– 2º Episódio
TARDE DE DOMINGO NO JARDIM BOTÂNICO
Às 16:00 horas, mais coisa menos coisa, o casal Oliveira toma o eléctrico 32, que passa mesmo à porta de sua casa. Apeiam-se vários passageiros para os ajudar a subir. - Oh avozinha, ajude um bocadinho! Upa! Já dentro do eléctrico, quando procurava um lugar para se sentar, a D. Patena desequilibra-se e cai no colo de um soldado, e grita: - Ai que horror! Um soldado!
– Por um euro queria um alferes, minha senhora.
– Respeitinho rapaz, - atalha o Dr. Oliveira – a senhora já viveu com um alferes, que por acaso agora até é tenente. Levante-se e bata continência. Este país tem de se habituar a respeitar os heróis, que como eu defenderam a pátria nas províncias ultramarinas, para evitar que a União Soviética lá pusesse a pata. Olhe que eu estive dez horas debaixo de fogo.
Aqui para nós, este Dr. Oliveira é um publicitário. Nunca saiu dos gabinetes do Quartel General, graças às cunhas do Sr. Cardeal Cerejeira. Ele refere-se a certo dia, em que esteve longas horas numa patuscada de churrasco, e onde a braseira se situava precisamente no terraço por cima das cabeças dos convivas.
Despejados na paragem próxima do Jardim Botânico, entram pelo portão da R. da Alegria.
- Boa tarde Sr. Doutor, o seu amigo Dr. Bagão Félix já aí está.
- Obrigado António, eu sei onde o encontrar.
- Vamos por aqui doçura, quero fazer uma carícia ao taxodium distichum.
- Está bem fofinho. Qual é? Ah! Já me lembro, o cipreste dos plátanos.
Uma das razões porque o Dr. Oliveira, prefere este passeio a todos os outros é que aqui tem oportunidade de praticar o seu latim. Torna-se um pouco penoso para a D. Patena, que de latim só conhece a palavra amen. Além disso tem dificuldade em compreender porque é que o esposo há-de chamar chamaeropsis humilis à palmeira anã, que sempre foi uma planta modesta, ou taxus baccata ao pobre do teixo. Porém segundo os princípios que professa com o seu esposo, os verdadeiros princípios católicos, a mulher tem de ser fiel e obediente ao marido. Deve segui-lo cegamente e estar sempre atenta a qualquer desejo do seu amo, assim como uma escrava.
Acariciado o taxodium que ficou muito sensibilizado, encaminhou-se para a chorisia crispiflora a quem tem muita dificuldade em abraçar, ficando-se pelas palavras doces. Em bom português a D. Patena, trata-a por paineira barriguda, com a qual não quer meças.
Roçaram pela araucária bidwilli e inevitavelmente pela ficus religiosa, até avistarem o Dr. Bagão Félix no local de encontro favorito, junto à araucária heterophylla na rotunda central. O Dr. Oliveira tem ainda em comum com o amigo, o amor pelo clube da “galinha” (já não há águias), a actividade conjunta de catequistas na paróquia de S. Domingos e a afinidade ideológica.
- Olá meu caro Bagão!
- Como vais tu Oliveira? E a minha cara amiga Patena? diz o Dr. Bagão, dobrando-se para lhe beijar a mão.
- Muito bem Dr. a não ser este calor abrasador que nos dá uma enorme vontade de comer um gelado. É a minha primeira ideia de hoje. Enquanto ficam a falar latim, eu vou comprar gelados. Também quer Dr.?
- Agradeço, mas eu estou a cumprir jejum, para que os socialistas não alterem o meu Código de Trabalho inspirado na doutrina social da Igreja..
- Ai que horror! Gritou a D. Patena.
- O que foi mulher – acudiu pressuroso o Dr. Oliveira.
- Uma lagartixa, que nojo! Não venho mais a este jardim. Quando este bicho crescer, é capaz de comer criancinhas.
- Descansa mulher. Quem nasce para lagartixa, nunca chega a jacaré.
Houve tempo em que andavam por aqui o Rex Dinossaurus ou o Tinanossaurus. O próprio Dinossauro Excelentíssimo passeou por estas alamedas. Afastados aqueles, mandaram aqui alguns exemplares de elevada estatura. O seu espaço está agora a ser disputado por pequenos rastejantes.
