Como os comentários do Blog já vão longos, deixo à consideração do Nelson a publicação destas linhas.
Com efeito, quando por lá passei ainda sofríamos os efeitos da guerra, que o santo varão que ora repousa em Santa Comba Dão livrou-nos da guerra mas não conseguiu salvar-nos da fome. Lembro-me que íamos de noite esfarelar o grão de bico que estava na eira para iludir a fome. Tenho muitos episódios desse tempo que registo em livro para um dia talvez apresentar num dos nossos encontros de Fátima. Será não Uma Manhã Submersa mas uma Manhã Triunfal. Possuo uma meia dúzia de fotos, de má qualidade, até por serem antigas. E aqui há perto de dez anos quando visitei a minha irmã, (entretanto já na eterna presença do Senhor),em Clairmont e soube que ali perto exercia o ministério diaconal um português que tinha sido dominicano, procurei ir à fala com ele. E, na missa dominical para a comunidade portuguesa, lá estava eu. Foi assim que conheci o Fernando Vaz que com grande amizade me recebeu no hotel termal que dirige. Cordial, afável, vi nele uma profunda cultura, um raro saber e, logo na homilia e depois nas conversas descobri um dialecta perigoso, eivado de desvios doutrinais de que não comungo. Neste campo a sua esposa, se bem me recordo de seu nome Eloise, está muito mais dentro da ortodoxia católica. Isto tudo a propósito para dizer que na altura dei ao Fernando um conjunto de apontamentos que podem avivar a memória desses anos longínquos em Aldeia Nova. Os meus sobrinhos, em França, devem ter recebido da mãe fotos e algumas cartas minhas que poderão ter interesse. Porém quando há dois anos solicitei aos filhos da minha irmã a devolução desse material apenas recebi como resposta: - Vá pentear macacos. Enfim, estou aqui para sofrer e pregar.
Com estas palavras pretendo responder a algumas solicitações de comentaristas do blog e dizer-lhes que estou ao dispor para reavivar memórias embora a minha de si já vá falhando muito. Felizmente que apareceu gente nova no Blog que nos traz, com os seus comentários, para a Aldeia da saudade. Só isso nos ajuda a criar laços. Começava a estar farto de textos sobre questões politico-sociais, literárias e quejandas que ainda ameaçaram contaminar o blog. Oh meus amigos, o que é que isso interessa, para nos abrir as portas do céu? ( Lamento que a direcção do blog não tenha publicado um texto meu sobre a conversão da Rússia).
António da Purificação
36 comentários:
A minha repulsa pelo lápis azul, permite que publique todos os textos, embora deles não comungue em absoluto. O querido amigo Fernando Vaz, não necessita que eu o defenda, mas quero deixar ao Purificação o meu reparo, quando o classifica como "um dialecta perigoso". Basta de exacerbados fundamentalismos, caro Purificação!...
Mas tens todo o direito em deixar aqui as tuas memórias, pelos vistos caiadas de ortodoxia.
Nelson
Corrigenda
Onde está reavivermos deve ler-se
Reavivarmos
E já diziam os «Compadres do Riso»:
ISTO É QUE VAI UMA AÇORDA!...
Saudações bloguistas.
Zé Celestino
Qual açorda, qual quê, Celestino! Tem paciência, mas este nosso educador e guia espiritual tem todo o direito a ser publicado. Não sei o que se passou - continuo a confiar no Nélson - mas exigimos esse texto sobre a "Conversão da Rússia". Muitos terços ejaculatórias rezámos nós para esse fim e surtiram efeito. Assim começássemos já a rezar pela China, a pouco e pouco, palmo a palmo, até cobrirmos toda a Terra.
Pela minha parte, agradeço o contributo do António da Purificação, porque, para mim, as intenções também contam.
Por uma questão de credibilidade, tenho de fazer uma longa introdução para tentar ganhar um mínimo de credibilidade antes de tomar posição entre o António da Purificação, o Celestino e o Ferraz.
Em todas as épocas li alguns pasquins por acaso, onde não havia mais nada para ler e fazer, quando se tratava do primeiro número de uma publicação desconhecida ou para saber como estava certo estado da arte.
