quinta-feira, 3 de maio de 2007

MAIO EM FÁTIMA


Através de uma conexão pavloviana ainda pouco estudada, Maio, mas sobretudo o dia 13 deste mês, reporta-nos de imediato para Fátima, esta localidade onde se deu o milagre da transformação de um ermo pedregoso num burgo populoso, onde floresce o comércio, a arte (sacra), a indústria da cera, do betão armado e do turismo (religioso). As pessoas sentem-se atraídas por aquele local, onde se respira um ambiente artístico sublime pela sua estatuária, pela sua arquitectura, pelos seus espaços verdes, pela sua medalhística, pelas suas rotundas monumentais e pelas mais diversas manifestações culturais como museus (de cera), exposições e sessões cinematográficas.
Vivi ali, e nesse tempo conhecia todos os recantos, de tal forma que, nos tempos livres, angariava alguns proventos extra, na actividade de guia. Explicava tudo em pormenor aos atentos excursionistas: como, onde, quando e porquê. Naquele contexto, um elemento fugiu sempre à minha compreensão: a pista das promessas. Por dispôr apenas de uma faixa, aquele desporto é pouco competitivo, já que não permite ultrapassagens. Provavelmente as corridas de joelhos são contra-relógios, pois só assim se explica o acompanhamento e incentivo dos treinadores que sempre ladeiam os atletas. Mas como não são publicados os tempos, nem se sabe qual o recorde, os adeptos a assistir, são ali ainda menos, que nas restantes provas de atletismo.
Aquela data associada àquele local, traz-me à memória imagens já um pouco difusas e por isso falhas de objectividade. Ainda assim, recordo-o como um dia especial. O convento enchia-se de pessoas desconhecidas e personagens ilustres, das quais sobressaía o herdeiro ao trono, sua alteza o duque de Bragança, pai do actual, que impreterivelmente visitava o convento naquele dia. Tinha o privilégio de ser o único estranho à Ordem, a penetrar no espaço de clausura e a almoçar no refeitório dos frades. Por isso, naquele dia a ementa era esmerada.
Os frades vestiam o hábito de gala, não dispensando a capa, mesmo que o calor os fizesse destilar. Caminhavam com andar mais desembaraçado que costume, fazendo roçagar as suas vestes pela multidão, que abria passagem e olhava reverencialmente para aqueles símbolos da castidade.
Não se quedavam entre a multidão, antes tinham lugar reservado numa das colunatas, ao abrigo das intempéries, dos apertos e do cheiro a povo. Do seu posto de privilégio, observavam a multidão do alto e admiravam a enorme fé, espírito de sacrifício, de pobreza e de humildade.
Acabada a cerimónia, todos ficam comovidos com a ideia do adeus. Que bom seria continuar sempre aqui. Por isso é que o negócio imobiliário tem florescido, porque a compra de casa, representa o alívio de não ter de dizer adeus, com comoção de lenço na mão.
Se em todas localidades do país há imagens da Nª Senhora, os fieis podem matar as saudades a todo o momento e em qualquer lugar. Não sendo assim, leva à concorrência entre as Nossas Senhoras. Nomeadamente, já dizem no Sítio, que a Senhora de Fátima foi o diabo que apareceu à Senhora da Nazaré. O próprio D. Fuas Roupinho acaba por ser vítima de descriminação por esquecimento, ele que foi herói e duplamente vidente, pois para além da aparição no Sítio, foi também num arroubo místico que enviou para o céu umas dezenas de mouros na batalha de Ourique. Como se pode ler na fachada da Câmara Municipal de Ourique o nosso herói colaborou com D. Afonso Henriques na vitória sobre os cinco reis mouros, atestada nos compêndios históricos mais insuspeitos.

"A pintura daquela vitória são cinco escudos de cinco reis mouros que ele ali venceu. E porque os venceu com ajuda de Jesus Cristo crucificado, que lhe a ele apareceu, mandou pintar aqueles cinco escudos sobre uma cruz azul, a qual dizem que era a insígnia antiga deste reino. Mandou mais pintar em cada um daqueles escudos cinco pontos que fazem número de vinte e cinco, e com os cinco escudos fazem trinta. Estes números quis ele que significassem os cinco escudos cinco chagas principais de Jesus Cristo, e o número de trinta significasse os trinta dinheiros por que ele foi vendido"28. Fernando Oliveira, História de Portugal
Fernando Oliveira (c. 1507-c.1582), formado em Évora no Convento dos Dominicanos, foi um dos mais originais e mais multifacetados escritores do Humanismo português.