- Há bichos pequenos que são bem assustadores, como as osgas, que no Algarve surgem de todos os lados – atalha o Dr. Félix. - De qualquer modo, eu gosto daquela província, onde se comem óptimos frutos de ficus carisa, de terminalia catappa, e se bebe a bela aguardente de arbustus unedo.
- Lá para o norte, os frutos mais apreciados medram sobretudo no Inverno como os da castania sativa ou da pumus, das quais há agora grandes plantações nos vales dos montes Hermínios . Lembrar-me que aquelas terras estiveram pejadas de quercus, cuja madeira deu corpo às naus com as quais descobrimos o mundo e agora só lá vemos pinus e eucalyptus. O ulmus minor assim como o fraximus excelsior também têm desaparecido daquelas paragens.
É sempre assim. Aos domingos o Dr. Oliveira embrenha-se na natureza, esquece a cidade e diverte-se bué. O domingo é o dia do Senhor, um dia de diversão. Mas não a diversão dos que desperdiçam o tempo em Centros Comerciais ou Hipermercados. Os bons cristãos divertem-se no seio da natureza, porque assim estão mais perto de Deus.
Aqui, no coração da cidade, pensa o Dr. Oliveira, usufrui-se da natureza domesticada, ordenada, etiquetada. Nada aqui se compara à confusão e mesmo anarquismo da natureza dos meios rurais, onde a flora surge desordenadamente sem pedir licença, sem se saber quem são, donde vieram, e quais os seus efeitos. Aproveitando-se desse caos a fauna mais infesta e tenebrosa instala-se, afastando os humanos. Os seres mais venenosos e obscuros, muitos dos quais nem chegam a ser vistos pelo homem, proliferam ali desordenadamente. O próprio Deus, na ideia do Dr. Oliveira, teve necessidade um dia arrasar essa fauna e essa flora através do dilúvio, para pôr ordem na anarquia e recomeçar com seres catalogados, etiquetados e domesticados. Em Portugal, para obtenção dos mesmos objectivos, opta-se preferencialmente pelo fogo.
A ordem, o respeito, a autoridade, a sociedade unicolor, constituem as bases para uma vida em segurança e paz, na concepção do Dr. José Oliveira.
Ezequiel Vintém (ex- frei Pancrácio)
TARDE DE DOMINGO NO JARDIM BOTÂNICO
Às 16:00 horas, mais coisa menos coisa, o casal Oliveira toma o eléctrico 32, que passa mesmo à porta de sua casa. Apeiam-se vários passageiros para os ajudar a subir. - Oh avozinha, ajude um bocadinho! Upa! Já dentro do eléctrico, quando procurava um lugar para se sentar, a D. Patena desequilibra-se e cai no colo de um soldado, e grita: - Ai que horror! Um soldado!
– Por um euro queria um alferes, minha senhora.
– Respeitinho rapaz, - atalha o Dr. Oliveira – a senhora já viveu com um alferes, que por acaso agora até é tenente. Levante-se e bata continência. Este país tem de se habituar a respeitar os heróis, que como eu defenderam a pátria nas províncias ultramarinas, para evitar que a União Soviética lá pusesse a pata. Olhe que eu estive dez horas debaixo de fogo.
Aqui para nós, este Dr. Oliveira é um publicitário. Nunca saiu dos gabinetes do Quartel General, graças às cunhas do Sr. Cardeal Cerejeira. Ele refere-se a certo dia, em que esteve longas horas numa patuscada de churrasco, e onde a braseira se situava precisamente no terraço por cima das cabeças dos convivas.
Despejados na paragem próxima do Jardim Botânico, entram pelo portão da R. da Alegria.
- Boa tarde Sr. Doutor, o seu amigo Dr. Bagão Félix já aí está.
- Obrigado António, eu sei onde o encontrar.
- Vamos por aqui doçura, quero fazer uma carícia ao taxodium distichum.
- Está bem fofinho. Qual é? Ah! Já me lembro, o cipreste dos plátanos.
