Partiu, um dia, de Moncarapacho em Olhão, carregando consigo o sonho de ser Bispo. Hoje, gozando a merecida aposentação, importou a boina do comandante "Che" e vai espalhando a cultura pelo país, arrastando a "Charola da Mesquita". Ao grande amigo e extraordinário companheiro, aquele abraço.
J.M.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
A PALAVRA ESTÁ NA RUA
Saúdo os amigos do “Criar Laços” e lanço aqui um desafio a todos mas sobretudo àqueles que estão mais próximos de Barcelos. Vamos ter, na nossa cidade, uma Semana Bíblica na rua para todos, mesmo os que se «afastaram» da prática religiosa ou até duvidam que Deus exista e que, portanto, continue a falar hoje, precisam de sentido para a vida.
De facto, esta Semana Bíblica foi pensada sobretudo para a «rua», para homens e mulheres casados de palavras banais. Eles e todos nós precisamos de uma Palavra diferente, «performativa», geradora de novos equilíbrios e que garanta a felicidade e a paz interior.
Esta semana decorrerá na rua, no auditório da Câmara Municipal, nalguns cafés da cidade e, apenas uma noite, será declamada e representada a Palavra na Igreja Beneditina de Nossa Senhora do Terço. Convidai a acompanhar-vos algum dos vossos amigos mais afastados das «coisas religiosas»: trazei-os convosco às conferências. Levai-os ao «café bíblico» e ofereçam-lhes o café. A semana é também para eles.
Vamos ter connosco o Frei Bento Domingues.
O Programa de 7 a 14 de Março é o seguinte:
Dia 7 às 16:30 (Largo da Porta Nova) Sermão da Sexagésima (P. António Vieira) proferido pelo Actor António Fonseca.
Dia 8 às 21:30 (Auditório da Câmara Municipal). Leitura fundamentalista da Bíblia e métodos inteligentes de interpretação cristã. Por Frei Bento Domingues. O.P.
Dia 9 às 21:00 (A Stória del café – C.C. do Terço) Deus como tabu numa sociedade pretensamente sem tabus?
Dia 10 às 21:30 (Auditório da Câmara Municipal). Beleza e Poesia na Bíblia e na Vida. Por Frei Lopes Morgado. (Capuchinho).
Dia 11 às 21:30 (Igreja do Terço). Job ou Deus nos escombros do Haiti ou nas enxurradas da Madeira? A questão do sofrimento numa leitura… provocante!..
Dia 12 às 21:30 (Auditório da Câmara Municipal). Manual de “maus costumes” ou gramática da nossa civilização? Pelo Dr. João Alberto Correia.(Prof. Universitário).
Dia 13 às 21:30 (Auditório da Câmara Municipal de Barcelos). Cristo e a Samaritana em Barcelos. Por D. António Couto (Bispo Auxiliar de Braga).
Dia 14 às 16:30 (da Igreja de Santo António para a Igreja Matriz)Cortejo de apoteose à Bíblia.
Para além do convite segue um grande abraço para todos.
Abílio Rocha
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
"MORIENTE DIE"
Antero, era mais um, dos entre vinte e tal colegas que eu tinha, e que compunham a minha turma da 4ª classe. Vivia com suas tias, na Casa do Burgo, assim era conhecida e a poucas centenas de metros de casa de meus pais. Testa alta encimada por um corropio de cabelo hirto,de andar altivo e olhar sobranceiro. Sem nunca ter existido o mais pequeno motivo, ele sempre me tratava com distanciamento, por vezes até desprezo.Como fazia com qualquer outro colega, eu tentava ultrapassar a situação procurando a camaradagem o convívio. Com ele nada conseguia, a nega era repetitiva.