Tivesse D. Fuas vivido na época da TVI e seria tão ou mais famoso que a irmã Lúcia ou o José Castelo Branco.

Com fraternais saudações, vosso
Ezequiel Vintém (ex-frei Pancrácio)

25 comentários:

Anónimo disse...

Caro Ezequiel Vintem,
Que raio de pseudónimo tu arranjaste. Na minha zona vintem é associado a «piça curta ou penis franzino».
Mas vamos à questão de fundo. Digo-te,honestamente,que dei especial atenção ao texto que apresentaste.A temática Fátima merece a nossa reflexão. Porém, não em sede deste Blog, destinado, basicamente,a um reencontro dos amigos de Aldeia Nova e de Fátima, que não a debates idiológicos.
Neste pressuposto,escuso-me a tecer considerações opinativas sobre o tema que, concordarás, transcende a lógica da razão pura.
Tu, agora mais iluminado pelas terias dialéctico materialistas, também já deves ter pensado de forma diferente. Isto não quer dizer que eu esteja em oposição frontal contigo.Apenas considero menos próprio o espaço do Blog para ridicularizar um tema tão delicado ao nível da religiosidade das pessoas. E tu concordarás comigo, uma vez que te refugias no referido Ezequiel Vintem. Mas podes e deves aparecer.Pela minha parte será muito gratificante contraditar ideias. Tens é que te acautelar com o Imeldo.
Retribuo fraternas saudações.

Anónimo

Anónimo disse...

Não te reconheço por patrão do blog, pela simples razão que o blog “criar laços”, não tem amos, nem censores. Lá pelo Salazar ter ganho um concurso televisivo, não julgues que vens do passado usar de novo o lápis azul. O blog é um espaço aberto, multifacetado onde se exprimem memórias, opinião, crítica, humor, reflexão, etc . O que não aceita é falsos moralistas que à primeira discordância, agridem o interlocutor ao abrigo do anonimato. Na minha zona, a esses chamam-lhes capados. Estou a topar um devoto de uma religião bafienta, adornada de santos de confeitaria. Não fora o teu anonimato, teria muitas mais coisas interessantes para te dizer, mas não entro na tua onda.
Ezequiel Vintém (ex-frei Pancrácio)

Anónimo disse...

Na minha terra utiliza-se a expressão “ não veles nem um vintém ”! Para mim, no entanto, o texto do Ezequiel Vintém até vale muito. Está escrito num estilo que adoro e com muito humor. Apesar de uma ligeira caricatura, achei-o justo e descreve situações realistas e vivídas. Reconheço, no entanto, que não é o texto mais adequado para a homilia do dia 13 de Maio no Santuário... O mais importante é que se respeitem as pessoas. Os conceitos nunca podem ser impostos, mas podem e devem ser discutidos, aprofundados, corrigidos e muitas vezes abandonados, mas nunca adoptados de forma definitiva. Isso equivaleria à negação da evolução das ideologias e sobretudo do homem. Isso dos dogmas tem muito que se lhe diga...Lamento que tivesse havido atentado contra a dignidade da pessoa do Ezequiel Vintém, quando o anónimo insinua que ele tem “piça de curta ou penis franzino”. Também o frei Pancrácio deve moderar o seu propósito e não ser que tanto um como outro tenham verificado, e possam apresentar provas daquilo que avançam! Absolutamente de acordo com o Ezequiel Vintém quando afirma que o blog não tem amos e que nele se exprimem memórias ...etc. Evidentemente que não há censor, mas cada um deve impor-se a censura do respeito dos outros, exigindo a reciprocidade. A opinião que acabo de exprimir (disse opinião), também está submetida à critica, naturalmente! Fernando.

Anónimo disse...