Uma das razões porque o Dr. Oliveira, prefere este passeio a todos os outros é que aqui tem oportunidade de praticar o seu latim. Torna-se um pouco penoso para a D. Patena, que de latim só conhece a palavra amen. Além disso tem dificuldade em compreender porque é que o esposo há-de chamar chamaeropsis humilis à palmeira anã, que sempre foi uma planta modesta, ou taxus baccata ao pobre do teixo. Porém segundo os princípios que professa com o seu esposo, os verdadeiros princípios católicos, a mulher tem de ser fiel e obediente ao marido. Deve segui-lo cegamente e estar sempre atenta a qualquer desejo do seu amo, assim como uma escrava.
Acariciado o taxodium que ficou muito sensibilizado, encaminhou-se para a chorisia crispiflora a quem tem muita dificuldade em abraçar, ficando-se pelas palavras doces. Em bom português a D. Patena, trata-a por paineira barriguda, com a qual não quer meças.
Roçaram pela araucária bidwilli e inevitavelmente pela ficus religiosa, até avistarem o Dr. Bagão Félix no local de encontro favorito, junto à araucária heterophylla na rotunda central. O Dr. Oliveira tem ainda em comum com o amigo, o amor pelo clube da “galinha” (já não há águias), a actividade conjunta de catequistas na paróquia de S. Domingos e a afinidade ideológica.
- Olá meu caro Bagão!
- Como vais tu Oliveira? E a minha cara amiga Patena? diz o Dr. Bagão, dobrando-se para lhe beijar a mão.
- Muito bem Dr. a não ser este calor abrasador que nos dá uma enorme vontade de comer um gelado. É a minha primeira ideia de hoje. Enquanto ficam a falar latim, eu vou comprar gelados. Também quer Dr.?
- Agradeço, mas eu estou a cumprir jejum, para que os socialistas não alterem o meu Código de Trabalho inspirado na doutrina social da Igreja..
- Ai que horror! Gritou a D. Patena.
- O que foi mulher – acudiu pressuroso o Dr. Oliveira.
- Uma lagartixa, que nojo! Não venho mais a este jardim. Quando este bicho crescer, é capaz de comer criancinhas.
- Descansa mulher. Quem nasce para lagartixa, nunca chega a jacaré.
Houve tempo em que andavam por aqui o Rex Dinossaurus ou o Tinanossaurus. O próprio Dinossauro Excelentíssimo passeou por estas alamedas. Afastados aqueles, mandaram aqui alguns exemplares de elevada estatura. O seu espaço está agora a ser disputado por pequenos rastejantes.
- Há bichos pequenos que são bem assustadores, como as osgas, que no Algarve surgem de todos os lados – atalha o Dr. Félix. - De qualquer modo, eu gosto daquela província, onde se comem óptimos frutos de ficus carisa, de terminalia catappa, e se bebe a bela aguardente de arbustus unedo.
- Lá para o norte, os frutos mais apreciados medram sobretudo no Inverno como os da castania sativa ou da pumus, das quais há agora grandes plantações nos vales dos montes Hermínios . Lembrar-me que aquelas terras estiveram pejadas de quercus, cuja madeira deu corpo às naus com as quais descobrimos o mundo e agora só lá vemos pinus e eucalyptus. O ulmus minor assim como o fraximus excelsior também têm desaparecido daquelas paragens.
É sempre assim. Aos domingos o Dr. Oliveira embrenha-se na natureza, esquece a cidade e diverte-se bué. O domingo é o dia do Senhor, um dia de diversão. Mas não a diversão dos que desperdiçam o tempo em Centros Comerciais ou Hipermercados. Os bons cristãos divertem-se no seio da natureza, porque assim estão mais perto de Deus.
Aqui, no coração da cidade, pensa o Dr. Oliveira, usufrui-se da natureza domesticada, ordenada, etiquetada. Nada aqui se compara à confusão e mesmo anarquismo da natureza dos meios rurais, onde a flora surge desordenadamente sem pedir licença, sem se saber quem são, donde vieram, e quais os seus efeitos. Aproveitando-se desse caos a fauna mais infesta e tenebrosa instala-se, afastando os humanos. Os seres mais venenosos e obscuros, muitos dos quais nem chegam a ser vistos pelo homem, proliferam ali desordenadamente. O próprio Deus, na ideia do Dr. Oliveira, teve necessidade um dia arrasar essa fauna e essa flora através do dilúvio, para pôr ordem na anarquia e recomeçar com seres catalogados, etiquetados e domesticados. Em Portugal, para obtenção dos mesmos objectivos, opta-se preferencialmente pelo fogo.