Na minha rua, que aliás era a mesma da nossa escola, eu visitava, eu conhecia as casas de todos e todas as colegas, onde passavamos, conviviamos e brincavamos aos fins-de-semana ou nas férias. Só ele nunca veio a minha casa, nem eu nunca fui á dele. Tomei uma atitude. Passei então a olhar, este filho de ninguém ( era como eu o sentia na altura, por nunca conhecer os pais), com indeferença. Era o único com quem não falei mais.Vinha eu um dia de regresso a casa, depois de ter passado a tarde em casa de meu avô. O tempo estava incerto e cinzento, algumas núvens e os aguaceiros eram frequentes e rápidos. Eis que em determinado momento, a poucos metros, na berma do outro lado da estrada e no mesmo sentido, seguia o Antero para casa de suas tias. Viu-me, não disse qualquer palavra nem fez qualquer aceno. De repente, mais um aguaceiro. Abro meu guarda-chuva, sigo o meu caminho. Rápidamente sinto uns passos de corrida atravessando a estrada na minha direcção. Era ele, com um sorriso amarelo e sem dizer palavra tentava se abrigar.
Não me regozijo da atitude que tomei naquela altura, mas digo, hoje fazia o mesmo. Não dava a outra face. Num instinto mecânico e de revolta, por tamanha hipocrisia e arrogância, desviei o meu guarda-chuva e continuei o meu caminho: só. Uma das suas tias, que o aguardava á porta viu. Talvez, melhor de certeza, que não gostou e ainda mais por desconhecer totalmente os antecedentes. O Antero, esse, a partir dessa altura nunca mais me olhou lá do alto, nunca mais me olhou com desprezo.
Baixava o olhar ou tentava passar à distância.
Não insistas em bater á porta
daqueles que nunca te querem falar.
( rivus )J.Vieira Ribeiro
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Silêncio que dói!...
Esta roda está parada,
Por falta de haver quem cante...
Vá de roda sempre à roda,
Siga a roda p'ra diante!...
Será,por ventura, esta uma das quadras do corridinho, que se canta e dança lá para as bandas de Moncarapacho e seus arredores. É que esta nossa "roda" também tem estado parada. Será penitência quaresmal ou reflexos de um Entrudo bem vivido?!...
Que saudades das "estórias" de um ex-Pancrácio, de um ex-Imeldo, de um da Àrea Benta, de um Malaquias Tostão, de um Eduardo, de um Fernando, de um Zé Celestino, de um Alexandrino e de tantos e tantos cronistas que se têm remetido ao silêncio!... Espivitem lá isto, se não tenho que fechar a porta, por falta de clientela.
Um abraço
Nelson
Por falta de haver quem cante...
Vá de roda sempre à roda,
Siga a roda p'ra diante!...
Será,por ventura, esta uma das quadras do corridinho, que se canta e dança lá para as bandas de Moncarapacho e seus arredores. É que esta nossa "roda" também tem estado parada. Será penitência quaresmal ou reflexos de um Entrudo bem vivido?!...
Que saudades das "estórias" de um ex-Pancrácio, de um ex-Imeldo, de um da Àrea Benta, de um Malaquias Tostão, de um Eduardo, de um Fernando, de um Zé Celestino, de um Alexandrino e de tantos e tantos cronistas que se têm remetido ao silêncio!... Espivitem lá isto, se não tenho que fechar a porta, por falta de clientela.
Um abraço
Nelson
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
AGRADECIMENTO
O Fr. Domingos agradece muito a simpatia que tiveram com ele - inclusivé os comentários - sobretudo o torná-lo mais novo 1 ano. O seu nascimento ocorreu no dia 9 de Fevereiro de 1922.
Fr. José Geraldes
Fr. José Geraldes
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Fr. DOMINGOS - 9 de Fevereiro de 1923 - PARABÉNS!
Professor exemplar com o dom de saber ensinar ....matemática. Ao DECANO da Ordem, desejamos continuação de saúde e santidade.
jm
SEABRA - 8 de Fevereiro - Parabéns!...
Recordo um jovem educado e pacato que era familiar dos fr. Gil. Seria do ano do Leonel, Ferraz ou?
Bom dia de aniversário e cá te esperamos.
jm
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
JOÃO DE MELO - 4 DE FEVEREIRO DE 1949 - PARABÉNS!...
Seja-me permitido recordar o jovem tímido, educado e um pouco triste que passava férias em Fátima, dado a Família estar longe. Ás vezes tinha uns colegas,da sua idade, da Guiné Bissau.
Graças ao JAIME, convivemos nos cafés do Rossio. O João escrevia os seus primeiros textos para serem publicados nos jornais daquela época (julgo Diário Popular e D. de Lisboa). O não ter conhecidos nos jornais, tornava o caminho mais difícil. O Jaime, como mais velho, incentivava o João a escrever e a bater ás portas dos Jornais.
