Viver Hoje, Recordando Ontem, Construir o Amanhã... Espaço dos Antigos Alunos dos Centros Dominicanos de Aldeia Nova e Fátima
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Quem se recorda destas imagens?
Quem são? Que fazem?
Champagne para o que der mais detalhes.
18 comentários:
Ferraz
disse...
Não percebi nada, no meu tempo isto não existia e se é para deixar tudo igual, melhor seria não ter aparecido. Parece-me que alguém terá estragado as férias. A julgar por alguns traços etnográficos da carreira de formigas, não sei se podemos localizar a acção lá para os lados de Mira... Não? Frio? Bem, estou curioso. Até logo. Ferraz
Não faço a menor ideia, onde. Mas na 2ª foto, pelos traços dá a impressão de reconhecer um proletário: Celestino"Mao Tsé Tung". À que arriscar! Abraços J.Vieira Ribeiro
Uma das fotografias seria hoje considerada "exploração do trabalho infantl". Reconhece-se bem o Fernando Vaz, aproveitando as férias. Na primeira, deve ser em Trás-os-Montes, todos dando uma mão para chegarem telhas "marselhas" para um telhado. Um abraço. Toninho.
Não sou comtemporâneo deste evento... Louvo, contudo, o contributo da malta para o conforto da família que precisava do telhado da casa reparado...
Nem sequer reconheço o Fernando Vaz que o Toninho diz reconhecer bem...
Nõo sou o Celestino/Mao Tsé Tung que o J.Vieira Ribeiro refere... Pelos vistos, este será de uma linha mais «vermelha» do que a minha e da década posterior à da minha passagem por Aldeia Nova...
Gostava,no entanto, de saber mais detalhes destes périplos da malta por terras transmontanas (?)...
Nem que vos queira ajudar, não posso. Estou tão a leste quanto vós, mas lá que o tipo do boné tem ares de Fernando Vaz, disso não tenho dúvidas. Havemos de decifrar o enigma.
Que o Fernando Vaz deve estar envolvido nestas fotos, pelos ditos antecedentes, deve ser verdade.. Mas que eu o reconheça não. A única coisa que conheço ali, na segunda foto, é a boina do Alexandrino, que se repararem é quase igual... Claro que o Alexandrino, na "Charola da Mesquita" está com outra presença, mais compenetrado e a boina parece nova... Para mim é mistério, e em Aldeia Nova não me lembro de nenhuma "obra" com tanta ajuda... Antero Monteiro
"Vous donnez votre langue au chat?" Ninguém ganhou a garrafa de champagne. O Toninho, o Ferraz e o Nelson ganharam uma copa e o Celestino sò meia, mas têm que vir bebê-la aquì.
Estamos em São Mamede de Infesta, em Agosto de 1965. Não sem mal, obtemos a autorização para ir ajudar na construção de casas para familias pobres. O mocito da boina, uns 12 anos, e seu irmão de 14(não està nesta foto) ensinaram-nos ao meu primo Augusto Matias e a mim o trabalho de trolhas de que eles jà eram especialistas. Deviamos ser uns 10 do convento de Fatima, com outros benévolos dirigidos por profissionais... Um abraço, Fernando
Tens razão, Antero. Aparece quando queiras. Tenho sempre uma garrafa no frigorifico, para toda eventualidade. Em minha casa o champagne e o Porto andam sempre entrelaçados e ninguém se lamenta. Um abraço, Fernando.
Lamento, não acertei. Afinal o "Mao", da foto (não da fita) era outro.Os traços que eu tirei levaram-me ao engano, mas e´como te digo, " quem não arrisca..." Abraços J.Vieira Ribeiro
A propósito destas imagens e dos paradoxos que elas evocam, fiquei de facto curioso, porque testemunham atitudes e práticas que não eram muito comuns naquele tempo e talvez mesmo agora. "Estamos em 1965" - diz o Fernando; "obtivemos autorização para ir ajudar (...) Devíamos ser uns 10 (...)" Como apareceu esse movimento? Tinha paralelo? Quais as motivações? Que acontecia em Fátima? As paredes do convento eram mais transparentes? Estávamos em cima do Vaticano II. Seria também por isso? São muitas perguntas, que não tenho o direito de fazer, mas em Aldeia Nova corria a bola e eu não me apercebi desse ar cálido de Agosto. Pensava que a malta teria ido mais uma vez a banhos lá para os lados do Pedrógão. Um abraço e até logo. Ferraz
Estive uns dias sem computador e ao chegar agora aqui verifico que perdi uma boa oportunidade de ganhar uma garrafa de champanhe. É que reconheci logo aquele lugar, o Fernando e o Matias. Pois se eu também andei naquelas lides. Alías estive mesmo a viver uns meses em S. Mamade de Infesta ainda como dominicano na casa do P. António Teixeira, fundador de dinamizador da MOJAF (Movimento de ajuda fraterna). Esta história daria para muitos serões e para espantar o Ferraz e outros que não acompanharam aqueles tempos heróicos. A. Alexandrino
Eu tenho menos certezas que o Alexandrino sobre o sentido das observações do Ferraz, mas não vou tentar substitui-lo.
