Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
Mário Henrique Leiria, in Novos Contos do Gin
Por: A. Alexandrino
9 comentários:
Mesmo assim, há muita fruta a estragar.se!...
Bom seria que as loiras nêsperas a que o Mário Leiria alude e ora trazidas à colação pelo sempre atento Armando Alxandrino fosem bem aproveitadas, no mínimo, em suculentas saladas mistas...
Abraço a todos e vão pensando nas prendas de Natal, principalmente nas que têm de oferecer...
Zé Celestino
Louvável sensibilidade a do Alexandrino que sabe que o pessoal gosta muito de nêsperas, em qualquer época do ano!
Louvo-me nas doutas considerações anteriores!
Mas não se esqueçam da fruta da época, nomeadamente dos marmelos e já agora das castanhas, peras invernias etc...
Poema de dois versos
A saúde está primeiro,
mesmo que a fruta venha do celeiro!
Antero Monteiro
E zás, comeu-a !... Não me admira porque elas estão tão madurinhas, tão apetitosas que ninguém pode resistir-lhes... O Alexandrino tem sensibilidade?
Ele é mas é um grande malandro!...
É um prazer ter-vos como amigos, Fernando
Hum!...
Estou meio desconfiado desta fruta da Primavera... e, pelos comentários que vejo, confirmo uma antiga ideia: a história do Capuchinho Vermelho não deve ser contado às crianças.
Bom espírito de Natal para todos e um obrigado ao Alexandrino pelo aviso.
Abraço e até logo.
Como amanhã começa o Advento, nada mais próprio do que este conselho do poeta. O Outro dizia : vigiai.
Obrigado,Alexandrino pela lembrança. Toninho
Como o Alexandrino deve estar a rir sobre o controlo de qualidade da fruta, por indução (Antero), estética (Fernando) e dedução (Ferraz), todos com arranjos do Nelson, do Celestino e do Toninho
As provas estão na respectiva declamação (entoação e imagem de ironia de Mário Viegas)
http://somethingexperimental.blogspot.com/2009/05/mario-viegas-rifao-quotidiano-de-mario.html
A contraprova está no diálogo entre "Isabel Faria" e o "grilo da Idanha":
http://troll-urbano.weblog.com.pt/arquivo/2006/01/rifao_quotidian.html
(só transcrevo o início
"Quem mandou abrir a porta á velha?..."
e o fim
"Mas fujo antes ou depois de ver (nespera da senhora) ???? Deixas-me sempre baralhada quando me falas do Porto...
Meus amigoszzz,
Ainda o mês de Dezembro não começou, já adivinho aqui uma boa dose de frofanas ideias, por pensamentos, palavras e obras!
O Alexandrino perdeu-se com brilho das nêsperas e nem sequer encontrou uma folhagem para reduzir o maléfico brilho da coisa...
Os outros, tergiversaram por transviados caminhos...
Não pensem que sou ingénuo...
Ó Celestino, logo havias de promover as saladas mistas!?
Valha-me a árvore de Natal e o presépio onde há o musgo que falta nas nêsperas e figuras de barro, insensíveis a esta malandragem.
E não falem em Capuchinho e logo Vermelho. Só cores de luxúria!
Mas o poema é um bom poema!
Com a graça de Deus ainda vão todos parar ao Purgatório, pois dizem que o Inferno anda cheio, à custa da crise e dos tempos desbragados.
Intercederei por vós meus amigoszzz!
F.r. da Área Benta
Caros Amigos:
O sempre atento e inteligênte A. Alexandrino, já está a colher os seus=nossos frutos.
O Filipe deitou mãos á arca e...aqui temos VIDA, no blog.
Parabéns.
Aguardamos as janeiras, cantadas ao vivo.
J.Moreno
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