PARA TODOS QUANTOS VISTAM ESTE ESPAÇO E FAZEM DELE UM ELO DE LIGAÇÃO À NOSSA HISTÓRIA DE MENINOS, FICAM OS VOTOS DE UM SANTO NATAL
E UM ANO NOVO VENTUROSO.
sábado, 22 de dezembro de 2018
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Uma nova visão de mundo III
«Pela fé
compreendemos que o Universo foi criado por intermédio da Palavra de Deus e que
aquilo que pode ser visto foi produzido a partir daquilo que não se vê».
da Bíblia em
Hebreus 11:3
Em
continuação da série de artigos “Uma Nova Visão de Mundo” mais uma vez falaremos
da mecânica quântica. Opto pela mecânica da física moderna, a ciência mãe das
tecnologias que governam o mundo, porque não sou um iluminado mas um simples espectador
da realidade, que as minhas curtas vistas conseguem enxergar. Protejo-me assim
de alguma forma de controvérsias inúteis que em nada dignificam a inteligência
humana. Vejamos; há poucos dias Elon
Musk, o visionário filantropo sul-africano-canadense-americano fundador da
Tesla, disse em entrevista que o seu receio é a inteligência artificial. E essa
análise feita por um visionário fez-me repensar algumas das questões absurdas
com que me venho confrontando nos últimos 20 anos. Então vejamos, numa época em
que inteligência artificial faz parte do quotidiano de todos; numa altura em que
foi dada pela Arábia Saudita a cidadania à Sophia “robô humanóide”, capaz de
aprender e trabalhar com humanos, adaptando-se ao seu comportamento e hábitos,
continua-se a resistir à mudança de paradigma, agarrados como por hipnose
psicótica à ilusão da aparência. Mesmo após campanhas e alertas catastróficos
da O.M.S. não para de crescer a velocidade estonteante a ansiedade, depressão,
síndrome de pânico, doenças psicossomáticas, guerras.
Não vou
falar agora do porquê dessa conduta autodestrutiva do homem moderno que cria as
suas próprias fontes de dor, porque para isso teríamos de entrar em dogmas
religiosos, científicos e filosóficos.
A nova
visão de mundo não é uma simples opção que se pode querer ou não, é uma decisão
entre vida ou morte; paraíso ou inferno; saúde ou doença; reação ou pro-ação. É
imprescindível para todos aqueles que estão cansados do vazio existencial e do
sentimento de inutilidade. Com a mecânica quântica enxerga-se com clareza como viver
em harmonia com a vida e com Deus, mudando de uma conduta reativa para uma
conduta proativa. É para quem precisa de resultados, não para quem ainda quer
filosofar em vez de ser. Porque não basta saber que a vida é uma passagem de
curta duração entre o nascimento e a morte e que cada minuto não usado para a
autorrealização jamais poderá ser recuperado. Não basta reconhecer que usamos o
pouco tempo que nos resta em controvérsias que não acrescentam nada, nem trazem
felicidade a alguém. Não basta saber que vivemos apegados ao efémero e partimos
desta realidade e deixamos cá tudo pelo qual lutamos. Tudo isso foi proclamado
pelo Nazareno, mas ao fim de 2000 anos continua-se na mesma. É preciso ser.
Voltemos
à nova visão de mundo e o que a ciência moderna nos diz do universo e do mundo.
Vimos nos artigos anteriores que tudo que existe no universo visível e
invisível é energia (há quem lhe chame Deus, Ki Chi, Prana, etc…). Todas as
coisas possuem a natureza da criação que reside latente dentro de si mesmas; vimos
também que tudo faz parte de tudo. Temos tudo dentro de nós. Vimos também que
nada acontece por acaso tudo tem um propósito universal. Vimos que tudo está
interligado, não podemos magoar ou roubar a não ser a nós mesmos. Em vez de
filosofarmos em relação à situação mundial, a física moderna diz-nos que precisamos
de nos transformar a nós mesmos, mudar o nosso comportamento e alcançar a verdadeira
felicidade e plenitude em nossas vidas, para executar a missão pela qual decidimos
nascer.
A
Cabbala com cinco mil anos diz “aquilo
que os nossos olhos testemunham no mundo exterior todo o mal, toda a perversão,
não passa de uma imagem no espelho refletindo os resquícios de mal que jazem
ocultos e não detetados nos nossos corações”.
Não vou
continuar a lembrar o já escrito e vamos saber como numa nova visão de mundo, uma
visão espiritualista guiada pela mecânica da “moderna” física quântica
transformamos o que o materialista chama crise numa bênção.
Vamos
com calma, que uma mente empoeirada pela complicada ilusão materialista tem
dificuldades em lidar com a simples prática da mecânica quântica aplicada no
quotidiano. Hoje a inteligência artificial ou tecnologia de ponta resulta da
ciência das possibilidades (física quântica). Todos estamos familiarizados com
as constantes atualizações dos computadores telemóveis etc., mas ficamos
agarrados a conceitos que já foram úteis, mas que hoje certamente não o são.