Isto sempre aconteceu, porque quis saber, indirectamente, com alguma segurança, o que pensam e que razões têm certas pessoas de que não tenho, nem quero ter conhecimento directo, a quem não tenho acesso, que quero entender, mas não me atrevo a deixar aproximar ou que, pura e simplesmente, não quero contrariar, por estar certo que mais nada aprenderão.
De permeio, encontrei verdadeiras pérolas onde julgava haver lixo tóxico. Li também ditos que, não me merecendo a mais ínfima credibilidade, eram uma expressão aceite por grande número de pessoas, conhecidas ou não. Pessoa como, por exemplo, poderia ser o António da Purificação, tendo em conta o que aqui tem escrito.
Foi assim que guardei na minha memória uns panfletos sobre os milagres de Fátima, com os seus segredos revelados e por revelar, pontos sobre que nunca fui aborrecido pelos Dominicanos que foram meus professores e amigos, nem sequer quando nos deram o dia completo para conhecer Fátima a fundo, sem programa, durante uma visita papal mais cheia de peregrinos que uma colmeia, no meio da qual víamos pessoas verdadeiras e apenas pessoas humanas à mistura com miséria humana muito mal disfarçada pelas colheitas espirituais e pelas fortes chuvadas.
Entre os referidos panfletos havia umas histórias sobre a Rússia e a sua conversão que, com quase 100% de certeza, serão o mote que o António da Purificação, segundo diz, terá pretendido divulgar no blogue, ainda que sem êxito, devido à sua alegada recusa pelo editor.
Se o editor recusou publicar uma treta do tipo Fátima-Rússia, isso só pode significar que, como eu, ele quer lembrar os Dominicanos como pessoas melhores que as trapalhadas ideológicas e, por isso mesmo, continua a subir na minha consideração.
Fazer de outro modo seria misturar-nos com uma central de propaganda sediada num apartado de Coimbra, num apartado de certa cidade dos EUA, numa caixa de correio electrónico e num site, todos referências que localizei para poder escrever o presente comentário de desagravo.
Posto isto, leio o comentário do Ferraz e, vai daí, ele tem razão - há que manter a fábrica de soluções simples para problemas complexos.
E VIVA O PORTO, CARAGO....
Abraço ao Neves de Carvalho, ao Joaquim Moreno, ao Brízido, ao Leopoldo,ao Joaquim Moreira e a todos os demais homens do norte que hoje festejam mais uma dobradinha...
Zé Celestino
O António da Purificação numa coisa tem razão e até já concordo que ele andou pelo seminário de A. Nova nesse recuado tempo de quarenta. Posso confirmar um pormenor : os restos de fome que por lá atacava os seus habitantes. Uns mais do que a outros. Mas não era só à noite que os grãos iam ficando depenados. Vi muito boa gente que ao passar ao lado da eira, lá ia depenicando e metendo no bolso.
Devia andar no 1º ano e lembro-me que os mais velhos (anos do João Domingos, Bernardo, Gil e alii fizeram uma espécie de levantamento de "rancho".Logo9 a seguir, nem houve recreio e fomos para a sala de estudo (nessa altura a única). À luz fraca dos petromaxes apareceu o sr. padre director, Francisco Rendeiro, com um semblante muito sério, perguntando quem tinha fome. Silêncio geral. Eu já nessa altura era dos mais pequenos. Como estava numa das carteiras da frente, perguntou-me se passava muita fome. Não me lembro do que respondi...
Mas no dia seguinte, ao pequeno almoço, a quantidade de leite com café e o pão tinham aumentado sobretudo para os mais velhos.
Um abraço. Porventura que não... enfim!
Hoje, ao reler algumas notícias do tempo, podemos apreciar melhor as dificuldades que um seminário passava e as artimanhas de que se socorriam os seus responsáveis para manter numa certa dignidade a sua população. Irei lembrando algumas (notícias!)
Toninho
Sim senhor! Finalmente começo a ver este blog a aproximar-se lentamente do que são os blogues de seminaristas, que tenho pesquisado na net e verifico que está a enveredar pelo caminho traçado no recente Congresso dos ex-seminaristas, que decorreu em Fátima.
É óbvio que exigimos para já, a publicação do texto do António sobre a conversão da Rússia e de seguida a revelação dos três (ou mais?) segredos de Fátima, revistos e comentados.
