Viver Hoje, Recordando Ontem, Construir o Amanhã... Espaço dos Antigos Alunos dos Centros Dominicanos de Aldeia Nova e Fátima
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Manuel Alberto Rodrigues -6 de Julho- Parabéns!...
1 comentário:
Anónimo
disse...
Feliz aniversário, amigo Manuel Alberto ! Mais val tarde que nunca. Na verdade tentei telefonar-te para te felicitar mas não conseguí. Foi ontem, foi no início de Outubro de 1954. Sim, encontràmo-nos pela primeira vez, no combóio que descia de Macedo de Cavaleiros para terres longíncuas e desconhecidas. Entrei em Mirandela e já lá tinheis tomado lugar tu e o Francolino. Primeira mudança no Tua. Aí outros vinham engrossar o grupo dos “estorninhos” , todos com a mesma destinação, Aldeia Nova. Seguiram-se horas intermináveis. Deu tempo para começar a criar laços. Foi com o Manuel Alberto que esses laços foram mais apertados: eramos da mesma idade, já encorpados, mesma origem, mesmos centros de interesse...a nossa amizade começou nesta primeira viagem. O Francolino, de Corujas como o Manuel Alberto, era mais novato, mais tímido, ou já mais interiorizado e voltado para o essencial. Com o Manuel Alberto começou o que em Aldeia Nova se chamava “amizade particular”sem a conotação negativa que se dava a este qualificativo. Durante os 4 anos que o Manuel Alberto passou em Aldeia Nova a nossa amizade não se desmentiu. Depois de umas férias grandes o meu amigo não voltou... Durante 35 anos as circunstâncias da vida (são elas que muitas vezes dirigem os nossos passos) não nos proporcionaram um encontro. Há uns 15 anos, estava em Portugal com o meu filho mais novo,(1) que todos dizem ser o meu retrato chapado. Sabia que o Manuel Alberto tinha uma agência de seguros no centro de Macedo de Cavaleiros. Foi fácil encontrá-lo. Jogando com as paresenças mandei o meu filho na frente dizendo-lhe que falasse de seguro de vida. Eu fiquei fora na frente da vitrina a apreciar ... O François- André só teve tempo de dizer “bom dia”. Imediatamente o Manuel Alberto se levantou e disse como se tivesse tido uma aparição: Ó Fernando! Quando eu entrei ficou contente por ver que eu também tinha envelhecido. Continuàmos a ver-nos tanto em Macedo como em certos encontros. A última vez que passàmos uns momentos juntos foi há uns quatro anos, em Macedo, na companhía do amigo Edoardo Bento. Telefonei ao Manuel Alberto a convidá-lo para vir almoçar connosco num restaurantezinho no centro da cidade. Andava à caça, pelos vistos bastante longe e só viria a tempo para o café. Chegou como prometeu e depois dos primeiros abraços, o Manuel Alberto disse que vinha com medo que tivessemos ido embora sem esperar por ele. A resposta do Edoardo Bento deixou-me sem folgo... “ Não iamos embora porque o Fernando antes de te chamar disse-me: vou dizer ao Manuel Alberto que estamos aquí a almoçar e ele vai pagar-nos o almoço”. Não havia mesmo nada a acrescentar. Levantei-me e fui pagar antes que o Edoardo Bento o não fizesse pois já me tem pregado outras. Qual não foi a minha surpresa quando o patrão me disse que já estava tudo pago. Soube depois que estàvamos na cantina do Manuel Alberto o qual tinha telefonado antes para fazer o necessário. Os trasmontanos são assim e este nosso amigo é o mais trasmontano de todos. Ao separar-nos queria a toda a força que passassemos por Curujas para levarmos uns sacos de castanhas... Meu caro Manuel Alberto, com estas linhas vim recordar a nossa amizade que perdura mesmo se tu não aceitas o convite, várias vezes reiterado, de vires aquí passar uns dias. Não desespero! Mais uma vez, feliz aniversário e até breve. Um grande abraço, Fernando
(1) Foi este que estava num restaurante em Coimbra com mais seis amigos franceses e pensando que se desenrascava bem em portugues, responde à pergunta do servente: -e como bebida? -Traga dois garrafões de vinho branco. -Dois garrafões é muito. -Nós bebemos bem... -de acordo, trago primeiro um... Quando o François-André (18 anos) apercebeu o servente com um garrafão de 5L compreendeu que eu não lhe tinha explicado bem a diferença entre garrafa e garrafão! Disse-me mais tarde que foi um bom estratagema para entrar em contacto com as estudantas que estavam nas mesas ao lado... sempre as circunstâncias...
