quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mens sana in corpore sano!... Quem se reconhece?


Arquivo do Domingos Carvalhais

44 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de já ter ampliado ao máximo esta foto, não identifico nenhum dos alinhados «cadetes» em sessão de ginástica...

Apenas o meio ambiente é assinalado pela minha memória visual,principalmente o pinhal ao fundo e a rede de separaçaão da quinta...

O próprio edifício não é do meu tempo...

Por outro lado, o carvalho que existia no espaço do recreio e a que o Eduardo Bento já aludiu, também não aparece... Terá, admito eu, morrido de velhinho...

Mesmo assim, revejo-me, na postura dos fotografados,convidando-os a aparecer no próximo encontro geral, cuja organização está em marcha e promete surpresas sensacionais...

A todos,saudações bloguistas.

Zé Celestino

Anónimo disse...

Não só duvido que esta fotografia seja do tempo do Domingos Carvalhais, mas também ressalvo que a mesma apenas foi apresentada como integrando a sua fototeca.

Anónimo disse...

É minha a anterior dúvida sobre o enquadramento temporal da fotografia.

Anónimo disse...

Valha-me Deus, Zé Celestino. Desta banda está o muro do tio Palheira; da outra é que está a quinta com o jerico a tanger a nora. Pelo menos podias ter identificado o "cadete" Toninho. Não é ele? Tudo aconteceu num bonito dia de sol...

Anónimo disse...

Será possivel que não reconheçam o Antonino na 4ª posição da fila da esquerda?
Isidro,
Amplia a fotografia e verás na primeira posição da terceira fila o Adalberto e na segunda posição eu próprio. E o padre António, nosso professor de Português, também não reconheces? E o Quadrado, pequenino, logo atrás? A fotografia é mesmo do nosso tempo, após a ampliação reconhecerás mais algumas faces.
Só agora é que reparei que o Ferraz já tinha "descoberto" o Toninho.
Um abraço,
Domingos

Anónimo disse...

Tens razão, Domingos. Mas quadrado, qual quadrado? - Tu não eras fraco em Geometria ...

Também o Ferraz captou muito bem a cena ...

Notem que só se vê 1/3 da baliza próxima da cozinha. Deve ter sido para evitar que se veja o "chafariz" partido ...

Anónimo disse...

Já me tinha reconhecido mas temia enganar-me. Nota-se que a tez é ligeiramente mais serrana. Penso que à minha frente está o Sabença e na 2ª fila, na 3ª posição parece estar o Manuel Freitas. Na fila ao lado do Domingos, um pouco atrás, não será o Evangelista? Um abraço. Toninho

Anónimo disse...

Ó Toninho,

Não me digas que não te olhavas ao espelho nesse tempo - claro que eras um pouco mais bronzeado que quase toda a gente...

Anónimo disse...

"Boa malha" Domingos!
Logo à frente do Jovem Toninho está o Sabença e o Carlos Vicente e ao lado do Domingos parece o José Luís...
Ó Domingos, atrás de ti, será o Quadrado ou é o Américo (Andorinha)?
Ninguém falou na proeminente figura de sapatinho preto que me parece o Pe Xico, (ou Pe António, já me falha a memória, o tal do Simca 1000 ou 1100...) qual melro escuro em terreno de pardais....
Lembram-me perfeitamente estas aulas. Como me lembro de num dia ou outro mais agreste, frio ou chuvoso, ter feito gazeta.
O edifício do fundo, que o Celestino reconhece não ser do tempo dele, foi inaugurado pouco tempo antes da nossa chegada a Aldeia Nova, tinha dormitório no último andar para os alunos dos últimos anos (ainda deve ser do tempo do Ferraz...), salas de aulas, biblioteca, e gabinetes-quartos no segundo andar, nomeadamente do Director e do Pe João Leite e no Rés-do-chão além da cozinha, o refeitório dos Freis e Irmãs, enfermaria, secretaria etc.)

