domingo, 8 de março de 2009

A CASA DE ALDEIA NOVA

Muito se tem especulado sobre Aldeia Nova. Como ecónomo provincial posso adiantar que a casa e terreno estão em vias de serem vendidos. O possível comprador é um médico natural de Aldeia Nova embora não resida lá. Em princípio o possível proprietário não quer lá pôr nem casa para turismo nem lar, como foi especulado por alguns. Será algo ligado à saúde (hospital de retaguarda?). E se for nesta área a população local ficará contente, já que ao lado da capela será construído um lar para idosos. Se tudo correr, como se espera, os jovens sairão este mês para Fátima (Arca da Aliança) segundo acordo da Segurança Social e a Arca da Aliança. Mas mesmo que se venda, eu nunca me sentirei expulso de Aldeia Nova, embora no último ano tivesse sido convidado a uma experiência no seio familiar (Lisboa)... mas voltei!!!
Frei José Geraldes

17 comentários:

Anónimo disse...

Meus amigos,

Quem mais sabe sobre a casa de Aldeia Nova é o ecónomo provincial, Frei José Geraldes...

Muito obrigado pelas informações que amavelmente entendeu prestar-nos, recorrendo ao nosso blog..

Diz-nos ele que «a casa e o terreno estão em vias de ser vendidos»...

O que significa isto em linguagem jurídico-obrigacional?

Já há contrato promessa de compra e venda outorgado inter partes com preço estipulado e condições de pagamento?

Já foi feito algum pagamento a título de sinal e princípio de pagamento?

Fora destes dois pressupostos, só posso entender que decorrem contactos negociais, porém não vinculativos para qualquer das partes...

A efectuar-se a venda, estamos perante a 3ª opção que referi no meu comentário de ontem e a qual, naturalmente, eu respeito como «acto de gestão da Ordem» e, naturalmente,o melhor, «in casu»...

Atentando, porém, na informação do Frei José Geraldes, poderemos concluir que as coisas se encaminham para que, a médio prazo, a casa de Aldeia Nova tenha dado lugar a um hospital de «rectaguarda»...de que fará parte um lar para idosos...

Por mim, apreciaria mais que o Hospital fosse de vanguarda que não de rectaguarda...

Concluindo, uma entidade privada desenvoverá nos espaços da velha casa/quinta um negócio do ramo hospitalar em simultâneo com a exploração de um lar para idosos...

Diz ainda o Frei José Geraldes que, tal a acontecer, a população local ficará contente...

Tudo indica que o Frei José Geraldes conversou já com a população sobre o projecto negocial em curso...

Com o mui respeito por opinião diferente, não considero de especulação as várias intervenções/comentários que têm surgido no blog sobre este assunto.

Pelo contrário, entendo-as como contributo sério para a decisão da Ordem quanto ao fim a dar à casa de Aldeia Nova, a qual lhe foi doada pelo virtuoso Pe Abel Ventura, creio eu que com o fim de a dotar de um edifício/ seminário que lhe permitisse «investir» na formação de jovens que admitissem seguir a vida religiosa à luz do ideal dominicano, ideal que o próprio Pe Abel Ventura abraçou em vespara de morte...

Em rigor, a hipótese ( mais ou menos utópica ou sonhadora...) de compra da casa pelos ex dominicanos até pode ser mais vantajosa para a Ordem,mesmo em termos económicos...

E o projecto a conceber/desenvolver bem poderá enquadrar-se nos fins/ideais prosseguidos pela Ordem e a merecer também aplausos da populaçaõ da região...

Se encararmos o negócio numa perspectiva de mero mercado,deverá vencer a proposta globalmente mais vantajosa para o vendedor...

Terá o Frei José Geraldes presente que no seio dos ex dominicanos existem empresários com razoável capacidade económica.... médicos, engenheiros, advogados e, em geral,
pessoas que por amor a Aldeia Nova, serão capazes até de vender o «relógio e o cordão de ouro» que herdaram de seus avós?

E quanto ao projecto de utilização da casa?

Saberá o Frei José Geraldas que a capacidade do colectivio dos ex dominicanos, alimentado pelo afecto que nutrem por Aldeia Nova, vai muito além do de um normal empresário que só investe com fins lucrativos?

Reiterando o que já disse sobre este assunto, espero que o Frei José Geraldes nos consulte como potenciais interessados/compradores da casa/quinta de Aldeia Nova e submeta à hirarquia da Ordem as várias propostas de compra da casa, vencendo a que mais elevada licitação apresentar, conciliada com o projecto de utilização do prédio/quinta...

Sem mais desenvolvimentos por ora, espero, no mínimo, ter já contribuído para a subida do preço de venda da casa, uma vez que este sobe sempre em função da procura...