Então
vamos lá…, um observador com mente materialista cega pela ilusão da matéria,
reage à aparência do acontecimento ou coisa, criando uma crise. O observador de
mente embebida na nova visão de mundo perante um acontecimento não esperado ou
coisa aparentemente prejudicial, não reage à aparência porque sabe que tudo é
energia e a ocorrência tem um propósito amplo dentro de infinitas
possibilidades. Aqui o observador de mente aberta e vistas limpas decide que
seja feita a vontade do todo (consciente de certeza e autoconfiança que a
vontade do todo não lhe dá o que pensava receber, mas muito mais do que poderia
imaginar). Aquilo que uma mente materialista chama crise, um espiritualista
chama bênção. Aqui estão usadas as duas primeiras leis da mecânica do universo,
que dão origem ao famoso entrelaçamento de onda, manifestando-se na terceira
lei da mecânica quântica: o observador atrai na mesma frequência e densidade
que irradia.
Resumindo: A mecânica quântica ao ser
aplicada no quotidiano pelo ser humano, mudará o mundo e a humanidade. Com a nova
visão de mundo sabemos que tudo tem um propósito e que os problemas moram
dentro de nós. As coisas só têm a energia que o observador (nós) colocamos
nelas e exercem em nós a influência que permitimos. Nada acontece por acaso,
tudo tem um objetivo mais amplo e profundo.
Como
artigo já vai longo, antes que a confusão possa tomar o lugar do pretendido
aclarar, despeço-me e termino com uma citação do Hanyashingyo, Sutra do coração e do conhecimento budista, «aquilo que pode ser visto não tem forma e
aquilo que não pode ser visto tem forma».
Incondicionalmente
disponível,
António
Teixeira Fernandes
domingo, 2 de dezembro de 2018
ANIVERSARIANTES EM DEZEMBRO
NOME Dia
António Manuel Gomes Cunha 2
Carlos Alberto Castanheira do Nascimento 5
António Valente Mateus 5
Manuel Pires 8
Arménio Gonçalves da Costa 8
Manuel Mateus Pereira Santos 9
Carlos Manuel Rodrigues 9
Fernando Maria Faustino 12
Rui Lopes Pinheiro 15
Nelson Amaral Veiga 15
António Teixeira Fernandes 20
Camilo A. F. Morais Martins 20
Jose Luis Fernandes Lourenço 25
Abel do Nascimento Pena 31
Para todos os nossos parabéns e os votos de um futuro cheio de
Bençãos de Deus.
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
Ser ou ter? Ser por ter ou ter para ser!... O que tem é? E o que não tem o que é?
Fernando J. Vaz
Há dias fui visitar um amigo (uma relação) para preparar o batismo do último filho (Liam) e antes mesmo de me perguntarem como vai a saúde, a família... começaram a visita guiada da casa.
-Aquí é o hall de entrada onde se podem deixar os sapatos e o sobretudo...
-Não obrigado, não vou demorar...
-Aquí é a parte “dia”, toda aberta à maneira americana, com o salão, sala de jantar e cozinha com bar para tomar o aperitivo ao mesmo tempo que se cozinha! Aperitivo?!
Pensei que iamos parar por alí e dar inicio ao trabalho que justifica a minha deslocação e talvez beber um café, pois gabaram muito a máquina toda automática, alí bem em evidência.
Nada disso a visita continuou. Abriram uma porta e tive que admirar a retrete e a outra peça ao lado para arrumar aspirador e objectos domésticos...
-Agora passamos para a parte ”noite”... Desculpem lá, mas a parte noite fica para a próxima vez pois penso ir dormir a minha casa e até estou com bastante pressa. Parece que não gostaram da minha reacção e foi talvez por isso que não tive direito nem sequer a um copo de água... Falei-lhes do baptismo em geral e da cerimónia para o baptismo do Liam em particular e marquei encontro com eles para 15 dias depois, mas desta vez na casa paroquial.
Quando cheguei a casa expliquei à minha mulher o momento desagradável que tinha vivido e até lhe disse que as nossas visitas devem pensar que nem temos quartos nem casa de banho pois sempre os recebemos na sala de jantar. Alguns só sabem que temos retrete pois tiveram necessidade de a utilizar!
Ela respondeu-me: para que te serviu estudares psicologia se não és capaz de te adaptar ás pessoas. Deste prova de pouca educação e nenhuma empatia. Muitas pessoas existem através do que têm e outros através do que são e todos merecem o mesmo respeito e atenção...
Não sei se sou ou se tenho (talvez um pouco de cada) mas de certeza que já passei a idade de suportar tanta banalidade.
Sei que não sou um caso único. Tenho uns amigos aí em Portugal, em Torres Novas... São eles mesmos...
Na casa deles conhecia bem as duas cozinhas, a churrasqueira o quarto onde dormi e a famosa cave.
Deve haver ainda outras partes que não conheço pois a casa é grande. E só soube que tinham um salão e uma sala de jantar, talvez na minha quinta visita, quando o Bispo deles se convidou para ir lá comer.
Porque disse tudo isto? Por nada, apeteceu-me!
Um abraço, do Fernando.
terça-feira, 20 de novembro de 2018
O importante é a mensagem não o mensageiro
O portal para um
mundo diferente
Hoje que
completo mais um ano de vida, tenho a certeza que muitos daqueles que não me
acompanharam nas últimas cinco décadas, têm dificuldades em entender o porquê
da importância que dou a nova era, e a mudança de paradigma. Como os meus
últimos artigos têm gerado celeuma e reações hostis de alguns filósofos. Eu
decidi por bem esclarecer.
