terça-feira, 20 de novembro de 2018

O importante é a mensagem não o mensageiro


O portal para um mundo diferente
Hoje que completo mais um ano de vida, tenho a certeza que muitos daqueles que não me acompanharam nas últimas cinco décadas, têm dificuldades em entender o porquê da importância que dou a nova era, e a mudança de paradigma. Como os meus últimos artigos têm gerado celeuma e reações hostis de alguns filósofos. Eu decidi por bem esclarecer.
    Quem lê os meus artigos está acostumado a ler (“não acreditem nem rejeitem aquilo que aqui escrevo”)…, por isso, não tenho a intensão de ensinar nada a alguém. Todos sabemos que uma reação violenta, em relação a qualquer coisa é originada no medo. Quero lembrar que não há que ter medo. Sugiro que peçam esclarecimentos, perante uma dúvida em vez de uma reação hostil que impede que se faça luz.
Como tudo começou. Já está quase a perfazer duas décadas que tudo começou. Era final de seculo e inicio de um novo milénio. Era o início do ano 2000 e coordenava na altura o instituto de gestão de stress, um projeto inovador, ao serviço de uma dezena de psiquiatras e outros agentes ligados a doenças aditivas. Neste espaço residencial, em regime de absoluto anonimato (indispensável ao estigma da doença), eram recebidos, homens e mulheres da classe média/alta, essencialmente com problemas de álcool. Era um serviço honesto e responsável, com resultados incríveis.
A grande cambalhota. Ainda no decorrer do ano 2000, é recebido no espaço que coordeno um novo residente do sexo masculino com 36 anos de idade (que vamos dar o nome de João), com um grave problema (Cirrose hepática), em estado de degradação avançada. A sua permanência tinha sido requerida, na esperança de o manter vivo até a hora do transplante (fígado). Apesar de jovem e simpático o mal-estar provocado pela doença e a ascite, tornava-o antissocial agravando ainda mais, a nada animadora deterioração física. As semanas passaram e o João, lenta, mas progressivamente começou a integrar-se na casa e no grupo que nela habitava. Começou por participar com a sua presença nas palestras diárias: em que entrava mudo e saía calado, e no final da 3 semana, a ascite estava a ceder e o volume dos líquidos abdominais (barriga d'água), tinham reduzido cerca de 50 %. A língua começou a desatar-se e os primeiros sorrisos começaram a esboçar-se e na quinta semana já fazia parte integrante de todos os trabalhos terapêuticos e das tarefas da casa. Na oitava semana o João está em condições físicas emocionais e mentais para regressar ao seu trabalho. O João não precisou mais de transplante e todos os valores estavam dentro na normalidade. Qual foi o tratamento? Somente as limpezas linfáticas normais e uma mudança de consciência. Nada mais. Na altura não tive consciência da dimensão real, e não dei importância ao caso. Ainda no mesmo ano outro caso neste caso uma senhora de 68 anos que vamos dar o nome de Maria, que apesar de um problema de álcool tinha cancro da mama, já com metástase nos ossos e pulmão. O seu estado era muito delicado. O objetivo era conseguir alguma qualidade para o tempo de vida que lhe restava. Da mesma forma como o João a Maria mudou a forma de ver vida e o mundo, e além de não precisar de adicionar o álcool para lidar com os seus sentimentos e emoções, também o cancro e as metástases desapareceram sem explicação. Uma recuperação incrível. Como o João e a Maria outros casos se seguiram de portadores de doenças crónicas como a diabetes e outras (alguns insulinodependentes). Depois de um estudo mais aprofundado percebi que todos que mudavam a forma de pensar, mudavam a forma de lidar com os sentimentos e as emoções, e problemas físicos mais ou menos graves desapareciam definitivamente. Por outras palavras, logo que a pessoa mudava tudo mudava na vida do individuo. Eufórico com as conclusões tentei expor o caso junto dos profissionais de saúde que me enviaram os pacientes com casos mais dramáticos, mas o melhor que consegui foi “cala-te bem calado, que é melhor para todos”. Achei a posição muito estranha, porque eram vários “profissionais” todos com postura igual…, alguns nunca mais me falam e nenhum dos que viram seus doentes recuperar para uma vida de qualidade, mandou mais doentes para o instituto que coordenava. Parece tudo muito estranho, mas não o é... Tudo é perfeito, não podia ser diferente…, embora na altura não conseguisse enxergar o grande benefício na “grande frustração”.
Procura e achareis. Apesar de todos os resultados conseguidos, não podia quebrar o anonimato dos residentes, e mesmo que alguém tivesse disposto a quebrar o anonimato (o caso da Maria), ficaríamos com um caso isolado que nada mostrava. E acima de tudo não tinha a intensão de tentar convencer alguém. Mas mostrar que o simples largar dum conceito pode fazer milagres de mudar uma realidade. Não desisti de procurar uma explicação, não porque tivesse qualquer dúvida, mas porque não queria embandeirar no folclore New Age da altura, carregado de misticismo…, ou pior ainda, fazerem de mim um Guru. Essa a razão de procurar explicação para todo o processo de recuperação e transformação pessoal a luz da ciência. Inicialmente cruzei-me com John Demartini um disléxico, que mostrou a quântica, e Amit Goswami que me mostrou o maravilhoso mundo da quântica, e como todo este processo de transformação pode ser explicado. É verdade que poderia simplesmente sugerir a leitura do “Universo Autoconsciente de Amit Goswami, em vez de escrever artigos, mas arriscava-me a ouvir que a leitura é difícil e confusa, onde a espiritualidade caminha lado a lado com equações complicadas.
Alusões finais
Caros leitores com este texto, não tive a intensão de justificar nada, o meu único objetivo é partilhar a minha experiência. E com minha experiência, acender uma luz no fundo do túnel daqueles que estão mergulhados no sofrimento. O meu trabalho destina-se a quem quer resultados, não para quem quer perder o tempo precioso que lhe resta a filosofar.
Continuo incondicionalmente aberto a qualquer pedido de esclarecimento


António Fernandes  

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