quinta-feira, 18 de novembro de 2010

VIDA - poema de Augusto Branco

Já perdoei erros quase imperdoáveis
Tentei substituir pessoas insubstituíveis
E esquecer pessoas inesquecíveis

Já fiz coisas por impulso
Já me desiludi com pessoas
Que nunca imaginei que me desiludiriam
Mas também desiludi alguém

Já abracei pra proteger
Já ri quando não devia
Fiz amigos eternos
E amigos que nunca mais vi

Amei e fui amado
Mas também fui rejeitado
Fui amado e não amei

Já gritei e saltei de tanta felicidade
Já vivi de amor e fiz promessas eternas
Mas também me magoei muitas vezes

Já telefonei só para ouvir uma voz
E apaixonei-me por um sorriso.
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
Tive medo de perder alguém especial
(e acabei por perder).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E também tu não deverias passar!

Bom é lutar com determinação
Abraçar a vida com paixão
Perder com classe
E vencer com ousadia
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E a vida é muito para ser insignificante.

Vive!

(Enviado pelo Isidro Dias)

3 comentários:

Zé Celestino disse...

Saúdo o reaparecimento do Isidro Dias no nosso Bloge e felicito-o pela oportuna iniciativa de nos relembrar o sempre actual poema Vida, de Augusto Branco

Na verdade, e apesar das «turbulências» do dia a dia, vale a pena VIVER...

Zé Celestino

Antero disse...

Saúdo o Isidro que, depois de colaboração assídua, se eclipsou aqui por uns tempos, certamente com boas razões para isso.
Esta também é uma janela de cultura e memória das coisas.
Este poema é prova disso.
Um abraço para o Isidro.
Antero

Anónimo disse...

Só agora fui escrever uma nota sobre as vossas construções frásicas na data da morte da minha mulher, pessoa que aqui vim agora homenagear através do poema Vida, que vos mostrei mais acima.
Obrigado a todos, com um abraço sentido pelo que me tocaram em nome de encontros que dão vida.
Isidro