sábado, 31 de dezembro de 2011
ANIVERSARIANTES NO MÊS DE JANEIRO
nossos Amigos:
Dia 1:
Domingos Pires Lopes
Carlos Alberto Sequeira
Álvaro Belmar Esteves
10 -Carlos Jorge dos Santos Videira
11 -António Cândido Salzedas Martins
23 -Fr. Gil Filipe
24 -Armando Ferreira Neto
Para todos os nossos parabéns e os votos de um futuro cheio de
Bençãos de Deus.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
BOAS FESTAS!...
Aproveito este meio de comunicação para agradecer a todos quantos nos mandaram as Boas Festas de Natal e para desejar, a cada um de vós e respectivas famílias, a continuação de um Santo e Feliz Natal. Desejo, igualmente, que o Ano de 2012 seja para todos vós e demais familiares, um ano com saúde, paz, amor, e solidariedade entre todos.
Espero que o grande Presente que Deus nos deu em Seu Filho, nós o saibamos acolher com verdade nas nossas vidas, e que aprendamos d’Ele e com Ele a tornarmo-nos presentes junto daqueles que mais precisam. Se Ele continua com a sua tenda montada entre os homens, não temos nada a temer…
É claro que é mais fácil ter boas intenções, do que passarmos à prática. Sejamos como diz o Bispo de Viseu: “ deixemos de ser jogadores de bancada e passemos à acção”…
Um abraço dos manos dominicanos do Porto extensivo às vossas famílias, com votos de um Ano 2012 com uma esperança activa.
Frei Pedro
FELIZ 2012
PARA TODOS, O MEU ABRAÇO AMIGO
Nelson
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
BREVE RETROSPECTIVA DA PROVÍNCIA DOMINICANA PORTUGUESA
Honra-se a Província Dominicana de Portugal de ter por seu primeiro religioso um companheiro do próprio S. Domingos, Fr. Soeiro Gomes, uma personagem ilustre e sacerdote virtuoso e sábio. Chefiou o grupo de religiosos que veio para a Península Ibérica e logo tratou de estabelecer a nova Ordem na sua Pátria. Em 1217 já estava em Portugal como Provincial de toda a Espanha. O valor pessoal e a santidade deste e de outros varões ilustres, como o Beato Fr. Gil de Santarém – mais conhecido por S. Frei Gil –, explicam a magnífica aceitação que a Ordem de S. Domingos teve em Portugal. Lembremos que, ainda no século XIII, século da fundação da Ordem, foram construídos os conventos de S. Domingos de Santarém (1218), S. Domingos de Coimbra (1227), S. Domingos do Porto (1238), S. Domingos de Lisboa (1241), Nossa Senhora dos Mártires de Elvas (1267), Nossa Senhora das Neves de Guimarães (1270) e S. Domingos de Évora (1286).
E o número de conventos foi crescendo sempre. Recordemos, no século XIV, o celebérrimo convento de Santa Maria da Vitória (1388), por todos conhecido ainda hoje por Mosteiro da Batalha, e o convento de S. Domingos de Benfica (1399), primeiro da Observância. Vieram depois, no século XV, os conventos de Nossa Senhora da Misericórdia de Aveiro (1423), Nossa Senhora da Piedade de Azeitão (1435), Nossa Senhora da Consolação de Abrantes (1472) e Nossa Senhora da Luz de Pedrógão (1476).
No século XVI fundaram-se mais os seguintes dez conventos em Portugal continental: Nossa Senhora da Serra de Almeirim (1501), S. Domingos de Vila Real (1524), Colégio Universitário de S. Tomás de Coimbra (1539), S. Gonçalo de Amarante (1540), Nossa Senhora da Esperança de Alcáçovas (1541), S. André de Ancede (1559), S. António de Montemor-o-Novo (1559), Santa Cruz de Viana (1561), S. Sebastião de Setúbal (1563) e S. Paulo de Almada (1569).
No século XVIII a Ordem Dominicana ainda experimentou algum florescimento, mas não pôde evitar os efeitos nefastos da decadência geral do país e do ambiente social hostil, com o regalismo político. Todavia, neste século, até à extinção em 1834, ainda se fundaram mais dois conventos, em 1721: o de Nossa Senhora das Neves, em Montejunto, e o de S. Martinho de Mancelos. Com este convento terminou a expansão da Ordem Dominicana em Portugal. Eram ao todo 26 conventos. Por volta de 1750 (84 anos antes da extinção das Ordens religiosas no nosso país), os religiosos dominicanos eram cerca de 693.
MISSÕES
A Ordem de S. Domingos nasceu do ideal de cruzada emanado da alma do seu fundador. Ele próprio aspirava a missionar entre infiéis e, com essa intenção, chegou a pedir dispensa do governo da Ordem. Embora não tivesse podido concretizar esse seu veemente anseio, muitas vezes arriscou a vida na sua missionação entre hereges. Todavia, a semente missionária lançada por ele no coração dos seus filhos germinou, cresceu e produziu abundantíssimos e belíssimos frutos.
A época mais brilhante da Ordem Dominicana em Portugal foi, sem dúvida, o século XVI, sobretudo pela extraordinária acção missionária levada a cabo em África e no Oriente. Naquelas longínquas paragens, a actividade missionária e cultural dos dominicanos esteve sempre em estreita dependência da situação religiosa da metrópole. Por isso, também neste século os filhos de S. Domingos levaram longe os fulgores da cultura cristã e das ciências divinas
1. África – Expulsos os Mouros do solo português, alargaram os dominicanos a sua acção pastoral a além-mar, mal Portugal iniciou a grandiosa gesta ultramarina. Acompanharam os conquistadores de Ceuta e dali passaram a Tânger onde, em 1546, fundaram um convento. E rapidamente alargaram a sua pregação às regiões da Guiné e aos Reinos do Gabão, do Congo e da Etiópia.
