quinta-feira, 15 de abril de 2010

FONTE, ESCOLA E HISTÓRIA - Dedicatória a Fernando Vaz


«OH FONTE DOS DIAMANTES FEITA DE PEDRA A BRILHAR ÉS O ESPELHO DO POVO QUE AQUI TE VEM CANTAR»


Por trás, a escola primária masculina de Franco, onde Fernando Vaz, Augusto Matias, Dinis, Inácio, Álvaro e possivelmente também Camilo Martins, deram os primeiros passos na gramática!

Naquela escola, ainda não se estudava latim! Ainda bem, senão á Dona Adélia, não lhe bastaria uma menina-de-cinco-olhos!

História verídica passada no Franco, com personagens que o Fernando concerteza recorda.


«O Bode parecido com o Padre»


«Um dia, deslocando-se senhora Júlia para casa, sem que se tenha apercebido ou sem ter dado importância, não reparou que na varanda de casa da senhora Joana (junto á igreja) estava um bode com a cabeça de fora. Em frente desta varanda situa-se a Casa Paroquial. No momento em que o senhor Padre (homem que usava barba comprida) ia a sair de casa, viu o bode na varanda e chamou pela senhora Júlia (que já levava alguma distância de casa) dizendo-lhe que a prima Joana estava a chamá-la da varanda. A senhora Júlia, muito agradecida ao senhor Abade, virou para trás e quando chegou á varanda viu lá o bode. Apercebendo-se que tinha sido uma brincadeira do senhor Abade, virou-se para ele e disse: Ó senhor Abade, olhe que esta minha prima, nas barbas é bem mais parecido com o senhor Abade do que com a prima Joana.

O Padre, que nada esperava por uma resposta espontânea e tão bem dada, riu-se e foi á sua vida. A tia Júlia com satisfação da resposta dada, prosseguiu o caminho que já seguia antes de ser abordada pelo senhor Abade»

Fernando, ao veres esta foto e ao leres esta história, recordarás a terra que nos viu nascer. Ao mesmo tempo, damos a conhecer aos amigos deste blog, ex dominicanos, o meio ambiente em que vivíamos antes de nos conhecerem.

Entretanto os contemporâneos em Aldeia Nova, de cada um dos citados, ficarão também a saber, que o povo com quem partilhávamos, tinha sentido de humor! Aquele humor próprio dos transmontanos!

Abraço a todos os ex dominicanos, frequentadores deste sítio.

Para ti Fernando, a minha singela homenagem.


Dinis Martins

10 comentários:

Fernando disse...

Estou a chegar a casa, e antes de ir à deita vim dar uma vista de olhos ao nosso blog... Obrigado Dinis por tua amizade mas não por tua homenagem … Tens razão, o Camilo Martins, de que jà falei neste blog, foi quem abriu o caminho para todos os outros vindos do Franco. Fomos a seguir o Damião e eu, seguidos por todos os citados. Evidentemente que recordo tudo o que dizes... A fonte dos diamantes foi inaugurada em Maio de 1950 pelo Doutor Trigo Negreiros, ministro e Transmontano, tinha eu 9 anos. Tu Dinis, se já tinhas nascido eras bébé. A Senhora Júia era uma figura extraordinária la da nossa aldeia. Mulher intrinsecamente boa. Sempre disposta a ajudar os mais pobres que ela. Mulher independente e cortava a direito doesse a quem doesse. Eramos visinhos e muito amigos. Gostava imenso de a ouvir. Um dia, la no meio da eira, em frente da minha casa, fez um grande discurso sobre as beatas solteironas la da terra que pensavam que por serem virgens iam direitinhas para o céu! Dizia alto e forte que a virgindade sem caridade não valia nada e concluia: eu também sou virgem, mas não o agradeço a Deus. Agradeço aos homens que nunca ma pediram. Este discurso nos anos 60, em público e na nossa parvónia era algo de extraordinàrio. A Senhora júlia não era uma regateira. Era pelo contrário uma mulher sensata que não soportava a falsidade e o predomínio das aparências sobre a realidade. Quando tratou o padre de bode, la tinha as suas razões... Um abraço para todos os francoenses que frequentam este blog, aos quais dou uma referência (http://www.freguesiafranco.com) Um grade abraço para todos os que nos lêem, Fernando

Dinis disse...