Quem lê os meus artigos está acostumado a
ler (“não acreditem nem rejeitem aquilo que aqui escrevo”)…, por isso, não
tenho a intensão de ensinar nada a alguém. Todos sabemos que uma reação
violenta, em relação a qualquer coisa é originada no medo. Quero lembrar que
não há que ter medo. Sugiro que peçam esclarecimentos, perante uma dúvida em
vez de uma reação hostil que impede que se faça luz.
Como
tudo começou. Já está quase a perfazer duas décadas que tudo começou. Era final
de seculo e inicio de um novo milénio. Era o início do ano 2000 e coordenava na
altura o instituto de gestão de stress, um projeto inovador, ao serviço de uma
dezena de psiquiatras e outros agentes ligados a doenças aditivas. Neste espaço
residencial, em regime de absoluto anonimato (indispensável ao estigma da
doença), eram recebidos, homens e mulheres da classe média/alta, essencialmente
com problemas de álcool. Era um serviço honesto e responsável, com resultados
incríveis.
A grande cambalhota. Ainda no decorrer do ano 2000,
é recebido no espaço que coordeno um novo residente do sexo masculino com 36
anos de idade (que vamos dar o nome de João), com um grave problema (Cirrose
hepática), em estado de degradação avançada. A sua permanência tinha sido
requerida, na esperança de o manter vivo até a hora do transplante (fígado).
Apesar de jovem e simpático o mal-estar provocado pela doença e a ascite,
tornava-o antissocial agravando ainda mais, a nada animadora deterioração
física. As semanas passaram e o João, lenta, mas progressivamente começou a
integrar-se na casa e no grupo que nela habitava. Começou por participar com a
sua presença nas palestras diárias: em que entrava mudo e saía calado, e no
final da 3 semana, a ascite estava a ceder e o volume dos líquidos abdominais
(barriga d'água), tinham reduzido cerca de 50 %. A língua começou a desatar-se
e os primeiros sorrisos começaram a esboçar-se e na quinta semana já fazia
parte integrante de todos os trabalhos terapêuticos e das tarefas da casa. Na
oitava semana o João está em condições físicas emocionais e mentais para
regressar ao seu trabalho. O João não precisou mais de transplante e todos os
valores estavam dentro na normalidade. Qual foi o tratamento? Somente as
limpezas linfáticas normais e uma mudança de consciência. Nada mais. Na altura
não tive consciência da dimensão real, e não dei importância ao caso. Ainda no
mesmo ano outro caso neste caso uma senhora de 68 anos que vamos dar o nome de
Maria, que apesar de um problema de álcool tinha cancro da mama, já com
metástase nos ossos e pulmão. O seu estado era muito delicado. O objetivo era
conseguir alguma qualidade para o tempo de vida que lhe restava. Da mesma forma
como o João a Maria mudou a forma de ver vida e o mundo, e além de não precisar
de adicionar o álcool para lidar com os seus sentimentos e emoções, também o
cancro e as metástases desapareceram sem explicação. Uma recuperação incrível. Como
o João e a Maria outros casos se seguiram de portadores de doenças crónicas
como a diabetes e outras (alguns insulinodependentes). Depois de um estudo mais
aprofundado percebi que todos que mudavam a forma de pensar, mudavam a forma de
lidar com os sentimentos e as emoções, e problemas físicos mais ou menos graves
desapareciam definitivamente. Por outras palavras, logo que a pessoa mudava
tudo mudava na vida do individuo. Eufórico com as conclusões tentei expor o
caso junto dos profissionais de saúde que me enviaram os pacientes com casos
mais dramáticos, mas o melhor que consegui foi “cala-te bem calado, que é
melhor para todos”. Achei a posição muito estranha, porque eram vários
“profissionais” todos com postura igual…, alguns nunca mais me falam e nenhum
dos que viram seus doentes recuperar para uma vida de qualidade, mandou mais
doentes para o instituto que coordenava. Parece tudo muito estranho, mas não o
é... Tudo é perfeito, não podia ser diferente…, embora na altura não
conseguisse enxergar o grande benefício na “grande frustração”.
Procura e achareis. Apesar de todos os resultados
conseguidos, não podia quebrar o anonimato dos residentes, e mesmo que alguém
tivesse disposto a quebrar o anonimato (o caso da Maria), ficaríamos com um
caso isolado que nada mostrava. E acima de tudo não tinha a intensão de tentar
convencer alguém. Mas mostrar que o simples largar dum conceito pode fazer
milagres de mudar uma realidade. Não desisti de procurar uma explicação, não porque
tivesse qualquer dúvida, mas porque não queria embandeirar no folclore New Age
da altura, carregado de misticismo…, ou pior ainda, fazerem de mim um Guru.
Essa a razão de procurar explicação para todo o processo de recuperação e
transformação pessoal a luz da ciência. Inicialmente cruzei-me com John
Demartini um disléxico, que mostrou a quântica, e Amit Goswami que me mostrou o
maravilhoso mundo da quântica, e como todo este processo de transformação pode
ser explicado. É verdade que poderia simplesmente sugerir a leitura do
“Universo Autoconsciente de Amit Goswami, em vez de escrever artigos, mas
arriscava-me a ouvir que a leitura é difícil e confusa, onde a espiritualidade
caminha lado a lado com equações complicadas.