E o empresário médico que esteja atento... Nós vamos mesmo subir as licitações e apresentar um projecto credível,de âmbito internacional, que as populações locais,nacionais e internacionais acolherão de muito bom grado e até aplaudirão...


Aquele abraço

Zé Celestino

Anónimo disse...

Pessoalmente, já nada me liga às instalações de Aldeia-Nova. (Re)Vi-as pela última vez em 1990 com um recreio (o campo de futebol) cheio de adolescentes com ar tão triste que nem sequer tive vontade de entrar e fazer uma visita a preceito. Também é do meu conhecimento pessoal que, para alguns, há importantes memórias perceptivas a respeitar. Além disso, não gostaria de ver aquele espaço cheio de mamarrachos...

Todos temos estado a abordar estes assuntos com bastante subtileza, para evitar melindres e contribuir para a qualidade do encaixe financeiro Dominicano, mas não é seguro que estejamos a ser compreendidos. Por isso, eu passo a explicar a matéria de maneira mais simples e directa.

A quinta contém (i) o (já) terreno urbano dos edificados pelos Dominicanos e (ii) o resto (rústico) do terreno. Na(s) primeira(s) fracção(ões) foram realizados investimentos dominicanos não podendo, pois estar em causa o seu direito a, se possível, recuperar ou rentabilizar o respectivo valor, através de venda, por exemplo.

E a segunda parte (ainda) (rústica)? - Não tenho dados bastantes..., mas tenho a certeza que, quando se procede a uma doação com determinado fim, não podem, ou não devem, ser arbitrárias as decisões a tomar na respectiva esfera patrimonial.

Se, como parece, a quinta foi doada para um fim específico e especial, é bem possível que a sua transacção possa, ou deva, ser sujeita à observância de determinados requisitos...

Para vossa (in)formação, asseguro-vos que, em situações desta natureza, podem aparecer "proprietários" muito inesperados...se algum dos antigos seminaristas, ou colegiais, na esfera dominicana, ficar muito irritado...ou saudosista...

Anónimo disse...

Celestino,
Apreciei as tuas doutas palavras.
Enviei para publicação um texto para fazermos um ponto da situação.
Atrasado? Tavez sim ou talvez não. A terminologia utilizada não diz que está vendida, mas apenas em vias de ... Anteriormente foi dito que "ainda não foi vendida".
Tudo leva a crer que não há negócio, mas apenas uma possibilidade que não um compromisso. Celebrado qualquer contrato promessa sempre o vendedor diz "está feito o negócio".
Espero as reacções também ao meu texto e o que mais se verá.
Abraço.
Antero Monteiro

Anónimo disse...

Os anteriores 2 comentários (o meu e o do Antero) tiveram gravação quase simultânea pelo que nenhum conheceu do outro.

Por isso, em continuação do meu comentário e em face do do Antero, acrescento que, para além das perspectivas decentes que eu os demais temos abordado, existe outra (quase) completamente indecente: aparecer um herdeiro do doador a invocar direitos.

"Eles andem aí"...mas, nem pensem em empolar a minha inteligência...

Anónimo disse...

Isidro,
De facto, apercebi-me do teu comentário depois de gravado o meu.
Percebo a questão que levantas mas desconheço absolutamente as condições de doação, que competirá à Ordem cumprir se existirem. Na verdade as cláusulas expressas condicionantes ou limitativas das doações são raras e coisa erudita, poucos doadores se lembrando de as escriturar. No caso, desconheço essas "nuances" e devo confessar que também não me preocupam, uma vez que são questões laterais ao essencial.
Nesta data, antes destes comentários, nomeadamente o de resposta ao Celestino, enviei mail mais completo a abordar este tema a inserir oportunamente no blog pelo nosso editor.
Deixo para mais tarde outra qualquer posição.
Antero Monteiro

Anónimo disse...

Caro Isidro, Antero e demais intervenientes neste assunto:

As coisas complicadas têm sempre simples soluções..

In casu, bastará consultar as respectivas cadernetas prediais e eventualmente a(s) respectiva(s) escritura(s) de doação do(s) imovel ou imóveis, prediais e/ou rústicos...

Por tais documentos se concluirá a que título tais prédios estão na posse efectiva da Ordem desde 1942(?)...

E venha quem vier a invocar direitos...

Cá estaremos para lhe dar a justa e legal resposta, face ao teor dos referidos domentos...

Aceitando, Isidro, com todo o respeito, que já nada te ligue aos espaços onde crescemos, creio que haverá muitos de nós que não têm esse sentimento...

Não me considerando um exemplo de sonhador, a verdade é que « sempre que um homem sonha o mundo pula e avança», como dizia o poeta, professor e historiador António Gedeão...