Este Purificação só pode ser uma personagem de ficção. No entanto, quem sabe se as suas intervenções não contribuirão para que entremos na “comunhão com os nossos bispos”, sobre o que ele próprio suscita a dúvida, quiçá em razão da sua proximidade às hierarquias religiosas.
É útil termos gente bem relacionada com os vários poderes. Nunca se sabe quando necessitamos de uma cunha para ter acesso a um qualquer poleiro.
Ezequiel Vintém
Ezequiel Vintém,
Usas um pseudónimo para fazer afirmações tão inócuas?
Ó Isidro, gostei. Tudo é pouco para zurzir neste anónimo irreverente que dá pelo nome de Ezequiel Vintém. Nós, os melhores, é que temos que pugnar por valores que andam tão desvalorizados.
António da Purificação
Apoiado Ferraz!
Mereces a concecoração da OP pelo desassombro de tão arrojada missão! Com fé sem limites, comecemos pela China, não esqueçamos a India nem as barbas do Fidel.
Mas aquilo dos terços "ejaculatórias" é que não percebi. Ou será que não querem só convertê-los?
F.r. da Área Benta
PS. Mais do que o invocado texto, importante mesmo é que o piedoso Antonio da Purificação reze por todos os ateus que, pelo visto, são mais do que as mães...
Ó Celestino,
Não te conhecia esse mau ganhar!
Os jovens do teu tempo eram vocacionalmente do Benfica ou do Sporting (como eu).
Ou tiveste vistas largas ou andou aí a tentação do Diabo... E pelos vistos andas acompanhado de muito boa gente.
Enfim, para o ano é um novo ano, como diria o Isidro!
UM abraço grande aos portistas, apesar de tudo. Mantenham-se calmos, que a vida dá muitas voltas. Reparem no glorioso, quão depenado anda (é melhor falar nos males dos vizinhos do que olhar para casa própria...).
Com a pressão desmesurada e contínua dos ecologistas isto há-de virar verde! Assim seja!
Antero Monteiro
Ps.- António da Purificação, coloca lá estes assuntos prementes nas tuas boas intenções e mesmo que não possas converter a Rússia, combate os vermelhos da 2ª Circular e já agora os azuis da Boavista! Que vão ganhar para a Rússia! Que praga!
Caro Antero,
Eu continuo fiel à Académica...
Porém, reconheço sempre o valor dos que melhor sabem driblar e alcançar o objetivo principal: o golo...
Aquele abraço
Zé Celestino
Caros amigos, caro António da Purificação:
Continuo a ler com grande interesse tudo o que se tem escrito neste nosso blog. Ele está cada vez mais animado com a participação assídua da geração que nos seguiu como o Ferraz que tem feito comentários muito sensatos, profundos e objectivos e o Isidro que tem sido muito prolífero. Começam a aparecer também alguns que nos precederam. O António da Purificação, também é da geração anterior à minha. Aqueles que me conhecem sabem que ideológicamente andamos por caminhos muito diferentes. Isso não impede a amizade porque o coração tem razões que a razão ignora!... Mesmo se o A. da P. Tem opiniões ou pontos de vista diametralmente opostos aos meus e de muitos de nós, não deve ser censurado. O Nelson diz que não censurou e eu acredito. Deve ter sido uma falsa manobra da parte do A. da P, como tambám eu já fiz. Manda de novo o texto, A. da P. , e que seja publicado.
No que se refere às aparições, alguns parece que ainda estão à espera da revelação de mais segredos... Então não sabeis que o terceiro e último, que devia ser revelado em 1960, começou a sê-lo em 2000, em Fátima por João Paulo II no momento da Beatificação da Jacinta e do Francisco. Aqui vai...
“ A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria-Fátima.
E vimos n'uma luz emensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre” etc.
As autoridades do Vaticano teimam em interpretar esta mensagem como tendo sido o atentado que o Papa João Paulo II sofreu em 13 de maio de 1981, apesar de nada coincidir.