Alusões finais
Caros
leitores com este texto, não tive a intensão de justificar nada, o meu único
objetivo é partilhar a minha experiência. E com minha experiência, acender uma
luz no fundo do túnel daqueles que estão mergulhados no sofrimento. O meu
trabalho destina-se a quem quer resultados, não para quem quer perder o tempo
precioso que lhe resta a filosofar.
Continuo
incondicionalmente aberto a qualquer pedido de esclarecimento
António
Fernandes
sábado, 17 de novembro de 2018
Fr. Clemente Maria de Oliveira
Rato cego! Fedelho de calça rachada!... Era assim que o
bondoso padre Oliveira admoestava os distraídos, os indisciplinados, os
faladores e os que se riam dos outros e de si mesmos. E quem é que não foi
repreendido desta forma por ele?...
A sessenta e
tantos anos de distância, recordo-o com uma saudade enorme, pelos mais diversos
motivos. Um homem são e santo, introvertido talvez, mas que também ria com os
que riam com ele. Eu deveria andar pelo segundo ou terceiro ano, quando foi
anunciada a visita do Mestre Geral da Ordem Dominicana, um frade que dava pelo
nome de Brown e que se bem me recordo era de nacionalidade alemã. Creio mesmo
que foi bispo e cardeal. Como o homem era alemão, tinha que ser saudado em
latim tendo sido o latinista Clemente de Oliveira o redactor da saudação. E
agora vá-se lá saber porque é que o padre Oliveira me havia de seleccionar a
mim para fazer a leitura de um pequeno texto em latim!?... Quem conheceu este
mestre em latim e foi seu aluno como eu, sabe como ele se esforçava para que se
falasse o latim com a acentuação devida, e com aquela cantata tão
característica da língua de Cícero. E então ele chamava-me ao seu quarto e
obrigava-me a ler repetidas vezes o pequeno texto, assim à guisa de ensaio. Na
recepção ao Mestre Geral eu lá fui ler a saudação e no fim da cerimónia, com
aquele sorriso que o caracterizava foi-me dizendo que estive bem. Tive comigo
durante muitos anos esse pequeno papel, por ele escrito à máquina mas, as
andanças da profissão fizeram com que ele desaparecesse, para grande desgosto
meu.
As paródias, quando
tínhamos por prefeito o padre Oliveira, eram muitas e diversificadas.
Imagine-se por exemplo quando, em pleno estudo, ele repreendia alguém que
conversava ou protagonizava qualquer acto susceptível de distrair os
companheiros, lá tínhamos a voz do mestre:
Seu rato cego!...
Mas havia sempre
alguém que, vestindo a capa da ingenuidade, perguntava:
-Sr. padre Oliveirinha, o que é um rato cego?
-Olha menino é aquele que não vê um palmo à frente
do nariz!
Imagine-se agora
uma sala inteira a estender a mão em frente ao nariz para medir um palmo!...
Era a gargalhada geral, para irritação do bondoso Clemente Maria de Oliveira.
A Velha Casa ou
Casa Amarela, era composta por três pisos habitáveis. No rés do chão,
funcionava a cozinha, copa, o gabinete do director e respectivos aposentos, sala
do capítulo, refeitório e um salão dedicado ao estudo do primeiro e segundo
anos e sala de aulas do primeiro ano. A ligação ao primeiro andar era feita
através de uma escadaria que partia de um hall
da entrada da portaria e que rematava com as estantes da biblioteca. Este
piso tinha a nascente um salão que servia de sala de aulas ao segundo ano e de
salão de estudo para o terceiro, quarto e quinto, e dava acesso à capela. Deste
salão partia um corredor que do lado direito dava acesso à sala do 3º ano e 4º
anos a uma casa de banho destinada a suas reverências, a que se seguia um vão
de escadas que dava acesso ao rés do chão e ao dormitório do terceiro piso. Ao
fundo e do mesmo lado ficava o laboratório que era também a sala do 5º ano. Do
lado esquerdo ficavam os quartos dos frades e dos irmãos que também eram frades
professos, mas sem ordens presbiterais. O último piso, sótão adaptado, era
destinado exclusivamente a dormitório, havendo a um canto, do lado poente, um
quarto destinado ao perfeito e do lado oposto uma espécie de casa de banho que
servia em exclusividade para diurese. A nascente e a toda a largura da
parede havia diversos lavatórios para a higiene matinal e um espelho enorme
para barbas e penteados. As casas de banho gerais, com urinóis, sanitas e
chuveiros, funcionavam em anexo, situado no rés do chão junto à escadaria do coro da
capela.
Vamos então à
sala do 5º ano e laboratório, onde eu e os meus companheiros de então
protagonizámos cenas verdadeiramente patéticas com o bom padre Oliveira e que,
à distância de quase seis décadas, só têm explicação pela juventude que então
respirávamos e pelo sangue irreverente que nos corria nas veias. Em primeiro,
queria deixar os nomes da turma daquele quinto ano: Arnaldo Jordão do Vale,
Domingos Branco, Fernando José Vaz, Manuel dos Santos Rufino, Nelson Amaral
Veiga, Orlindo Gonçalves Igreja e Vitorino Vieira Dias. Destes aspirantes a
noviços, só eu e o Orlindo Igreja não chegámos a vestir o hábito de S.