Quanto aos misteriosos méritos do MOJAV, que o primeiro poderia vir ou não vir a referir, eu é que não fico pela meia medida mesmo que, entre 1964 e 1971, me tenha ficado pela bola redonda, inclusive a que está entre os ombros, no que sempre estive muito bem acompanhado.
Vamos a isto:
O MOJAF - Movimento Juvenil de Ajuda Fraterna consta na Lista de siglas referenciadas em documentos conservados no Centro de Documentação 25 de Abril http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=Siglas&letter=M (lido em 9-Fev-2010)
O Jornal on line "Matosinhos Hoje" reportou, em 14-Abril-2004 que, a 25 desse mês reuniriam, em confraternização, os jovens que, na década de 60, se agruparam em torno do MOJAF - Movimento Juvenil de Ajuda Fraterna que, em 1970, viria a ter problemas com a polícia política portuguesa http://www.matosinhoshoje.com/index.asp?idEdicao=148&id=8006&idSeccao=1757&Action=noticia (lido em 9-Fev-2010)
Em 6-Jan-2003 numa Antologia sobre o jornalista Afonso Cautela, relativa oa período de 1953-1969 inclui-se, do Boletim do MOJAF-Movimento Juvenil de Ajuda Fraterna nº2 que:
Quando brota do contacto amoroso com a vida e com os seres, quando é impulso de comunicação e não uma satisfação pessoal ou um jogo estético gratuito, a poesia pode ser uma ponte entre os homens. Alargando o seu coração às dimensões do mundo, transformando o quotidiano aparentemente banal numa aventura feita de riscos e de esperança, assumindo a miséria da condição humana e tocando-a da luz maravilhosa da arte e do poder recriador da palavra, o poeta que comunga com os seus irmãos acrescenta pela sua poesia esse poder de comunhão, recria um mundo novo, abre exigências de paz e de justiça. Se todos os autênticos poetas são poetas da fraternidade, só é verdadeiramente autêntica a poesia que nos põe em comunhão, seja ela de dor ou de alegria. São esses poemas que queremos recolher nas páginas do nosso boletim. Começamos com um jovem poeta, Afonso Cautela, que publicou dois livros: «Espaço Mortal» donde são extraídos todos os que hoje publicamos, e «O Nariz», respectivamente de 1960 e 1961. Deste último livro, extraímos também este belo parágrafo: «Vingai-vos mas perdoai-me. Contra a moral da violência, a violência do amor. E a moral estará connosco, a nossa consciência, sem as rugas da desconfiança, face a face, será a vontade do tempo, impelindo, pela dor, a vontade do homem» http://www.catbox.info/catbooks/+antologias-va-13+/Antologia2-CD-VA.doc (lido em 9-Fev-2010)
Ao escrever no meu blogue sobre a MOJAF em S. Mamede de Infesta, qual não foi o meu espanto ao descobrir esta foto. Uma verdadeira preciosidade que não resisti a colocar para elucidar a historia que relatei. Desde já peço desculpa por esta minha audácia. Eu também estive a trabalhar nessa obra, convido quem quiser a visitar o blogue para saber a história:
Fui dos que ajudei na construção da primeira casa, na Rua Nova do Tronco, perto do Amial. O mentor era um padre católico, já não me lembro do nome, e eu fui levado por dois irmãos gémeos que agora vivem em Braga. Foi uma experiência única, a casa foi entregue a um jóvem casal, ele era ascensorista do elevador da Ponte da Arrábida. No fim do trabalho, que era feito ao Domingo, seguíamos em grupo para a Igreja de S. Mamede, onde o padre celebrava uma missa vespertina, sendo curioso que, na consagração, todos levantávamos as ferramentas do trabalho. O padre acabou por abandonar o sacerdócio e casou com uma das raparigas, que o secretariava.
18 comentários:
Não percebi nada, no meu tempo isto não existia e se é para deixar tudo igual, melhor seria não ter aparecido.
Parece-me que alguém terá estragado as férias.
A julgar por alguns traços etnográficos da carreira de formigas, não sei se podemos localizar a acção lá para os lados de Mira... Não? Frio? Bem, estou curioso.