Claro que para a senhora de Fátima e sobretudo para a Lúcia a vida do Papa (ele até nem morreu no atentado) vale bem mais que os milhões de mortos da primeira guerra mundial. (Foi bem feita, que se tivessem convertido). E muito mais que os muitos milhões da segunda guerra mundial – é verdade que uma grande parte eram judeus... Para esta senhora cercada de luz mas que não tinha vistas e horizontes largos, o que a preocupava era o sumo pontifece e não as vitimas de todas as guerras, e catástofres naturais... Penso que este segredo não pode vir de uma Mãe que ama todos os filhos por igual quer sejam papas, judeus, pretos, mulheres... Que cada qual pense o que quiser, para já Fátima ainda não é dogma... se um dia for, avisaremos.
Voltemos ao António da Purificação. Posso confirmar que o recebí como ele indica, e com grande prazer no Hotel Sainte Eugénie de que era proprietário. Digo era, visto que o vendí há uns três anos. Obrigado A. da P. Por todos os elogios que me fazes. No que se refere à amizade assumo completamente. Sinto uma grande afeição por todos os que passaram por Aldeia Nova e/ou Fátima. Sei no entanto que temos pouco em comum do ponto de vista ideológico e sobretudo no referente à mentalidade e práctica religiosa. Baseando-me no vivo diálogo que tivemos há uns 10 anos e no que tens escrito no blog tenho a impressão que a tua religião está mais próxima das ceitas,da magia, da superstição e do bruxedo que do Evangelho. Isto é simplesmente uma constatação e não uma critica e muito menos uma condenação. De todas as formas respeito-te em totalidade, como aliás exijo a reciprocidade. Foi com muito prazer que te recebí e te receberei se voltares a Clermont- Ferrand.
A. da P. a minha mulher chama-se Geneviève e não Héloïse, e eu não me chamo Abélard! Ela é bastante mistica e bem mais ortodoxa que eu. Quanto aos documentos que me deixaste, por não lhes ter atribuido grande interesse e pensando que terias outrs exemplares, não os conservei. Vou tentar recuperar qualquer coisa junto dos teus sobrinhos que vejo de vez em quando na missa da comunidade portuguese, a que fazes alusão. Parece-me que eles apreciam mais que tu os meus comentários do Evangelho... Há algum tempo, quando lhes pedí notícias tuas, disseram-me que te perderam de vista!
Um grande abraço para todos. Não mando beijos porque dois bicudos não se beijam... Fernando
Obrigado Fernando, pela minuciosa explicação. Deves compreender que esteja ainda à espera de qualquer coisa assim de fantástico. Foram dezenas de anos a criar expectativas sobre os tais segredos, que toda a gente ficou, não desiludida, porque a fé não permite desapontamentos, mas antes com uma esperança escondida de que a coisa não pode ficar por aqui. Qualquer dia soam as trombetas e aí virá um segredo daqueles de fazer estremecer as estrelas e a lua andar à roda. É aconselhável andar sempre por perto de Fátima para não perder o fenómeno. Quiçá no momento do próximo encontro anual. Nunca se sabe o dia nem a hora.
Ezequiel Vintém
Pois é, Ezequiel,
"...qualquer dia soam as trombetas..."
Do que descrevi como
"...uma central de propaganda sediada num apartado de Coimbra, num apartado de certa cidade dos EUA, numa caixa de correio electrónico e num site..."
Cujas identidades estão publicadas e não quero registar,
Porque
São muito mais influente que certos ingénuos como o António da Purificação,
Devidamente imortalizados através do humor e da Ironia, de permeio com certa dose de bom senso.
Eu não sou dado a náuseas. Porém, quando tentei ler aquilo, achei prudente contentar-me com uma suposição do que seja o resto da história.
Fui suficientemente convincente sobre a existência de um caminho que envergonhará e afastará, definitivamente deste blogue, a quase totalidade da gente do meu tempo, pelo menos?
Ò Isidro.
Do nosso tempo somos só cinco a
entrar no blog:O Ferraz o Antero,
o Domingos Carvalhais ,tu próprio,
o António Dos Reis «com uma inter-
venção»e eu mesmo.Connosco concerteza não há o problema de nos afastarmos
do blog.quanto ao pessoal dos grupos
anteriores ao nosso ,esses continuam
afinadissimos e com os cérebros bem
oleados,portanto a eles ninguém os
assusta!