Fernando, ainda me recordo da senhora Julia, com os meus 6 ou 7 anos. Lembro-me de uma senhora, com uma vivacidade invulgar.Era visita lá de casa, e nunca a senhora Julia aparecia, sem que me presenteasse com uma bôla de azeite e ovos, feita no seu forno de lenha.Eram tempos, em que a amizade, se manifestava com simplicidade e verdade. Bons tempos!

Fernando disse...

Vamos pois continuar este diálogo entre nós, por meios que jà nos comunicàmos, agradecendo ao blog a ocasião que nos deu de nos reencontrarmos.
É justo e indispensável que recordemos que as nossas raizes mais profundas ainda hoje vão alimentar-se nos momentos passados no Pio, no Val de Castanheiro, na feira,com sua fonte suas escolas, seus terrenos de foot, nas ruas de mirgandeira ou de São Roque, na ribeira... Frequentàmos estes lugares em momentos diferentes e sobretudo as mesmas pessoas. Tanto uns como as outras ajudaram-nos a crescer de forma equilibrada. Os nossos pés estiveram sempre bem assentes na terra, naquela terra Francoense. Recordo-me que quando era miúdo, com quatro ou cinco anos, não parava em casa andava sempre a "correr o cão". Quando me perguntavam o que andava a fazer, respondia invariàvelmente: "ando a calcar o chão"... Não vamos continuar a chatear os nossos bloguistas com esta conversa tão partricular e que só a nós interessa... Um abraço, Fernando.

Zé Celestino disse...

Conheço bem esta fonte, da qual até tenho fotografias...

Como já referi, visitei 3 vezes a povoação de Franco, pois, por razões profissionais,nos últimos 5 anos, deloquei-me algumas vezes a uma povoação próxima de Franco, de nome PÓPULO, onde labora uma empresa do ramo siderúrgico, de nome Ferpópulo, da qual fui durante vários anos presidente da mesa da assembleia geral...

O almoço, por regra, era num pequeno mas muito simpático restaurante que fica a cerca de 50 da Fonte, num largo onde há umas frondosas olais(?, cujo nome agora me não recordo... Mas recordo o saboroso naco de carne de novilho (ou novilha... que aí comia sempre, confeccionado no forno em caçarola de barro,colocada na mesa ainda com a azeite a fervente, exalando o aroma típico dos condimentos que a cozinheira dizia serem segredo profissional... Será a famosa posta mirandesa?

As reuniões de trabalho/assembleias gerais eram na Junta de Freguesia de Fiolhoso, cujo amável presidente nos mimoseava sempre com um tintol da sua adega, de qualidade tal que nem o balão da GNR detectava a sua graduação...

Sabendo agora que Franco é a terra natal de um grupo ilustre de antigos dominicanos,a ela fico ligado com um certo afecto e vontade de a reavisitar,mas mais em detalhe...

Entretanto, já naveguei pelo site que o Fernando Vaz divulgou, com imagens bem bonitas que bem merecem uma visita ao natural...

Uma saudação especial ao grupo de Franco, estimulando-o a aparecer nos encontros gerais ou sectoriais...

Cada um tem a sua Franco para contar aos outros...


Zé Celestino

Dinis disse...

Quando for grande, quero ser como o Zé Celestino... almoços é com ele... eh! eh! eh!

Zé Celestino disse...

Meu Caro Dinis,

Sou mais especialista em jantares... e desde já te convido para o próximo jantar de grupo...