Em 1563 encontravam-se os filhos de S. Domingos em Tete, África Oriental. E em 1579 fundavam um convento na ilha de Moçambique. Nesse mesmo ano passaram a Madagáscar. Pelo tempo fora estabeleceram numerosos centros de irradiação missionária por toda a parte, chegando à foz do rio Zambeze. Em 1585, a pedido do Bispo de Malaca, voluntária e alegremente, partia para as missões uma grande leva de dominicanos. Destes, avultado foi o número dos que selaram com o seu sangue o testemunho da fé que pregavam. Os sulcos abertos no solo africano pela acção missionária dos dominicanos, durante dois séculos e meio consecutivos, foram tão profundos que os seus vestígios ainda hoje se conservam.
2. Oriente – Também o lendário, encantado e extenso Oriente foi teatro de intenso e frutuoso labor dos missionários dominicanos portugueses. Em 1549 fundaram um convento em Cochim, onde já se encontravam desde 1503, com o grande Afonso de Albuquerque. Daqui se conclui que trinta e nove anos antes do grande missionário S. Francisco Xavier chegar à Índia, já por lá "faziam cristandade" os dominicanos.
Continuaram a acompanhar as armadas e fundaram a Congregação de Santa Cruz das Índias, em 1548. O convento principal era o de S. Domingos de Goa, mas o rápido crescimento do número de pretendentes a ingressar na Ordem levou a abrir, em Pangim, o Colégio de S. Tomás, que desempenhou importantíssimo papel na cultura daquela região oriental.
Seria necessário escrever livros e livros para historiar o ingente labor missionário dos dominicanos portugueses no Oriente, bem como para mencionar o número de casas e conventos ali por eles criados. Recordemos apenas que, em 1556 entraram na China, sendo o principal missionário Fr. Gaspar da Cruz, o célebre autor do Tratado das Coisas da China e de Ormuz, primeiro sinólogo europeu. Nesse mesmo ano de 1556, começam os dominicanos a cristianizar Timor, considerado a jóia das missões portuguesas no Oriente. Foi seu primeiro apóstolo Fr. António Taveira. Ali foi profunda a acção missionária dos dominicanos, dando alguns deles, através do martírio, o supremo testemunho da fé que pregavam, como sucedeu, por exemplo, com Fr. Duarte Travaços, Fr. Gaspar Evangelista, Fr. João Baptista e Fr. Simão da Madre de Deus.
A par do testemunho de sangue, não faltou o testemunho de vida santa. Por aquelas paragens do Extremo Oriente, deixaram grande fama de santidade Fr. António da Cruz, Fr. Rafael da Veiga, Fr. João da Costa, Fr. Belchior Dantas, Fr. Simão das Chagas, bem como o Irmão cooperador Fr. Aleixo e muitos outros.
"O estatuto missionário dominicano de 1580 representa o mais antigo e mais completo documento jurídico do século na Ásia" (De Witte).
EXTINÇÃO DAS ORDENS RELIGIOSAS EM PORTUGAL
A partir de meados do século XVIII, acentua-se a decadência em todos os sectores da Igreja no mundo, e a Europa não constituiu excepção. Em Portugal a Igreja começou a sentir os deletérios efeitos da perseguição, primeiro veladamente e, depois, cínica e claramente: por decreto de 19 de Agosto de 1833, todos os religiosos foram desligados da obediência aos seus Superiores Maiores e estes foram todos depostos; D. José e D. Maria I alcançaram da Santa Sé faculdade para suprimir alguns conventos, quer de frades quer de freiras.
Finalmente, como é do conhecimento geral, por decreto do ministro Joaquim António de Aguiar, datado de 28 de Maio de 1834, foram extintos todos os conventos e casas de religiosos de todo o Reino. Por este triste e nefando decreto, todos os bens das Ordens Religiosas foram usurpados pelo Estado, e os milhares de religiosos, expulsos compulsiva e violentamente, iniciaram a sua peregrinação de miséria, de fome e de morte.
RESTAURAÇÃO DA PROVÍNCIA PORTUGUESA
«As portas do Inferno não prevalecerão contra ela» (Mt 16, 18). Dissemos que em 1834, em Portugal, foram extintas todas as casas religiosas. Mas, diz-se, "não há regra sem excepção"; ora, também neste caso – talvez pela valiosa intercessão de S. Domingos! – este ditado se confirma. Com efeito, apesar de declarada a extinção de todas as casas religiosas em Portugal em 1834, a Ordem Dominicana manteve-se sempre viva no nosso país. Porquê? Porque "amor com amor se paga".
No final do século XVI, o apóstata e criminoso Henrique VIII, rei de Inglaterra, empreendeu cruel e devastadora perseguição contra os católicos, atingindo particularmente a cristianíssima Irlanda, súbdita do Trono Britânico. Os católicos irlandeses viram-se forçados a refugiar-se em vários países, entre eles Portugal. Os dominicanos irlandeses bateram à porta dos dominicanos portugueses que os acolheram fraternalmente. Para que os seus Irmãos irlandeses pudessem instalar-se em casa própria, os dominicanos portugueses do convento de S. Domingos de Benfica ofereceram-lhes um terreno nos arredores, onde eles abriram a primeira residência em Portugal. Decorridos alguns anos, instalaram-se definitivamente em Lisboa, no convento do Corpo Santo, muito próximo do Cais do Sodré. Aquela Comunidade de dominicanos refugiados exerceu, até aos nossos dias, extraordinária actividade apostólica e manteve as fraternidades da Ordem Terceira de S. Domingos e as Confrarias próprias da Ordem.
Foi este o único convento – Corpo Santo – que sobreviveu à expulsão dos religiosos em 1834. Como foi possível?, perguntarão, talvez. Dado que a Irlanda é um país súbdito da Inglaterra, ao serem declaradas extintas em Portugal as casas religiosas, a Comunidade do convento do Corpo Santo arvorou a bandeira inglesa. Desta forma, as autoridades portuguesas não ousaram perturbar a vida daqueles religiosos dominicanos que, como veremos de seguida, foram os instrumentos providenciais do início da restauração da Província dominicana portuguesa.