Agora quanto ao grupo pós 68 já não
garanto nada.Aínda ninguém apareceu
e começo a recear que não tenham
vontade ou «coragem»para nos fazer companhia.
Como sabes dantes custumava-se
usar a «Tonsura» para marcar os
escolhidos;será que os dominicanos a seguir a 68 começaram a usar a
mutilação e tiraram os tim-tins
aos grupos posteriores?
eduardo carmo
Eduardo,
Além dos que mencionas há os que, através de outros meios, têm estado em contacto regular com os que referiste, há também outros de que nos lembramos e até referimos com maior ou menor insistência, sendo quase certo que muitos vejam o blogue com maior ou menor regularidade, por si mesmos ou através de terceiros.
Tomando por referência o que aqui escreveu há vários meses, digo que o José Carlos saiu por volta de 1972, diz que só mantém contacto com outro antigo aluno do tempo dele e, em comentário de há alguns dias, a partir da Turquia, está com pressa de vir escrever umas pitadas. Em rigor, ninguém sabe por que são tão poucos, ou não quer dizê-lo.
Não digo que a solução seja proibir a escrita de beatices e, muito menos, reacções às mesmas. Sem umas e outras seria como praticar um desporto sem adrenalina.
Muito bem, Isidro. Gostei principalmente deste teu último parágrafo. Até porque, se o deus dos beatos existir, terá de ser provado! Difícil tarefa vão ter...
Aproveito para confirmar a prestimosa atenção do A.B. e pedir desculpas por causa da gralha das "ejaculatórias". Eu não queria ir tão longe, mas aquele "e" é mesmo copulativo.
Um abraço
Ferraz,
Não vais imaginar um beatão a tentar reunir provas de Deus, a não ser que seja suplementarmente muito parvo (em latim, "pequeno").
Um beato a sério dispõe inerências.
No lado oposto, mais que contrário, é capaz de haver umas tentações, mas eu não me meto nelas, porque, nem em assuntos científicos e técnicos muito trabalhados me dispenso de identificar o que deve ser escrutinado sob métodos não científicos
(o meu primeiro exercício económico universitário consistiu em fazer de cusco numa esplanada para fins de listar quantas vezes, numa tarde, eram feitas afirmações sem fundamento e, dentre estas as disparatadas e as sensatas):
Ora eu, que já tinha percebido, via internet, que os "terços ejaculatórias" não têm a ver com informação médica, fiquei sem perceber o pedido de desculpas ao A.B.
(vamos a ver se isto não fica como as "sabatinas" de Ciências Naturais no 3.º ano - actual 7.ª, que eu achava um método ultrapassado e que mais nenhum professor viria a impôr durante o resto do curso):
Fiz assim:
(1.º) Escrevi num motor de pesquisa o que referiste: "terços ejaculatórias" com aspas; uma vez que só encontrei informação médica, mudei para a mesma expressão sem aspas. O primeiro resultado foi um site de "reza do terço" o que já estava dentro da minha previsão. Aqui está:
http://rcmascarenhas.vilabol.uol.com.br/Reza.htm
(2.º) Fui seguindo os títulos até encontrar a palavra "EJACULATÓRIAS" (está em maiúsculas, não é nenhum grito na linguagem da internet), com a seguinte descrição:
(a) Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.
(b) Maria concebida sem pecados, rogai por nós que recorremos a vós.
(c) Jesus! eu creio em ti, mas aumentai a nossa fé.
(d) Jesus Manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
P.S.
Desculpem a ausência de conclusão no fim, porque eu comecei pela dita.
Ferraz,
Percebi completamente a tua intenção, apenas aproveitei para ironizar com o teu lapso.
Jaculatória é uma "oração breve, pronunciada ou rezada mentalmente, frequentemente numa única frase, em que o fiel invoca a Deus com humilde confiança ( p. ex. meu Senhor e me Deus") - transcrição de Dic. da Lingua Portuguesa)."
O Isidro deu exemplos de jaculatórias.
Ejaculatório/a é "o que contribui para ou propicia a ejaculação", que por sua vez é a "expulsão vigorosa, jacto, ect..etc...
Ferraz,sem querer, em vez de rezar por eles, quase se promovia a sua fecundação!