Ai eu é que sou o contador de histórias?!... Acredita-me incondicional fã da tua prosa, que muito enriqueceria as colunas do meu jornaleco. O F. Vaz já colabora e contigo... ainda havemos de conversar.
Um abraço de amizade e admiração
Nelson

Anónimo disse...

Penso que a diversidade de opiniões deve ser umdos princípios do blog. Cada um deve manifestar o que pensa livremente. Porém há limites éticos que ´~ao se devem ultrapassar. Penso que até agora não estamos aultrapassar o que deve ser. Ainda estamos no campo do humor da ironia e da crítica. Apenas o Imeldo tem manifestado posições com as quais discordo inteiramente. Mas a liberdade de opinião é um valor. Tenho apreciado a ironia fina e que não ofende do Ezequiel Vintém. Penso que o Blog tem mantido um bom nível. Parabéns ao Nelson e a todos os colaboradores. Tenho acerteza de que quando nos encontrarmos todos, vamos rir todos destas "ferroadas" e dar um abraço de sincera amizade. Somos todos mais irmãos uns dos outros do que às vezes certos irmãos de sangue. Bebemos da mesma inicial alegria, da mesma dor, da mesma solidão. O que éque nos pode separar. Bom dia Imeldo, bom dia Pancrácio, bom dia anónimo.
Um abraço do
Eduardo Bento

Anónimo disse...

Oh Exequiel,Vintem,Pancrácio ou o Caraças que sejas.

Tu não atingiste o alcance do meu comentário jocoso(1.º)ou, admito, eu não consegui transmitir-te o meu pensamento. Eu sou um defensor acérrimo das mais amplas liberdades de expressão. Fui educado, desde o berço,na nobre escola da Democracia.Até tive familiares que foram presos e torturados pela PIDE. O que eu quiz
dizer e mantenho é que o tema Fátima, tal como o apresentas, misturando o D. Fuas Roupinho com a irmã Lúcia e com o panasca do José Castelo Branco,não se inserirá no espírito que presidiu à criação do Blog.Encerra conflitos de religiosidade. É o meu ponto de vista,considerando a chacota com que o abordas. Claro que estamos, graças ao 25 de Abril, num País democrático. Tal não significa que não se respeite a sensibilidade religiosa de quem não se identifica conosco ou esteja em patamares culturais diferentes. Daí eu ter referido que o tema Fátima poderá ser mais apropriado a uma discussão de grupo. Ao Salazar, só espero que jaza, para sempre, nas profundezas do inferno, na parte mais aquecida. Só o nome,ligado à pessoa concreta, me faz agonia e nauseas.O regime a que ele presidiu prendeu e torturou familires meus muito próximos, por motivos que ainda hoje não são racionalmente entendíveis.Longe de mim a vontade de te querer agredir só por expressares as tuas ideias. Até disse que não estava em oposição frontal contigo. E não estou. Só fiz um reparo quanto à apresentação do tema Fátima, nos termos em que o apresentas no Blog. Por isso, não se me aplica a qualificação de capado a que tu te referes. A propósito,sou pai de 5 filhos e avô de 3 netos. E isso não se faz com um reles vitem que, como te disse, na gíria popular e jocosa da minha zona,significa piça franzina. Quanto a religiosidade, sou mais proximo dos agnósticos. A não ser em festas de casamentos, já mal me lembro de ter ido à missa. Os meus filhos nem são baptizados. Por isso, essa de devoto,religião bafienta,adornada de santos de confeitaria só tem sentido,na tua própria linguagem,se proveniente de capados quando apanhados pela máquina da verdade.Para terminar, dir-te-ei que enquanto te refugiares no pseudónimo de Ezequiel Vintem ou qualquer outro não deves levar a mal, se és um democrata, que alguns dos comentaristas não queiram identificar-se. Não és tu, afinal, um homem que se apresenta de ideias avançadas e crítico severo dos devotos bafientos? Então sê coeerente. Pratica o que defendes teóricamente e diz quem és. Pela minha parte encontrarás um interlocutor respeitador.

As mesmas saudações fraternas

Anónimo disse...