Um religioso do Corpo Santo, o P.e Fr. Hickey, por 1893, convidou o jovem sacerdote português P.e Manuel Frutuoso, já Irmão Terceiro dominicano, a ingressar na Ordem de S. Domingos, a fim de iniciar a restauração da defunta Província dominicana portuguesa. O P.e Frutuoso atendeu, pronta e zelosamente, a "chamada" do Senhor e, em 18 de Outubro de 1893, começou a sua "missão": vestiu o hábito dominicano e adoptou o nome de Domingos, nome do fundador da Ordem, para manifestar, por certo, a sua firme e resoluta decisão de prosseguir a obra do grande santo do século XIII. Estava lançada a pequenina semente que, como nos diz Jesus, crescendo, se fez árvore (cf. Mt 13, 32).
Seria necessário demasiado tempo e espaço para descrevermos os trabalhos, as dificuldades, as vicissitudes que foi preciso enfrentar e ultrapassar até que "a sementinha crescesse e se fizesse árvore", isto é, até que chegasse o dia 11 de Março de 1962, dia em que, em Fátima, foi restaurada, oficial e solenemente, a Província dominicana de Portugal, com o singular privilégio da presença do próprio Mestre Geral da Ordem, Revmo. Padre Miguel Browne, à data Cardeal preconizado, também ele membro da Província dominicana da Irlanda.
Na verdade – repetimos –, "amor com amor se paga": os dominicanos irlandeses pagaram com amor o amor com que os dominicanos portugueses, cerca de três séculos antes, os acolheram, de braços abertos, em hora tão dolorosa para a martirizada Irlanda católica.
Actualmente (2008), formam a Província Dominicana de Portugal três conventos: o de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima; o de Cristo Rei, no Porto; e o de S. Domingos, em Lisboa.
Além destes três conventos, faz parte da Província o Vicariato de Angola com três Comunidades: a de S. Domingos, em Wako Kungo; a de S. Tomás de Aquino, em Luanda, e a de S. Alberto Magno, próximo da Capital angolana.
Fr. Domingos N. Martins, o.p.
OBRIGADO Fr. João Domingos, o.p.
Em 1953 conheci o Fr. João Domingos na camioneta que ligava a Cova da Iria à estação de Fátima (antiga Chão de Maças). Ele ia a Lisboa, de vez em quando e eu era professor na escola de Fátima. Tinha ele 20 anos! Entrava na camioneta de fato preto e cabeção e algumas vezes ficava a meu lado. Um dia perguntei-lhe se ele já era padre e ele respondeu-me que era estudante dominicano e que estava num convento, na Cova da Iria. Vendo a minha curiosidade em conhecer o convento, convidou-me a visitá-lo. Era Prior do convento o Sr. Pe. Lourenço a quem ele me apresentou. Durante quase um ano encontravamo-nos quer na camioneta, quer no convento.
Como eu andava indeciso quanto à vocação perguntei-lhe o que era preciso para entrar. Ele respondeu que, em primeiro lugar, era sentir o chamamento de Deus, aceitar, voluntariamente o chamamento e os superiores aceitarem-me.
Apresentou-me ao Sr. Pe. Sylvain, Vigário Geral, com quem falei e no dia 29 de Agosto de 1954 entrei no convento, aos 29 anos de idade. Desde esse dia o Fr. João Domingos tomou conta de mim e acompanhou-me antes e depois da Profissão Solene. Nos momentos de indecisão e abatimento ele estava a meu lado para me ajudar e encorajar.
Em Fátima, como Prior do Convento e depois, em Aldeia Nova como Superior e Diretor do Seminário, senti sempre a ajuda fraterna do Fr. João Domingos.
Mas não só me ajudou a mim como à minha família. A minha decisão abalou imenso os meus pais e a minha irmã. Ele, com toda a delicadeza, conseguiu restabelecer a paz na família, ficando os meus pais e irmã imensamente gratos.
Num espaço tão pequeno não consigo exprimir toda a minha gratidão. Fr. João foi um amigo fiel antes de eu entrar, no convento e depois um irmão muito fraterno que me aconselhava e me orientava quando a ele eu recorria. Também eu estou incluído no número imenso de pessoas que beneficiou da sua amizade e orientação.
Sinto, interiormente, que ele, junto de Deus, intercede pela nossa Província e muito especialmente por Angola a quem se deu de alma e coração. “Obrigado Fr. João Domingos.”
Fr. Alberto Carvalho, o.p.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Aniversariantes no mês de Dezembro
nossos Amigos:
Dia 2 -António Manuel Gomes Cunha
Dia 5 -Carlos Alberto Castanheira do Nascimento
Dia 5 - Alberto Valente Mateus
Dia 8 - Manuel Pires
Dia 8 - Arménio Gonçalves
Dia 9 - Manuel Mateus Pereira Santos
Dia 9 - Carlos Manuel Rodrigues
Dia 12 - Fernando Maria Faustino
Dia 13 - Lúcio Agostinho dos Santos
Dia 15 - Rui Lopes Pinheiro
Dia 15 - Nelson Amaral Veiga
Dia 20 - Camilo A. F. Morais Martins
Dia 25 - José Luis Fernandes Lourenço
Dia 31 - Abel do Nascimento Pena
Para todos os nossos parabéns e os votos de um futuro cheio de bençãos de Deus.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Intervenção do nosso companheiro Zé Ribeiro, na entrega do prémio Pedro Hispano ao também nosso companheiro Prof. Doutor Fr. Francolino Gonçalves
Caros confrades da Academia Pedro Hispano,
Senhor Dr. Domingos Silva, ilustre representante do Casino da Figueira da Foz,
Minhas senhoras e meus senhores,
Permitam que em primeiro lugar refira o quanto me sinto honrado por integrar a Academia Pedro Hispano, que me deu a possibilidade de ter participar na escolha do Premiado de hoje, o Professor Doutor Francolino José Gonçalves, colega e amigo na infância e na juventude naqueles dias já distantes em que ambos frequentámos o Seminário de Aldeia Nova (no concelho de Ourém) e o Convento de Fátima, vindos de aldeias tão separadas no espaço, eu de Alburitel (Ourém) e o Francolino, de Corujas, em Trás-os Montes.