Ò Isidro acho que o computador fecundou a resposta que te deu e corrigiu para a palavra mais próxima.
Não confundir jaculatórias com ejaculatórias!
Ponto final parágrafo.
F.r. da Área Benta
PS- Que raio de terminologia!
É um equívoco que passa do sagrado para o mais profano!
"...É um equívoco que passa do sagrado para o mais profano!..."
Não é bem um equívoco. É uma demonstração das consequências do uso da Retórica.
Carissimos amigos
já cheguei da Turquia e neste momento encontro-me no local de trabalho (centro saúde da Marinha Grande ..é meia noite), na urgência e à espera de doentes..Enquanto eles não chegam vou lendo e escrevendo umas letras..Confesso que tenho dificuldade em ler todas as intervenções e digerir tudo por forma a dar respostas à altura ,dos textos que aqui são apresentados..as referências à minha geração são pouco elogiosas e também não se vê por aqui ninguèm desse tempo excepto eu próprio..Note-se que eu entrei em 1969 em Aldeia Nova e sai mais tarde em 1974 já em Fàtima..Não conheço o trajecto dos meus contemporâneos , porque realmente não ouve contactos..os tempos que sucederam à saida de Fátima são do post-25 de Abril e imagino que por isso tenham tido um cunho especial e uma marca para essa geração que terminara de abandonar a instituição..Costumo dizer que pertenço a um geração fracturante e onde as forças de desagregação foram muito fortes..O Zé Mendes visito-o frequentemente ,mora em Lisboa ..imagino que ele seja um leitor do Blog..O Paulo Fetal mora junto às Cortes Leiria tornou-se meu amigo (que aliás já o era) mas o seu testemunho aproxima-o talvez mais de posições anti-clericais.. O Fernando e o João são do meu tempo mas de anos diferentes ..sempre se mantiveram próximos da ortodoxia religiosa. Acho que também são leitores deste blog..Outros nunca mais os vi ou ouvi falar deles (o Candeias que esteve conosco há 3 anos pelas minhas informações já faleceu )..Nomes como o Martins ,o Salzedas ,o Tó da Escola ,O Gabriel ,Etc ,etc nunca mais foram meus contactos..Imagino que parte deles queiram mais é esquecer os tempos do seminário e que de qualquer modo não dêm importância nenhuma ao facto de terem passado por lá..Por exemplo havia um rapaz de Ourém chamado Ângelo..Caiu de um telhado e terá morrido..Foi um vereador da câmara de Ourém que tal me terá afirmado..para ele (vereador) a experiência do seminário deu mau resultado e aquele moço provavelmente cometeu suicidio por se ter deixado cair (do telhado) numas circunstancias em que tal parecia impossivel..
José Carlos Amado
Depois do José Carlos (1968/73 em Aldeia-Nova, parece e, a seguir, mais um ano em Fátima, saindo em 1974) deve ter funcionado o que, até agora, apenas o Jaime terá designado como "Colégio de São Domingos", sugerindo mesmo que alguém tente saber as circunstâncias da mudança de nome.
O agora frei Geraldes, entrou para o 3º ano em 1968/69 e saiu de Aldeia-Nova em 1971 e deve ter estado em Fátima até 1973, quando o José Carlos lá chegou.
Assim sendo, é provável que estejam ambos em condições de esclarecer o Eduardo Carmo sobre as circunstâncias em que este terá encontrado o Convento quase deserto, em Outubro de 1972 quando este, como outros, aí terão chegado.
Finalmente, gostaria de salientar que este último contributo do José Carlos, a que, certamente juntará outros, vem na sequência dos que foram dados pelo Carlos Videira e pelo António da Purificação, que foram até às fundações do estabelecimento escolar.
Entre estes 3 antigos alunos temos 30 anos (1943/73), possívelmente toda a história do chamado Seminário Dominicano de Aldeia-Nova (digo chamado, co mo eufemismo, porque, entre os publicações da Ordem dos Pregadores Dominicanos, nunca encontrei referências a um "Seminário"; também o seu mais antigo membro não lhe fez referência numa brilhante história dos Dominicanos em Portugal, com que brindou os leitores do presente blogue).
Agradeço-lhes o sal que colocaram nesta discussão e ... Continuo a ler.