Ilustre anónimo
Parece que nos estamos a começar a entender. Para tanto bastará que utilizemos uma linguagem cordata e sem arrogâncias. Por outro lado, é preciso que não percamos o sentido de humor. E é precisamente em nome desse sentido de humor, que surge o texto que tanto te incomoda. Não há nele qualquer intenção de melindrar as sensibilidades religiosas de quem quer que seja. Porque alguém com um mínimo de inteligência e sentido de humor, relativiza a circunstância de num contexto literário, surgirem associados nomes que nada têm em comum, nem no tempo, nem no contexto vivencial. Também eu tenho filhos e netos. O meu anonimato tem um sentido, que um dia conhecerás, em momento oportuno. Para já, digo-te apenas que é em prol do blog ( pelo menos é essa a minha intenção). Quanto ao teu anonimato, já não se percebe o intuito. Acho que serias um óptimo colaborador do blog, que bem precisa de todos para conseguir o propósito de “criar laços”. Aproveitavas energias que desperdiças nestes comentários e apercebias-te do esforço que uns poucos têm feito para o manter activo, mesmo desempenhando por vezes o papel de idiota útil. E aí talvez te apercebesses do ridículo que é falar em nome do blog como se fosses seu dono. Eu tenho estado atento desde o início e vejo o esforço dos autênticos criadores do blog: o Nelson, o Fernando Vaz, e outros poucos.
Vamos a isso, defende as tuas ideias, abertamente, que estou certo, serão respeitadas por todos. Se tiver divergências assumi-las-ei frontalmente, sem golpes baixos, nem ofensas pessoais e nunca por nunca, falando em nome do blog como se fosse seu dono.
Ezequiel Vintém (ex-frei Pancrácio)

Anónimo disse...

Meu caro E. Vintem,

Parece haver alguma convergência ideológica entre nós. Não sendo o essencial,será importante.A democracia constroi-se no debate ideológico, no respeito mútuo e no levar à prática a contrução de um mundo melhor.De verbalistas está o mundo cheio. Neste teu comentário dás ares de superior inteligência, pessoa cordata,humilde e com sentido de humor,qualidades que dizes faltarem a este arrogante anónimo.Olha que não,amigo Vintem.
Deus não te sobredotou a ti em detrimento dos teus interlocutores e, talvez, companheiros de Aldeia Nova e ou de Fátima. Pela tua postura, parece-me não teres passado por Aldeia Nova.Convem que tenhas presente que nós nunca somos bons julgadores de nós próprios. Quem nos pode julgar são aqueles com quem convivemos no dia a dia. Não pelo que dizemos ou escrevemos, mas pelo que fazemos.Da leitura atenta dos meus comentários aperceber-te-ás que os mesmos nunca podem vir de alguém com cultura da PIDE, da CIA ou do KGB como tu pareces ter entendido. Tão pouco de alguém com sentido de posse ou dono do que quer que seja,nomeadamente do Blog, paa o qual,podes estar certo, tenho dado mais que tu .Eu até sou adverso à grande concentração da propriedade em mãos privadas ou sob a tutela estatal. Gosto mais dos minifúndios.Mas vamos ao teu texto inicial com alusão ao 13 de Maio de Fátima. Então não reconhececes que ultrapassaste os limites do respeito que merecem os puros peregrinos que se arrastam de joelhos em Fátima, movidos pela fé a Nossa Senhora? Lá que tu e eu não tenhamos merecido a graça dessa fé, não é motivo para escarnecer dos que se dizem terem fé. Então não vez que,por escrito, fazes chacota dessas pessoas crentes,quantas vezes acometidas de doenças incuráveis,apelidando-as de atletas que,de joelhos,em contra-relógio, correm na pista das promessas,ladeadas e incentivadas pelos treinadores?Que sentido de humor é o teu? Lá que tu faças alusão aos castos frades, vá que não vá. Mas vamos dar por findo,se concordares, o tema Maio em Fátima.
Consideras que é refugiado no pseudónimo de Vintem que dás um contributo positivo ao Blog? Até admito que sim, pois os teus textos,apreciados sob o ponto de vista literário e ideológico merecem uma nota elevada. Mas terás que ser efectivamente humilde quando um qualquer anónimo discordar da substância ou da oportunidade das tuas apresentações e te lançar umas farpitas. É o caso.Este anónimo que te farpeou fêlo estrategicamente. Para te fazer vir à luz do dia, como já prometeste.Vamos ver se tens essa coragem. Neste Blog,sob o pseudónimo de Imeldo tem aparecido um anjo da luz a anatemizar o Fernando Vaz,o Eduardo Bento e o Alexandrino.Tu apareces com ares de erudito e superior progressista a zurzir no Imeldo e agora em mim por não teres gostado do reparo que fiz à tua intervenção sobre o Maio em Fátima. Tanto a ti como ao Imeldo e a todos os que aparecerem sob pseudónimos, responder-lhes-ei, sempre que considere de intesse, sob anonimato. Sei lá quem são vocês...Sei lá o que vos move...Sei lá se vêm por bem ou por mal. O poeta e cantor Zeca Afonso dizia que só seria bem vindo quem viesse por bem.
Retribuo sempre as tuas amáveis saúdações fraternais.