A minha primeira nota é para o papel pouco estudado e pouco reconhecido da Igreja na educação de muitas gerações de crianças, a maior parte oriundas de famílias pobres.
Da Vida e da Obra do Premiado falarão muito melhor do que eu o Frei Bento Domingues e o próprio Professor Doutor Francolino José Gonçalves.
Vou, portanto, ater-me àquele “território sagrado” da infância e da juventude para partilhar convosco algumas memórias desses tempos. O Eduardo Bento, colega e amigo aqui presente, disse num dos nossos Encontros de Ex-alunos dominicanos realizado em Fátima que “nós fomos todos pais e mães uns dos outros”...É por isso que os laços e os afectos que nos unem são indestrutíveis...
A minha memória é muito selectiva e muito daquilo que me (nos) afectou negativamente “varreu-se-me” como diz Aquilino Ribeiro também a propósito da sua passagem pelo Seminário. Quero, no entanto, deixar bem claro que devo aos Dominicanos o terem-me aberto um caminho que também me permitiu estar aqui hoje!...
Irei partilhar convosco alguns episódios mais marcantes! De Aldeia Nova retenho a memória de um regime austero, que começava logo por volta das 6 horas da manhã com aquele “Benedicamus Domini” a que respondíamos com o “Deo Gratias” e logo corríamos para os lavatórios e depois para a Capela, local omnipresente, uma enorme Sala de aulas, os Petromax (não havia luz eléctica!), o grande refeitório onde comíamos em silêncio ( e onde se liam livros cheios de virtudes!), as abençoadas horas do recreio cheias de jogos, especialmente de futebol, e aquela magnífica paisagem circundante cheia de hortas, vinhedos e pinhais.
Neste ambiente e nestas circunstâncias o Francolino Gonçalves foi sempre o melhor aluno do nosso Curso. Aplicado, brilhante, é assim que o recordo nesses tempos difíceis em que pontificava um Director, que veio do Seminário da Guarda e desta forma se percebe o tipo de regime educativo que tentou implantar em Aldeia Nova e que não andava muito longe daquele que Vergílio Ferreira tão bem descreve no seu livro “Manhã Submersa”! Mas felizmente que também tínhamos a bondade do P. Tomás, o P. Clemente Oliveira, um homem bom e muito ingénuo, que possuía uma galena e nos permitia ouvir os relatos de Hóquei em Patins naqueles gloriosos tempos da nossa Selecção Nacional, (tradutor pouco conhecido de “Os Lusíadas” para latim), o P. Armindo, a total cumplicidade com os alunos do P. Bernardo, irmão do nosso confrade Frei Bento Domingues.
Cheguei ao P. Bernardo para vos contar que foi graças a esta cumplicidade que um restrito grupo de alunos, onde estava o Francolino, o Chico Pinheiro (que já não está entre nós), o Bispo (de nome!), eu próprio, e creio que o Lines, resolvemos lançar um jornal clandestino, escrito à mão em várias cópias e que (calculem!) ostentava o sugestivo título de “PÓLVORA”! Foi uma grande “pedrada no charco”...
Não ficou por aqui a nossa rebeldia. Noutra ocasião fomos nomeados pelo P.Armindo para a Direcção da Academia Literária que organizava récitas e pequenas representações teatrais, o Francolino, este vosso amigo e pelo menos mais um colega, cujo nome não recordo agora e a nossa decisão transmitida ali mesmo foi a da recusa e a da exigência que todos os alunos pudessem votar livremente os nomes que entendessem! Assim se fez! Os alunos, por votação secreta, entenderam reconduzir os nossos nomes.
Por último, recordo talvez aquele que foi o gesto mais difícil e complicado já no nosso 5º. Ano de Aldeia Nova. Um colega nosso, creio que se chamava Valdemar, entendeu que a qualidade do conteúdo das pipas da adega era excelente, até porque aquele era o vinho utilizado nas missas e sozinho infiltrou-se junto de uma das pipas e no regresso vinha a cambalear e muito alegre!... O Director aplicou-lhe o castigo máximo: expulsão do Seminário. Em resposta o nosso 5º. Ano produziu um texto subscrito pela totalidade dos alunos e entregue ao Director a exigir a anulação da expulsão sob pena de todos se considerarem expulsos...
Recordo a vinda de Fátima do Provincial e de mais 2 ou 3 carros com outros Padres para análise da rebelião! … Ganhámos esta batalha! Mas como eu era o primeiro signatário fui chamado a sós ao Gabinete do P. Luís Cerdeira, o nosso Director, para ouvir um tremendo “sermão” que terminava com esta sentença: “o menino é um vivo diabo!”... Não me traumatizou muito porque era coisa que a minha mãe, analfabeta mas inteligente, não me tivesse já dito mais de uma vez!...
Interrogo-me agora sobre as consequências no caso de termos perdido este confronto...Talvez aqui não estivéssemos hoje e talvez o Professor Doutor Francolino Gonçalves não pudesse ser o brilhante Investigador e Professor da Escola Bíblica e Arqueológica de Jerusalém e membro da Comissão Bíblica Pontifícia por nomeação do Papa Bento XVI. Ou então esta incomodidade, esta capacidade de lutar contra as injustiças, a resistência, a resiliência, tenham tido um papel fundamental na nossa forma de ver o mundo e as coisas.
Terminarei com a honrosa incumbência de transmitir ao nosso Premiado, o Professor Doutor Francolino José Gonçalves, um abraço fraterno de muitos ex-alunos de Aldeia Nova e Fátima que me contactaram expressamente para lhe dizer o quanto se sentem (nos sentimos) honrados com a sua Vida e a sua Obra e que todos o acompanham em espírito no dia em que recebe tão honrosa distinção!
Muito obrigado, Francolino! Até Sempre!