A ordem, o respeito, a autoridade, a sociedade unicolor, constituem as bases para uma vida em segurança e paz, na concepção do Dr. José Oliveira.
Ezequiel Vintém (ex- frei Pancrácio)
29 comentários:
Cá temos o Vintem outra vez a escarnecer do Imeldo e da mulher deste.Como diz o E. Bento, o Imeldo é um beatarrão que resa pelos ex confrades que se desviaram do carreiro porque olharam para trás quando,atrás das vacas,pegavam na charrua.É pena que a indiscutível qualidade literária do texto sobre a visita do casal Oliveira ao Jardim Botânico esteja impregnada de venenosa peçonha contra o Oliveira e contra a mulher deste. Que o Vintem dê umas bocas sobre o perfil ideológico do Oliveira vá que não vá. Mas que esteja sempre a escarnecer da compleição física do casal é que acho ser uma postura muito temerária e sensurável. O Vintem,caso seja casado, gostará que depreciem a sua mulher? Apetecia-me dar mais umas chicoteadas no Vintem.Porém, vou-me retrair, esperançado que ele,pessoa culta, sabedor de botânica e de répteis, atente nas questões aqui colocadas e se retrate quanto às intervenções que tem tido, com desrespeito pelas pessoas. Não basta invocar o Ary dos Santos.Nem todos os meios justificam os fins.
Saudações bloguistas
Este Vintém já não engana ninguém (ou melhor, ainda engana um ou outro…).
Este Vintém é mesmo um provocador. Chamar clube da “galinha” ao Glorioso, é pôr as costas a jeito para levar bordoada de 6 milhões. É verdade que as águias estão em extinção, e que os jogos internacionais, agora só podem ser disputados abaixo de 2.500 metros de altitude, e que talvez por isso o presidente do Benfica tenha sido previdente e tenha posto o clube da águia a voar rasteirinho, mas daí a classificá-lo de “galinha”, convenhamos que é demais.
Saudações bloquistas
A. Alexandrino
Alexandrino:
Só consideras o Vintém um provocador porque ele belisca o teu benfiqismo doentio. Quando ele morde na nossa santa religião com tanta irreverência ou falta à caridade para comigo ou para com a minha esposa, isso passa-te ao lado. Obrigado!
José Oliveira (ex-Imeldo)
José Oliveira
Os extremos causam-me vertigens.
Se me conheces, saberás que como a maioria dos nossos ex-colegas, sou avesso a guerras (já me bastou uma) adepto do bem senso, moderado e "com toda a tranquilidade"...Por isso não me peças para esse peditório. Saberás defender-te e á tua Dulcineia. Quiçá um dia tu e o Vintém caiam nos braços um do outro. É um voto, mas também quase uma certeza porque os extremos tocam-se.
Lamento não poder fazer mais por ti.
A. Alexandrino
Estou a achar muita piada por esta disputa entre o Vintém e o Ex-Imeldo.Par além do conteúdo, os escritos, sobretudo os do Vintém, estão feitos num português claro, fluente e bem construído,com figuras de retórica muito engraçadas, que me fazem lembrar o nosso professor de Aldeia Nova, o Padre António.E eu que gosto tanto do humor fino! Mas não sei de quem se trata, quer um quer outro!Frei Pancrácio e Frei Imeldo- que nomes!-não me evocam ninguém.Em que anos estiveram em Fátima? Como os poderei conhecer?Aguardo a continuação deste "papo".
Neves de Carvalho
Já tive ocasião de dizer neste blog quanto aprecío o estilo, a riqueza de vocabulário e o belo fraseado do amigo Vintém, que com o Imeldo, neste domínio, estão para mim, ao mesmo nível. Pelas imagens e vocábulos que utilizam vê-se que são peritos em vários domínios. O Vintém deve mesmo ser professor de botânica. Depois de ter verificado, confirmo que tudo o que diz sobre as plantas, mesmo seus nomes em latim, são autênticos, não inventou nada! Está bem documentado...
