Esta é dedicada ao Antero Monteiro ao Isidro Dias e tambem ao 2ºano especialmente 2ºB do grupo 64/69.
O primeiro prémio de poesia atribuido ao João de Melo nos jogos florais em Aldeia Nova, não é assim tão facilmente explicavel como parece no artigo de 24 de Janeiro de 2009 no blog. É dada como principal razão o talento poético do autor. Teve sem dúvida grande influência, mas, calma aí! Há antecedentes que provam que essa historia foi manipulada. A coisa começa a complicar-se depois de uma célebre final no nosso campo de futebol em Aldeia Nova. As quatro equipas intervenientes foram as seguintes: 5ºano, 4ºano, 3ºano e 2ºB. O2ºB só participou porque o 3º não conseguiu duas equipas, portanto foi mais ou menos tolerada no quandragular. Eis senão quando, cai a Lua do céu! Então não é que os atrevidos do 2ºB começaram por trucidar o 3ºano, ajustaram contas com os do 4ºano e seguiram para a final contra o 5ºano! Até aqui tudo bem apesar da guerra como 3º e o 4º. O bom e o bonito foi quando se deu a final. O 5ºano entra de rompante e aos 15 minutos está a ganhar 2 a 0, ao pobre 2ºB. Bom, assim se vai para a segunda parte. Os do 2º equilibram-se e o Victor Frazão faz o 1-2, agora é que a coisa começa a aquecer. Pouco depois o Jorge Carvalho faz o 2-2, o 5º encolheu-se e o 2ºB começa a fazer um chuveirinho à inglesa e não é que a 1 minuto do fim o Manuel Carvalho faz o 3-2 com um golão de cabeça! A casa ficou em polvorosa, grande bronca os garotos deram cabo dos grandes. Cuidado, a paródia não fica por aqui! Os mais velhos em geral levaram a coisa a peito e a vingança ia ser servida. Na semana seguinte a insígne Academia decide fazer os Jogos Florais; grande oportunidade para os craques derrotados darem uma tareia nos putos. Qual tareia qual quê? Prova de desenho: o Armindo Ferreira da Silva como bom Barcelense deixou todos de cara à banda e ganhou o 1º lugar. Mas estava guardada mais uma final entre mais velhose mais novos. Em principio esta estava garantida para o João de Melo. O que é que acontece? Um rapazito do Sardoal, grande descontraido, aparece com uma poesia que era uma jóia. Mau, mau. Isto vai dar barraca da grande! O juri ao ser surpreendido por este problema optou e bem por dar o 1º premio aos dois poetas. Os " mais velhos " indignados! os"mais novos" numa contestaçao do arco da velha. O Isidro Dias, O Antero Monteiro, o Pedro Tudela, o Manuel Guerra, o Tóbi , o Dinis, o Luis Guedes e todo o restante 2º ano, assim como o apoio incondicional de todo o 1º ano que incluia entre outros: o Ricardo Vicente, o Porfirio, o Manuel Vieira, o Paciencia, o Armindo, o Sebastiao Martins e eu próprio fizeram tal burburinho que quase ia rebentando a guerra civil de entremuros. Tudo isto deu origem a que os padres dessem o encarrego de clarificar as coisas ao padre Rogério «Paffpa», este reverendo, excelente pessoa, resolveu tudo numa rápida intervenção. Chamou os bandidos que chefiavam os arruaceiros do 2º e do 1ºAno, passou-lhes uma seca monumental e mandou-os calar a corneta. O 1º prémio foi entregue ao João de Melo sem mais delongas e nós os garotos ficamos a chuchar no dedo. Mais de 40 anos depois o prémio devia ser rachado a meio e dar a metade do Francisco Antonio ao respectivo dono. Depois disto nunca mais houve 1º prémio de poesia. Não por demérito dos participantes mas por receio dos filhos baterem nos pais. Atenção que esta batata ainda tem de acabar de ser descascada com o Ferraz Faria, o Celestino, o Alvaro, o João de Melo, o Lopes, O Ze Maria, o Branco Mendes, o Elias Matias, o Abilio e o Carlos Pinto, entre outros, porque gostariamos de saber como é que se convence um padre a fazer batota.
Um abraço do Eduardo Carmo
edcarmo@sapo.pt
43 comentários:
Caro Eduardo Carmo,
Falta-me a memória de tais factos, mas este teu texto contém uma descrição épica e bem viva de como nós mergulhávamos de alma e coração naquelas futeboladas do recreio, quartas à tarde e sábados e domingos.
Sem falar do pingue-pongue que nunca teve honras de campeonato - que me lembre - mas que também foi sempre uma disciplina forte.
Para um primeiro texto, devo dizer que mexes quase nas pedras todas.
Isto assim anima!
Um abraço.
Antero Monteiro
Eu tiro aqui o meu chapéu e curvo o meu pescoço com uma vénia à maneira oriental a uma memória enorme carregada de elegância, certeza e arrumação, ao longo de tantos anos evocando:
(a) o «Paffpa» sempre acelerado;
(b) Os Ferraz Faria, Celestino, Álvaro, João de Melo, Lopes, Zé Maria, Branco Mendes, Elias Matias, Abílio e Carlos Pinto no topo da hierarquia.