Quanto ao velho carvalho, diz a lenda (será...?) que um aluno muito aplicado e piedoso em postura devota e de cabeça inclinada por ali circulava, distraído de tão concentrado, devorando piedosas orações e terá embatido vezes sem conta no mesmo, assim expiando, sabe-se lá, pecados que nem tinha. De tal maneira que o dito carvalho começou a inclinar-se para um dos lados e acabou por ser eliminado, com a virtude de desimpedir o campo de futebol, o que também foi uma boa acção, ainda que indirecta. Ora de tais merecimentos só me lembrou o António da Purificação...
Será que alguém pode confirmar esta lenda?
Antero Monteiro

Anónimo disse...

Tinha reconhecido perfeitamente o Toninho! O que està no meio, todo de preto vestido, não serà o Pe Bernardo Domingues? O que està completamente à direita com calção preto se não é o Jaime é da familia dele!... Um abraço, Fernando.

Anónimo disse...

Ah mas é evidente! Era ele mesmo, com as chagas na testa e os cilícios na cintura. Era único. Não há emgano possível.
Ezequiel Vintém

Anónimo disse...

E a data da fotografia?

Anónimo disse...

A data!? Nessa altura as máquinas ainda não a registavam e a minha cabeça também não! Talvez em 66/67. O Pe chama-se Chico? Onde é que fui inventar o António?
Mesmo na frente do padre de negro vestido, não o outro a quem às vezes assim apelidávamos, está o Américo.
Não consigo vislumbrar nem o Antero nem o Isidro, um dos dois deve ser o fotógrafo.
Domingos

Anónimo disse...

É que o padre chamava-se António Francisco!
Toninho

Anónimo disse...

O meu pedido de desculpas ao Quadrado de quem não me lembrava quando me referi aos conhecimentos de Geometria do Domingos.

Acabo de o reconhecer de modo concludente, nas memórias visual (pela cara) e simbólica (pelo apelido). Ele não era nada quadrado e não era tão pequeno como é referido pelo Domingos - na fotografia está a esconder-se um pouco, o que julgo ter sido uma característica dele, bastante reservado (sff, note que isso não é o mesmo que tímido).

O Quadrado está atrás de um atleta quase tão determinado como o Toninho, mas, ao contrário deste, vestiu-se a preceito segundo as suas próprias regras - vestuário completo e de preto já que, no porte, não desmerece os demais.

O Domingos pensa que é o Padre António ou Chico e tem dúvidas sobre qual é o nome mais verdadeiro. Quanto ao nome, está bem nos dois. Ele era Chico quando estava bem disposto e António quando havia razões para maiores distâncias (mais acima, o Toninho já lhe deu o nome completo: António Francisco).

Olhando bem para a figura, não consegui ficar completamente convencido. O tamanho, os óculos, o vestuário, a testa e o cabelo correspondem-lhe. Se estivesse a ser reconhecido por um computador, seria catalogado, sem dúvida, como o nosso professor de português e História (ou o Padre que, 3 vezes por semana, celebrava uma missa em 10 minutos, ou seja, 3 vezes menos tempo que os seus pares).

Porém, terei de confiar no meu instinto e na minha convicção vaga de quem o conhecia talvez melhor que quase toda a gente - parece que é, mas, se calhar, não é. Enquanto eu estava nestas dúvidas, talvez tenha sido salvo pelo Fernando e pelo Ezequiel Vintém que afirmam, mais acima, de modo concludente, que se trata do Padre Bernardo Domingues, de quem eu não me lembro, o que não vem ao caso.

À frente do dito Homem de Negro está, sem dúvida, o Américo, então conhecido como "andorinha" pelas suas rápidas mudanças de direcção com a bola nos pés.