Ó amigo Isidro, no artigo citado no teu comentário de 28 de Maio de 2009,17.30, artigo tirado do jornal O Facho, vem claramente referido o nome de Seminário Dominicano (3º §). Aliás, o jornal O Facho tinha a sua Direcção e Administração sediada no Seminário Dominicano (Aldeia Nova - OLIVAL) como vem em todos os cabeçalhos do dito, logo desde o nº 1, em Junho de 1947.
Também podes consultar a lista telefónica, desde o ano de 1950 (tinha o número 11 do Olival). E as sebentas para apontamentos tinham impresso : Seminário Dominicano (Olival); o papel de cartas e envelopes com o timbre e o selo para oficializar documentos dizia "Seminário Apostólico Dominicano". Um abraço Toninho
.... e a própria ficha de admissão que nós preenchiamos à entrada, em que era colocada a nossa fotografia, de que alguém teve a brilhante ideia de distribuir cópia no encontro de Aldeia Nova, no Restaurante a Colina Verde!
E era assim que nós ao tempo o conhecíamos.
A.M.
Seminário? - Julgo que, no sentido tridentino, não o era.
No entanto, uma vez que a Província Dominicana Portuguesa apenas foi formalmente restaurada quase a meio da década de 60, isso é capaz de explicar o vazio jurídico que nos permite manter a presente discussão sem grandes progressos.
Não cheguei à força ao chamado "Seminário Dominicano". Tive direito a dizer que sim, e foi esse o destino oficial e pessoal da primeira viagem e das que se seguiram. Inclusive, tenho uma pequena encadernação de textos que escrevi nesse tempo em papéis que contêm os respectivos logotipo e designação, por exemplo. Já tinha saído de lá há 15 anos e, numa Universidade Lisboeta, recebi, com voz de comando, o seguinte S.O.S. do meu grupo de amigos mais recentes em certa turma.
"Isidro, tu não andaste num Seminário? Não podes acabar aqui com este beatão que está a boicotar-nos a aula?" - Acabei por não ter de fazer nada, porque, quando eu olhei de frente para o dito, fiz um breve silêncio, já de boca aberta para falar, mas ele saiu da sala antes de eu começar...Se estivesse a escrever notas para uma novela ainda arranjava melhor que isto...
Sempre posso concordar que a mudança das palavras não muda a realidade subjacente e esta, no tempo que conheci, merece ser contada com as honras devidas a um verdadeiro Liceu Interno, ainda que sem paralelismo pedagógico ou seja, sem possibilidade de dispensarmos das 3 séries de exames escritos, em Leiria, no fim de cada ciclo (2+3+2 anos).
Eu poderia prová-lo, de modo concludente, com os horários das actividades e o ambiente. Só não o faço, porque quero respeitar quem possa precisar de ouvir que foi apenas um "Seminário". Quem quiser, que avance nessa direcção. Eu cá estarei para ler e comentar os do tempo, do antes e do depois que, se calhar, foram menos diferentes do que alguns pensam ou pensaram.
De modo a não perder de vista os antigos colegas que andam por aí a espreitar o blogue, à espera da sua hora para usar o processador de texto, junto uma citação, deste mesmo blogue, de alguém que, não só é fácil de identificar, mas também reúne os mais simples critérios de identificação da crebibilidade: clareza, certeza e verdade.
Vão ver quem é e não se atrevam a pensar que ele esteve sozinho na lide, salvo quando teve de assumir a inevitável solidão que qualquer líder prova, pelo menos uma vez http://criarlacos-ex-dominicanos.blogspot.com/search?q=jo%C3%A3o+domingos:
"...Tenho grandes saudades dos tempos de Aldeia Nova, da vossa jovialidade e dinamismo, da amizade que nos prendia, dos passos dados para abrir o espírito do Seminário: a professores/as leigos/as, a ir fazer exames ao liceu para que cada um se sentisse livre de avançar para o caminho que o coração pedia, dos jogos de futebol com os colégios, de Alvaiázere e outros, etc..."
Ó Isidro,
Aquilo era um Seminário!
Sempre foi enquanto eu lá andei.
Tinha exames no Liceu de Leiria? Tinha!
A maior parte de nós saíu de lá a não falar nisso? Sim, talvez!