José Antunes Ribeiro, 19/11/2011, Figueira da Foz
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Entrega do Prémio Pedro Hispano a Fr. Francolino Gonçalves
Já neste espaço foi feita referência, com o justo relevo, à notícia da atribuição
do prémio Pedro Hispano ao dominicano Francolino Gonçalves.
Agora damos conta da Gala da entrega desse Prémio que decorreu no salão
do Casino da Figueira da Foz.
Aí estiveram presentes, além do homenageado, o provincial José Nunes,
e o Frei Bento Domingues. Vieram os nove irmãos – alguns nossos
conhecidos – do Francolino. Também ali se viam antigos
dominicanos que quiseram associar-se ao acto.
Depois do lauto jantar interveio o José Antunes Ribeiro que nos levou
pelo tempo e pelo espaço, já distantes, de Aldeia Nova por onde o então
jovem homenageado passou. Seguiram-se as palavras do Frei Bento que
dissertou sobre o que tem sido o trabalho cultural de frei Francolino,
nomeadamente na Escola Bíblica de Jerusalém. Finalmente interveio
Francolino José Gonçalves que evocou o seu percurso de vida, desde
Aldeia Nova à Escola Bíblica onde desenvolve um trabalho fecundo.
Foi um serão memorável e pela manhã do dia 20, os amigos que
passaram a noite na Figueira da Foz, despediram-se, com emoção,
do Francolino que vai para Jerusalém onde continua a desenvolver
profunda e meritória investigação no campo da exegese bíblica.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A propósito de uma distinção!...
Fr. Francolino José Gonçalves, OP
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
ANIVERSARIANTES EM NOVEMBRO
Dia 5 -Joaquim Luis Costa Soares
Dia 6 -Isidro da Silva Dias
Dia 7 -Armando Vicente Morais
Dia 8 -Carlos manuel marques Pires
Dia 9 -Manuel Frias Pena
Dia 9 -Leonel Dias da Silva
Dia 9 -Fernando Tavares Caetano
Dia 10-António Ezequiel Pereira Lucas
Dia 18-José Antunes Ribeiro
Dia 19-Manuel Neves de Carvalho
Dia 28-José dos Santos Fortunato
Dia 28-Jaime Coelho
Para todos os nossos parabéns e os votos de um futuro
cheio de Bençãos de Deus.
domingo, 23 de outubro de 2011
Encontro Anual - No comments
Só direi que o ambiente foi de efusiva e contagiante alegria, com manifestações de fraterna camaradagem e cenas que raiaram a emoção.
Não tivesse a Comissão Organizadora escolhido o maior salão de festas do Olival, e muitos dos 93 participantes só teriam lugar no espaço do alpendre…
A reportagem fotográfica infra – trabalho do colectivo, Ângelo de Carvalho, Neves de Carvalho, Carlos Vicente, Joaquim Ribeiro e José Celestino, com o indispensável arranjo técnico do Nelson - é «self - explanatory»…
Vejam e revejam os lugares que vos acolheram em Aldeia Nova, os rostos, os sorrisos e o brilho de olhos dos vossos companheiros de percurso dominicano e apresentem os vossos comentários para registo futuro.
Zé Celestino
Encontro Anual 2011 |
(para veres o albúm clica na imagem e de seguida, em "apresentação de diapositivos")
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Leonel Castelão Ribeiro -18 de Outubro- Parabéns!
Nelson
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Carlos Manuel Morais de Pina - 17 de Outubro- Parabéns!
sábado, 15 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
António Pereira da Costa - 13 de Outubro - Parabéns!
Abraço
Nelson
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
ANIVERSARIANTES
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Fernando José Vaz - 6 de Outubro - Parabéns!
ALDEIA NOVA /OLIVAL - Encontro Geral/2011
Decorreu em ambiente de fraterno convívio o nosso Encontro Geral/2011, desta vez em Aldeia Nova/Olival.
Um dos jornalistas amadores presente está a preparar a reportagem, ilustrada com as muitas fotos do evento.
Assim, a todos os que captaram imagens e que gostem de as partilhar, peço o favor de as enviarem, via e-mail, para jcelestino@tap.pt, a fim de serem coligidas em CD e divulgadas no Blogue.
Aquele abraço
Zé Celestino
sábado, 24 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
REUNIÃO DE TRABALHO
Neste momento temos já registadas 67 inscrições.
Aproveito para estimular os indecisos ou simples retardatários a inscreverem-se de imediato, tendo em vista acautelar aspectos logísticos da organização…
Quem não gostará de relembrar vivências de Aldeia Nova?
Abração
Zé Celestino
terça-feira, 20 de setembro de 2011
"A CASA JÁ NÃO ABRIGA VOZES" - poemas de Eduardo Bento
“Era já Setembro.
Vinha aí a coloração das vinhas,
o adormecer do mosto,
o marulhar dos pinheiros.” (1)
“A casa já não abriga vozes” 65 páginas, algumas dezenas de gramas, mas que densidade, que profundidade. Podeis mergulhar, sem medo. Mergulhar no passado no nosso passado, que nunca será triste porque alguém nos espera.
“Mesmo que os teus passos ressoem cada vez mais longe, voltado para o poente, espero o teu regresso”
Hugo Santos diz, na contra capa do último livro do E. B. (1) ” A poesia do Eduardo Bento é, neste livro, uma poesia de memória. A casa está lá, portas e janelas abrem-se para quem, talvez inusitadamente, procura reencontrar emoções que há muito se foram e que trazem consigo a marca indelével dum tempo que é preciso re-haver e, com ele, vozes, rostos, ecos,acenos de solidariedade que marcam ainda, porventura para sempre, a passagem dos dias que nos couberam e nos cabem”
Neste livro, os textos do Eduardo Bento dão vida às fotografias da Margarida Trindade! Fotos de casas em ruina mas que não querem morrer ou estão à espera de uma nova vida... Esta nova vida vem precisamente destas fotos para as quais a Margarida Trindade soube encontra o ângulo justo, a distância apropriada e a luminusidade suficiente. São no entanto os textos, de uma densidade invulgar, que me tocam profundamente e me levam à meditação!