Lá ao fundo, entre a cozinha e a saída, está alinhado um grupo de pequeninos sob a mestria de alguém que imitava as vestes dos pinguins. São alunos do 1.º e do 2.º anos de 1966/67, entre os quais possivelmente estaria o actual gestor financeiro ("ecónomo") da Ordem dos Pregadores em Portugal e que está a tentar vender a Quinta de Aldeia-Nova, dando o edifício como "bónus". Incluirá também, com menos dúvidas, o José Carlos, um dos escritores deste blogue, um tanto distanciado há vários meses, parece.

Como acabas de ver, Domingos, parece que, com métodos diferentes, validámos o mesmo ano da graça e, sendo assim, é ciência feita, até nos darem melhor conclusão. E, sendo assim, paso, por minha conta e risco a dizer que a fotografia foi tirada no fim da Primavera de 1967.

Quanto ao carvalho imortalizado pelo Eduardo Bento, pelo Ferraz, pelo Fernando e tantos outros, a inveja do Antero, deu-lhe uma lenda a que associou o António da Purificação. Antero, não se faz uma coisa destas a uma árvore que foi tão importante no nosso ecossistema, não só por ser livre, mas também porque os seus frutos são bolotas cilíndricas. Se, ao menos, tivesses reportado um mito, sempre lhe davas um pequeno ar sobrenatural...

Anónimo disse...

Isidro, caros amigos,
As lendas nascem de momentos, pessoas, mesmo árvores e símbolos importantes.
Como enaltecer mais a época e história de duas marcas duradouras, o dito famoso carvalho e um homem de fé inquebrantável...?
Para mim são uma lenda porque já não recordo rama nem casca do carvalho e também não me recordo do António da Purificação. Mas a fama deles chegou aqui e compete-nos venerar as suas lendárias qualidades.
Para nossa glória e purificação.

P.S. - Por outro lado, a despropósito, sou contra os ecologistas sistemáticos, daqueles que nem deviam arrancar alfaces para não ferir susceptibilidades e deviam cumprimentar a restante criação, mas nunca comer os bifes ou outras carnes saborosas.

Lembram-se dos " tempos que já lá vão em que os homens eram barbaros e subiam às arvores para matar os passaros"...?
Antero Monteiro

Anónimo disse...

Depois de muito reflectir, pareceu-me ainda vislumbrar o Abel Pena, o Tó Lourenço, o Manuel Mendes e o António Brandão, mas não tenho a certeza.
À primeira vista, a foto fez-me lembrar um quadro de infantes da Mocidade Portuguesa e então ali ficaria muito bem aquela figurinha de preto vestida, como chefe de falange. É a mais engraçada, divergente e também o pomo da discórdia. Eu cá voto no saudoso Pe António Francisco, mui amigo do Fernando Vaz, mas como ele no meu tempo não fazia estas cenas, tenho algumas dúvidas. Agora, vós, que ali estais, deixai-vos de mistérios...
Um grande abraço.

Anónimo disse...

Se eu e o Domingos acertámos na data da fotografia (fim da Primavera de 1967),

se tu, Ferraz, localizaste

o Abel Pena, o Tó Lourenço, o Manuel Mendes e o António Brandão

e todos estes estão muito perto uns dos outros, é quase certo que os identificaste bem.

Já agora, tomem nota - há muitos, muitos anos, cruzei-me, por minutos, e com muita pressa de ambos com, o Tó Lourenço que, possivelmente, ainda se lembra do que então me disse ... está a ler?

Anónimo disse...

E se, excepto quanto ao local, todos estivéssemos equivocados sobre a fotografia, os facies,as alturas, as pigmentações, etc e se tratasse apenas de uma reunião da Mocidade Portuguesa, com a qual não tínhamos nenhuma ligação?

E se fosse uma montagem fotográfica?

E se estivéssemos todos a tentar ver o que os outros dizem que viram?

Jaime disse...

A figura de preto, não fosse a controvérsia, identifica-la-ia sem hesitar, com o P. António Francisco, cuja alcunha não me atrevo a lembrar uma vez que os colegas foram, nesse particular, bastante delicados.
O Fernando indentificou o de calções pretos como sendo o Jaime. Talvez se referisse a outro Jaime. Eu não me colocaria, nunca, de cócoras. Não pensem que por arrogância...

