terça-feira, 9 de dezembro de 2008

ALDEIA NOVA - O CRUZAMENTO

Foi de facto esta Aldeia o local onde vossas vidas se cruzaram e as marcas desse cruzamento se mantem vivas.
Tenho sido leitor atento do Blog e isso tem feito relembrar com saudade os tempos que tinha por vizinhos os seminaristas que ao longo de muito anos foram passando por aqui.
De uma boa parte me recordo bem, e quando leio alguns nomes no Blog a memória aviva-se e logo lembro muitos outros.
Já terão entendido que sou o vizinho- O miúdo de então- O Armando- filho do homem que vos escondia as bolas porque partiam as telhas.
Não tendo sido um verdadeiro seminarista pois era aluno do colégio de Ourém e apenas no 5ºano fequentei em Aldeia Nova algumas aulas para fazer a secção de ciências
a que tinha chumbado em Ourém- especial favor do Padre Alberto Vieira no ano 69/70, sinto com muita saudade toda a vivência desta casa nesses tempos que deram fama
à minha Aldeia.
Nasci e vivo neste mesmo local aqui ao lado do seminário como ainda hoje o tratamos.
Com o meu pai, que ainda está resoluto, lembro muitos de vós, especialmente os seus afilhados do crisma que ele apadrinhou no tempo do Padre João Domingos
o Celestino- o Moreira - O Ferreira - O Neves e outros.
Por hoje fico por aqui e peço-vos autorização para, de vez em quando, nesta qualidade de "meio seminarista" me cruzar nestas mensagens e reviver o passado que, embora
de modo diferente, também fui partilhando convosco.
Fico disponivel para o que fôr necessario da minha parte.

Um grande abraço


Armando Neto (Palheira)

4 comentários:

Anónimo disse...

Meu Caro Armando,

Fiquei muito satisfeito ao ler a tua intervenção...
Recordo-te com um «puto» de grande vivacidade, sempre atento aos movimentos da malta que chutava as bolas para o teu terreno...
Tenho bem presente a tua saudosa mãe e o teu pai, meus padrinhos de crisma, de um trato sempre afável e compreensivo, mesmo para os mais traquinas, como eu, que chegavam a invadir-lhe a propriedade a correr atrás das bolas...
Bons tempos, amigo Armando...
Vai dando notícias, mesmo que simples, dessa grande terra... Sim, para nós, Aldeia Nova é uma grande terra... Aí crescemos para a vida... Aí fizemos amizades vitalícias... Aí aprendemos a distinguir o ilusório do real..
Em Lisboa, mesmo na acelarada azáfama do dia a dia, arranjo sempre tempo para me encontrar com alguma malta de Aldeia Nova: Moreira, Zé Vieira, Ginja e outros. É sempre um encontro muito agradável... e, claro, falamos, sempre de Aldeia Nova e das vivências que aí partilhamos...
Aqui para nós, até falamos da Júlia, da Preciosa e da filha do carpinteiro ( Sr. Abílio )... e não só... Claro, tudo numa retrospectiva de «fedelhos,calças-rachadas e ratos cegos» como nos apelidava o também saudoso Pe Oliveira, nosso distinto professor de Latim, e a quem estou grato pela fácil entrada na Faculdade de Direito de Lisboa, onde o Latim, à data, era disciplina nuclear...
Muito mais teria para contar... Os temas das nossas vivências não têm fim... e até já foram inspiração para aalgumas obras literárias de grande sucesso...
Fica para uma próxima oportunidade...

Um forte abraço para ti, para o teu pai e família próxima.

Zé Celestino

Anónimo disse...

Caro Armando,
É perfeitamente aceitável que, por regras de boa vizinhança e sobretudo por amizade, nos visites neste local e recebas daqui um abraço da praxe daqueles que te conhecemos, na altura em que usamos o mesmo ambiente de Aldeia Nova. A terra é um dos nossos lugares comuns.
Lembro-me de ti, a partir aí dos teus 4 ou 5 anos de idade, estavas tu a aprender a andar de bicileta. Não te faltavam professores para essa arte.
No dia-a-dia e tão próximos,era incontornável não partirmos algumas telhas da casa do Sr. Palheira e, se algumas vezes a bola demorava em ser devolvida, também é verdade que os teus pais permitiam que a rede de separação apresentasse um rombo estratégico para que nós próprios tomássemos a iniciativa mais conveniente. Gente simpática, afinal.
Foi para mim uma grata surpresa a tua intervenção. Aparece sempre.
Um abraço.
Ferraz

Autsil disse...

Caro Armando
Como está
Ao dizer que outros nomes virão talvez seja uma boa certeza absoluta... Creio bem que o nosso conhecimento é fora do Seminário, lembro-me bem das vezes em que o encontrei por acaso na Cova da Iria numa repartição Bancária, onde várias vezes tive o prazer de ser atendido...Aí viemos a saber de pontos em comum sobre a escolaridade de Seminarista em Aldeia Nova mas não tendo sido do meu tempo, se foi teria sido mesmo no fim.
Vaga ideia de alguém que morava para além do muro e que anos antes havia frequentado também o Seminário.Depois partira para novos horizontes.
Deixo aqui presente aqueles momentos de terrível apreensão dos pontapés desajeitados levando a bola além muro, indo cair no telhado do vizinho dando cabo das telhas do senhor seu pai? Era um caso sério a resolver, pois nem sempre havia coragem para saltar o muro, e o mais temerário rezava para que o Sr. seu pai não estivesse, para não ouvir a correcção e assim com o cuzinho apertadinho apanhar a bola e atirá-la para o campo...havia palmas para o herói do momento e assim se prosseguia aquele momento da disputa entre turmas. Nem sempre acontecia a continuação e era sorte grande ter o Armando do outro lado para o resgate, senão acabava mesmo por ali a competição.Um grande abraço para si e os seus. O Treze

Unknown disse...

Olá Armando! Acho muito bem que participes no nosso blog. Afinal ele é aberto na net, não tem palavra-passe. Mas a maior razão da tua participação é que tu conviveste connosco, embora puto, traquinas, e também chutavas a bola que nós jogávamos. Por isso, és, a bem dizer, um dos nossos. Além disso, a tua participação faz-me recordar os teus pais, que foram meus padrinhos do crisma. Ainda tenho a foto, ali guardada, que tirarámos em Fátima, onde estão os teus pais, o Pe João Domingos, O Celestino, o Ferreira, o Moreira e eu, Neves. Bons tempos, sem dúvida. Em 2002, com o Brízido, o Ferreira e esposa e o Eduardo Bento, fomos visitar a tua mãe que estava no Lar junto a Adeia Nova( como se chama aquela terra? ) e ela já não podia reconhecer-nos, infelizmente.
Continua a participar no blog. Um abraço
Neves de Carvalho