“Doi o abandono da casa.
Apagado o branco da cal,
gasto o reboco,
fica a pedra nua
na aridez da aresta,
uma ferida no tempo.
Há o primeiro musgo na parede.
Um tufo de erva sobre as telhas.
As paredes já não abrigam vozes
nem passos.
pousa as mãos sobre a pedra,
doma o tijolo.
O vento do abandono
deixa um breve trilho
por entre as silvas
Estas casas em ruinas que todos nós conhecemos nas nossas aldeias e que abrigaram vozes, risos e choros. Noites de amor, dias de luto. Nessas casas (ainda são casas?) houve uniões, viveram-se paixões! “Passos de criança embalaram a pedra e o acalento da lareira”
Essas lareiras, foram a melhor escola da minha geração e das que me precederam. Não havia salões nem salas de jantar. O lar era o centro da casa, lugar de comunhão, lugar de ternura... Ali se recebia o pão e a educação.
Este livro leva-me muito para além da “pedra nua” das “pedras que adormeceram” das “paredes de abandono” , “da lisura das paredes”... Vejo e revivo o amor dado e recebido nessa casa que se anima na minha memória. Somos de novo iluminados pelas chamas. O seu calor penetra-nos... O escano abre-nos os braços e o lar está habitado... Sinto que o serão vai prolongar-se pela noite fora!
Obrigado Eduardo Bento por tudo o que escreves e sobretudo por “A casa já não abriga vozes”: poemas densos, que nos procuram uma emoção profunda.
Termino com um poema que não deixarà ninguém insensível, especialmente os que andam por mais longe!... Na verdade andamos todos por caminhos já andados, andamos pelo caminho do regresso...
“Da casa não partimos nunca.
Apenas a
rodeamos, andamos em volta.
Não trilhamos outro caminho que não seja o do
regresso.
permanecemos ao nascer do sol
ou quando a lua acende no nosso coração
passos de outrora, apagadas
recordações. Vozes.
Todos os mortos se esqueceram de dizer adeus.”(1)
(1) Do Livro “A casa já não abriga vozes” Eduardo Bento, POEMAS
Margarida Trindade FOTOGRAFIAS
Fernando Vaz
sábado, 10 de setembro de 2011
TRÉGUAS...
fr. JOSÉ GERALDES op -12 de Setembro- Parabéns!
Votos de boa saúde e bom trabalho apostólico.
jm
JOSÉ VIEIRA -12 DE SETEMBRO- PARABÉNS!...
Votos de continuação de saúde e de boa disposição.
jm
EDUARDO BENTO -11 DE SETEMBRO- PARABÉNS!...
Humanista e poeta de rara sensibilidade. O rodar dos anos têm sido um valor acrescentado a este AMIGO.
Votos de longa vida-saúde.
jm
CARLOS VIDEIRA -10 de Setembro- Parabéns!
Nelson
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
O LUIS SOUSA GUEDES, ESTÁ DE LUTO
A Mãe do nosso companheiro e amigo, faleceu, ONTEM, na cidade do Porto.
Ao Luís, o nosso abraço de solidariedade e a certeza de que ele tem uma força e visão espiritual, para o momento presente.
jm
terça-feira, 23 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
MAIS UMA FALHA!... MANUEL MENDES, PARABÉNS!
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
O FERNANDO VAZ ENTRE NÓS
Uma boa estada, boa recepção.
ANTERO MONTEIRO - ANIVERSÁRIO - EMBORA COM ATRASO, PARABÉNS!
Grande abraço
Nelson
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
ANIVERSÁRIO - Domingos Francisco Dias Farinha
Nelson
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
JOSÉ CELESTINO -3 DE AGOSTO (1944) - PARABÉNS!
Votos de muita saúde e força para realizar o encontro em terras de...Idanha...
jm
fr. Bento Domingues - 3 de Agosto (1934) - Parabéns!
Votos de boa saúde e graça de Deus para continuar a Pregação.
jm
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Homenagem Frei Joao Domingos, op
O meu apreço.
Zé Paulo
sábado, 30 de julho de 2011
SUSPIRO DE ALÍVIO
Posta a acalmia nas hostes, tudo volta ao curso normal do rio da vida. Agora já há condições para conversarmos, serenamente, com a razão a controlar a emoção. Essa mesma que me prendeu a pena com pena do suposto passamento do Imeldo. Fiz bem em aguardar e não entrar em ebulição como assisti incrédulo aqui neste local ao desconchavo de alguns confrades. Que diabo, no mínimo dos mínimos deveria restar-lhes a esperança da ressurreição das almas. Como se provou nem sempre as grandes peças oratórias acarretam consigo a verdade. Ou antes o discurso conotativo é mais atreito às ilusões. A verdade requer um discurso simples e denotativo.
Não compreendo mesmo como alguns cérebros conseguem elucubrar ideias tão imbricadas num tempo de férias, em pleno Verão em que a canícula derrete os neurónios. Espapaçado aqui na praia da Vieira de Leiria, é com grande esforço que consigo alinhavar estas palavras sacrificadas. É a segunda vez que vejo o mar, desde a primeira em que o Director de então de Aldeia Nova, o frei Francisco Rendeiro nos levou a ver o mar no Guincho. Não gostei na altura e aterroriza-me agora. Felizmente tenho aqui à mão a foz do rio Liz, onde me banho em águas calmas e cálidas. Quase sempre são um pouco turvas, mas devem ser limpas, porque a muita espuma denuncia a presença de detergente. O rio da minha terra, o Dão, tem as águas mais transparentes, é certo, porém muito mais frias.
Caro Imeldo, folgo ver-te remoçado. Era uma pena que te fosses desta, porque ainda tens muito para dar e levar. Só que desta prova deverias sair mais humilde, penso eu. Não entendo essa arrogância. Nós debatemos ideias e cada um defende os seus princípios. Não há vencedores nem derrotados. Como dizia o comandante dos pára-quedistas que cercou o Ralis no 11 de Março de 1975, ao comandante do aquartelamento: -“ Agora a gente ataca e vocês defendem-se”.