Anónimo

Anónimo disse...

Ilustre anónimo
Oh! homem de grandes feitos, que além de antifascista, com familiares vítimas da PIDE, ainda é um dos que mais tem contribuído para o blog. Isto é extraordinário! Só eu não tive a felicidade de um tal legado. Fui-me construindo a expensas próprias, já que os meus predecessores nunca reivindicaram nada, e limitavam -se a grangear as pequenas bouças, quase estéreis, que as Beiras comportam.
Perante os elogios que me dedicas, sinto-me em falta. Mas a única razão para não te vangloriar a superior inteligência, a destreza no manejo das palavras e a sagacidade, é simplesmente porque me sinto na posição dos seres vivos, perante o Sol. Sentem-se tão diminutos, que acham estultícia dedicar-lhe loas, pela sua luz e pelo seu calor.
Acerca do texto da polémica, também não reconheces que “ultrapassaste os limites do respeito que merecem os puros” admiradores de Salazar, ao afirmar: “Ao Salazar, só espero que jaza, para sempre, nas profundezas do inferno, na parte mais aquecida.”?
Quanto ao teu anonimato, nada a obstar, desde que, ao abrigo do mesmo, não ponhas em causa a virilidade de alguém. Porque esse é o calcanhar de Aquiles, de um homem que se preza.
Cordiais saudações
Ezequiel Vintém (ex-frei Pancrácio)

Anónimo disse...

Tanto vale o Anónimo como o Vintém.
O primeiro confessa-se agnóstico e com ódio inernal ao Senhor Doutor Oliveira Salazar. ( Ainda há pouco o povo português demonstrou que não pensa assim. O segundo além de irreverente é renitente e contumaz na impiedade manifesta. Ms em verdade te digo, oh Vintém (sejas tu quem fores) que mais depressa chega ao céu, de joelhos, uma penitente de Fátima do que tu com as tuas quatro patas e toda a tua intelectualidade. Quanto ao Alexandrino, Moreno, Eduardo Bento, Fernando Vaz estamos conversados. Continuem por aí a destilar a vossa descrença esquerdista que vozes de burro não chegam ao céu. Só digo isto a pensar na vossa conversão. Só mais isto: Não sou anónimo. Já disse como entrei na ordem e como saí. Já disse quem eram os meus pais e onde reido. Em breve insistirei nos daos da minha identificação. Não sou anónimo. Sou um combatente da fé que chora o descaminho, político e religioso, por onde andais. José Oliveira (Ex Imeldo)

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Obnubila-se-me a visão, dilacera-se-me a alma e revoltam-se-me as tripas, com tanta blasfémia!... E eu, que assim tímido, quase a medo, entrei neste blog convicto de aqui ia consolidar a minha fé e, que sei eu, talvez recuperar a vocação que, ao contrário do Imeldo, não cheguei a perdê-la, mas guardei-a com tal recato que lhe perdi o poiso. É que eu, como o ex-Fr. Pancrácio, sempre aspirei mais alto, pois uma cigana que lia as sinas na estação de Caxarias enquanto esperávamos pelo combóio, asseverava que eu iria longe!... A profecia, que na altura encomendei por cinco tostões, ainda pode cumprir-se. Só tenho espreitado o blog em busca de ensinamentos e, verdade seja, que muito saber tenho bebido. Não tenho a honra de conhecer o Ezequiel Vintém, porque bem mais velho que eu, mas o seu texto é incontroverso e não merecia que um qualquer encapuçado sobre ele viesse verter tanta bílis.
Só quero deixar minha solidariedade e a promessa de que não voltarei a incomodar-vos. A menos que...