E, para evitar confusões, as irmãs não tinham o mesmo refeitório dos freis. Faziam a vida delas, exceptuando o imprescidível acesso à cozinha e à lavandaria, num pequena mas digna vivenda construída, de propósito, num terreno comprado pelos dominicanos mesmo em frente da primitiva entrada para o seminário, mas do outro lado da rua.
Para poupar dinheiro, talvez, não foi construído nenhum túnel como aquele que era crença existir em Fátima entre o convento dos dominicanos e o das dominicanas de clausura, construídos em terrenos contíguos. Desta maneira, as irmãs tinham que atravessar a estrada, sem grande perigo, aliás, na altura, dada a quase ausência de tráfego.
Jaime

Anónimo disse...

Ó meus amigos,
Fui o primeiro a falar do Pe António ou Pe Chico no meio e com indumentária diferente e mantenho que é ele.
Tenho mesmo uma vaga ideia da cena pela sua raridade.
Eu penso que estaria do lado direito e deixaram-me de fora.
Isidro, está tudo sobre controlo. Não há dúvida que somos nós e estivemos lá.
É mesmo capaz de haver mais fotos.
O Domingos está duplamente de parabéns, pela foto e porque ficou em lugar de destaque não havendo quanto a ele quaisquer dúvidas. Terá sido essa a motivação para guardar esta relíquia.
A nossa frente estaria o Tenente Campante!
Antero Monteiro

Anónimo disse...

O Isidro mantém uma imaginação prodigiosa. A simples hipótese de a fotografia ser uma montagem assim o demonstra. Não estarás a pensar em que ela te sirva de guião para um romance qualquer, pois não? Ou estarás, por acaso, a pensar em seguir as pisadas do primeiro classificado do concurso?
Domingos

Anónimo disse...

Bem, Domingos, depende do concurso a que estiveres a referir-te...

Anónimo disse...

Seja-me permitido meter também a minha colherada: Do meu tempo, só o Pe. Chico e anterior a mim o Toninho, daí que eu não identifique mais ninguém na foto. Queria no entanto deixar aqui uma referência ao Pe. António, também meu professor de português, com incursões na história da literatura, cujos ensinamentos guardei. Era jornalista e deixou belos escritos em " O Mensageiro", um semanário com sede em Milagres-Leiria, ao tempo dirigido por um tal Pe. Lacerda, que ele coadjuvava. Suponho que o Pe. António chegou a ser director deste jornal. Vou ser mais atrevido que o Jaime e dizer que no meu tempo,dado o permanente rubor facial de sua reverência, e sem ofensa à memória do visado, nos referiamos a ele como "Tomate".
Abraços
Nelson

Anónimo disse...

É evidente, Nelson, que as nossas recordações de Aldeia Nova, são as mesmas e no entanto não consigo reconhecer o Pe Chico. Ampliei a foto ao máximo, mirei com uma lupa e não há meio. De certo expulsei-o da minha memória para sempre. Fisicamente ele era bem mais gordo e mais pequeno.
Do ponto de vista psicológico nunca pensei que ele fosse homem para se submeter a esse jogo! Não estou muito convencido, mas tendo em conta as declerações daqueles que estavam presentes naquela altura, vou dar-me por vencido... para jà. Como sabeis, mais teimoso que transmontano não existe e entre estes sou eu o primeiro.
Um abraço, Fernando.

Anónimo disse...

Esta "coluna" do blogue ainda está um pouco incompleta por motivo da não comparência do Alexandrino, do António da Purificação, do Ezequiel Vintém, do F.r. da Área Benta (sff notem a ordenação alfabética - nada de melindres)e outros.

Se não, vejam, por todos, o método adoptado nos comentários do Jaime, do Nelson e do Fernando e aprumem a caneta virtual.

Anónimo disse...