(c) O Francisco António, por um momento frustrado.
(d) Os Isidro Dias, Antero Monteiro, Pedro Tudela, Manuel Guerra, Tóbi , Dinis, Luis Guedes que, na realidade, são apenas uma menção simpática e exemplificativa do que eram muitos outros seus colegas.
(e) Os Ricardo Vicente, Porfirio, Manuel Vieira, Paciência, Armindo, Sebastião Martins e Eduardo Carmo que não demoraram nada a ver de que lado soprava o vento.
(f) Uma equipa de futebol que pensava depressa.
(g) um considerável número de milhões de neurónios e sinapses aos saltos, por toda a parte, em sobressalto e em reconstrução.
(g) Tantos outros aspectos e pessoas.
Nem para os próprios nunca mais nada foi igual, nem poderia ter sido, porque o tom geral era o de rapazes, ainda quase crianças e adultos equilibrados e saudáveis.
Mas, por que é que falta aqui o bico do sapato que levou a bola enxarcada a destruir o chafariz atrás da baliza?
P.S.
Ainda que também com outros detalhes, esta "teoria da conspiração" tinha barbas bem grandes nesse tempo. Não vou mais longe, mas deixo-vos a referência essencial daquele período, conforme está mais acima
"...um considerável número de milhões de neurónios e sinapses aos saltos, por toda a parte."
Ainda bem que continuam todos no sítio e que, finalmente, é gerado um tópico que só pode voltar a atrair os mais antigos, da década de 50.
Celestino,só pode ser o Barreiros! É meu conterrâneo, mas faz muito tempo que não nos cruzamos. Bervemente darei novas dele.
Nelson
“Querem ver que já a formiga quer ter catarro?!” – era o aforismo muitas vezes repetido para repormos as coisas no lugar, quando aconteciam cenas deste género: em Aldeia Nova como na tropa a velhice era um posto e os PP sabiam disso… Outra atitude diferente que fosse tomada pelo saudoso P. Rogério abriria a caixa de Pandora com consequências inimagináveis e a cautela aconselhava a não acordar o gigante adormecido. De qualquer modo, a malta nova era muito bem tratada pelos mais velhos (aliás, como ainda hoje…), mas não ousassem os caloiros educar ou dar ordens aos “doutores”.
Meu caro Eduardo Carmo, o teu rico texto, se não é fruto do delírio, será uma óptima peça a opor num concurso similar ao que referes, patrocinado pela egrégia academia, pois é uma autêntica ficção como convém. Há nele pormenores que, ou são incongruentes ou, então, as constantes tremuras cerebrais já me apagaram registos muito importantes que ainda não tinha dado pela falta. Até mesmo alguns dos actores que referes me parecem ficcionais.
Agora, meu velho, perdemos esse torneio? Nós que éramos todos titulares da selecção, com guarda-redes incluído? Naaa… não me convences! Nem com reboliço no balneário nem por maléfico efeito da nicotina, esse sonho do 6º B, ou lá o que seja, se realizaria. Mas por que é que tu, passados tantos anos… Isso é maldade!
Quanto à poesia, cuidado! O João, só com um verso, desbaratava qualquer exército de formiguinhas. Tens a certeza que isso foi mesmo assim?
Um grande abraço e até mais logo.
Ferraz,
Depois de alinhares na paródia, com uma valente introdução, de resto bem fiel à época, vieste dar-lhe xeque-mate, acabando com a possibilidade de alguém supor que eu estava a corroborar o ficcionista e caísse com mais alguns detalhes desse tempo.
Salvam-se o que tu, como poucos, acabas de relatar: é verdade; vocês faziam-se respeitar, respeitavam e ajudavam outros a fazerem-se respeitar - tenho uma bonita recordação desse enquadramento e até estou convencido que fui um dos beneficiários líquidos, na medida em que me lembro mais e melhor do que recebi, em vez do que ofereci.
Vamos a isto.
Julgo que a dedicatória da teoria aos Antero Monteiro e Isidro Dias foi uma nota humorística do Nelson, como editor do blogue, e não do ficcionista Eduardo Carmo, que posso ter conhecido, mas não estou a ver pelo seu nome.
Julgo que o "rapazito do Sardoal" (Francisco Antonio ?) existiu apenas vários anos mais tarde;
A lista de nomes do grupo mais velho está bem-feita. Também a do 2.º ano (actual 6.º). Não sei validar todos, mas reconheço alguns do 1.º (actual 5.º).
Os jogos florais nunca eram organizados à pressa, como foi dito. Eram anunciados com certos prazos, com um bom cuidado de proporcionar igualdade de oportunidades e isso esteve sempre bastante claro, embora tenha existido um ou outro mais à pressa. Julgo lembrar-me da história do puto que fez um desenho brilhante e inesperado e até julgo lembrar-me do Armindo, seu autor.
É verdade que, quando havia resultados de algo escrito e premiado havia, entre os recém-chegados alguns narizes empinados e bocas opinativas sobre os critérios de selecção que, em certos momentos, conseguiram juntar-lhe uma pontinha de perversidade. Não me lembro de nomes, mas tenho a certeza absoluta que, em certa data, se fez constar que eu não ganhei qualquer coisa, sobre uma redacção, apenas porque tinha escrito um texto limpo de beatice, algo com que não tive nada a ver mas mostra que havia gente assim (asseguro-vos que não aconteceu nada disso e que deve ter sido mera simpatia de alguém do meu grupo de jogos quase infantis).
