade. Os nossos governantes é que sabem o que nos convém.
            Atenta, Manguito, nesta de acabar com os feriados. Houve logo, nos do costume, críticas e ditos desaforados contra a medida. Mas agora já todos reconhecem que a produtividade aumentou e vai ainda aumentar mais, muito mais. Olha, vem aí o 1º de Dezembro, que sempre foi feriado para celebrar a batalha de Aljubarrota contra os mouros. Porque é que havemos de celebrar a bordoada que andámos a dar uns nos outros? E o feriado só servia para passar o dia de papo para o ar em qualquer praia com o clima ameno que está. Até  deviam obrigar ao trabalho aos domingos de manhã, a tarde chegava para descansar e a produtividade, a competitividade salvariam o produto interno bruto, a balança de transacções e outras coisas de que eu não percebo nada.
            Manguito, o que nos falta é alcance. Alcance de vistas, de entendimento, para compreender a profundidade e a largura das medidas legislativas do governo. Somos também uns pessimistas e ingratos. Pessimistas, porque estamos sempre a dizer mal, só por dizer, ingratos porque nem sabemos agradecer a vida sacrificada daqueles que só pensam no nosso bem.
            Pronto, Manguito, não te maço mais. Ainda bem que a lei não foi avante. Apenas um susto,  agora é como se tivéssemos saído da recessão e de um peso imenso nos libertássemos.  Com estrénuo júbilo podemos dizer: este país ainda é para cães.   
            Com afectuosa humanidade e a promessa de guardar sempre para ti o osso mais saboroso.


                                                                                                 Eduardo Bento

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ACERCA DO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA ABADIA

Aqui há atrasado, a meio de Outubro, estava a malta da finda comissão dos nossos encontros a conversar com o Pe Bernardo e Pe Pedro à porta do convento de Cristo – Rei, àcerca da ida a Vila Verde para entregar a documentação à nova comissão - Manuel Ferraz, José Gama, José Lopes e Manuel Pires – quando o Padre Bernardo se vira para o Pe Pedro e lhe pergunta se não conhecia o Santuário da Abadia, obtendo por resposta que não, não conhecia.

Logo ali ficou combinado que, quando fossemos entregar a papelada e o ceptro à nova comissão, faríamos um passeio pela região de Vila Verde e Amares, com prolongamento para o Santuário de S. Bento da Porta Aberta que fica em pleno Gerês.

Far-se-ia um almoço a condizer, depois iríamos todos ao Santuário de Nossa Senhora da Abadia, que pertence à  freguesia de Bouro Santa Maria e fica encravado nas serranias que separam a vila de Terras de Bouro - terra da naturalidade do Padre Bernardo - das terras do Concelho de Amares, vila onde conheci a minha futura mulher, e onde haveria de me dedicar a diversas actividades de índole cultural.

Como o dia que marcámos para esta entrega de testemunho à malta de Vila Verde não calhou bem ao Pe Pedro, pois estava em Lisboa já que é o Provincial da Ordem Dominicana, não quizemos anular a nossa viagem, pois se impunha a passagem da pasta, e lá fomos todos ter a Prado- Vila Verde que é terra do Horácio Peixoto e do Manuel Ferraz, onde já este nos esperava na companhia do José Lopes, não tendo podido comparecer o Manuel Pires nem o José Gama.

Marcámos para os dias maiores e mais soalheiros da Primavera o passeio por terras da Abadia e pelo S. Bento da Porta Aberta e Gerês, na esperança de que todos estejamos de boa saúde e prontos a abalar de jornada.

Ao arrumar na estante um romance do Júlio Dinis, que morreu de ruberculose e era médico pela Escola Médica do Porto, dei com um livrinho sobre a Senhora da Abadia escrito pelo Cónego Arlindo Ribeiro da Cunha, autor do livro de Literatura do nosso 5º ano de Aldeia Nova, que o Pe António tão bem nos ensinava,  não se lembram?, do qual vos apresento algumas laudas feitas no scanner da impressora.

Àcerca do encontro com a nova comissão, tudo correu muito bem, tendo-nos o Ferraz levado a passar e parar junto da casa do Horácio e da Rua com o seu nome, para depois continuarmos para um restaurante na margem esquerda do Rio Neiva, o tal rio que inspirou o Poeta do Neiva ( Sá de Miranda ) na alusão do Cónego Arlindo, e cuja vida passou em grande parte na freguesia da Torre e jaz no túmulo que se encosta à parede norte da igreja da freguesia de Carrazedo, ambas do concelho de Amares.

Aqui faço também homenagem a um cantor e compositor que revolucionou a música ligeira em Portugal e morreu em 1984, estando enterrado no cemitério da freguesia da Torre:- António Variações.

Em sua homenagem, a Câmara de Amares  mandou colocar o seu busto à margem da estrada, na recta antes de Caldelas, freguesia também deste concelho.

Do encontro vão aqui algumas fotos para memória futura dos seus actores e testemunho para aqueles que não tiveram a oportunidade de se comprazer connosco.

Pela Comissão dos encontros de 2012 e 2013


Neves de Carvalho