Passem muito bem e deixem-me ir ao banho na foz do rio Liz.
Vintém
sexta-feira, 29 de julho de 2011
CONTRA O DESCONCHAVO E O DISLATE
Até agora tenho estado em silêncio. Dizia o Frei Pio que a palavra é do tempo, o silencio da eternidade. E de facto, ultimamente neste blog só tenho visto despautério, dislate, verborreia caganeirosa, para falar mal e depressa. ( Que Deus me perdoe). Sou cristão e aprendi que a paciência é uma virtude e que o martírio é uma coroa que poucos merecem.
Um tal Eduardo Bento, com quem mantive um breve contacto num retiro que ambos fizemos aqui há anos nos Irmãozinhos de Emaús, decretou a minha morte. Onde é que aquele escolástico aprendeu a fazer da invencionice um artefacto da verdade? O Jaime achou graça e achincalhou; o Antero, como é próprio dum causídico, voeja nas bordas da ambiguidade e quer também fazer humor; do Área Benta nem se fala; o Fernando Vaz, como é próprio dum modernista afrancesado com complexos de quem desceu o Carmelo a morrer de sede e nunca mais bebeu nada, em vez de se colocar do lado do verdadeiro catolicismo, vai com os outros e o Imeldo que se lixe. Apetece-me dizer, se não fosse feio, «Porra!»; O Vieira, que eu não conheço mas penso ser contemporâneo e conterrâneo do Nelson, até com a santa missa brinca. Sabes tu, Zé Vieira, que a tua voz já foi arrebatada pela salmódia, dias e noites a fio, em lauda e matinas, véspera e noa, não podendo tu, com a tua irreverência apagar o som antifónico da oração? Até o Celestino, achou graça, fala de açorda, como que num lavar de mãos pilatiano, mas não foi capaz de sugerir moderação e bom senso. Todos, todos, muito engraçadinhos.
Mas eu estou são e vivo e todas as vossas tentativas de adivinhação falharam, Em vez de respeito houveram achincalho; em lugar de sensatez introduziram no blog uma onda de insanidade. O Imeldo (António de Oliveira ), não merecia estar no ecrã por culpa da estultícia de alguns.
Enfim, é lá com o Nelson, mas dir-lhe-ei que assim o Blog não vai pelo bom caminho.
Em tempos debati com o Vintém ideias e princípios, julgo que deu frutos pois o pobre está reduzido ao silêncio. Rendeu-se… não a mim, mas à verdade.
Pronto. Há brincadeira a mais no blog. A vida tem de ser levada com seriedade.
Com um pouco de consideração e um tudo-nada de respeito me subscrevo
Imeldo
quinta-feira, 28 de julho de 2011
De Férias!...
Fui ao blog e encontrei a noticia do próximo ENCONTRO. Desde já os meus sinceros parabéns pelo esforço e criatividade. Sei que isso é fruto de muitas "reuniões-de-trabalho" na sede do Lagartinho. Campolide é um bom local de reflexão...até me ajudou a regressar ao Porto...
Como estou de partida para terras da China, zona dos Mosteiros Tibetanos e dos Lagos de Arroz, na esperança de encontrar o Imeldo( que me dizem ter ido meditar), tomo a liberdade de vos alertar para o seguinte:
reconheço que o almoço-volante, permite um outro tipo de convívio mas gostaria de chamar a atenção da Comissão para o facto de haver, muitos de nós, que já não aguenta estar todo o tempo de pé e necessitar duma cadeira ou banco para repousar o físico.
Certamente que vai haver condições para sentar.
Espero que os mais novos não levem a mal este "alerta-dum-mais-velho".
Votos de Boas férias para cada um de Vós, com as respectivas Famílias.
Fraternalmente o "vosso-chato",
jm
segunda-feira, 25 de julho de 2011
IMELDO - Mistérios e coincidências...
Não conhecia, senão de menções espaçadas, o Imeldo, mas os elogios e piedosas palavras do Eduardo Bento, que faz dum calhau uma pedra preciosa e a seguir a transforma em poema… deixou-me suspeitoso.
Mais me alertou o comentário do Fernando, que também confirma as minhas suspeições quanto à muita arte do E. Bento, seguidas de uma possibilidade de ressurreição colocada pelo Jaime e ainda a aventada hipótese de erigir pedestal e “fundação" ou coisa parecida, até canonização deste Imeldo, atirada pelo José Vieira, que só vejo por aqui em momentos importantes…
De pantufas e fora de horas, segui a minha curiosidade e sondei os escritos constantes deste blog, relativos ao tal Imeldo ou Dr. José de Oliveira e ali reparei que era um contestatário da mudança e da voragem dos tempos, morador na capital na Rua Rodrigo da Fonseca nº 1, apreciador de gastronomia e um bom copo, quase de certeza. Fiquei mais informado, mas, ainda assim, desassossegado…
Novo dia novas guerras dou comigo em pedonal caminhada, e deparo com a placa “Rua Rodrigo da Fonseca”, e de seguida vejo escancarada a entrada do nº 1… o tal onde morava o Dr. Imeldo ou Dr. José Oliveira, cuja metamorfose não apreendi. Coincidências … mas. Dois passos à frente e três atrás, pé no degrau.. e :
- Boa tarde! -Boa tarde senhor… ( a idade ajuda ao respeito - e o porteiro, atrás de uma mesa torneada em estilo chinês, com ar de polícia reformado, levantou-se para me atender e melhor entender)!
