quarta-feira, 2 de maio de 2007

Comentário ao texto do José Oliveira, sobre o Pe. Clemente de Oliveira

Acabo de ler e reler o teu texto sobre o Padre Oliveira e não entendo aquela de meteres espírito revolucionário e teologia da libertação. Detenho dos teus escritos anteriores de que és professor e como tal deves estar familiarizado com os problemas que o Armando Alexandrino apontava na sua última conversa com a neta Vitória. Será que não és sensível a tais problemas ? Não olhas para a tua cidade de infância e para a de hoje ? Quando vem chuva são só inundações. O alcatrão tapou a terra. Não notas no tempo, ao saíres de casa . as diferenças climatéricas ?
Tens medo do espírito revolucionário ? Que foi Cristo para a sua época e ainda hoje ? Tens medo da teologia da libertação ? E não tens medo da teologia do Banco Ambrosiano, Banco do Vaticano ?
Como tu, também eu me apaixonei pelo espírito VERITAS e por isso, sou obrigado a dizer-te que conheci o A.Alexandrino no Noviciado, F. Vaz e outros. Os nossos Mestres conseguiram criar um espírito de IRMÃOS que ainda hoje mantemos essa ligação.
Muito antes de teres medo da teologia da libertação e revolução francesa, já esses nossos Irmãos praticavam,diariamente, a TEOLOGIA DA PARTILHA, SOLIDARIEDADE, FRATERNIDADE. De alguns deles e concretamente do A.Alexandrino, sou testemunha da ajuda e partilha que deu no tempo de tropa e na sua vida profissional. Não se tratava de colaborar na "balda" mas no sentido da justiça e da fraternidade. Se um dia fores aos locais onde nasceu o A.Alexandrino ou o F.Vaz vais ver que são locais onde a nossa vista não têm muralhas.Um tempo o mar profundo e o outro tem a profundidade dos campos a perder de vista.
Gostaria de me despedir de ti em latim mas opto por utilizar uma frase de um Homem(sem Medos) que nasceu no Porto e morreu em Lisboa, mas que era cidadão do mundo:Prof.Agostinho da Silva "não sou do ortodoxo nem do heterodoxo;cada um deles só exprime metade da vida; sou do paradoxo que a contem no total"
J.Moreno

3 comentários:

Anónimo disse...

J. Moreno:
Pois por ser professor é que vejo mais de perto para onde vai o mundo e esta juventude. Vê as atitudes impúdicas com que se comportam os jovens. Nossa Senhora em Fátima falou contra o luxo e contra o impudor. Espero que a Senhora que é intermediária entre o seu Filho e os homens traga o mundo para o bom redil. Ela prometeu a conversão da Rússia e cumpriu.Hoje, aquele mundo que foi vermelho e ateu é azul e crente.
Olha, deixa o Agostinho da Silva em paz que eu tenho um compromisso mais alto: Estou com a verdade, estou com os nossos bispos e não pactuo com a heresia, nem capitularei perante a leveza presente hoje no mundo.
Com amizade.
José Oliveira

P.S.
O Alexandrino e o Fernando Vaz foram como tu apanhados pela onda de debandada e não retomaram o caminho. Eu procuro retomar.

Anónimo disse...

Quod natura non dat…
Estou deveras sensibilizado com a manifestação de amizade do meu grande amigo Kim Moreno, pese embora o exagero na apreciação das minhas qualidades, que se compreende dado o fervor da refrega. Culpado disto tudo? Apenas uma pessoa que nos anda a infernizar os espíritos, o Imeldo. Mas queria dizer ao meu amigo Kim para não perder a sua habitual serenidade, porque já todos sabemos com quem estamos a lidar. Até me tem dado pena, a forma como tem sido zurzido de todos os lados. Dizia-se na Idade Média: “quod natura non dat, Salamanca non prestat“. Interrogo-me como é que este Imeldo não conseguiu absorver nada do que lhe ensinaram em Fátima. Penso que é uma questão de falta de horizontes, como diz o Moreno. Nascido na R. Barata Salgueiro, com prédios por todo o lado a tapar-lhe a visão, ficou assim. Nem a proximidade da casa onde nasceu na R. do Salitre o percursor do liberalismo português, Gomes Freire de Andrade, lhe abriu o espírito. “Felizmente há luar”.
De teologia da libertação sabemos pouco, mas podemos invocar a prece da libertação: Senhor livra-nos deste Imeldo.
A. Alexandrino

Anónimo disse...

AMEN!...