Havia, de facto, entre os mais novos, 4 ou 5 bastante corpulentos e atléticos rapazes, com fortíssimos remates de pé e de cabeça e uns dois de rara habilidade e velocidade que podem, perfeitamente, ter desafiado as probabilidades em algum momento sobretudo se, como algumas vezes aconteceu, existiram equipas mistas a que, por simpatia, se deu o número de turma dos mais jovens.
O frei Rogério, O.P. era, de facto, quem ambos dizem. Se, como julgo saber, ele já faleceu, presto-lhe aqui uma homenagem especial - quando cheguei a Aldeia-Nova, acompanhado por um irmão adulto que veio fazer o papel do pai do menino imortalizado nos escritos de Júlio Dinis, fiquei muito admirado por vê-lo vestido de branco, algo cuja existência eu desconhecia e não previra - isso não lhe passou despercebido e disse à velocidade da luz: "és tão pequeno"? Oportunidade que eu aproveitei para dizer: "os homens não se medem aos palmos". Foi um ponto-chave para a minha adaptação em todos os anos seguintes. Foi disso que me lembrei quando precisei e, claro, também dele.
Quanto ao João e Melo sobre quem escrevi em 24 de Janeiro de 2009, neste blogue, mantenho tudo e, nesta data, bem suspeito que, com isso o influenciei num certo escrito ou, pelo menos na maneira como o divulgou, ou lho divulgaram - digo isto sem ter a certeza absoluta de que ele leu o blogue mas há pormenores que só muito raramente acontecem por acaso. Tens razão, Ferraz. Ele era especial e todos o sabíamos.
Caro ferraz.
Fiquei evidentemente muito feliz por teres reagido à provocação.Claro que fomos sempre bem tratados pelos alunos mais antigos onde tu estás incluido,isso está completamente comprovado por mim e por todos os putos.Quanto ao vosso guarda-redes foi sem duvida não só bom a segurar bolas como também a proteger os mais novos.Os Açoreanos são sem dúvida axcelentes pessoas mas o Zé Maria era especial aliás como todo o restante do vosso grupo.Quanto ao ao texto não me chateia absolutamente nada que ponhas de fora a ficção.
Factos:todos os nomes são verdadeiros,o resultado do jogo é
o correcto,o resultado do concurso de poesia com dois vencedores é em
primeira instância absolutamente
verdadeiro.Portanto estás absolutamente á vontade para cortar a parte ficcional do pequeno delirio.
até logo.
eduardo
Ó Eduardo, aviva-me um pouco a memória que já anda um pouco "romba" : tu não serás de Castelo Branco?
Lembro-me vagamente dessa cena do concurso de poesia e da intervenção do p. Rogério.
Um abraço. Toninho
Caro Isidro:
Asseguro que não belisquei no texto!... Foi assim que me chegou
Abraço
Nelson
Caro Toninho.
A tua memória não está absolutamente
nada romba.em 1965 entramos dois Eduardos em Aldeia Nova;o Eduardo jorge Nobre Soares de Castelo branco
e eu Eduardo Carmo, de Santa Catarina
Caldas da Raínha.Eu mantive-me os 5
anos em Aldeia Nova e seguí como era hábito nessa altura para Fátima.
O Antoninho que conheci em Aldeia Nova era o P.Antoninho que foi meu professor de françês no 1ºano,era um homem moreno que jogava bem à bola era sportinguista , fumava umas cigarradas boas e nunca dava
problemas aos alunos.Penso que era de Celorico.Conheceste?
Ó Isidro,
De facto, este texto, que constituíu uma agradável surpresa, foi-nos dedicado a nós " e também ao 2ºano especialmente 2ºB do grupo 64/69", por iniciativa do próprio autor.
De todo o modo, o texto é um brinde a toda aquela malta que expressa ou implicitamente invoca e menciona e pululava naquele recreio.
Obrigado ao Eduardo Carmo pelos factos, pela ficção e por esta entrada de leão!
Falando do Padre Rogério: Sempre me ria muito com o Faustino Simões (nosso malogrado colega e estimado amigo, que faleceu em 03-07-2008)por causa de um episódio verídico que se passou com ele e o Padre Rogério.
Num dia em que o almoço era esparguete, o Faustino estava a servir à mesa - tarefa que, se bem se lembram, era rotativa.
O Padre Rogério, vendo a velocidade dele - a correr para o lado da cozinha e da cozinha para as mesas e o dificil equilíbrio do esparguete nas travessas, advertiu-o para ter juizinho e andar mais devagar. Poucos minutos depois, vinha o Faustino na gáspia com mais uma travessa de esparguete e encontrou-se ao virar da esquina ... com o Padre Rogério! Travou a fundo e segurou a travessa... porque o esparguete saíu disparado! Nem mais nem menos: travessa vazia e direitinha na mão e esparguete por todo o lado. Olhou para o Padre Rogério e, antes de abrir a boca de espanto, para qualquer desculpa, foi logo aviado com duas galhetas e lá teve que andar à massa...