Como pude eu omitir o nome do Ferraz quando referi os méritos dos 3 anteriores?

Anónimo disse...

Ora bem, caro Isidro, Amigos,
Dos mestres mais velhos que conheci, nesta foto, entrando na dificuldade de identificação do personagem em discussão, inclino-me, e caio mesmo, para o lado dos que julgam ser o Pe António, por várias razões:
- a não flexão de pernil ao nível da concorrência deixa-o a parecer mais alto do que é;
- a provecta barriguinha e entroncado perfil condizem;
- as lunetas também;
- não me lembro de nenhum Pe Bernardo;
- a cena é própria do Pe António... alguém imagina o mesmo a vestir o equipamento de ginástica geral...?
Penso que todos temos dele a ideia de que era baixo, mas se repararmos no Américo que está à frente dele e era também relativamente baixo (mas tem as pernas mais flectidas...) não se trata de pessoa com maior estatura;
Em resumo, se alguém pode clarificar este mistério é o Toninho... que teve mais convivência e terá melhor memória desta cena. Dixit. Abraços.
P.S. - Fiat Lux!
Toninho do paraíso do Ribatejo, tenta aferir as nossas memórias!
F.r. da Área Benta

Armando disse...

Nã.Por mais que se esforcem, não me conseguem convencer, que aquela figura corresponde ao Pe António, de alcunha "Tomate", professor de Português. Estou ao lado do Fernando Vaz, nessa convicção. Para isso teria que ter havido uma grande revolução física e psicológica da personagem. O da fotografia parece bem mais novo, mais elegante, e disposto a entrar em exercício físicos em vez dos literários ou gastronómicos. Desculpem mas não pode ser. Tenho porém a maior consideração pelo Pe António e reconhecimento por me ter ajudado no gosto pela língua portuguesa.
A. Alexandrino

Anónimo disse...

Juro-vos que até já imprimi a foto, analisei-a à lupa e posso concluir sem receio de errar: não é o Pe. "Tomate". Além do mais, como diz o Alexandrino e o Fernando, grandes transformações físicas e mentais se teriam abatido no Pe. Xico para o transformar num homem elegante e participativo, a ponto de despir a sua sotaina negra, polida, brilhante e a tresandar a nicotina, para se dedicar ao exercício físico.Os fotografados que façam um esforço de memória, porque também não é o Fr. Bernardo Domingues, como alguém já alvitrou.
Abraços e sabem que mais? Estamos velhos!!!

Anónimo disse...

Obrigadissimos Nelson e Alexandrino! Estava quase a deixar-me vencer, mas na verdade não me convenciam. Se ainda hoje consigo alinhar duas frases em português é graças ao Pe "Tomate"! Nisso lhe estou grato. Era muito bom professor, mas não me forcem a reconhecer-lhe outras qualidades.
Um abraço, Fernando.

Anónimo disse...

Sendo certo que o vento está a soprar bem de/em todas as direcções, não posso deixar de notar:

(a) A análise baseada na comparação da estatura e da postura do adulto X e do adolescente Américo.

(b)As análises baseadas no que era o Padre António 10 anos antes...

(c) Na aula de História, e a propósito da Guerra do Vietname e de outras guerras referiu o Padre António que estava convencido que a guerra tinha causas económicas, mais que quaisquer outras...Isto numa época em muitos cantavam as maravilhas de outras causas (estávamos em 1968...)

(d) Mantenho o que disse mais acima, apesar de ainda não ter dito tudo...

Anónimo disse...

Com toda esta contestação à presença do Pe António até já começo a duvidar! Mas deixem-me que vos diga que o Pe António evoluiu muito, socialmente, nos idos de 68 e 69.
Não sei se por influência dos alunos do 4º e 5 anos, se pelas alterações sociais que já eram bem visíveis na altura.
Na mesma altura, corrijam-me se estiver errado, leccionava em Aldeia Nova o Pe Martinho, que também era baixinho e forte e sempre disposto a dar uns pontapés na bola e a fazer ginástica connosco. Mas não, não pode ser ele, não me recordo de alguma vez o ter visto de negro vestido.
Domingos

Anónimo disse...

