quarta-feira, 4 de março de 2009

REGRESSO AO PRESENTE!

Aquele espaço de Aldeia Nova, que tantas recordações aqui tem vindo a suscitar, tem vindo também a servir de Lar de Infância e Juventude (é assim que se chama) a cerca de duas dezenas e meia de crianças e jovens a quem o tribunal aplicara uma medida de protecção de acolhimento institucional por se encontrarem numa situação de perigo. O seu nome oficial era a Casa da Criança, a cargo da Obra do Frei Gil.Era, porque deixou de ser neste mês de Março. Não sei se as largas dezenas de jovens que por ali passaram nesta diferente condição criarão o que será um blogue daqui a 30 ou 40 anos, não sei, mas, fazendo-o, não sei do que falarão. Tal como não sei o que a Ordem Dominicana tenciona fazer naquelas instalações. Mas sei que aquelas paredes ficarão mais sombrias, frias e húmidas, isso sei!
Manuel Branco Mendes

9 comentários:

Anónimo disse...

O edifíciojá está vendido a particulares. A partir de agora todos fomos expulsos de Aldeia Nova.
É assim a vida.
E. Bento

Jaime disse...

Foi para evitar maiores catástrofes que Deus dotou o homem de memória. Usemo-la e avivemo-la nem tudo fica perdido.
Às memórias... saúde!
Jaime

Anónimo disse...

Se foi para particulares, pode mesmo assim ter um fim social... quem sabe.
Se continuasse com o destino que tem tido, cheguei a pensar sugerir num próximo encontro que poderíamos ali fazer algumas pequenas palestras aos miúdos de forma incentivar neles a esperança no futuro, alertando-os para a nossa própria experiência de vida.
No âmbito dos Rotários ( Rotary Internacional), num clube de que faço parte, tivemos algumas iniciativas interessantes nesse sentido com miúdos de escolas de bairros mais pobres e também iniciativas em lares de idosos.
Boa sorte para quem vier.
Para nós aquelas instalações terão sempre um mágico nevoeiro que recordará os nossos bons tempos de juventude, muito boas para muitos de nós que vinham do interior onde as condições de vida eram mais rigorosas e difíceis.
A nossa memória e as nossas vivências continuarão incólumes.
Ali começou o nosso futuro.
Aldeia Nova, sempre!

Anónimo disse...

Ainda me não conseguiram expulsar de Aldeia Nova. Enquanto a minha memória funcionar, jamais esquecerei que dei ali passos importantes, que me ajudaram ao longo da vida. Como diz o Manuel Mendes, "as paredes ficarão mais sombrias, frias e húmidas", mas contnuarão dentro das minhas gratas e gratificantes recordações.
Como o Antero - ALDEIA NOVA, SEMPRE!
Nelson

Anónimo disse...

Já enviei hoje dois comentários sobre o futuro da casa de Aldeia Nova, mas não saíram sem eu entender por que motivo... Mesmo que a casa seja vendida - não assinei ainda nenhum documento de venda nem o Provincial embora o E. Bento afirmasse que tinha sido vendida - "expulsos" é um pouco exagerada...

Frei José Geraldes

Anónimo disse...

Pois então peço desculpa ao Frei Geraldes pela minha afirmação. Mas a minha fonte de informação veio dos lados de Ourém e a casa de Aldeia Nova estaria destinada a fins turisticos. E qual é o problema? Desde Galileu que a terra se move...TUDO MUDA.
E. Bento

Anónimo disse...

Essa dos fins turísticos até que não estava mal....
Íamos lá quando nos apetecesse!
Ponham lá a actuar no bar da mansão aqueles "velhinhos" que quando eram novos se dedicavam aos instrumentos de cordas, sopro, teclas e quejandos, que andam aí pelas fotos deste blog!
Em bom tempo escaparam à censura do lápis azul!
Noutra época teriam engavetado o Nelson Veiga por muito menos. Corromper os costumes com tantos frades e freiras em tais dislates. Que Deus nos livre!

PS. Garantam que o empreendimento turístico tenha pelo menos três estrelas, pois os nossos divinos ossos começam a pedir cada vez mais conforto.

F.r. da Área Benta

Anónimo disse...

E dêem o nome de Água Benta ao restaurante, para recordar a antiga adega, onde alguns iam escorropichar as galhetas do vinho da missa. Toninho

Anónimo disse...

Meu caro Toninho,

Pela parte que me toca, aceito o nome que sugeres para o restaurante...

Esclareço, contudo, que na adega nunca escorropichei galhetas...

A prova/certeficação da qualidade do «clarete» era feita directamente da torneira da pipa...

No meu «mandato» de sacristão, coadjuvado pelo saudoso Horácio, as galhetas chegavam à sacristia todas escorropichadinhas...

Abraço

Zé Celestino