Claro que o Faustino contava este episódio com uma graça especial, com bom humor e uma saudade que sempre punha nas nossas lembranças de rapazolas...
Antero Monteiro
Caro Ìsidro.
O Francisco Antonio é mesmo do Concelho do Sardoal,entrou no concurso de poesia com o poema
«Pão».
A propósito do meu pequeno texto
obra do «delirio»como diria o Ferraz Faria e arrumado à maneira com
«xeque-mate»como tu dirias não há com
que preocupar eu aguento bem com uma ou duas caneladas.
Caro Eduardo,
Não era bem canelada o que eu tinha em mente e, dessa data, lembro um conflito que teria como consequência alterar um pouco as regras concursais. De facto, pode ter sido despoletado por uma questão como a que referes.
Deves ter ido para Fátima em 1970/71. Quantos foram contigo?
CAro Isidro.
comigo para Fátima foram:Jorge Branco
Freire de Carvalho,Manuel Domingues,
Armindo Ferreira da Silva,Ricardo Quadrado Vicente,Carlos Alberto Sequeira e Almerindo da Rocha.Jà agora Isidro,em que ano andavas quando foste de férias à Inglaterra?
Ainda estavas em Aldeia Nova mas jà
não me recordo do ano.
atè logo.
Caro Eduardo,
Julgo que me lembro bem, pelo menos, dos nomes e da vivacidade do Quadrado e do Almerindo, em Aldeia-Nova, talvez não tão visíveis em Fátima.
Também foi do teu ano o Guilherme, que me sucederia em Inglaterra, no Verão de 1971 (eu estive lá durante o Verão de 1970, após o primeiro de dois anos em Fátima, tendo saído com o Curso Complementar dos Liceus neste mesmo ano).
Qualquer de nós trabalhou e foi financeiramente auto-suficiente num pequeno Hotel de Southend-on-Sea, nos arredores de Londres, com a família do Sr. Wright e a quase família do resto dos seus frequentadores. Por acaso eu fui convidado a regressar no ano seguinte, mas não aceitei, uma vez que já tinha planos para esse Verão.
As referidas estadias em Inglaterra foram organizadas pelas Irmãs Dominicanas que viviam ao lado do Convento e pelo frei Zé Maria, que não era Padre, era anão, falava pelos cotovelos e parecia um autêntico portento nas actividades de suporte à Administração do Convento em que vivíamos.
As referidas "férias" em Inglaterra foram preparadas sob a estratégia do frei João Domingos, O.P., entre outros, para dispor melhor professor de inglês na abertura do CEF aos lojistas que queriam aprender inglês em Fátima - por mim, viria a fazê-lo "pro bonno" durante 3 horas por semana no ano lectivo de 1970/71, enquanto o Guerra teve idêntica função em Francês. Este foi o verdadeiro pontapé de saída do CEF (cada um de nós tinha cerca de 50 alunos adultos, mas nunca ninguém viu nenhum de nós em bicos de pés, sem prejuízo de, à semelhança dos demais frequentadores do Convento, termos elevados níveis de auto-estima).
Caro Isidro.
Estou completamente esclarecido.
Conheci o hotel a que te referes assim como o sr.Wirght em southend-
on-sea.Aminha estadia em 72 foi perto
de Croydon numa aldeia chamada Old coulsdon.estive na casa do paroco católico 2 meses e 1 mês em Greenwich
Village.
Um abraço
eduardo carmo
P.S.
Entretanto, fui assaltado por uma dúvida. Quando falei no Guilherme, posso ter estado a falar no José António. um pouco para o lado do obeso. Parecido, não é? Mas o facto, é que o encontrei, há muitos anos, numa rua de Lisboa, quando ele era professor no ISPA.
Caro Eduardo,
O tal “delírio” a que me referi bem poderia ser aplicado só ao ambiente daquela delirante final do torneio fantasma e mais nada. De facto, reconheço que alguns pormenores poderiam ser verdadeiros: por exemplo, o seminário de Aldeia Nova existia; admito também a existência da bola, das balizas – não assim do “velho e retorcido carvalho” do Eduardo Bento; estou contigo quando dizes que o P. Rogério andava por lá a mediar conflitos; até reconheço a graça de muitos dos colegas que referes e peço-te desculpa, pois não me lembrava de ti, mas sei que também existes e que assim seja por muitos anos.
Mas nem tudo bate certo. Para começar, o resultado do torneio nunca poderia ser aquele, pois nos anais do meu 5º ano e na sala de troféus nada consta a preceito. Olha, não teria sido uma brincadeira, algo assim como um “torneio” inopinado e amigável? Só podia! Por outro lado, no tempo desse garboso 2º B, aí por 1964, nós andaríamos ainda no 4º ano, mas o Isidro é quem domina bem estas tabelas cronológicas. A propósito, todo este desagradável imbróglio pode ser resolvido, sem mais caneladas, à volta dum copo amigo, na sardinhada que o Isidro está a organizar… para breve.
Passem bem.
Até logo.