Protesto no entanto energicamente, e condeno esta atitude um pouco cobarde e esta forma sorrateira de atribuir ao Oliveira, ideias falsas, para melhor as vulgarizar. Ousa o Vintém dizer, ou atribuir ao Imeldo, “Segundo os verdadeiros princípios católicos a mulher tem de ser fiel e obediente ao marido” Até posso estar de acordo com esta afirmação com a condição que acrescentes : e vice-versa...E continuas, “deve segui-lo cègamente e estar sempre atenta a qualquer desejo do SEU AMO, assim como uma escrava” Que horror! A mulher não tem amo (não é um cão) e a escravidão já foi abolida em 1848...
Sei bem que muitos procuram um fundamento a estas atitudes misóginas e justificam a dominação da mulher pelo homem deformando a carta de São Paulo aos Efésios, 5;22. Não nos contentemos da frase que diz que as mulheres devem ser submissas aos maridos. Meditemos também o versículo 25 do mesmo capítulo: “Maridos amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e por ela se entregou....Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como os seus próprios corpos” A mulher que se submete a um marido que assim procede não é escrava, não tem amo...Um abraço, mesmo para o Vintém e o Imeldo, da parte do Fernando.
Olá Fernando
Como eu gosto de ouvir as pessoas que conhecem as escrituras. S. Paulo então, dizia coisas tão acertadas, que nos encanta a sua sabedoria. Mesmo assim, tu sabes e nós sabemos, que ainda até há pouco, há poucochinho, senão ainda hoje, não se praticava o que S. Paulo ensinava. Foi necessária uma longa luta das mulheres pela sua emancipação. Admitamos que o Dr. José Oliveira, que certamente leu essas passagens bíblicas, as tenha posto em prática.
Um abraço e obrigado pelo reparo.
Ezequiel Vintém
À atenção do José Oliveira
O Alexandrino não correspondeu ao teu apelo. Eu tenho um lenitivo para te oferecer.
Ao atacar a tua senhora, houve quem deduzisse que o Vintém teria alguma má vontade contra as mulheres. Está a pagar caro por isso.
De então para cá, tem sido alvo de assédio persistente. O predador persegue-o como a própria sombra. Tem sobre ele uma fixação doentia, não lhe larga a braguilha.
Este fenómeno é recorrente, destes intrusos se infiltrarem em ambientes cem por cento masculinos.
Por isso Oliveira, o Vintém é que precisa de ajuda.
Eu não sou mais esperto que os outros, mas como não me ajeito a escrever, gosto de ler o que vocês escrevem aqui no blog. E vejo tudo com atenção. Então reparem na primeira frase com que o dito ataca o Vintém. Façam um flash back como dizem no cinema. Começa exactamente pelas partes baixas. Instiga a vítima a revelar-lhe pormenores íntimos. ( “Na minha zona vintem é associado a «piça curta ou penis franzino») Ele esperava que o provocado lhe dissesse que não, que era o contrário. E por aí fora. Analisem tudo o resto. Também mostrou que é um psicopata.
Não queria estar na pele do Vintém, porque este tipo de predadores é terrivelmente agressivo, quando se sentem rejeitados.
Saudações bloguistas e não bloquistas
Olha que pardal.Ou és o Vintém disfarçado ou estás a soldo dele.
Cresce, cultiva-te e saberás fazer leituras correctas dos textos.Abre os olhos e reconhecerás que um blog como este não é lugar para intervenções vexatórias. Já disse o que penso sobre o Imeldo mais do que uma vez. O Vintem,tirando partido da sua capacidade de bem escrever, tem recorrido a expressões e imagens que são gratuitamente ofensivas para outros, raiando o profano.Lê com atenção o que ele escreveu sobre os peregrinos que se penetenciam em Fátima. Não sejas rato cego. Pensa pela tua cabeça e não sejas a voz do dono. Não digas disparates.Pareces um troglodita.
O blog só faz sentido numa perspectiva de camaradagem entre amigos que durante muitos anos deixaram de se ver e pretendem reforçar os seus laços de amizade. Não é para entrar em chicanas e ofensas. Talvez por isso é que muitos ex dominicanos ainda não apareceram.
Estamos entendidos de uma vez por todos ou precisas que dê mais gás ao petromax?
Saudações bloguistas
"Não posso mais
Viver sem ti
Olhar p'ra ti
Sem te ter ao pé de mim"
Pedro Abrunhosa
Estou a gostar desta brincadeira entre o Imeldo (José Oliveira) e o Ezequiel Vintém. Este´contudo é claramente pseudónimo. O José Oliveira como ele próprio diz passou por Fátima e eu tenho algumas informações que me dizem, que de facto, esteve brevemente no convento um José Oliveira. Mas tenho de concluir que as suas intervenções no blog são brincadeira. Não o podemos levar a sério.