Convido, pois, todos aqueles que
ainda sentem que os espaços onde brotaram para a vida, em Aldeia Nova, lhe dizem alguma coisa, a alimentar um sonho de ver nesses espaços uma obra que, directa ou indirectamente, perpectue, pelo menos por mais umas decadas, a amizade e até espírito comunitário que ainda existe dentro de nós...

Venham mais 5 ( e muitos múltiplos de 5 ) comentários/intervenções sobre este assunto...

A seguir, constituir-se-á, como agora é fino dizer-se,a respectiva Comissão Negociadora... ou de Concertação...

Abraço

Zé Celestino

Anónimo disse...

Estamos agora numa fase de análise legal que compreendo e ao mesmo tempo me ultrapassa. Temos nesta esfera muitos e bons profissionais que liderados pelo Celestino podem ajudar o frei José Geraldes nesta negociação ou no exame de outros projectos se ainda não é tarde. Que o Frei Geraldes e a Ordem estejam bem consciêntes que o nosso desejo é ajudar e não complicar.
É verdade também que a nossa reacção é um pouco tardía, posto que o Frei Geraldes nos lançou (há vários meses neste blog) um apelo que não teve qualquer éco.
Compreenderiamos também que a Ordem se fiasse ao ditado popular: “ vale mais um pássaro na mão, do que dez a voar” Caso eles já tenham um pássaro na mão. O que me parece, por tudo o que lí e conhecendo o mundo dos negócios, muito hipotético. É verdade também que os nossos pássaros andam a voar e ainda bem altos... Estou completamente de acordo com o Celestino para afirmar que no nosso grupo há muita gente capaz, com competências complementares mas que teriamos que motivar, o que é possível. Uma coisa é certa, Frei Geraldes, não há nada pior para um vendedor do que ter um único cliente. É no entanto a situação ideal para o comprador. Se passarmos à “vitesse” superior, contai comigo. Um abraço, Fernando.

Anónimo disse...

Foi por mero acaso que encontrei este blog,fiquei contente pois encontrei mais um meio para poder recordar, por vezes com uma certa nostalgia,esses tempos de Aldeia Nova.Pergunto:Ferraz,Lopes,Veríssimo,Paulo Branco,Cardoso, Pacheco(João de Melo), por onde andais?
Dizei alguma coisa.

Anónimo disse...

Peço desculpa da minha primeira intervençao neste bloge ter entrado
como anónimo.Não, eu tenho nome:
Joaquim Ambrosio Vieira Ribeiro, de
Lousada mas resido no Porto desde
1973.

Anónimo disse...

Benvindo, Joaquim Ambrósio Vieira Ribeiro, de Lousada. A propósito: não era de Lousada o Faustino?... Mais velho claro!
Nelson

Anónimo disse...

Ó Joaquim Ambrósio Vieira Ribeiro,

Pelos nomes que mencionas, deves ter saído de Aldeia-Nova entre 1965 e 1966 mas, se foi assim, como é que eu não me lembro de nenhum dos teus nomes, uma vez que os 4.º e 5.º anos desse tempo eram suficientemente famosos para que tais detalhes não me escapassem, pelo menos definitivamente. Relembra-me.

Dependendo da qualidade da tua resposta assim terás certo grau de completude para as tuas perguntas.

Joaquim Ambrosio disse...

De J. AMBROSIO.
De ti Isidoro é que eu não me lembro mesmo nada.Entretanto desconhecia que era necessária tão precisa e segura identificação.Será que eu possa ser eventualmente um infiltrado que ponha em causa a "segurança do blogue"? Estou a brincar, acho que não.Como já disse eu "era" e sou o Ambrósio.Por ser talvez um nome menos vulgar era por ele que era tratado.Como apelido também me tratavam por "Peixe".
Entrei em A.Nova no dia 1 de Outubro 1959,fui despedido em Junho
de 1965.Naquela altura, o P.João Dimingos Fernandes,dizia que em princípio os mais velhos iriam no ano lectivo seguinte para outro edificio, segundo ele seria no Porto,e deveriamos tazer todas as malas com nossos haveres.Após alguns dias de estar em casa de Férias recebo uma carta a informar que estava demitido.Reprovaram-me.Meses antes tinha falecido a minha protectora que ajudava não só os meus estudos como demais colegas.Se não fosse isso talvez o meu destino tivesse sido outro.

Joaquim Ambrosio disse...