O 2.º B é de 1965/66, 5.º ano do Ferraz e, quanto à poesia, aconteceu-lhe o mesmo que ao teatro - era possível concorrer, mas ninguém concorria. Se o João de Melo concorreu com um poema, no ano anterior (entretanto saiu de Aldeia-Nova), é coisa que eu só agora sei. Eu conhecia-o pela prosa, por acaso, com certo tom poético, como ainda hoje tem onde menos se espera que tenha certa musicalidade.
Grande Ferraz.
Assim é que é divertido!
De qual imbróglio desagradavel é que
estás a falar?
Esta brincadeira em torno do nosso
João de Melo e do Francisco António,
tem sido das melhores paródias em que eu entro faz algum tempo!Como díria o
amigo Antero ,parece um torneio de
pingue-pongue.Estou a preparar outro pequeno romance de cordel
que vai ser melhor que o Borda Dágua de Coimbra!Mas esse vai envolver todos aqueles de que me
lembro do nosso tempo começando no
Nobre Reino dos Suevos até Olhão
se possível.A provocaçao vai ser geral e assim o jogo vai aquecer.
Como dizia o outro:A fructibus
eorum cognoscetis eos.
um abraço
eduardo do carmo
Parece-me que existe uma pequena dificuldade com a citação em latim, do evangelista Mateus, que fez umas confusões, como lhe era habitual, nele ou em quem o traduziu dando, como equivalentes o conhecimento dos frutos pela árvore e da árvore pelos frutos.
Ora eu aproveitei uma estadia nas berças, há muitos anos, para enxertar parte de um pessegueiro em ameixieira e lá ficou o Mateus mais uma vez em causa quando, na mesma árvore, tive pêssegos e ameixas, embora durante apenas 2 anos, mesmo debaixo das barbas brancas de um seu devoto daquele evangelista.
Venha daí essa cartada, Eduardo e que seja mais duradoura que a minha enxertia.
Isidro.
Depois de ler no blog acerca do
desaparecimento no fim dos anos
lectivos de alguns colegas de
estudo o meu pequeno cerebro ficou
com alguns circuitos queimados.
de repente vi-me transportado para
o final do ano lectivo 71/72.
Nessa época quase todos os alunos,
ou mesmo todos do meu ano foram
empurrados para fora da esfera
dominicana.Explicações para este
acto são-me completamente desconhecidas.
Só sei que no inicio de 72/73
quando apareci à porta do convento
para saber quais as instruções para
esse ano não apareceu nenhum padre
apenas o fr.Zézinho que nos disse
não saber nada sobre o assunto.
Tentei,assim como outros tentaram
saber o que se passava mas sem qualquer resultado.
Até hoje não sei porque é que fomos
corridos dalí para fora.
Isto como podes constatar é um caso
absolutamente bizarro,que teve
consequencias que nem eu sei
exactamente quais,ultrapassou-me
completamente.
Pensas que passado todo este tempo
alguém saberá dar uma explicação
minimamente racional a este
triste episódio?
um abraço
Eduardo Carmo
P.S.
Isidro.
Lembrei-me de te dar conhecimento
deste caso mas penso que o Antero
Monteiro e o Manuel Domingues
Junior,como homens de cérebro
treinado podiam dar aquí uma
achega.
eduardo
Eduardo,
Ainda bem que entraste nesta matéria. Por agora, não sei o que se passou, mas tenho algumas indicações indirectas que tenho de ver se fazem sentido, o que só será possível se aqui chegarem mais contributos.
O frei Zézinho é o anão?
Sim Isidro.
Ofr.Zézinho é o anão.
I--É natural o 5º ano ter ficado um pouco desolado por não ter ganho o torneio,pois os do 2º B eram mais novos.Mas,nestas coisas de desporto não se ganha sempre.Deveriam-se ter lembrado que no ano anterior (como 4ºano) tinham ganho um Torneio igual ou semelhante.Eu fazia parte do ano mas não da equipa(não haviam suplentes), nunca passei da equipa C do Seminário.O 4º ano era constituido pelo Ferraz,Celestino,João Melo Pacheco,José Lopes,Zé Maria,Paulo Branco,Veríssimo,Cardoso e eu(Ambrósio Ribeiro).
II--Os trabalhos para os Jogos Florais eram entregues no final das Férias Grandes e no 1º Trimestre as obras e as classificações eram reveladas. Era desta forma que se processaram os primeiros Jogos.
Apenas com o intuito de ajudar a identificar-me perante aqueles que não se recordarão de mim ou não me conhecem a seguir descrevo;
Em 63-64 nos Jogos Florais fui 1º Classificado em Desenho (Caravela Quinhentista)e uma Mensão Honrosa em Escultura em barro.
Em 64-65 fui 1º Classificado em Colaboração (Humor),2º em "Quem acerta Ganha".
Digo isto, porque resultado destas minhas participações,fui convidado e depois nomeado responsável durante esse ano lectivo do jornal de parede "O Mural".Era publicado quase sempre quinzenalmente durante esse ano.Aí descrevíamos reportagens,contos,openiões etc.
Já agora Ferraz,passa a mão pela memória (ou couro descabeludo) e vê se te elembras.