Domingos. A sala era pequena e tinha a forma rectangular, com a porta de
entrada sensivelmente a meio, com duas mesas compridas e estreitas e bancos do
mesmo tamanho. Encostada à mesa da frente estava a secretária do professor e
nas costas deste ficava o laboratório, que mais não era que um armário
envidraçado, onde pontificavam frascos com diversos produtos químicos, alguns
minerais, um microscópio e um metrónomo. E foi nesta pequena sala que eu tive
aulas de inglês com o Fr. Legault, de física com o Fr. Vicente, de matemática
com o Fr. Domingos, de francês com o Fr. Bernardo, de Religião com o Fr.
Armindo Carvalho e de latim com o Fr. Clemente de Oliveira. Já não recordo quem leccionava ciências!... E
foi também aqui nesta sala que eu tive aulas de português com um homem de baixa
estatura, cara larga e avermelhada e que penteava para trás o seu cabelo,
levemente ondulado. Os dedos da sua mão direita estavam amarelecidos pelo fumo do
tabaco, de que era consumidor confesso. Não largava a sua batina preta e lustrosa
e com ela vestida se enfiava no seu calhambeque preto, muito antigo, que o levava
até aos Milagres, em cada fim de semana. Foi por intermédio deste padre e
mestre que eu, e suponho que muitos de nós, ganhei a paixão pela leitura e pela
escrita. Foi pelos ensinamentos dele que ganhei gosto e respeito pelo
jornalismo, mal adivinhando eu que, décadas mais tarde, haveria de ser titular
de uma carteira profissional de jornalista. Como ele nos falava do seu
“Mensageiro”, o semanário interventivo dos Milagres, que era dirigido pelo seu
amigo Pe. Lacerda!... Foi ele que nos embrenhou na história da literatura
portuguesa e nos deu a conhecer os prosadores e poetas que tanto engradeceram a
língua portuguesa ao longo dos tempos. Foi a ele que ouvi falar pela primeira
vez em escritores contemporâneos cujos nomes, a esse tempo, eram para nós
proibitivos, como Vitorino Nemésio, Aquilino Ribeiro, Francisco Costa, Alves
Redol ou Fernando Namora. Obrigado padre António Francisco, padre Xico ou padre
“Tomate”.
Mas eu queria
falar das aulas do padre Oliveira que, vistas a esta distância, soam a saudade,
a irrequietude a exageros e a remorso. Quando ele entrava na aula, começava de
imediato o distúrbio. Era o metrónomo do laboratório que iniciava o seu
cadenciado tic tac, eram os de trás que empurravam a mesa, eram
os da frente que, em perfeita orquestração e sintonia se altercavam com os de
trás… isto só para que o bom mestre se irritasse. Para iniciar a aula, se é que
a aula se iniciava, ele rezava a primeira parte da Ave Maria, sempre em latim, Ave
Maria gratia plena dominus tecum… e nós concluíamos a segunda parte cada um
em seu tom, em português uns, em francês ou espanhol outros e até em línguas
criadas no momento. Uma bola de pingue pongue escondida de baixo da mão e
deixada cair ao de leve sobre a mesa, produzia um som irritante
–trrrrr…trrrrrr….. O mestre via assim interrompida a sua dissertação sobre a Eneida ou sobre as Catilinárias e questionava a razão daquele ruído. De pronto o Fernando,
olhando pela única janela que dava para o terraço da copa, onde já pousavam os
ramos de uma figueira caduca, dizia ser barulho dos Xarréus, nome que dava mais
para peixe que para pássaro. Cada observação era sempre sublinhada com
inoportuna risada, com a qual o mestre nem sempre condescendia.
O Igreja tinha
ao tempo um corpo franzino e prestava-se a alguma irrequietude, mas era
saudável que nem um pêro. Um dia, para o que lhe havia de dar, em plena aula de
latim!... –Protagonizar um fingido e bem encenado desmaio. O resto da turma
entrou na encenação e vá de ir buscar água para chapar na cara do Igreja, a ver
se tão oportuno desmaio passava. Carregávamos o companheiro em braços, com
grande alarido, até ao dormitório e lá se ia mais uma aula de latim. A cena
haveria de repetir-se mais algumas vezes, tendo tal desmando chegado à reunião
capitular, que valeu ao nosso companheiro um convite para abandonar a “Velha
Casa”. E assim se perdeu um frade.
Um dos gestos
primeiros do padre Oliveira quando chegava à aula, era pôr um relógio de bolso,
já comido pelo tempo e pelo uso, em cima da secretária. Um belo dia, quando os
de trás empurravam os da frente, a força conjunta foi de tal ordem que o
relógio caiu ao chão e partiu-se. O rosto do bom frade iluminou-se de surpresa
e espanto enquanto deixava transparecer alguma mágoa. Era um relógio que fora
pertença de seu pai e que guardava como relíquia, disse-nos. Todos ficámos
emudecidos e agarrámos a culpa que nos pertencia. Nunca mais vi o padre
Clemente de Oliveira mas, há talvez uns vinte anos, li com mágoa na revista
Visão a notícia do seu falecimento, onde lhe eram tecidos merecidos encómios,
enaltecendo o facto de haver traduzido para latim “Os Lusíadas”.