Anónimo disse...

Oh Imeldo! Oh Imeldo!
Quousque tandem abuteres pacientia nostra...Já cá faltavas, para ajudar à festa. Eu não me atemorizo. Quantos são? Quantos são? Tu não estarás com os neurónios obstruidos pela poluição que respiras no nº1 da R. Rodrigo da Fonseca em Lisboa? Não terás tu uma conduta da tua casa ao túnel do Marquês, para aproveitamento dos gases de que tanto gostas e o teu amigo Bush preserva? Desintoxica-te!Vai comer palha... de Abrantes, escorrega até ao Rossio ao Sul do Tejo, atira-te à água e deixa-te levar. Quer encalhes em Constância ou no Tramagal sentir-te-ás mais livre, leve e fresco. Se passares daí para baixo , cais de novo no ambiente de esgoto, e voltas a pensar como agora.
Ezequiel Tostão (ex- frei Pancrácio)

Anónimo disse...

Oh com caraças.Vamos lá despir os hábitos de ex-frades e a liguagem conventual.Hoje todos somos cidadãos do mundo,integrados numa socidade moderna que todos queremos melhor para os nossos filhos e para os nossos netos.Ponham de parte a retórica gongórica e o verbalismo vazio de contúdo e desçam ao mundo dos homens.O Vintem teve o mérito de dar corda aos sapatos de alguns
bloguistas e por o Imeldo em franjas e a rezar por todos nós. Um Administrador do Blog até já removeu o comentário de um tal ex-fr. Apolinário ou Manel da Elisa.Foi pena.Pela minha parte, discordo. Oh Nelson não faças isso.Repõe lá o comentário do Manel da Elisa. Se o merecer, leva umas farpas do Imeldo,do Vintem e talvez de muitos mais.Mas isso é que enriquece o Blog. Vê lá se o texto do Horácio sobre o fr. Calvo deu alguma luta.Apenas o E. Bento o comentou em três linhas. Se fosse sobre o Fr. Porras verias quantos comentários apareceriam. O que faz falta é animar a malta. Agora até já temos o Exequiel Tostão a querer lançar à sargeta o Imeldo. Eu não concordo que o Imeldo vá para a sargeta. O Imeldo deve dizer o que sente na alma, ouvindo,com respeito,as opiniões contrárias.Já sabemos que o Imeldo nos considera,em geral,de burros e esquerdistas. Mesmo assim pensa na nossa conversão.O Vintem apresenta-se com um dicurso a raiar o materealismo dialéctico. O Imeldo deve andar próximo das ideologias fascistas e o Vintem deve ter ficado refem das doutrinas marxistas,do Hengel,do Lenine e um pouco do Maotsetung.Ambos merecem o meu respeito. Porem um e outro contem com a minha opisição democrática sempre que abordem temas de que eu discorde. Perfilho a liberdade de expressão e a constução de um mundo livre que coloque o homem no centro das atenções, com as suas virtudes e com os seus defeitos. Não tive a graça da fé ou tê-la-ei perdido. Por isso, me disse próximo da doutrina agnóstica. Mas identifico-me com os ideários cristãos enquanto defensores da dignidade da pessoa humana. Considero que não fui ainda bem entendido nas minhas observaçõoes ao Vintem sobre o tema Fátima em Maio.O tema, como disse,merece reflexão.O que critiquei-e tenho todo o direito de o fazer- foi o sarcasmo que revestiu a referência aos penitentes.A propósito,vejam o semanário Sol desta semana que aborda o fenómeno Fátima com elevado respeito pelos milhões de crentes que acreditam Fátima.Por fim,uma palavra ao Imeldo.Não distorças o sentido das minhas palavras.Em lado algum ponho em causa a tua virilidade. O que está escrito é que a palavra vintem, na gíria popular de algumas regiões,é sinónimo de piça franzina. Nas escolas, os putos, ao mijar em grupo, brincam uns com os outros e dizem: olha o....tem um vintem pequenino. No entanto o vocábulo vintem-moeda de cobre que valia vinte réis- também tem o significado de pessoa muito pequena,franzina. E tu Imeldo que pareces dado à escrita és pressuposto saber isso.
Olha, tivesses escolhido o pseudónimo de Ezequiel Dolar ou Euro. E agora que venham mais comentários.Quanto mais melhor.
Dixit.