Saúdo a chegada do Neves de Carvalho. Onde anda o Brízido, o Costa,e tantos outros?
Eduardo Bento
Saudações bloguistas?... Mas o que é isto? Só pode saudar e saudar-se, bloguisticamente, alguém que dá a cara e que mostra o verdadeiro rosto. A um anónimo, porque anónimo, é vedada a entrada no domínio da familiaridade e da cortesia. Imaginai, caros amigos, que agora até há um anónimo que se dá ao desplante de citar Pedro Abrunhosa, outro encapuçado que esconde um rosto(ele tem vários) atrás de uns abomináveis óculos!
Eu sim, posso enviar (e envio) saudações bloguisticas.
Meu caro Nelson,
Louvo-me no teu comentário...
Com persistência e alguma estratégia, alcançaremos os fins que estiveram na criação do Blog:
estabelecer fácil interligação entre a malta, criando/reforçando laços de amizade que nasceram na nossa juventude/vivência colectiva em Aldeia Nova/Fátima.
A propósito permito-me lançar um repto a todos os actuais e futuros bloguistas para a idéia de uns encontros regionais - sempre alargados,óbviamente, à participação geral, incluindo o amigo António Ferreira, radicado na Austália... Quem pudesse aparecer, aparecia... Quem não pudesse, enviava uma mensagem pelo BLog a desejar aos bloguistas uma tarde de fraternal convívio!...
Vêm aí uns dias maravilhosos de sol e poderá haver alguns bloguistas que lhe sobra algum tempo para a organização desses encontros, nem que seja para uma simples sardinhada...
É preciso é ter engenho e arte!... E essas qualidades, perdoem-nos a modéstia,não nos faltam...
Estou já a imaginar o Fernando Vaz
a conceber um plano meticuloso, com sardinhas, carapaus e febras para quem apreciar mais a carne... Não estivesse ele tão longe e estou certo que do plano à prática era o salto de um lobo...
Tais encontros não seriam, aliás, novidade, pois estou a lembrar-me de umas tardes bem passadas na casa de praia do Costa,para os lados de Peniche e na linda vivenda do Eduardo Bento, em Torres Novas, onde, já noite fora,até cantei a «Samaritana»!.... É que a garrafeira do Eduardo Bento tinha lá uns «tintóis, que não vos digo nada!...»
Vem aí o tempo das sardinhas e das cerejas... E nós também merecemos algum lazer!... Não é só dissertar
sobre as grandes questões filosófico-teológicas!...
Vamos a isso?
Eu tenho um apartamento em Vila Nova de Milfontes que desde já disponibilizo para local de encontro!...
Um forte abraço a todos
Zé Celestino
Estou de acordo contigo, Celestino, e não me excluas depressa de mais dessas patuscadas só por eu estar longe. Chegarei mais depressa a Lisboa do que alguns portuenses se vierem de carro. Atenção! Não vamos tocar muitos burros ao mesmo tempo, quando não algum fica para trás. Eu não quero que fique para trás a viagem que começàmos a programar aqui a França. No mês de Outubro seria interessante poder dar uma ideia do preço. Vê o que podes fazer com o avião. O ideal seria chegar a Paris um dia de manhã, visitar a capital e vir dormir a Clermont. O regresso seria a partir de Lyon um dia à noite depois de ter visitado a segunda cidade francêsa. Nos outros dias visitariamos a região e algumas cidades mais próximas como Vichy...Já comecei a organizar o programa. Repousai-vos antes de vir porque aquí ides dormir pouco...Como já disse há tempos, a bola está no vosso campo. Um abraço, Fernando.
Meu Caro Fernando,
A viagem a França para mim é um dado praticamente adquirido...
Anota-me já na lista de inscrições!... Nem que não vá mais ninguém... Como sabes, A TAP concede-me passagens aéreas!...
O que eu quero é mais inscrições!...
É importante saber se conseguimos um grupo alargado!
Eu assegurarei a logística do transporte aéreo...
Quanto maior for o grupo, menor é o custo «per capite»...