Era mais fácil "cá fora" dizer que fez exames no Liceu de Leiria e chamar "àquilo" colégio interno ou internato ou outra coisa que não seminário? Era,acho que sim! Era, muito mais!
Era um seminário especial, com leigos, professores externos, mais aberto, mais virado ao mundo e à sociedade externa? Sem dúvida!
Etc..etc...
Qaurenta anos mais tarde, chegados à nossa autonomia, maturidade, academia, indiferença quanto a esses critérios ou denominações, apenas me resta a convicção de que funcionava bem, formou, antes de mais, Homens, cumpriu de forma exemplar a sua missão, sendo nós prova disso.
Agora que cada um lhe chame o que lhe aprouver.
Pois se o Fernando diz "fromage" quando eu estou mesmo a ver que é queijo... que importa isso?
Antero Monteiro
PS- Vou alistar-me na conversão da Rússia!
António da Putificação, já desenhaste a camisola? Vamos a isso! Não esqueças um pin, pois agora a imagem corporativa é coisa essencial!
Nunca tentei, nem tentarei roubar a ninguém qualquer tipo de orgulho ou brio muito pessoal, como seja o de ter frequentado um "Seminário" e, muito menos, o autodenominado "Seminário Dominicano", de que não deixarei ninguém dizer mal, mas sobre que recomendo o uso da capacidade de reflexão, pelo menos tão forte como a que tinham os Frei João Domingos e Frei João Leite, sempre concedendo que nós, os alunos, sempre tentámos superar os Mestres...
Se o Ferraz, o Abílio, o Ambrósio e outros quiserem fazer o favor de dizer em que ponto estavam nos seus últimos 2 anos, em 1964/65 e 1965/66, o nosso bom povo agradece.
P.S.
Ó Antero,
Tu dizes
"...Aquilo era um Seminário!..."
Isso faz-se?
Aquilo?
Isidro,
Leia-se:
"Aquilo" = aquela realidade concreta.
Sei que temos uma visão diferente daquela realidade. E pelo que vejo há outras.
Não se trata de "orgulho ou brio muito pessoal". Apenas de uma questão de identidade. Não renego tal identidade, embora sem brio ou orgulho, mas com a naturalidade da pele que tenho.
Gratidão pelas portas que vi abrir para a minha vida, isso sim.
Reconhecimento de que aquela realidade tinha e teve mais qualidade e profundidade do que na altura lhe imaginava? Também!
Mas já estou na tarefa da conversão da Rússia, se o António da Purificação me aceitar nas hostes dele...
É uma tarefa mais fácil e contribui para encarar a terceira idade com uma postura de contemplação e de contribuição para a salvação do Mundo! A favor dos netos!
Antero Monteiro
Antero,
Quando eu referi
"...Aquilo era um Seminário!..."
Isso faz-se?
Aquilo?"
estava apenas a introduzir um pouco de humor em recordaçõs remotas que têm sempre um pouco de imprecisão.
Quando me referi ao "orgulho ou brio muito pessoal", secundei pessoas utilizaram aquelas palavras para descreverem algo de bom nas suas recordações de Aldeia-Nova - são palavras tão boas como outras.
Quanto à "visão diferente daquela realidade", só se souberes mais que eu do que é a minha.
Quanto à história da "conversão da Rússia", parece-me que, na teoria do António da Purificação, foi conseguida com a queda do muro de Berlim e a desagregação do império russo em vários Estados com representação externa.
Se, por hipótese, não estiveres apenas a fazer humor, saberás, por certo, encontrar os que andam por aí a anunciar, por via electrónica e de certos apartados, como os "segredos de Fátima" ainda não foram descodificados.
Não sei achar graça a isso e, neste ponto de não achar graça ao aproveitamento de algum obscurantismo, tenho a certeza de que estou com os que, desde muito cedo, me voltaram para a verdade, não uma qualquer, mas uma "verdade investigada".
Cada um revê e reestrutura as suas lembranças como entende. Porém, não aceito que se insinue falta de "gratidão", por exemplo (quando digo que não aceito, quero dizer que não incorporo - se eu posso dizer o que quero, por que não poderão outros fazer o mesmo?)
Amanhã? É um dia novo.
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