Até logo. Ferraz
Não faço a menor ideia, onde.
Mas na 2ª foto, pelos traços dá a impressão de reconhecer um proletário: Celestino"Mao Tsé Tung".
À que arriscar!
Abraços
J.Vieira Ribeiro
Uma das fotografias seria hoje considerada "exploração do trabalho infantl". Reconhece-se bem o Fernando Vaz, aproveitando as férias. Na primeira, deve ser em Trás-os-Montes, todos dando uma mão para chegarem telhas "marselhas" para um telhado. Um abraço. Toninho.
Não sou comtemporâneo deste evento... Louvo, contudo, o contributo da malta para o conforto da família que precisava do telhado da casa reparado...
Nem sequer reconheço o Fernando Vaz que o Toninho diz reconhecer bem...
Nõo sou o Celestino/Mao Tsé Tung que o J.Vieira Ribeiro refere...
Pelos vistos, este será de uma linha mais «vermelha» do que a minha e da década posterior à da minha passagem por Aldeia Nova...
Gostava,no entanto, de saber mais detalhes destes périplos da malta por terras transmontanas (?)...
Abraço
Na 2ª foto, aquele trolha da cartola de papel, não será o Matias? Hum!...
Nem que vos queira ajudar, não posso. Estou tão a leste quanto vós, mas lá que o tipo do boné tem ares de Fernando Vaz, disso não tenho dúvidas. Havemos de decifrar o enigma.
Isto de fazer deduções com base na terra-m~es do champagne tem muito que se lhe diga.
Como dedução, não está mal.
Mas, isso faz-se? Com telhas marselhesas?
Depois do reparo do Nelson e atentando bem na cara e sorriso do «artista» que tem um boné à Mao, apostaria que se trata realmente do Fernando Vaz...
Se não ganhar o champangne, ficar-me-ei pelo cabeça de burro ou por um verde tinto da zona do Prado...
Abraço
Meus caros,
Que o Fernando Vaz deve estar envolvido nestas fotos, pelos ditos antecedentes, deve ser verdade..
Mas que eu o reconheça não.
A única coisa que conheço ali, na segunda foto, é a boina do Alexandrino, que se repararem é quase igual...
Claro que o Alexandrino, na "Charola da Mesquita" está com outra presença, mais compenetrado e a boina parece nova...
Para mim é mistério, e em Aldeia Nova não me lembro de nenhuma "obra" com tanta ajuda...
Antero Monteiro
"Vous donnez votre langue au chat?" Ninguém ganhou a garrafa de champagne. O Toninho, o Ferraz e o Nelson ganharam uma copa e o Celestino sò meia, mas têm que vir bebê-la aquì.
Estamos em São Mamede de Infesta, em Agosto de 1965. Não sem mal, obtemos a autorização para ir ajudar na construção de casas para familias pobres. O mocito da boina, uns 12 anos, e seu irmão de 14(não està nesta foto) ensinaram-nos ao meu primo Augusto Matias e a mim o trabalho de trolhas de que eles jà eram especialistas. Deviamos ser uns 10 do convento de Fatima, com outros benévolos dirigidos por profissionais... Um abraço, Fernando
Caro Fernando,
Também reclamo uma taça...
Não acertei em cheio, é certo, mas não falhei nada...
Tens razão, Antero. Aparece quando queiras. Tenho sempre uma garrafa no frigorifico, para toda eventualidade. Em minha casa o champagne e o Porto andam sempre entrelaçados e ninguém se lamenta. Um abraço, Fernando.
Lamento, não acertei. Afinal o "Mao", da foto (não da fita) era outro.Os traços que eu tirei levaram-me ao engano, mas e´como te digo, " quem não arrisca..."
Abraços
J.Vieira Ribeiro
A propósito destas imagens e dos paradoxos que elas evocam, fiquei de facto curioso, porque testemunham atitudes e práticas que não eram muito comuns naquele tempo e talvez mesmo agora.
"Estamos em 1965" - diz o Fernando; "obtivemos autorização para ir ajudar (...) Devíamos ser uns 10 (...)"
Como apareceu esse movimento? Tinha paralelo? Quais as motivações? Que acontecia em Fátima? As paredes do convento eram mais transparentes? Estávamos em cima do Vaticano II. Seria também por isso?
São muitas perguntas, que não tenho o direito de fazer, mas em Aldeia Nova corria a bola e eu não me apercebi desse ar cálido de Agosto. Pensava que a malta teria ido mais uma vez a banhos lá para os lados do Pedrógão.
Um abraço e até logo.