Estavamos em 1964 e a 17 e 18 de Abril iria haver o Passeio Anual de dois dias desta vez á Serra da Estrela.Queríamos animar o pessoal durante a viagem. O que fizemos, formamos um grupo coral(não haviam grandes instrumentos). Eu,Tu,o Lopes e o Paulo Branco,formamos "Os Flechas".
Grupo esse que voltou a actuar no dia 8 de Dezembro de 64, na festa de recepção aos novos(caloiros)que só chegaram nessa data por imperativo de logística pois as obras da parte nova do seminário aínda não se encontravam concluídas.
Grande abraço de J.Ambrósio Ribeiro
Ainda bem que regressas, Ambrósio e logo com questões do ano em que entrei em Aldeia-Nova.
Eu lembro-me de um belo espectáculo de recepção da minha turma uma semana antes de partir para as férias do Natal de 1964 mas, na minha memória, o Edifício novo já estava pronto a receber-nos quando chegámos, 2 meses antes, em Outubro.
Isso do atraso no edifício deve referir-se ao ano lectivo anterior (1963/64, teu 4.º ano) e é muito bem capaz de ser uma explicação satisfatória para um detalhe que, até agora, não a tinha, na minha memória remota. De resto, esse tal passeio à Serra da Estrela deve ter ocorrido neste mesmo ano lectivo e, tanto quanto compreendi, foi evocado neste blogue através de uma fotografia bastante eclética que inclui os mais corpulentos de vários anos.
O Jornal de Parede "O Mural" acabaria por ter vida adicional durante as férias do ano seguinte, na medida em que, de férias, escrevemos para o dito ainda a tempo de ler, em férias, a sua publicação. Por mim, lá publiquei uma anedota sobre as dores de dentes de um homem com mau génio que já nenhum dentista tratava, porque ele dava uma bofetada a cada um dos que lhe provocavam dores adicionais.
Quanto às regras dos jogos florais e da composição dos respectivos júris, passaram, de facto, a ser bastante diferentes do que descreves a partir de 1966/67 (meu 3.º ano, dois anos depois de tu saires).
Ò isidro.
Lembras-te certamente das nossas idas
á piscina do Olival.Ficava logo a seguir ao Olival no caminho de Ourém.
Também te recordas concerteza dos irmãos Boucho da Benquerença:o Luis
do teu ano e o Fernando do meu.
Nadavam como peixes«quase tão bem como o Luis guedes».
Esses marotos vinham duma zona onde
não havia mar e a àgua era escassa, tinham uma musculatura fora do comum, camparável aos bodybuilders
actuais,como é que conseguiram
aqueles músculos?
Eu tenho uma teoria.
Serà que eles não usavam a estrada
de «Macadame»que ligava a Benquerença à estrada principal
que ligava o Sabugal a Penamacor e
subiam a Ribira da Meimoa a nado
quando queriam ir às festevidades
no Terreiro das Bruxas,no Vale da
Senhora da Póvoa e à feira de Penamacor?
Que raio!Eu era um trica espinhas.
até à próxima.
Eduardo
Ó Eduardo,
Essas deslocações ao Olival eram um privilégio a que eu não tinha acesso ou, se tinha, esqueci-o para não me lembrar da transgressão ainda que tenha bem presente essa tal piscina e um peixe musculado chamado Bocho...
De facto, o Luís Bocho tinha força invulgar, enquanto o seu irmão mais novo era um lingrinhas mais mexido. Não havia ninguém com o ele. Só podia ser um dom genético que, noutras condições teria dado um atleta de elevado rendimento em certas disciplinas.
Eu tinha-o em especial consideração pela sua enorme calma, quem sabe se por estar certo que, em caso de conflito, poderia contar com a sua ajuda... Não, não foi por isto. Ele, tal como outros 3 ou 4 precisaram da minha ajuda em certa matéria num momento crítico e decisivo em que se arriscavam a ser expulsos. Ao contrário do que eu esperava, comprenderam muito depressa o que lhes expliquei e atingiram os resultados que entendiam como necessários. Foi deste modo que aprendi um bem que se revelaria decisivo para mim em certas situações - não existe uma inteligência; há várias e até é perigoso negligenciar algumas.
Quanto ao Luís Guedes, também já sabia nadar sobre as ondas do mar, entre outras.
Caro Ambrósio.
Obrigado pela tua intervenção,è que me tiraste duma confusão que tinha
em relação aos dois Celestinos.
O Zè celestino,que eu sigo com muita
atenção aqui no blog È de um grupo anterior ao nosso.Nòs tinhamos o
nosso próprio Celestino.Indo aqui ao
baú das memórias,pendo lembrar-me
dele numa actuação de teatro que
vocês «os mais velhos»levaram ao
salão paroquial do Olival.
Julgo que ele fazia o papel de judeu.Talvez até te recordes qual
foi a peça apresentada.
Um abraço.
eduardo carmo
Bem observado, Eduardo Carmo...
Zé Celestino só há um, o da TAP e mais nenhum...É o nome abreviado de José de São Pedro Celestino, e pelo qual sou conhecido entre os muitos amigos mais próximos...
Sou de uma fornada de Aldeia Nova/Fátima anterior à tua...
