«Pela fé
compreendemos que o Universo foi criado por intermédio da Palavra de Deus e que
aquilo que pode ser visto foi produzido a partir daquilo que não se vê».
da Bíblia em
Hebreus 11:3
Em
continuação da série de artigos “Uma Nova Visão de Mundo” mais uma vez falaremos
da mecânica quântica. Opto pela mecânica da física moderna, a ciência mãe das
tecnologias que governam o mundo, porque não sou um iluminado mas um simples espectador
da realidade, que as minhas curtas vistas conseguem enxergar. Protejo-me assim
de alguma forma de controvérsias inúteis que em nada dignificam a inteligência
humana. Vejamos; há poucos dias Elon
Musk, o visionário filantropo sul-africano-canadense-americano fundador da
Tesla, disse em entrevista que o seu receio é a inteligência artificial. E essa
análise feita por um visionário fez-me repensar algumas das questões absurdas
com que me venho confrontando nos últimos 20 anos. Então vejamos, numa época em
que inteligência artificial faz parte do quotidiano de todos; numa altura em que
foi dada pela Arábia Saudita a cidadania à Sophia “robô humanóide”, capaz de
aprender e trabalhar com humanos, adaptando-se ao seu comportamento e hábitos,
continua-se a resistir à mudança de paradigma, agarrados como por hipnose
psicótica à ilusão da aparência. Mesmo após campanhas e alertas catastróficos
da O.M.S. não para de crescer a velocidade estonteante a ansiedade, depressão,
síndrome de pânico, doenças psicossomáticas, guerras.
Não vou
falar agora do porquê dessa conduta autodestrutiva do homem moderno que cria as
suas próprias fontes de dor, porque para isso teríamos de entrar em dogmas
religiosos, científicos e filosóficos.
A nova
visão de mundo não é uma simples opção que se pode querer ou não, é uma decisão
entre vida ou morte; paraíso ou inferno; saúde ou doença; reação ou pro-ação. É
imprescindível para todos aqueles que estão cansados do vazio existencial e do
sentimento de inutilidade. Com a mecânica quântica enxerga-se com clareza como viver
em harmonia com a vida e com Deus, mudando de uma conduta reativa para uma
conduta proativa. É para quem precisa de resultados, não para quem ainda quer
filosofar em vez de ser. Porque não basta saber que a vida é uma passagem de
curta duração entre o nascimento e a morte e que cada minuto não usado para a
autorrealização jamais poderá ser recuperado. Não basta reconhecer que usamos o
pouco tempo que nos resta em controvérsias que não acrescentam nada, nem trazem
felicidade a alguém. Não basta saber que vivemos apegados ao efémero e partimos
desta realidade e deixamos cá tudo pelo qual lutamos. Tudo isso foi proclamado
pelo Nazareno, mas ao fim de 2000 anos continua-se na mesma. É preciso ser.
Voltemos
à nova visão de mundo e o que a ciência moderna nos diz do universo e do mundo.
Vimos nos artigos anteriores que tudo que existe no universo visível e
invisível é energia (há quem lhe chame Deus, Ki Chi, Prana, etc…). Todas as
coisas possuem a natureza da criação que reside latente dentro de si mesmas; vimos
também que tudo faz parte de tudo. Temos tudo dentro de nós. Vimos também que
nada acontece por acaso tudo tem um propósito universal. Vimos que tudo está
interligado, não podemos magoar ou roubar a não ser a nós mesmos. Em vez de
filosofarmos em relação à situação mundial, a física moderna diz-nos que precisamos
de nos transformar a nós mesmos, mudar o nosso comportamento e alcançar a verdadeira
felicidade e plenitude em nossas vidas, para executar a missão pela qual decidimos
nascer.
A
Cabbala com cinco mil anos diz “aquilo
que os nossos olhos testemunham no mundo exterior todo o mal, toda a perversão,
não passa de uma imagem no espelho refletindo os resquícios de mal que jazem
ocultos e não detetados nos nossos corações”.
Não vou
continuar a lembrar o já escrito e vamos saber como numa nova visão de mundo, uma
visão espiritualista guiada pela mecânica da “moderna” física quântica
transformamos o que o materialista chama crise numa bênção.
Vamos
com calma, que uma mente empoeirada pela complicada ilusão materialista tem
dificuldades em lidar com a simples prática da mecânica quântica aplicada no
quotidiano. Hoje a inteligência artificial ou tecnologia de ponta resulta da
ciência das possibilidades (física quântica). Todos estamos familiarizados com
as constantes atualizações dos computadores telemóveis etc., mas ficamos
agarrados a conceitos que já foram úteis, mas que hoje certamente não o são.
Então
vamos lá…, um observador com mente materialista cega pela ilusão da matéria,
reage à aparência do acontecimento ou coisa, criando uma crise. O observador de
mente embebida na nova visão de mundo perante um acontecimento não esperado ou
coisa aparentemente prejudicial, não reage à aparência porque sabe que tudo é
energia e a ocorrência tem um propósito amplo dentro de infinitas
possibilidades. Aqui o observador de mente aberta e vistas limpas decide que
seja feita a vontade do todo (consciente de certeza e autoconfiança que a
vontade do todo não lhe dá o que pensava receber, mas muito mais do que poderia
imaginar). Aquilo que uma mente materialista chama crise, um espiritualista
chama bênção. Aqui estão usadas as duas primeiras leis da mecânica do universo,
que dão origem ao famoso entrelaçamento de onda, manifestando-se na terceira
lei da mecânica quântica: o observador atrai na mesma frequência e densidade
que irradia.
Resumindo: A mecânica quântica ao ser
aplicada no quotidiano pelo ser humano, mudará o mundo e a humanidade. Com a nova
visão de mundo sabemos que tudo tem um propósito e que os problemas moram
dentro de nós. As coisas só têm a energia que o observador (nós) colocamos
nelas e exercem em nós a influência que permitimos. Nada acontece por acaso,
tudo tem um objetivo mais amplo e profundo.
Como
artigo já vai longo, antes que a confusão possa tomar o lugar do pretendido
aclarar, despeço-me e termino com uma citação do Hanyashingyo, Sutra do coração e do conhecimento budista, «aquilo que pode ser visto não tem forma e
aquilo que não pode ser visto tem forma».
Incondicionalmente
disponível,
António
Teixeira Fernandes
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