Ferraz
Estive uns dias sem computador e ao chegar agora aqui verifico que perdi uma boa oportunidade de ganhar uma garrafa de champanhe. É que reconheci logo aquele lugar, o Fernando e o Matias. Pois se eu também andei naquelas lides. Alías estive mesmo a viver uns meses em S. Mamade de Infesta ainda como dominicano na casa do P. António Teixeira, fundador de dinamizador da MOJAF (Movimento de ajuda fraterna). Esta história daria para muitos serões e para espantar o Ferraz e outros que não acompanharam aqueles tempos heróicos.
A. Alexandrino
Eu tenho menos certezas que o Alexandrino sobre o sentido das observações do Ferraz, mas não vou tentar substitui-lo.
Quanto aos misteriosos méritos do MOJAV, que o primeiro poderia vir ou não vir a referir, eu é que não fico pela meia medida mesmo que, entre 1964 e 1971, me tenha ficado pela bola redonda, inclusive a que está entre os ombros, no que sempre estive muito bem acompanhado.
Vamos a isto:
O MOJAF - Movimento Juvenil de Ajuda Fraterna consta na Lista de siglas referenciadas em documentos conservados no Centro de Documentação 25 de Abril
http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=Siglas&letter=M (lido em 9-Fev-2010)
O Jornal on line "Matosinhos Hoje" reportou, em 14-Abril-2004 que, a 25 desse mês reuniriam, em confraternização, os jovens que, na década de 60, se agruparam em torno do MOJAF - Movimento Juvenil de Ajuda Fraterna que, em 1970, viria a ter problemas com a polícia política portuguesa
http://www.matosinhoshoje.com/index.asp?idEdicao=148&id=8006&idSeccao=1757&Action=noticia (lido em 9-Fev-2010)
Em 6-Jan-2003 numa Antologia sobre o jornalista Afonso Cautela, relativa oa período de 1953-1969 inclui-se, do Boletim do MOJAF-Movimento Juvenil de Ajuda Fraterna nº2 que:
Quando brota do contacto amoroso com a vida e com os seres, quando é impulso de comunicação e não uma satisfação pessoal ou um jogo estético gratuito, a poesia pode ser uma ponte entre os homens.
Alargando o seu coração às dimensões do mundo, transformando o quotidiano aparentemente banal numa aventura feita de riscos e de esperança, assumindo a miséria da condição humana e tocando-a da luz maravilhosa da arte e do poder recriador da palavra, o poeta que comunga com os seus irmãos acrescenta pela sua poesia esse poder de comunhão, recria um mundo novo, abre exigências de paz e de justiça.
Se todos os autênticos poetas são poetas da fraternidade, só é verdadeiramente autêntica a poesia que nos põe em comunhão, seja ela de dor ou de alegria.
São esses poemas que queremos recolher nas páginas do nosso boletim.
Começamos com um jovem poeta, Afonso Cautela, que publicou dois livros:
«Espaço Mortal» donde são extraídos todos os que hoje publicamos, e
«O Nariz», respectivamente de 1960 e 1961.
Deste último livro, extraímos também este belo parágrafo:
«Vingai-vos mas perdoai-me.
Contra a moral da violência, a violência do amor.
E a moral estará connosco, a nossa consciência, sem as rugas da desconfiança, face a face, será a vontade do tempo, impelindo, pela dor, a vontade do homem»
http://www.catbox.info/catbooks/+antologias-va-13+/Antologia2-CD-VA.doc (lido em 9-Fev-2010)
Boa tarde.
Ao escrever no meu blogue sobre a MOJAF em S. Mamede de Infesta, qual não foi o meu espanto ao descobrir esta foto. Uma verdadeira preciosidade que não resisti a colocar para elucidar a historia que relatei. Desde já peço desculpa por esta minha audácia. Eu também estive a trabalhar nessa obra, convido quem quiser a visitar o blogue para saber a história:
http://joseaugustomendonca.blogspot.pt/2013/05/mojaf.html
Um grande bem haja,
José Mendonça
Fui dos que ajudei na construção da primeira casa, na Rua Nova do Tronco, perto do Amial. O mentor era um padre católico, já não me lembro do nome, e eu fui levado por dois irmãos gémeos que agora vivem em Braga. Foi uma experiência única, a casa foi entregue a um jóvem casal, ele era ascensorista do elevador da Ponte da Arrábida. No fim do trabalho, que era feito ao Domingo, seguíamos em grupo para a Igreja de S. Mamede, onde o padre celebrava uma missa vespertina, sendo curioso que, na consagração, todos levantávamos as ferramentas do trabalho. O padre acabou por abandonar o sacerdócio e casou com uma das raparigas, que o secretariava.
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