Depois da apresentação do Fernando Vaz e da "exposição" do Alexandrino, comecei a corar de vergonha... Afinal, o "encarregado" do blog, ainda não se mostrou! Eis-me aqui.
Não sei se alguma vez sonhei ser bispo, ou mesmo padre. Sei que, por influência de meu primo, Álvaro Milagre, que já era veterano em Aldeia Nova, lá deixei eu a minha pequena aldeia, escondida por entre gigantescos penedos graníticos, que moldam a morfologia de parte do concelho de Trancoso. Estávamos em 1955. E assim entrei naquela velha casa, cheia de escuros e medos, em que até o assobiar do petromax era patético. Foi com o Alexandrino, o Vitorino, o Celestino, o Rufino, o Nuno, o Igreja, o Xico Saraiva, o Marto e tantos outros, que iniciei uma etapa marcante da minha vida. Depois, caminhei ao lado do Fernando, do Arnaldo... Não cheguei a Fátima porque, o Fr. Vicente, mestre da Física, entendeu que eu para ser noviço tinha que saber Física, e essa era uma disciplina com a qual eu, nesse tempo, mantinha uma acesa incompatibilidade. Fiquei-me por ali, um tanto ingloriamente diga-se. Depois, continuei os estudos secundários num colégio em Trancoso, até que o fascínio pela Força Aérea falou mais alto e me levou até à Ota, onde encontrei o Frias, o Marto, Seixas, o Igreja... Depois, foi a guerra colonial em Angola onde partilhei grandes momentos de amizade e cumplicidade com o malogrado Manuel Júlio!... Lembrais-vos dele, o famoso guarda-redes? Encontrou-se com a morte em Luanda em 1965, num acidente de avião por ele pilotado. Findos os meus compromissos com a vida militar, ingressei na Direcção Geral de Impostos, tendo prestado serviço em Trancoso, Moimenta da Beira, Santa Comba Dão, Nelas e Mangualde, nestes últimos três concelhos no exercício de funções de chefia. Se não cheguei ao topo da carreira, cheguei pelo menos até onde a proximidade da família, que eu sempre previligiei, me reclamou. Casei em Mangualde, onde moro desde 1968, tenho três filhos, um neto e o segundo chegará em Abril. Desde 1996 que gozo a bem merecida aposentação, e posso assegurar-vos que continuo a minha luta contra a falta de tempo. Não exerço funções remuneradas, mas não me escuso de prestar a minha colaboração nas mais diversas instituições da terra que me acolheu e que adoptei como minha. Sou o tesoureiro da mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, que gere dois lares e uma creche. Como principal ocupação, tenho a direcção de um jornal quizenário, com 80 anos, que se publica em Mangualde, que dá pelo nome de "Renascimento" e que conta com o Fernando Vaz como colaborador apreciado. Obrigado Fernando! Mas aceito mais!...
Vou rematar como o Alexandrino...(continua um dia).
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