1 comentário:
Feliz aniversário, amigo Manuel Alberto !
Mais val tarde que nunca. Na verdade tentei telefonar-te para te felicitar mas não conseguí.
Foi ontem, foi no início de Outubro de 1954. Sim, encontràmo-nos pela primeira vez, no combóio que descia de Macedo de Cavaleiros para terres longíncuas e desconhecidas. Entrei em Mirandela e já lá tinheis tomado lugar tu e o Francolino. Primeira mudança no Tua. Aí outros vinham engrossar o grupo dos “estorninhos” , todos com a mesma destinação, Aldeia Nova. Seguiram-se horas intermináveis. Deu tempo para começar a criar laços. Foi com o Manuel Alberto que esses laços foram mais apertados: eramos da mesma idade, já encorpados, mesma origem, mesmos centros de interesse...a nossa amizade começou nesta primeira viagem. O Francolino, de Corujas como o Manuel Alberto, era mais novato, mais tímido, ou já mais interiorizado e voltado para o essencial.
Com o Manuel Alberto começou o que em Aldeia Nova se chamava “amizade particular”sem a conotação negativa que se dava a este qualificativo. Durante os 4 anos que o Manuel Alberto passou em Aldeia Nova a nossa amizade não se desmentiu. Depois de umas férias grandes o meu amigo não voltou...
Durante 35 anos as circunstâncias da vida (são elas que muitas vezes dirigem os nossos passos) não nos proporcionaram um encontro.
Há uns 15 anos, estava em Portugal com o meu filho mais novo,(1) que todos dizem ser o meu retrato chapado. Sabia que o Manuel Alberto tinha uma agência de seguros no centro de Macedo de Cavaleiros. Foi fácil encontrá-lo. Jogando com as paresenças mandei o meu filho na frente dizendo-lhe que falasse de seguro de vida. Eu fiquei fora na frente da vitrina a apreciar ... O François- André só teve tempo de dizer “bom dia”. Imediatamente o Manuel Alberto se levantou e disse como se tivesse tido uma aparição: Ó Fernando! Quando eu entrei ficou contente por ver que eu também tinha envelhecido.
Continuàmos a ver-nos tanto em Macedo como em certos encontros. A última vez que passàmos uns momentos juntos foi há uns quatro anos, em Macedo, na companhía do amigo Edoardo Bento.
Telefonei ao Manuel Alberto a convidá-lo para vir almoçar connosco num restaurantezinho no centro da cidade. Andava à caça, pelos vistos bastante longe e só viria a tempo para o café. Chegou como prometeu e depois dos primeiros abraços, o Manuel Alberto disse que vinha com medo que tivessemos ido embora sem esperar por ele. A resposta do Edoardo Bento deixou-me sem folgo... “ Não iamos embora porque o Fernando antes de te chamar disse-me: vou dizer ao Manuel Alberto que estamos aquí a almoçar e ele vai pagar-nos o almoço”. Não havia mesmo nada a acrescentar. Levantei-me e fui pagar antes que o Edoardo Bento o não fizesse pois já me tem pregado outras.
Qual não foi a minha surpresa quando o patrão me disse que já estava tudo pago. Soube depois que estàvamos na cantina do Manuel Alberto o qual tinha telefonado antes para fazer o necessário.
Os trasmontanos são assim e este nosso amigo é o mais trasmontano de todos. Ao separar-nos queria a toda a força que passassemos por Curujas para levarmos uns sacos de castanhas...
Meu caro Manuel Alberto, com estas linhas vim recordar a nossa amizade que perdura mesmo se tu não aceitas o convite, várias vezes reiterado, de vires aquí passar uns dias. Não desespero! Mais uma vez, feliz aniversário e até breve. Um grande abraço, Fernando
(1) Foi este que estava num restaurante em Coimbra com mais seis amigos franceses e pensando que se desenrascava bem em portugues, responde à pergunta do servente:
-e como bebida?
-Traga dois garrafões de vinho branco.
-Dois garrafões é muito.
-Nós bebemos bem...
-de acordo, trago primeiro um...
Quando o François-André (18 anos) apercebeu o servente com um garrafão de 5L compreendeu que eu não lhe tinha explicado bem a diferença entre garrafa e garrafão!
Disse-me mais tarde que foi um bom estratagema para entrar em contacto com as estudantas que estavam nas mesas ao lado... sempre as circunstâncias...
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