Ao almoço sou muito comedido e, por regra, até nem bebo vinho..., pois preciso de entrar sereno nas salas de audiência dos tribunais e, se caso disso, conduzir atentamente e sem riscos de ser apanhado pelo balão, o que, felizmente, até hoje, nunca aconteceu, mesmo pós jantar...

Se viveres em Lisboa ou «comarcas» limitrofes, bem podes aparecer, ao almoço ou ao jantar, pois serás muito bem recebido pelo grupo da «Tasquinha do Lagarto»...

Também podes assistir, integrado no grupo, à missa no Convento dos Dominicanos,ali para os lados do Alto dos Moinhos...

Saudações bloguistas(?) e boa disposição para o fim de semana...

Em tempo: Att que as minhas deslocações ao Pópulo, Fiolhoso e Franco eram de intenso trabalho, com ida e volta no mesmo dia...


Zé Celestino

Dinis disse...

Caro Zé Celestino, Moro em Oeiras. Se me deres mais elementos, dia , hora etc, aparecerei desde que esteja com disponibilidade de tempo. Só uma coisa... « Tasquinha do Lagarto»? isso para um pastelinho de Belém é canja! Belenenses, sempre!!!!

Zé Celestino disse...

Combinado, Caro Dinis

Aguardo o teu contacto ( e-mai, telefone ou telemóvel)para contacto oportuno.

Os meus contactos são os seguintes:

Telemóveis: 919991671, 962055323;
E-mails: jcelestino@tap.pt e/ou
josecelestino-4538L@advogados.oa.pt

Quanto à «Tasquinha do Lagarto» é o nome de um restaurante minhoto que fica ali para os lados de Campolide e que pela qualidade do serviço versus preço tem sido escolhido pelo nosso grupo, como tens acompanhado pelas fotos que já enviei para o Blogue...

Acontece que os principais frequentadores são Benfiquistas...

Refiro, contudo, que não sou sócio do restaurante nem no mesmo tenho quaisquer interesses,seja a que título for...

Pela parte que me toca, torço há muito pela Académica... e até simpatizo com o Belenenses...
Também simpatizo com o Olival...

Aguardo os teus contactos e trás mais tansmontanos...

Abraço


Zé Celestino

Anónimo disse...

AMIGOS:
Ando divertido com as conversas destes 2 Putos! A Terra deles é mais importante daquilo que eu pensava ao passar na estrada antiga ou na nova IP4.
Estes Putos estão a trazer verdadeiros Heróis. A D. JÚLIA é digna de uma estátua com as suas frases. Com Mulheres assim, de certeza que a Igreja de Roma já tinha admitido a ordenação das Mulheres.
Imagem que a terra é tão importante e com tantas valias que, um outro Puto de Idanha, já se prega lá e... só não fica mais tempo porque o Fernando não lhe passou a chave da sua Casa, em Franco....
Para quando trazerem ou outros de Franco?
Continuem a" andar a correr o cão". A Vossa terra também é um pouco da Nossa...
Abraços
J.Moreno

Anónimo disse...

Vim aqui parar por acaso.
Sou o Paulo Pontes que por coincidência também sou Presidente da Junta de Freguesia.
Também muito mais novo que todos Vós e não sendo Dominicano tenho e cultivo grandes recordações do Franco e então da Tia Júlia modestia à parte terei até mais recordações que qualquer outro. Concordo com todos os comentários que são ditos a propósito desta Senhora que gurdo na memória como minha segunda mãe. Os comentários feitos sobre a senhora permitem-me concluir que afinal há pessoas e ainda bem que se preocupam com o Franco e gostam da nossa Aldeia. Porque não passar esse gosto e essas memórias para uma coisa mais grandiosa na Aldeia? Senhores do Franco vamos fazer qualquer coisa por esta terra além dos boas e saudosas recordações que cada um tem. Isto é apenas um apelo! que muito gostaria de ver concretizado.
Um abraço a todos os Francoenses e que gostam do Franco.