Retribuo cordiais saúdações

Anónimo que se dirige,em particular, aos comentaristas que se apresentam com pssudónimos

Anónimo disse...

oh Anónimo, na parte final do teu comentário pareces confundir o Imeldo com o Vintém. Credo! Não me confundas com esse indivíduo que como tu é anónimo e se esconde cobardemente na sombra. Mesmo assim digo-te: pareces-me mais dialogante do que o Vintém (Pancrácio). E já agora para o Eduardo Bento: orgulho-me que discordes com as minhas ideias é sinal que tenho razão. Olha, tu que vives aí para os lados de Torres Vedras vai até ao mar, conempla o pôr do sol e reflecte se esse espéctáculo não é obra de um ser superior em que pareces ter deixado de acreditar.
Saudações amigas.
José Oliveira.

Anónimo disse...

Meu bom "anónimo":
Retirei o comentário do Manel da Elisa, o tal ex-Fr. Apolinário, porque continha um erro técnico que poderia fazer perigar a desejada animosidade que aqui vamos vivendo. Não sei se me entendes!...

Anónimo disse...

Outra vez Imeldo?
Eu é que não quero nada de confusões entre o meu e o teu nome. Porque eu sou um homem do mundo, com uma vida experimentado no cadinho do sofrimento, do trabalho e na preocupação pelos explorados e deserdados. Tu, menino de leite, tens vivido no conforto da cidade, a olhar para o teu umbigo.
Num comentário anterior indiquei-te o caminho de Abrantes, onde há palha com abundância. Esqueci-me então, que a tua maior viagem, foi até à Buraca, para encheres o pandulho, no restaurante "o Panças". Eu conheço todos os teus passos,o que me permite dar nota aos nossos ex-confrades da tua vidinha em circuito fechado. Basta eles manifestarem interesse.
Um abraço
Ezequiel Vintém (ex-frei Pancrácio)

Anónimo disse...

Ó Vintém, conta, conta...

Anónimo disse...

Pois bem, se sabes dos meus passos proclama a verdade de mim que ao mesmo tempo pode ser que reveles a tua mentira. Aparece e diz quem és, tu oculto atrás de Vintém. Mas sejas tu quem fores, lembrar-te-ás sempre que este mês, mês de maio é o mês do rosário que tu trouxeste pendente e o mês de Maria. Medita.
José Oliveira

Anónimo disse...

Caro Vintém

Tá o máximo!

Estás, para já, convidado a fazer o discurso da inauguração do novo Santuário prevista para Outubro....

Quanto à provocação e polémica, acho que são um direito adquirido. Estamos na idade de ter direitos e em que todos nos começam a compreender e respeitar: Coitados, a idade não perdoa!!!!!

Já viste o filme "O grande silêncio" (NIMAS)? Não percas. Depois podemos falar sobre ele.

Abraço

Anónimo disse...

Com as alterações climatéricas está a ser penosa e de sofrimento a caminhada do Alentejo até à Serra Daire.
Inimaginável a falta de mensagem dos pastorinhos nas mentes destes comerciantes de dormidas, comidas, venda de àgua e coletes-sinaleticos que com a transpiração têm de ser substituidos.
Deixem-se de criar barriga frente ao blog e venham para a estrada ajudar os peregrinos e preguem a mensagem de Fátima como sempre fez o n/antigo directot Luís Cerdeira. Sabeis que mais ?
Porra,porra,porra!....
Peregrino

Anónimo disse...