De J. AMBROSIO.
De ti Isidoro é que eu não me lembro mesmo nada.Entretanto desconhecia que era necessária tão precisa e segura identificação.Será que eu possa ser eventualmente um infiltrado que ponha em causa a "segurança do blogue"? Estou a brincar, acho que não.Como já disse eu "era" e sou o Ambrósio.Por ser talvez um nome menos vulgar era por ele que era tratado.Como apelido também me tratavam por "Peixe".
Entrei em A.Nova no dia 1 de Outubro 1959,fui despedido em Junho
de 1965.Naquela altura, o P.João Dimingos Fernandes,dizia que em princípio os mais velhos iriam no ano lectivo seguinte para outro edificio, segundo ele seria no Porto,e deveriamos tazer todas as malas com nossos haveres.Após alguns dias de estar em casa de Férias recebo uma carta a informar que estava demitido.Reprovaram-me.Meses antes tinha falecido a minha protectora que ajudava não só os meus estudos como demais colegas.Se não fosse isso talvez o meu destino tivesse sido outro.

Joaquim Ambrosio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Ambrósio,

Eu estive em Aldeia-Nova entre 1964 e 1969, ou seja, cheguei quando tu ( "Peixe") te retiraste, ou foste retirado - julgo ter ouvido algo disso através do Elias.

Dizes que estiveste lá entre Outubro de 1959 e Junho de 1965, ou seja, 6 anos - isso significa que reprovaste um ano e te deixaram ficar? Ou, no teu tempo ainda lá estavam durante 6 anos?

Dizes que "...o P.João Domingos Fernandes dizia que em princípio os mais velhos iriam no ano lectivo seguinte para outro edificio, segundo ele seria no Porto, e deveriamos trazer todas as malas com nossos haveres. Após alguns dias de estar em casa de Férias recebo uma carta a informar que estava demitido. Reprovaram-me. Meses antes tinha falecido a minha protectora que ajudava não só os meus estudos como demais colegas..."

Vejo que foste apanhado na curva da crise de financiamento, sobre que os leitores deste blogue gostam sempre de saber (eu só sou um desses leitores)

Talvez te interesse saber que

O Ferraz costuma escrever aqui muito bons comentários, com regularidade;
O Pacheco está em Madrid e, neste blogue tem escrito um seu amigo pessoal de datas recentes, o Antero.
O Mendes está em Lisboa e também escreve aqui de vez em quando.
Aparentemente, ninguém sabe do Paulo;
O Abílio está no Minho e escreveu aqui um comentário e um artigo há algum tempo.
Se escreveres mais alguns detalhes da tua história, talvez consigas convencer mais alguns a dar notícias. É contigo.

Por mim, gostei de te ler.

Joaquim Ambrosio disse...

Isidro,vou responder á tua pergunta,não tenho que esconder a cabeça na areia.Reprovei sim nos primeiros anos,não que a responsabilidade fosse total, pois na primária tive a infelicidade de ter um professor que como muitos na actualidade apenas se preocupam com a carreira,não têm vocaçao para o ensino.São do género:
"-Leiam da pagina 75 á 110...,na próxima aula vou fazer perguntas."
Sozinho,tive que vencer esse atraso,e muito injustamente,o que me maguou muito o meu companheiro,o José Gama me apelidou de preguiçoso, que apesar de amigo nunca me estendeu a mão.
Depois de sair de A.Nova,tive que oficializar as minhas habilitações;
primeiro ciclo no Liceu N.Guimarães,depois continuei no Porto, na Escolas Comerciais Oliveira Martins e Filipa de Vilhena.Fiz o Curso de Contabilidade e Administração (actual 11º).Por imperativos sobrevivencia,e falta de tempo não pude fazer Economia.Ao contrário do aque se passava em A.Nova a
Matemática,para além de todas as outras, passou a ser uma agradável surpresa.Só no Latim,não tive a possibilidade de matar o borrego;era nesta disciplina que eu perdia a maior parte do tempo de estudo,apenas de relance passava pelas outras disciplinas,não tinha outra possibilidade.
É esta a base da minha passagem por A.Nova.Não tenho rabos de palha.
Lembro-me de A.Nova com nostalgia,porque foi aí que aprndi a viver sozinho no meio da multidão,que tive como qualquer jovem de apenas 11 anos suportar as saudades, e debaixo dos lençois,
na escuridão da noite, abafar os soluços para ninguém ouvir.Tenho um especial apreço pelo P.Alberto,P.Vicente,P.Rogério,etc.
mas também existem aqueles que nada me dizem.De colegas apenas não
"conheço" o Daniel.
Até á próxima.

Anónimo disse...

Coitado do Padre Abel Ventura do Céu Faria, Dominicano(Escandarão, com ascendencia em Seiça-Ourém).
Fez testamento à ordem da propriedade da Aldeia Nova.
Nunca ele pensou que a vilanagem se iria desfazer daquele património.
Mal agradecidos.