A rota terá que ser acertada... O percurso Lisboa/Paris/Lisboa parece-me, à partida, o melhor...
Mas tudo é possível no mundo da aviação comercial moderna...
O que é importante é haver inscrições...
Entretanto, uma sardinhadazita por estes lados, só servirá para animar e estimular a malta!...
Venham comentários e sugestões!...
Um abraço amigo,
Zé Celestino
Com que então a cantar a "Samaritana" noite fora...
E eu que pensava que nesses encontros cantavam o "Enquanto houver portugueses tu serás o seu amor"...
Vintém
Zé Celestino:
Eu também vou contigo!... Posso mesmo ir com o estatuto de "ajudante de campo", que não me importo.
Um abraço
Nelson
E serão todos muito bem vindos. Nessa noite, Celestino, cantaste a Samaritana e cantaste com garra académica. A minha casa está no mesmo sítio e continua à disposição.
Saudações fraternas.
Eduardo Bento
Amigo Vintém,
Essa da «Samaritana» é comigo!...
Então o amigo Vintém pensava que o grupo de Aldeia Nova/Fátima, quando em encontros de convivência familiar só cantava o «Avé Maria»?
Tal observação só pode ser entendida como uma graçola sem intenção de ofensa e conscientemente lançada para provocar uma gargalhada na malta!... É o tal humor que aparece nas intervenções/comentários do Vintém e que, em muitos casos, tem provocado algumas reacções adversas!...
Todos os ex dominicanos que conheço são, no geral, pessoas de espírito arejado e modernas!... A generalidade até vingou na vida por mérito próprio. Eu convivo com muitos...
Penso que todos sabem cantar o «Avé Maria»... Porém, em locais e momentos próprios. E penso que o amigo Vintém também.
Cantarolar um fado de Coimbra, de Lisboa ou qualquer canção popular só faz bem à alma!... É preciso é ter ouvido e voz...
Diz o povo - e com razão - « que quem canta seu mal espanta»!...
Por isso, amigo Vintém, vem mas é cantar com a malta para espantarmos alguns dos muitos males que ainda nos afligem!...
Saudações bloguistas
Zé Celestino
Eu gostava que me explicassem. Porque é que os bloguistas fixaram os seus comentários num miserável texto do Vintém em que eu sou atacado cobardemente porque Pancrácios, vinténs´é tudo gente anónima.
Vejam lá os textos dos dois Bentos, que comentários vos mereceram. É claro, tanto um Bento como outro se situam nas moribundas paisagens da esquerda. Mas são opinativos e sérios. Conheço o Frei Bento e sei que ele foi e continua a ser, infelizmente, do reviralho.Mas pensa.Mutatis mutandis lembra-me o Fernando Vaz que depois de fugir do chamamento se encosta hoje de novo à Igreja para melhor poder espalhar o seu pensamento esquerdista. ( Quando forem a França cumprimentem-no da minha parte mas eu não frequento a casa de fariseus). Mas qual França!Aquilo é só conversa tomara ele que ninguém lá apareça. Quanto ao Eduardo Bento, conheço de gingeira estes intelectuais de esquerda. Mas porque é que ele nos há-de continuar a massacrar com os seus escritos, cheios de ideologias perniciosas?
Prego e Pregarei e quero criar laços.
Lisboa em dia de Corpo de Deus.
José Oliveira ( ex-Imeldo)
Exmº Sr. José Oliveira, ex-Imeldo ou o "raio que o leve", para não utilizar mais bombástico epíteto: Ao contemporizar com a sua entrada neste bolg, com pezinhos de lã, fi-lo na convicção plena que muito podiamos aproveitar dos débitos prosaicos de um "renegado". Pura ilusão! Hoje dou comigo, qual Madalena arrependida, a maldizer o momento em que lhe dei guarida neste espaço. Esperava tudo de si, embora os alertas do Exmº Sr. Ezequiel Vintém me levassem a direccionar a definição da sua personalidade para um campo diametralmente oposto. Puro engano meu. Agora, quando sou forçado a ler injúrias aos dois Bentos (ambos já pouco bentos)e ao diàcono Vaz, advirto-o de que deve
cercear o ímpeto odioso, que descarrega em cada parágrafo que sai da sua pena; caso contrário, ver-me-ei impelido a recorrer ao abominável "lápis azul", para moderar as suas arremetidas. Se preciso fôr, Zé Celestino, Vieira, Vitorino e outros causídicos de renome, por certo me apoiarão junto da barra judicial, na luta insana pela liberdade de expressão, mas sempre no respeito pela liberdade do outro. Estamos entendidos?