Falando de bloguistas mais colunáveis, convivi com o Armando Alexandrino, Eduardo Bento, Neves de Carvalho, Fernando Vaz, Joaquim Moreno, Jaime Coelho e com o fundador, paciente e proficiente administrador deste Blogue, Nelson Amaral Veiga...
Porém, para além destes ilustres bloguistas, muitos outros e também mui ilustres ex OP,s, ainda não intervenientes no blogue, por uma ou outra razão...,fazem parte da minha rede de amigos e com os quais cultivo uma relação próxima e de efectiva amizade...
Desculpar-me-ão a eventual imodéstia, mas a rapazeada da minha fornada, não tendo, embora saído de Aldeia Nova/Fátima com qualificações académicas licealmente reconhecidas, quase toda «validou» essas qualificações, fazendo no liceu os então denominados 1º, 2º e 3º ciclos liceais, ingressando, vários deles, em Universidades....licenciando-se...fazendo estágios profissionais... pós graduações... mestrados e até doutoramentos...
Alguns ocupam hoje elevados cargos de direcção, a nível público e privado... Isto para não falar dos ilustríssimos «jubilados» que passam o tempo no laró,viajando, dentro e fora do rectângulo...
Por hoje não vou divulgar o nome destes...
Em minha opinião, tal só é explicável pela formação de base adquirida em Aldeia Nova/Fátima...
Estou a acompanhar, com muito interesse, as várias intervenções e comentários da rapazeada que me sucedeu em Aldeia Nova/Fátima...
É com muita satisfação que encontro em todas um denominador comum: elos de amizade, cimentada por uma vivência colectiva simples, porém acompanhada/conduzida por homens, religiosos ou leigos, que se preocupavam com a boa formação moral e intelectual dos muitos rapazes que diziam aspirar a ser dominicanos... Estou a falar dos nossos MESTRES, dos quais guardo sincero sentimento de gratidão...
Falando de amizade, reitero o repto que lancei ao Isidro e agora lanço a todos os do teu grupo: promovam um encontro da malta que vive na grande região de Lisboa...
Será muito agradável o reencontro de muitos que nunca mais se viram... e o conhecimento pessoal dos que só se conhecem do Blogue...
Como costuma rematar o activíssimo bloguista Isidro, amanhã é um novo dia...
Zé Celestino
Quem tiver dúvidas como eu tinha
a respeito da identidade do José
Celestino tomem lá e não digam
que vão daqui!
Claro e conciso.
Vejam o comentário do Zé Celestino
e pouca treta!
Grande abraço Zé Celestino.
eduardo carmo
"Pouca treta?" Lá fora estão 1.740.000 delas mesmo à mão. Porém, aqui não entram.
Viva, Ambrósio!
É claro que me lembro bem dos “Flechas”, assim como da entrega dos Óscares da nossa Academia. Bons tempos!... O “Mural” era pagodeiro e atrevidote. Por causa dele e da arte de bem desenhar, o Carlos Henriques – patrício do Baleco – levou duas ripeiradas do frei Miguel, cozinheiro, que andava de lambreta azul.
Mas os “Flechas” foram um verdadeiro sucesso e os percursores de "Mingos e os Samurais". Tu eras o Mingos e, quando saíste, lá se foi o conjunto. Mas vendia bem e, ao contrário do que afirmas, estava bem apetrechado com moderno e alegre instrumental: 3 gaitas-de-beiços e uns ferrinhos. O Direito Canónico proibia outros instrumentos na formação do bom seminarista. Roma só abriu uma excepção para a Soeur Sourire e depressa se arrependeu: a monja terá perdido a vocação com o seu nique, nique. Não quis arriscar connosco, pois na Santa Congregação alguém bufou que nós sintonizávamos amiúde a Rádio Caroline através da galena do P. Oliveira. Foi um sofrimento, meu velho, apesar do nosso jeito, das calorosas ovações e daquela estrondosa digressão a que tu te referes, lá naqueles malucos e melómanos tempos. Podíamos ter ido muito, muito longe no nosso apostolado. Assim…
Um abraço, Ambrósio e boa noite a todos.
«Berças».
20 linhas 307 at aspirina B
Ò Isidro voltando à tua enxertia
no pessegueiro que também deu
ameixas.
Encontrei no Blog acima indicado
uma pequena discussão sobre as
«berças».O meu amigo José do Carmo
Francisco;poeta prosador e
especialista em Jorge Luis Borges,
deixou uma pista sobre «berças».
Tu que és homem habituado a lidar
com assuntos relacionados com
pessoas e culturas dá-me lá uma
achega acerca da palavra«berças».
eduardo carmo
P.S.
Isidro,esta palavra tem alguma
ligação com a palavra «Bierzo»
usada para defenir a região de
Ponferrada em Espanha ?
Caros amigos,
A vertente musical teve sempre grande relevância naquela casa de Aldeia Nova...
Dessa faceta recordo-me bem, não só por uma ou outra descida vertical da batuta do frei João Leite sobre a minha cabeça, e não só a minha (mas é destas, por razões óbvias, que me lembro melhor, nas desafinações de solfejo...), como pelos conjuntos musicais.
Na minha turma 1964/1969 também tivemos um "conjunto" musical afamado, " Os Apaches", de que era vocalista o António Farinha.
