Vai sonhar com: Bias, Mar da Fuzeta, Olhão da Restauração, Matosinhos, Moçambique, Canadá e a grande cidade (aldeia) da FRATERNIDADE.
Continua, Amigo!
J.M.
Viver Hoje, Recordando Ontem, Construir o Amanhã... Espaço dos Antigos Alunos dos Centros Dominicanos de Aldeia Nova e Fátima
Já não chove, ou há menos chuva
à vista, para os dias próximos, será?!
Apareci aqui apenas para vos dizer
que o meu silêncio não é de ouro.
Cuidem-se. Um forte abraço!
(J.A.R.)
A tua obra, meu caro poeta, não é breve,
nem necessita de ser aparada e retalhada.
Vou pedir à mais bela das mulheres para
que a recite em voz alta, essa terna e linda
mulher vai lê-la em público para que todos
os herdeiros se possam apresentar para a
cerimónia da partilha, um repetido clamor
ecoará nos céus para que os tempos voltem
a correr para o lugar da fonte: fluxo e
refluxo das marés, terás a presidência no
banquete para que os mananciais dos rios
se possam alargar. Não haverá feriado sobre
a terra, nem interrupção, nem descanso, nem
repouso, nem alívio, nada mais poderá andar
para trás, nem diminuir, nem afrouxar. A
humilhação será banida da face da terra e
o homem será cada vez mais homem, não
permitiremos que o templo seja profanado
nem que se verta impunemente o sangue dos
inocentes. Todos os cativos serão libertados.
Todos serão nomeados pelos seus nomes.
Ninguém mais morrerá de fome: a poesia
assentará arraial no coração de todos os
homens dos tempos por vir, as flores de
todos os jardins erguer-se-ão num hino
constante ao criador, tudo isto foi mandado
lavrar como sentença nos livros públicos
para que possa cumprir-se conforme previsto
nas escrituras...e no entanto, os fios e os
laços emaranharam todos os novelos, as
aranhas puderam continuar a construir
pacientemente as suas teias, nada mais
que um ténue sinal brilha ao longe, alguns
mais sábios falam de um cometa, tu talvez
pudesses conduzir a minha pobre mão...
a minha pobre mão...a minha pobre mão...
(J.A.R.)
TODOS OS LIVROS, DIZ ELE |
JOSÉ ANTUNES RIBEIRO
Editor e poeta
(“Editor acima de tudo, poeta às vezes”…)
Outras obras publicadas:
O Difícil Comércio das Palavras
Fragmento e Enigma
Rio do Esquecimento
Mar a Mar
A maior parte dos autores e olheiros deste blogue conhecem-no de Aldeia Nova. Sabem que nasceu em Alburitel. Conhecem o seu percurso de poeta e editor.
Tenho notado nos novos intervenientes neste espaço uma certa apetência pela poesia. Então porque não recorrer aos poetas que respiraram o mesmo ar e beberam das mesmas fontes que nós?
A.A.
Sabemos que a memória é uma coisa obsoleta, indigesta e merecedora de repúdio público. Mas eu sou antiquado, desculpem lá
De vez em quando tenho uma recaída mais grave, mergulho no fundo do baú do tempo amarelecido e saio de lá com relíquias como esta.
“Os 11 violinos”
Comecemos pela localização. Estamos exactamente no “magnífico estádio” do Grupo Desportivo de Fátima nos anos sessenta. Esta colecção de ídolos da bola, integrava nomes sonantes como o Filipe Lage Baptista (“O Pastilhas”), o António Pereira da Costa (“O Cabecinha de ouro”), o Arnaldo Jordão do Vale (“O Pé canhão”). Conto com a vossa ajuda para a identificação de todo o grupo.
À excepção de um, todos os outros “mágicos” são da “cantera”, ou seja, produto da “academia” ou “liceo” de Aldeia Nova. A excepção era uma aquisição oriunda do Porto, mais precisamente de Rio Tinto, senhor de “elevada cultura técnico-táctica”.
O equipamento, para quem não distinguir as cores, era idêntico ao do Sporting Club de Portugal, obviamente. (Quem oferece, merece publicidade). Até as botas vieram de lá, usadas.
Reparem nas caneleiras. Era com esta confiança na lealdade e fair-play dos adversários, que se mostrava o nosso espírito desportivo. Os cronistas actuais de futebol diriam, sobre estas imagens, que estes jogadores se assemelhariam a combatentes que iam para a guerra desarmados e sem escudo. Posso garantir-vos que nenhum destes jogadores de futebol saiu alguma vez lesionado. Outros tempos.
As “bancadas” encontram-se no lado oposto e nesse dia estavam repletas.
A. Alexandrino