Não tome isto como uma ameaça, mas antes como um alerta.
Respeitosamente,
Nelson Veiga
(editor do blog criar-laços)
Registo e com humildade cristã reconheço que me excedi. Mas só peço desculpa quando o autor do blog não tiver atitudes parciais e chamar também a atenção ao reles alarve do vintém.
José Oliveira
Não se curve muito Sr. Oliveira, que se lhe pode ver o traseiro... Quando o Vintém se exceder, creia que saberei levantar-lhe a mão... quer dizer, o lápis!
Nelson
Absolutamente de acordo com a primeira parte do raciocínio do Imeldo. Sem minimizar o texto do Vintém, que já comentei, é evidente que as últimas intervenções dos dois Bentos mereciam mais atenção. Como procuro sempre positivar, disse para com os meus botões que sendo os Bentos de tal modo claros e profundos, seus textos devem ser mais meditados que comentados. Obrigado, Nelson, por teres posto os pontos nos ii, o que levou o Imeldo a desculpar-se, apelidando ao passar de ‘reles alarve’ o Vintém...Na verdade Imeldo andas azedado de todo. Se te faz bem vomitar todo esse azedume, que trazes em ti, talvez já desde Fátima, não hesites, vai ser benéfico para tí e para nós. As tuas palavras não me ofendem pessoalmente: ‘não ofende quem quer, ofende quem pode’ ou ‘quem não tem pé, não pode dar coice’...Mas quem és tu para ousares chamar o frei Bento de reviralho. Que apresentas tu ao teu actívo para assim falares do frei Bento, homem que foi de todos os combates, que sempre esteve na primeira linha. Só a sua competência,modestia e descrição igualam a sua coragem. Arriscou a sua própria liberdade para defender a nossa. Quanto a mim só tens a desculpa de não me conheceres, como já disseste noutra intervenção. Se me conhecesses saberias que tenho muitos defeitos, que os assumo. Reconhecerias também uma de minhas qualidades: nunca contornei um obstáculo e sempre enfrentei as situações que se apresentaram perante mim, ou que eu próprio provoquei, por muito difíceis que fossem. Vou terminar dizendo-te que gostaria de te encontrar dia 6 de Outubro para nos conhecermos melhor e tenho a certeza que conseguirei convencer-te a fazeres parte da viagem a França. Depois dessa viagem ficarás convencido que nem tudo o que eu proponho é vento ou “parole, parole, parole”. Um abraço do Fernando.
Oh Nelson, não se pode pôr ordem nesta coisa? O Alexandrino está a lançar a confusão. O Pancrácio é o Vintém, o Alexandrino o Alexandrino, o Imeldo o zé Oliveira. É a anarquia, amigo Nelson, Já não entendo nada! Afinal, quem é quem? Eduardo Bento
Caro Nelson,
Louvo-te a paciência... Gerir este Blog ainda te deve dar bastante trabalho e consumo de tempo...
Eu não sou um entendido nestas tecnologias... Sou um mero utilizador...
Da minha experiência profissional dos Tribunais,conheço a figura do «Desentranhamento»!...
Em que consiste essa figura?
É uma decisão do Juiz de, motu proprio ou a pedido/sugestão dos advogados intervenientes no processo, mandar retirar/desentranhar documentos/requerimentos que sejam enviados para o processo por anónimos ou por quem nada tenha a ver com o mesmo..., designado-os muitas vezes de excrecências...
Qual é a minha ideia?
Tratando-se o N/ Blog de um meio de interligação e aproximação da malta, não seriam inseridas as intervenções/comentários de bloguistas não devidamente identificados...
É que começo a recear que o Blog seja aproveitado para bagunçadas e até ofensas....
Aguardo os comentários dos mais seniores e conhecedores destas questões...
Um abraço
Zé Celestino
Partilho inteiramente da opinião do Celestino. Nada de bagunçadas. Bem basta o que aí vai na Câmara de Lisboa. Foi no que deu a democracia.
José Oliveira (Imeldo)
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