Perdoem-me os restantes elementos, mas já não me recordo dos instrumentistas, com bateria, ferrinhos, viola e tudo. Alguém que tenha melhor memória ou os próprios, reponham a história da banda.
Devo confessar-vos que fico impressionado com a vossa memória quanto a pormenores dos Jogos Florais, dos Regulamentos e do Mural. Por amor à verdade, confesso que os meus méritos e "low profile", que me lembre, não chegaram para conquistar nenhum prémio individual e isso também não estimula a minha memória.
Quanto ao Teatro: lembro-me de declamar uma interessante poesia com o tema "Ser livre" que noutra oportunidade aqui deixarei.
Também me lembro dos teatros que fazíamos no salão paroquial de Olival com o público local. Apenas me lembro de intervir numa peça em que com com cerca de 13 anos fazia de polícia. A minha entrada era : "Brigada dos narcóticos!". Das restantes meia dúzia de palavras ou frases já não me lembro. Lembro-me da tremideira que o palco sempre inspira, não só aos amadores, e do meu convencimento de que a minha autoridade na cena era apenas a que a farda (que dava para dois)inspirava. Para que conste e como ajuda à reconstituição do passado comum.
António Farinha, aparece e confessa-te, grande artista!
Antero Monteiro
Eduardo,
Berças são "terras do interior rural" como as referidas no meu comentário e, anteriormente, num comentário do "Ezequiel Vintém", sobre os seus interesses de leitura e não só, "cá nas berças" (citado de memória).
Vem de "verça", do latim "viridia" que significa "árvores", "hortas" e "plantações verdes".
Relembrando a indicação do Celestino, co-organizador do futuro Encontro de 2009, explicando que não é ele o Celestino referido no artigo do Eduardo, também citado por mim sem esclarecimento adicional, o que já está resolvido,
venho fazer uma referência ao Celestino do artigo e que estava no fim do curso quando eu entrei.
Este último Celestino, de quem me lembro bem, não destoava daquele universo que aqui tem tido o Ferraz à cabeça.
Eles não eram só futebolistas, alguns de eleição, dinamizadores culturais, que alguns tomariam como profissão, quase adultos personalizados com um certo ascendente, geralmente natural, que levou alguns, mais tarde, a funções de chefia e liderança.
Eles eram, sobretudo, uma equipa, naturalmente com falhas, bem raras, a que, até agora, só o Ambrósio se referiu e apenas num ponto muito discreto do blogue.
Neste preciso ponto, em que os méritos deles são incontornáveis e insubstituíveis é importante salientar a presença de um bem que já tinha sido distribuído e continuou a sê-lo por muitos outros, bem por causa do valor de algumas personalidades dominicanas com "high profile" e "low profile" e seus amigos qui invocados em numerosas ocasiões.
Que apareça, também um certo elemento X desse grupo que ainda estava em Fátima quando eu lá cheguei (o tal que, numa rua de Lisboa, há inúmeros anos, ainda tinha "inveja" dos meus "privilégios").
Celestino Barreiros, natural da freguesia de Moreira de Rei do concelho de Trancoso, meu conterrâneo a residir em Lisboa. A peça terá sido "A bandeira roubada", um drama heróico que se representou ciclicamente em A. Nova e que os estudantes da minha freguesia também representaram em tempo de férias, cabendo ao Celestino o papel de "Isaac", um judeu espião. Como ele tinha desempenhado a personagem em férias, é muito natural que tenha repetido o feito em A. Nova, como refere o Eduardo Carmo. Vou providenciar para que ele apareça.
Nelson
Foi a segunda vez que o Antero, mais acima, se referiu aos apaches musicais cantados e musicados pelo conjunto liderado pelo Farinha, com a mesma facilidade com que liderava a defesa da equipa de futebol de 11 à sua frente, ele que foi o único verdadeiro sucessor do Zé Maria, sempre progredindo de ano para ano e não só no futebol, na música e na Educação Física, actividade em que se especializou.
Eu pensei e cheguei a vários parágrafos para ele e para quem se lembra dele mas, lidos e relidos, apaguei tudo, com excepção da introdução dada no parágrafo anterior, como se tivesse decidido pôr o discurso no lixo e falar de improviso para o grupo que me telefonou durante o Encontro de 2007, que o incluia, apenas em parte completado no ano seguinte.
Pois...
Um abraço, Farinha, na Guarda, não só pelo que acima descrevi, mas também por aquela iniciativa colectivamente assumida de irmos todos ao gabinete de certo director tomar medidas de cautela para proteger um de nós que, por acaso, nesse dia, era eu mesmo.
Um abraço especial também para o resto desse grupo.
Nelson.
Obrigado.A tua explicação tem toda
a lógica,o sobrenome «Barreiros»
tirou-me qualquer dúvida.Ainda me
recordo o Celestino a olhar para o
céu gemendo:ó Jeová!Jeová.
Um abraço
eduardo do carmo
À atenção do Eduardo Carmo e do Ferraz, caso vos interesse: O endereço postal do Celestino Barreiros já está na lista. O endereço electrónico é: carbarreiros@gamil.com
perdão, repito o endereço electrónico:
carbarreiros@gmail.com
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