sexta-feira, 22 de outubro de 2021

A VELHA CASA - "O MAIS PROGRESSISTA SEMINÁRIO CATÓLICO PORTUGUÊS DURANTE A DITADURA"

 


 

 

“O CASARÃO” chega aos cinemas a 18 de novembro

UM VELHO CASARÃO APODRECE NO CORAÇÃO DE UMA ALDEIA RASGADA AO MEIO POR UMA ESTRADA ONDE OS CARROS JÁ NÃO PARAM. O REALIZADOR FILIPE ARAÚJO QUIS DESVENDAR OS MISTÉRIOS POR DETRÁS DO ANTIGO EPICENTRO DA TERRA – O MAIS PROGRESSISTA SEMINÁRIO CATÓLICO PORTUGUÊS DURANTE A DITADURA –, QUE QUASE MEIO SÉCULO DEPOIS ASPIRA A UMA SEGUNDA VIDA.

PEDRO MARQUES on Outubro 21, 2021 at 1:20 pm


Não raras vezes, para me adormecer, o meu pai efabulava a partir de histórias reais do seu passado. De todas, a mais enigmática tinha como cenário um território povoado por miúdos e homens de branco. Uma enorme casa sem electricidade nem águas correntes, entalada num vale rodeado de florestas. Foi depois da sua morte que uma inexplicável pulsão me conduziu até esse lugar.
 

E dessa pulsão de Filipe Araújo nasce “O Casarão”, que chega aos cinemas a 18 de novembro. O filme desvenda o papel que o antigo seminário dominicano de Aldeia Nova teve nas vidas dos muitos rapazes que passaram pelas suas salas e corredores, e o destino que agora poderá ter.

No curso das ditaduras do século XX e ressaca das Grandes Guerras, o acesso ao conhecimento sistematizado para os estratos baixos da sociedade e nos contextos rurais, onde se encontrava o grosso da população, era praticamente nulo. Havia, contudo, duas exceções: a oferecida pela profissionalização militar e a via religiosa — encaradas como um dos raros passaportes para uma vida melhor. Foi esse o caminho percorrido pelo pai de Filipe Araújo, professor universitário e investigador científico. Nascido no seio de uma aldeia minhota, foi o único dos cinco irmãos a seguir os estudos. Conta que o fez aliciado pelo prior da terra, que lhe acenou com as mais excitantes disciplinas do saber, apresentando-lhe a vocação religiosa como um “dom para melhorar o mundo”. Tinha 10 anos quando ingressou no seminário de Aldeia Nova.



 

“A premissa deste projeto nasce da vontade de colocar em diálogo dois Portugais separados por um intervalo de meio século e ligados através de um mesmo edifício. É, portanto, um filme sobre finais de ciclo, mas também sobre um paradoxo. No caso, o paradoxo que é, em plena ditadura salazarista e num lugar carregado de isolamento, a “descoberta da liberdade” por parte de um grupo de pré-adolescentes a preparar-se para algo que nunca viria a ser”, explica Filipe Araújo, para quem a realização do documentário constituiu uma oportunidade de levantar o véu não apenas sobre um imóvel com história caído no esquecimento, como também sobre a improvável experiência feliz de mais de uma centena de vidas construídas entre dois mundos: o secular e o civil. 

Com esse propósito, O Casarão convida-nos a acompanhar a passagem de testemunho do antigo seminário através de António, caseiro do edifício desde o tempo dos padres, recuperando paralelamente as memórias dos seminaristas por intermédio de cartas, diários e textos dispersos entretanto reunidos.

“O Casarão”

De Filipe Araújo

Documentário. Dez. 2020, cor, 72′

Produção. Blablabla Media, RTP, Portugal

Com António Oliveira, Dinis Dias e Tonito Oliveira. A partir dos textos dos ex-seminaristas Horácio Araújo, Mário Rocha Creoulo, Fernando Vaz, José Ribeiro, Eduardo Bento, Nelson Veiga e da obra literária de João de Melo, “Gente Feliz com Lágrimas”.

Com o apoio do ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual, Ministério da Cultura e da Sociedade Portuguesa de Autores.

sábado, 9 de outubro de 2021

ENCONTROS

 O Grupo de Lisboa, em almoço convívio, encontrou-se hoje ( 2 de Outubro) na  Casa do Concelho do Sabugal/Lisboa. Como sempre,  revivemos tempos de Aldeia Nova e Fátima.

Contos velhinhos…, muitos já com cabelos brancos…

Abraço dominicano

Zé Celestino



segunda-feira, 4 de outubro de 2021

ENCONTROS

 Algo desgarrados, no tempo e no espaço, aconteceram encontros de antigos companheiros. Eu, encontrei-me comigo mesmo já que, por perto ou em meu redor, apenas eu. Chegaram fotos do grupo de Lisboa, encontro identificado pelo Zé Celestino e do grupo do Porto. Vou aguardar que cheguem mais e depois publicarei em conjunto.

Abraço