Exacto, Domingos.
Mas o Pe Martinho, tal como o Toninho, equipava-se como nós e jogava frequentemente futebol. Era de compleição física atarracada e um jogador possante e rápido ( pelo menos é a ideia que tenho dele). Bastante mais novo que o Pe António...
Abraço.
Antero Monteiro

Anónimo disse...

Em definitivo, continuo a apostar no pe António Francisco a fazer ginástica num dia em que acordou bem disposto. Não me recordo de o ver nessa situação, apesar de lá estar. Estaria mais facilmente numa fotografia tirada na sala de estar dos frades, sentado a uma mesa, com um cigarro nos lábios, a jogar a sueca, após o jantar. O que muitos de nós fazíamos.
Como diz, muito bem, o Domingos, o pe António tinha evoluído bastante, não vestia batina, dormia durante a semana, no seminário. Parece-me que o estou a ver com aquele polo de azul escuro.
Pensei entrever o fr. Miguel, poderia ser ele se estivesse nessa altura em A. Nova, o que não acontecia. Quanto ao fr.Bernardo, também não estava de na altura era mais elegante e não usava óculos. Aliás, aquelas lunetas eram características daquele nosso amigo. Toninho

Anónimo disse...

Estou convencido que esta fotografia é da Primavera de 1967, ano em que eu, o Domingos, o Antero (entre outros que lêem mas não escrevem aqui) estávamos no 3.º ano (actual 7.º). Vou contextualizar.

A nossa turma ainda era a maior de sempre, no 3.º ano (actual 7.º), apesar de já ter havido muitas desistências/dispensas/expulsões - ainda éramos 25 dos 40 iniciais.

Podem ficar com uma ideia mais clara se observarem a última fotografia da série emprestada pelo Domingos - 24 alunos.
http://2.bp.blogspot.com/_HnvLZ7YW7hs/SZsxrI8kc5I/AAAAAAAAAgY/MoLYSGQwKD8/s400/34120006.JPG
e a compararem com quem chegou ao ano seguinte (4.º ano, actual 8.ª) - 15 alunos.
http://4.bp.blogspot.com/_HnvLZ7YW7hs/SZsyhdkFY4I/AAAAAAAAAgg/DOJolVUyMBI/s400/34120005.JPG

Entre o 2.º e o 3.º ano (ano da fotografia) todos tivemos extremas dificuldades de transição para a Álgebra (a Matemática tinha Álgebra e Geometria - nesta quase ninguém teve dificuldades, porque, neste âmbito, o ensino do Padre Alberto tinha bases bastantes).

Eu mesmo, o suposto melhor tive, no primeiro trimestre as seguintes notas nos testes de avaliação: 5, 7, 6 e 18, daí resultando um 10 no final do 1.º trimestre - daí em diante, passei a ter entre 16 e 20 até ao 5.º ano, em cujo exame tive 18). O resto da turma demorou um pouco mais na transição, mas todos recuperaram bem - o facto de um ou outro ter passado com uma deficiência no 5.º ano foi um mero acidente sem significado. Contudo, esta situação foi determinante para um certo número de saídas, de vários modos, entre o 3.º e o 4.º ano e um certo número de eventos em que vai entrar o Padre António, tornado a causa das anteriores remissões.

O capitão Guimarães não "conseguia" dar uma explicação satisfatória do "descalabro" algébrico aos Directores João Domingos (professor de inglês no 3.º ano) e João Leite (professor de francês nos 5 anos do nosso curso). É aqui que entra o Padre António, na medida em que os 2 anteriores procuraram esclarecer-se, mais em detalhe, junto de todos os professores sobre o que havia a fazer - tendo-se "concluído" que o problema não estava no capitão Guimarães e que a solução passava por tornar os alunos numa espécie de "comandos" corajosos a estudar e na solidariedade entre si. Eu e outros alunos também demos as nossas opiniões.