Até sempre, Sr.
Pe. Oliveira!...
Nelson Veiga
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
UMA NOVA VISÃO DE MUNDO - António Fernandes
Parte 1
Sei que sou um
presunçoso a tentar mostrar-se humilde. Foi o que consegui perceber de mim ao
longo das minhas vidas. Enxergar de vez em quando quanto cego eu sou, foi o
melhor que consegui. Assim, não acredites numa só palavra que eu aqui escrevo.
Mas não deixes de ler, para perceberes do que um pomposo presunçoso é capaz.
Sempre me interessei por história universal. E sempre filosofei sobre a decadência e morte das
civilizações Mesopotâmica, Egípcia, Grega e Romana. O que mais me fascinou e
fez pensar foi descobrir que a realidade das civilizações sempre dependeu da
visão que o ser humano tinha dele em relação ao mundo, ao universo e a Deus.
Desde Babel até ao séc.
XVII, altura em que Isaac Newton revolucionou o mundo e a ciência com as novas
leis (gravitação universal, a mecânica dos sólidos e dos fluídos, inércia,
dinâmica e alquimia), o ser humano julgava ter nascido com uma influência
astral. A sua vida dependia dos movimentos astrais, e do temperamento de Deus
ou dos deuses mitológicos. Uns julgavam que tinham nascido para predadores,
outros para vítimas. Tinham um destino traçado que não poderiam mudar. Com esse
conceito de mundo, consultavam os astros para tudo. Para casar, para comprar
uma junta de bois ou para invadir a privacidade do vizinho. Teriam também de
estar atentos para não desencadear a ira de um Deus tirano, que raramente
tirava férias e governava o mundo e o universo com punho firme, como o aço. Com
esse conceito as possibilidades de criar a realidade que desejavam era nulas,
se não fosse da vontade dos astros e se os deuses não estivessem bem dispostos.
Com a chegada de Isaac e a nova visão de mundo e universo, juntamente com o
dualismo de René Descartes, a visão de mundo mudou a um ritmo lento e firme,
sendo a visão dominante de mundo e universo nos dias de hoje.
Esta visão
newtoniana/cartesiana, foi revolucionária na época, alimentando a revolução
industrial e o capitalismo Adam Smith e tirando a Europa da época do
feudalismo. A melhoria de vida com o desenvolvimento inquestionável em todas as
áreas é uma realidade. O ser humano passou a ser livre do senhor feudal, mas
tornou-se escravo do medo dele mesmo. Embora tudo isto faça parte de um livro
em preparação, este artigo somente tem a pomposa pretensão de mostrar uma nova
visão de mundo, segundo a visão da moderna física quântica.
Mas antes de irmos à nova visão de mundo (que nova
pouco tem a não ser os termos), precisamos perceber qual a razão da urgência em
ampliar a consciência para esse “novo” conceito.
A urgência para mudar
de paradigma deve-se à profunda hipnose psicótica em que a humanidade está
mergulhada. Apesar de todos os dias desabrocharem novas associações de defesa
de animais e plantas e novas formas de luta contra doenças que afligem a humanidade,
não se consegue tapar o sol com a peneira. O ser humano perdeu a
individualidade, submeteu-se a um conceito normativo, acabando como parte de
uma massa fácil de mover e modelar. Todas as doenças crescem a uma velocidade
vertiginosa, apesar do milhões de dólares, euros e libras gastos diariamente… A
cada três minutos uma mulher recebe um diagnóstico de cancro de mama… Porquê?
Porque é que apesar das grandes campanhas contra o fumo a cada dia que passa
4.000 adolescentes começam a fumar no mundo? Porque é que apesar de se
queimarem milhões de toneladas de trigo, e se pagar a agricultores para não
cultivarem nos próximos 60 minutos 1.800 crianças morrerão de desnutrição e
fome? Não falemos de um terço da população mundial contaminada pela tuberculose,
nem dos distúrbios alimentares em 25% das mulheres, da síndrome de pânico, dos
transtornos obsessivo compulsivo etc. etc. etc. O paradigma
newtoniano/cartesiano cega-nos para a realidade, vivemos em estado de hipnose
psicótica coletiva.
Será este estado de coisas “normal”?
Só precisamos aceitar
que o paradigma newtoniano/cartesiano foi libertador, mas hoje está
obsoleto. Tudo no universo funciona
assim…, nasce, cresce desenvolve-se e transforma-se. Se a humanidade já não usa
no seu quotidiano, apetrechos construídos segundo as leis da física clássica,
salvo raríssimas peças de coleção, a mecânica clássica já só é encontrada em
museu. Da mesma forma que a mecânica clássica já não funciona nos utensílios de
hoje, também não funciona como estrutura/padrão de princípios tão importantes
como o amor, responsabilidade, humildade, honestidade, etc. etc.
Resumindo:
a física clássica, com a sua estrutura rígida tridimensional, mantém o ser
humano afastado da sua verdadeira identidade divina, excluído do universo e de Deus.
Se antes da física clássica era uma marionete sujeita ao movimento astral ou
dos astrólogos que os interpretavam…, depois como donos (conhecedores das leis
universais) licenciaram-se legalmente na manipulação do próximo e o mundo com
essas leis (chamam-lhe Marketing). Apesar dos grandes melhoramentos materiais
que trouxeram o conforto e a possibilidade de viajar e admirar as belezas da
criação, o homem continua vazio e excluído do mundo e do universo. Tanto
manipulando como manipulado, na sua pequenez existencial é incapaz de atingir a
santidade, admirando a obra da criação.