Ao anónimo "Tá o máximo"
Agradeço o convite para discursar na inauguração do novo Santuário, mas tenho que decliná-lo, porque nessa data tenho a agenda sobrecarregada.
Quanto ao filme que me aconselhas, suponho que o cinema Nimas fica em Lisboa. Além de ser muito longe, não me sinto com capacidade de me meter naquela selva de trânsito. Deixem-me estar a ouvir os passarinhos e a apreciar as borboletas.
Um abraço
Exequiel Vintém

Anónimo disse...

Ho Vitem das borboletas e dos passarinhos. Eu já te vou topando.Num outro comentário identificavas-te com a ternura do Ary dos Santos.Por isso é que não gostas do fofo do Imeldo.Então não sabes onde fica o NIMAS?.Olha que eu sou do Norte e peso quase 120K mas não sou fofo.Quando estive na tropa- era oficial comando - meti a cabeça no bidé a um borboleta que andava sempre a esvoaçar por cima dos soldados.
Atenção bloguistas ás movimentações deste Vintem das borboletas.Quando o apoiam diz logo TÁ O MÁXIMO.

SD (saudações bloguistas)

Anónimo disse...

Dia 13 de Maio !
O artigo do Vintém « Maio em Fátima" teve o sucèsso que merecia. Por prova os 24 comentários, incluindo o que estou a redigir. Merece todo o respeito quem escreveu esta frase bem temperadinha com o sal e a pimenta indispensáveis e um mínimo de piripiri para relevar o paladar! “...não se quedavam entre as multidões (os frades) antes tinham lugar reservado numa das colonatas ao abrigo das intempéries, dos apertos e do cheiro a povo. Do seu posto de privilégio observavam a multidão do alto e admiravam a enorme fé, espirito de sacrificio e de pobreza e de humildade”...De certeza, meu Ezequiel Vintém, que já escreveste alguns romances. Caso contrário, começa ràpidamente, e avisa . Eu serei teu leitor assíduo. O treze de Maio (e os outros trezes) sempre me deixou um gosto amargo e quase de revolta ao ver como aquele povo(também sou) que tanto amo e respeito era manipulado. Era mantido voluntariamente numa religião bem próxima da magia, do fanatismo e da superstição.
Como em todo o lugar do mundo onde há portuguêses, em quase todas as igrejas desta Diocèse é venerada uma imagem de N.S. de Fátima. Por volta do dia 13 de Maio as celebrações multiplicam-se. Durante mais de vinte anos fugia destas manifestações, de tal modo a indigestão foi traumatizante. Os anos passaram. As resistências foram cedendo e hoje não só participo mas até organizo. Que o frei Imeldo não se regozije depressa de mais. Não o faço por convicção e ainda menos por necessidade intrinseca, mas unicamente para ajudar a nossa comunidade a evoluir um pouco, mas não é fácil. Ontem á noite, numa Catedral repleta,durante uma cerimónia por mim organizada e dirigida e presidida pelo nosso Arcebispo, cantavam e rezavam, mais de dois mil portugêses. Faço tudo isto para prestar serviço à comunidade portuguêsa que não consigo emancipar desta verdadeira droga. A verdade é que se os privamos destas manifestações eles vão para os integristas ou as ceitas o que a meu ver é bem pior. Vou continuar uma vez por ano a sacrificar a estas tradições de 90 anos. Por todos os meios procuro fazer evoluir estes compatriotas, pedindo ao mesmo tempo a Deus que me perdôe esta acção, sem convicção. Faço-o ùnicamente para impedir que outros, com intençoes menos altruistas, não venham fazer pior! Um abraço do Fernando.

Anónimo disse...

Ho Fernando,então tu organizas manifestações de relegiosidade e de louvor Nossa Senhora quanto às quais não és convicto? Que raio de diácono és tu? Que relação é a tua com os crentes e com as crentes? Pensas que és superior a eles? O teu arcebispo sabe disso? Essa é uma atitude farisaica que Deus não te perdoará. Apreciaste a prosa sarcástica do Vintém? Reparaste como ele escarnece os penitentes peregrinos? Começo a dar algum crédito ao Imeldo. Ele, ao menos, reza pelos carneiros tresmalhados.