Foi neste contexto que o Padre António de encheu de brio e coragem para mudar alguns dos seus pequenos hábitos, sintonizando-se com os directores, e ficar mais perto dos seus alunos, assim dando um contributo singular, pela sua novidade.

Assim, na Primavera de 1967 e nos 2 anos seguintes este mesmo professor estava mais perto de nós que em anos anteriores em relação a outros alunos. Não vos posso garantir que ele seja o da fotografia. Mas posso garantir-vos que ele se vestiu e apresentou mais que uma vez, nesse ano, no modo que a foto exibe.

Quanto à face rosada/avermelhada, nada tinha mudado em relação ao que foi descrito sobre 10 anos antes.

Quanto a algumas abordagens ríspidas, exageradamente severeas, a alguns alunos passaram a ser muito mais raras, mas tinham características idênticas às descritas sobre a outra época.

Olhando para a fotografia, continuo sem a certeza absoluta de que tenha sido ele, ainda que esteja certo de que ele tinha as medidas fotografadas.

Por mim, declaro o que presumo: trata-se do Padre António Francisco, professor de Português e História, jornalista do jornal Mensageiro da freguesia dos Milagres - Leiria e autor da directa "...senão levas dois tantãs e vais para a rua..."

Anónimo disse...

Caro Isidro.
Por mim, respeito a aceito as justificações aduzidas. Mas a ser o mestre que eu conheci dez anos antes, ele deve ter-se sujeitado a alguma plástica!...

Anónimo disse...

Caro Nelson,

Essa da plástica está muito bem apanhada e não é só pelo humor. Espero que haja mais contributos.
(neste caso, nem se pode dizer que é característica da fotografia, uma vez que o Américo, à sua frente e que lembro muito bem, tem cara proporcional ao que era nessa data).

armando neto - Palheira disse...

Peço desculpa pela minha intromissão mas a figura vestida de preto não será um professor que por aqui passou alguns anos e lembro-me que vos dava ginástica -O professor Pinho - Armando Neto.

Anónimo disse...

Ó amigo Armando,
Não há hipótese, porque nessa altura o Prof. Pinho era um jovem, desportista, equipava como nós, jogava futebol connosco. Não usava tal roupa ou óculos pesados. Andaria pelos vinte e tal máximo trinta anos, penso eu.
Pode ser visto neste blog numa das fotos, uns anos antes, vestido de guarda-redes (vide "TEMPOS LIVRES - 10 de fevereiro").
Antero Monteiro

Anónimo disse...

De acordo, Antero. O Pinho não tinha mais do que 20 anos.Eu próprio andava pelos 30 na altura da fotografia de ginástica e só conheci o Pinho já quando ele era estudante em Fátima. Toninho

Anónimo disse...

Armando,

Em

http://ipsb.info/frei_gil_obra_olival.htm

(site da IPSS Frei Gil)

está uma fotografia do edifício.

Na tua sabedoria de quem está aí ao lado, importas-te de confirmar que é esse o aspecto do edifício que estava a ser utilizado? pelas crianças, jovens e adolescentes que estão a mudar de poiso?

armando neto - Palheira disse...

Olá amigo Isidro
Não há dúvida o edifício é mesmo aquele que é a parte nova mandada construir no início dos anos 60 pelo grande Padre João Domingos.

Um abraço.
Amando Neto (Palheira)

Anónimo disse...

Através de variados detalhes que pude relembrar a partir de outras intervenções, apurei a minha memória remota podendo, agora, dizer-vos com segurança que o homem vestido de negro é mesmo o Padre António Francisco, também identificado como Chico, etc.

Consequentemente, os que o conheceram 10 anos antes têm razão no que se lembram, mas não conhecem as transformações observadas e que, de facto existiram e estão bem presentes na minha agora privilegiada memória.