Ao não se contentar com
a posição de filho rejeitado e muito menos com a angústia do vazio existencial,
o homem na sua infinita procura sondou no lugar onde nunca antes tinha procurado.
Dentro da matéria (aparência física) onde encontra o novo. O fascinante mundo
atómico, pondo em causa a mecânica de Isaac Newton. Dentro dos microcosmos as
leis da física clássica não têm utilidade. Tudo é movimento, fluxo e
interação…, uma dança infinita onde tudo se encadeia.
Como é que essa descoberta pode salvar a humanidade
do vazio existencial?
Essas descobertas
revelam-nos os princípios espirituais do universo onde a criação (Deus) é
reconhecida em tudo. Tudo o que existe é energia (Deus), está dentro da
energia, enfim…, tudo é criação (ou Deus como cada um o concebe). Todas as
coisas possuem uma natureza divina que reside latente dentro de si mesmas. Do
ser mais pequeno ao maior, do átomo ao sol, da molécula a qualquer ser visível
ou invisível, tudo que acontece no universo faz parte da perfeição divina. É
urgente escolhermos se queremos continuar com a consciência clássica (relíquia
de museu), submersos no vazio angustiante do sofrimento ou sair e assumir a
divindade que carregamos no mais profundo de nós mesmos. Mas não importa se que
aqueles que leem este texto façam de conta que isto não é para eles. A essência
divina existe, está lá…, esperando a hora de se manifestar em toda a sua pureza
e grandeza. Saber que a perfeição reside oculta em nosso ser é uma certeza que
devemos ter sempre presente.
A partir desta premissa
poderemos desenvolver uma nova visão de mundo, o texto já vai longo. Vou deixar
para amanhã os novos princípios espirituais da mecânica quântica. Repito, que
de novo pouco têm…
Incondicionalmente disponível fico a aguardar pelas
dúvidas,
António Fernandes
sábado, 10 de novembro de 2018
ORDEM DO INFANTE D. HENRIQUE PARA A PROVÍNCIA DOMINICANA PORTUGUESA
Ao poder público, ou político como quiserem, compete reconhecer o mérito, a acção, o desempenho e a dedicação de cada cidadão, da comunidade de cidadãos, das instituições, sejam elas públicas, privadas ou regiosas, desde que tal desempenho contribua ou tenha contribuído para o bem comum. Finalmente, e já no século XXI, O presidente da República decidiu agraciar os Dominicanos de Portugal com a Ordem do Infante D. Henrique. Coube ao Fr. José Nunes receber o galardão, ontem dia nove, no Palácio de Belém. Fica o registo fotográfico.
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
ALIMENTO & SAÚDE
“Nem só de pão vive o homem”
Disse Jesus
Chegam todos os dias questões
sobre alimentação. Embora seja naturopata de formação, tenho me dedicado nos
últimos vinte anos à medicina quântica, impulsionadora da saúde integral. Não
sou nutricionista, nem amante dessa prática reducionista. A indústria da doença
já é bem poderosa, não precisa de mais ajudas.
Respeito todo o tipo de
dietas e não tenho por hábito fazer proibições ou restrições alimentares aos
meus clientes. Costumo dar-lhe uma clara informação sobre os alimentos e a sua
boa absorção. Cito muitas vezes as palavras de Jesus à multidão (Mateus 15)
“Ouvi e entendei! Não é o que entra
pela boca o que torna uma pessoa impura, mas o que sai da boca, isto sim, corrompe
a pessoa”.
Sei que a maioria dos
meus colegas e os gurus da internet ficam escandalizados com a minha postura
flexível em relação à alimentação dentro de uma saúde integral. Fazem-me
recordar mais uma vez os versículos bíblicos seguintes às
palavras de Jesus: “Então,
aproximando-se dele os discípulos, avisaram: “Sabes que os fariseus se
ofenderam quando ouviram essas tuas palavras?”.
Concordo com a OMS que
diz “cerca de 50% da mortalidade por doenças crónicas pode ser atribuída a
fatores do estilo de vida das pessoas. A alimentação está entre esses fatores,
em conjunto com o hábito de fumar e o de beber álcool em excesso.”
Se analisarmos o texto
da OMS “cerca de 50% da mortalidade por doenças crónicas pode ser atribuída à
fatores do estilo de vida das pessoas”, até aqui correto. Os estilos de vida
resultam da forma como se vê a vida. Nunca ninguém conheceu uma pessoa alegre e
feliz sofrer de anemia, certo? Ou conheceu? A alimentação é a mesma coisa. Uma
pessoa que está de bem consigo e com a vida não vai se drogar, embebedar ou se
envenenar com alimentação tóxica. Segundo a mesma OMS, 85 % das doenças são
psicossomáticas. Se são psicossomáticas, significa que resultam de criações
mentais, que se manifestam nos diversos sistemas que constituem o nosso corpo.