- Era aqui que morava o dr. Imeldo? – Imel… Imelgo!? - I – m – e – l – d - o! - Ahhh !, pois … desculpe que lhe diga, nunca ouvi tal nome! - Confesso-lhe que não conhecia a pessoa… seria nome de guerra, ou alcunha, sei lá! Também lhe chamavam dr. José de Oliveira… - Ahhh… pois, diga-me dessas… O dr.. José de Oliveira conheço muito bem…!! - Disseram-me que lá tinha passado para o outro lado! Mas nem sei que se passou ao certo! - Não me diga! Não me diga! mas ele estava cada vez melhor, até frequentava o Clube dos Mestres de Apolo, para “se mexer” dizia ele, e estava agora mais elegante e bem parecido! Como é possível!? O certo é que já o não vejo por aqui há muito tempo… mas podia estar pró norte, ou centro onde também passava muito tempo… Mas …. a vida tem destas coisas..!
E aproximando-se uma senhora idosa, com escurecida vestimenta… Ó senhora dona Miquelina, diz este senhor que o Dr José Oliveira … se finou.. – Não me diga sr. Meneses!!... Não me diga sr. Meneses!! …. Não me diga sr. Meneses!! ….e segurou-se, chocada, ao velho corrimão de madeira… muito mal disposta.
Lá tive de ajudar a D. Miquelina a sentar-se, ali mesmo, na escada, pálida e desequilibrada, a bater mal do verbo! – Mas… não é possível! Ainda há dias me ligaram para saber se estava tudo bem por aqui… até perguntaram pelo meu gato…. Já o porteiro tinha desapertado a gravata e dois botões da camisa, já a D. Miquelina estava para ali toda transida e descompensada da vida e da morte. – Aqui ninguém sabe nada - dizia-me o Sr. Meneses consternado e também combalido - coisas da vida! Desculpem a maçada que lhes dei… E antes que aqueles dois se passassem, desandei … Que raio de história esta…!
Aqui trago estas coincidências e preocupações, pois verifico agora que o Eduardo Bento não identificou as condições em que o Imeldo embarcou, na barca de Deus ou do Diabo (falaram-me há tempo num meu conhecido que embarcou quando remava vigorosamente em cima de uma jovem com um terço da idade – poucas vergonhas...)
Será que o Imeldo se finou mesmo!? Ou não acontecerá que qualquer dia um romeiro, a quem perguntemos, “Romeiro, romeiro, quem és tu? “ nos responderá, “Ninguém!” como no Frei Luís de Sousa… e a gente a ver que ele está mesmo ali…!
É melhor confirmar notícias como a que o E. Bento deu, começando pelo epitáfio, sem certidão de óbito, nem velório…
Espantem os vossos males e mantenham-se sadios!
Um vivo abraço.
Fr. da Área Benta
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Antigos Alunos Dominicanos - Encontro Anual de 2011
Caro Amigo
Vai realizar-se no próximo dia 1 de Outubro o nosso Encontro Anual de 2011.
Este ano o Encontro será em Aldeia Nova, Olival – embora infelizmente nos esteja vedada a visita ao nosso antigo Seminário, ingloriamente degradado pelo abandono a que tem estado sujeito nos últimos anos.
Presentes estarão, sim, todos os laços que nos ligam, todas as recordações do que alí vivemos.
É a ocasião especial de nos abraçarmos todos, os Amigos de Aldeia Nova/Fátima, e partilhar as velhas companhias durante algumas horas. É o momento destinado ao convívio desta Família em que, pela Graça de Deus, acabamos por nos tornar.
Cada ausência será um empobrecimento deste espírito comum que nos une. Assim sendo, pedimos-te que convenças os colegas de então com quem porventura possas contactar a inscreverem-se também.
Que ninguém fique de fora por motivos que possamos resolver. Conseguiremos sempre convite para quem não esteja em condições de suportar a inscrição. Tudo faremos para conseguir transporte para quem não o tenha. Só temos necessidade que nos deem conhecimento da situação.
Que todos compareçam e levem as Famílias!
Este encontro anual é, também uma homenagem singela à Ordem Dominicana, à qual deveremos sempre o tanto que contribuiu para que hoje sejamos quem somos. Pelo que todos os nossos Amigos Frades são nossos convidados, através de convite dirigido aos vários Conventos.
PROGRAMA
10h 00 - Concentração junto à Capela de Aldeia Nova, agora propriedade da Paróquia do Olival.
10h 30 - Missa na Capela.
11h 15 - Deslocação para o salão do Rancho Folclórico do Olival.
11h 30 - Tempo para convívio e aquisição das senhas para o almoço, visita à velha Igreja do Olival e ao museu etnográfico local
13h 00 - Almoço, em serviço Buffet.
15h 00 - No bar do Rancho folclórico, convívio/sarau cultural, informal e espontâneo na base do voluntariado dos presentes. Aos que saibam tocar e possuam instrumentos musicais, convidamo-los a levá-los consigo.
(Nota: os consumos no bar ficarão a cargo de cada um)
A mesa de Buffet estará disponível ao longo da tarde
Para te inscreveres tens à tua disposição quatro vias:
- Confirmando a presença e nº de acompanhantes carregando neste link:
mailto:encontroanual.aadominicanos@gmail.com
- Enviando uma SMS para o telemóvel 917225372 indicando
“confirmo presença + nome + nº de acompanhantes”
- Confirmando por escrito a V. presença e nº de acompanhantes para
L. Sousa Guedes
Rua do Moinho
Campo Raso
2710-396 Sintra
- (a evitar): contacto para os telemóveis 917225372 ou 967556450
Preço por Pessoa: € 17,50 (crianças entre os 3 e 10 anos, 50%)
Quanto mais cedo confirmares a tua presença, mais facilitas o nosso trabalho!
A data limite para inscrições será 25 de Setembro. A partir desse dia, só aceitaremos inscrições em casos excepcionais. E sujeitas a confirmação.
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Este ano faremos apenas uma venda de rifas, cuja receita será destinada às obras que a Ordem Dominicana desenvolve em África. O objectivo é devolvermos um pouco da ajuda que recebemos numa fase crucial das nossas vidas.
Desde já agradecemos todas as ofertas (a entregar no próprio dia) que possam integrar o “cabaz” a ser rifado.
A Comissão Organizadora
Antero Monteiro
Domingos Carvalhais
Luís Sousa Guedes
Manuel Branco Mendes