Votos de bom aniversário e que possas contribuir com a presença da Cultura Portuguesa, em Terras de Espanha. Que deixe de existir o velho ditado de que de "Espanha nem bom tempo nem bom casamento.
j.m.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
50 Anos já "...é muito tempo"
De momento esta página é a única possibilidade, pelo menos a mais acessível, para podermos nos contactar, conviver, recordar... dar nossa opinião, trocar ideias.
Há alguns ex-colegas que gostaria de poder contactar. Poderia aqui divulgar o meu "mail", mas para já preferia que esse contacto fosse visível, e nada melhor que através desta página.
Veríssimo ! Caro amigo Transmontano. Recordas-te daquelas tuas depressões que nos desabafavas e que transmitias através dos teus poemas, tão singelos, divertidos mas com sentimento. Desculpa, mas eu vou aquí divulgar uma passagem de tua autoria, se calhar até já não te lembras.
"Quando eu morrer,
Não quero que ninguém chore;
Quero uma guitarra e um bandolim,
A tocar ao pé de mim!"
Celestino ! Estás recordado, daqueles saltos em comprimento ( que fariam inveja a Nelson Évora ) que fizemos em pleno recreio de terra batida e arenosa. Estavamos ela por ela, e tu numa última tentativa confirmaste a vitória...só que como eu disse era mesmo piso duro e a prova acabou com a tua ida para o hospital com uma perna partida.
Paulo Branco. Paulo Alexandre Homem Bandeira Carvalho Branco. Isso mesmo, grande nome mas também, grande amigo, solidário, inteligência acima do normal, um Grande Homem. Foste muitas vezes a minha salvação com o meu calcanhar de Aquiles, o Latim. O pronto socorro ás minhas dúvidas. Após este tempo todo, mais uma vez, obrigaaado!
Cardoso de Proença-a-Nova, José Lopes de Cabeceiras de Basto. Que é feito de vós? Pacheco ! João M. de Melo Pacheco. Aínda não respondeste á carta que te enviei há mais ou menos 25 anos. Não! Não olhes para baixo que não é aí que eu estou. Olha para o lado ou mehor olha para a tua frente, olhos nos olhos. Sim sou eu, o Ambrósio. Não te lembras ?... Até breve. Um abração.
Joaqum A. Vieira Ribeiro
Há alguns ex-colegas que gostaria de poder contactar. Poderia aqui divulgar o meu "mail", mas para já preferia que esse contacto fosse visível, e nada melhor que através desta página.
Veríssimo ! Caro amigo Transmontano. Recordas-te daquelas tuas depressões que nos desabafavas e que transmitias através dos teus poemas, tão singelos, divertidos mas com sentimento. Desculpa, mas eu vou aquí divulgar uma passagem de tua autoria, se calhar até já não te lembras.
"Quando eu morrer,
Não quero que ninguém chore;
Quero uma guitarra e um bandolim,
A tocar ao pé de mim!"
Celestino ! Estás recordado, daqueles saltos em comprimento ( que fariam inveja a Nelson Évora ) que fizemos em pleno recreio de terra batida e arenosa. Estavamos ela por ela, e tu numa última tentativa confirmaste a vitória...só que como eu disse era mesmo piso duro e a prova acabou com a tua ida para o hospital com uma perna partida.
Paulo Branco. Paulo Alexandre Homem Bandeira Carvalho Branco. Isso mesmo, grande nome mas também, grande amigo, solidário, inteligência acima do normal, um Grande Homem. Foste muitas vezes a minha salvação com o meu calcanhar de Aquiles, o Latim. O pronto socorro ás minhas dúvidas. Após este tempo todo, mais uma vez, obrigaaado!
Cardoso de Proença-a-Nova, José Lopes de Cabeceiras de Basto. Que é feito de vós? Pacheco ! João M. de Melo Pacheco. Aínda não respondeste á carta que te enviei há mais ou menos 25 anos. Não! Não olhes para baixo que não é aí que eu estou. Olha para o lado ou mehor olha para a tua frente, olhos nos olhos. Sim sou eu, o Ambrósio. Não te lembras ?... Até breve. Um abração.
Joaqum A. Vieira Ribeiro
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