Vejamos alguns exemplos de doenças psicossomáticas: gastrointestinal (refluxo, úlcera,
gastrite, colite, etc….); respiratório (enfisema, asma, cancro do pulmão, rinite,
sinusite, tuberculose, bronquite… ); cardiovascular (hipertensão, taquicardia,
angina, angina de peito,
enfarte agudo do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (AVC), cardiopatia
hipertensiva, febre reumática, arritmia cardíaca, etc….); dermatológico
(vitiligo, psoríase, dermatite, herpes, urticária, eczema, etc….); endócrino e
metabólico (diabetes); nervoso (enxaqueca, vertigens); das articulações
(artrite, artrose, tendinite, reumatismos). Enfim…, perante esta realidade será
que se justifica este folclore em volta da alimentação saudável?
Não seria melhor irmos à
causa de todos os problemas (em vez de
sermos os “tolinhos” que criamos as nossas fontes de sofrimento para que não
falte emprego aos pobres empregados da indústria da doença)? O paradigma
com que alimentamos as nossas mentes de onde resultam pensamentos, sentimentos
e emoções?
As consequências desastrosas da escravidão de uma
alimentação saudável.
Já convivi de perto com
pessoas radicais em relação à alimentação, vou relatar um exemplo e partilhar
duas ou três situações, que marcaram profundamente a minha carreira. Aqui na Casa
Escola António Shiva temos o quarto Hulda Clark, o quarto onde ficou hospedada
durante a sua estadia em Portugal, a cientista que mais trabalhou na
investigação da cura do cancro e de outras doenças graves. Deixou um manancial
de informação magníficas para o mundo distribuídos por sete livros, dos quais
destaco “The
Cure for all Diseases”, “The Cure for HIV and Aids” e “The Cure for
all Cancers”. Hulda R. Clark, recordo-a como uma escrava de uma alimentação
100% saudável, que não a defendeu do cancro que a levou à morte em setembro de
2009. Como ela convivi com outros amantes da alimentação “100% saudável” que
procuravam a minha ajuda já em fase terminal das suas vidas. Foram casos
extremamente dolorosos, que me deixaram marcas até hoje. ATENÇÃO: não sou
contra uma boa alimentação, pelo contrário, e no nosso espaço, na casa escola
António Shiva servimos um variado tipo de dietas, desde a crudívora à
mediterrânica, passando pela vegetariana, vegan, hindu ou goesa. Eu, que também
tinha aprendido na escola superior de medicina natural que a saúde entrava pela
boca, rapidamente percebi que isso era assim…, mas não era bem assim. O que
pretendo dizer com isto? Quando se está bem, o nosso corpo não pede alimentos
tóxicos, quer alimentos que mantenham essa boa disposição. Só quando nos
encontramos emocionalmente mal é que existem os exageros alimentares e por
consequência a intoxicação (envenenamento).
Mas tem mais…, Muitas
vezes fico com a sensação que me encontro mergulhado na mais profunda
ignorância, quando tratamos ou tentamos tratar o corpo como ele fosse um saco
de carne sem inteligência. Como não fosse ele quem melhor sabe como fazer.
Todos os que estudaram Hipócrates (ATENÇÃO, não os que fizeram o juramento de
Hipócrates), sabem que só podemos ajudar o corpo a curar-se facilitando o seu
trabalho de recuperação. Como…? Limpando-o
(desintoxicando venenos emocionais e físicos, exercício e ar livre) e repondo carências
(nutrientes, minerais e vitaminas)…, tudo o que se fizer além dessas duas ações
é mutilar e envenenar.
Quanto aos alimentos
bons ou maus eu vou escolher mais duas das várias passagens bíblicas (hoje
deu-me para isto) que
falam do alimento.
Em Timóteo 4:4,5 “Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser
rejeitado, se puder ser recebido com ações de graças”.
E fecho com Tito 1:15 que resume tudo que quis dizer
neste artigo :
“Para as pessoas puras, tudo é puro; no entanto,
para os corrompidos e descrentes, nada é puro; pelo contrário, tanto a razão
quanto a consciência deles estão pervertidas”.
Não o canso mais,
gostava de falar da obsessão por
alimentação saudável, mas fica para uma próxima, o artigo já vai longo. Recordo
que lembro sempre os meus clientes que o estômago não é um “caixote do lixo”,
mas não posso pactuar com dietas que somente esgotam e desequilibram o
organismo. Um corpo só pode ser são se a mente estiver sã.
Mas também gostava de ter
a sua opinião e o sentimento que este artigo lhe despertou. Eu só partilhei a
minha experiência, porque não partilha a sua?
Incondicionalmente
disponível,
António Teixeira
Fernandes
domingo, 28 de outubro de 2018
Aniversários em Novembro
Durante este mês celebram o seu aniversário os
nossos
Amigos
NOME Dia
Isidro da
Silva Dias 6
Armando
Vicente Morais 7
Carlos
Manuel Marques Pires 8
Manuel
Frias Pena 9
Leonel
Dias da Silva 9
Fernando
Tavares Caetano 9
António
Ezequiel Pereira Lucas 10
Carlos
Manuel Vieira Baleco 14
Jose
Antunes Ribeiro 18
Manuel
Neves de Carvalho 19
Luis
Manuel Dias Esteves 19
José dos
Santos Fortunato 28
Jaime
Carvalho Coelho 28
Para todos os nossos parabéns e os votos de
um futuro cheio de
Bençãos
de Deus.
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