sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Um poema

HOJE
Neste rio navegamos
entre margem e margem apertados.
À superfície vamos...
O tempo que nos coube
faz de nós rebanhos tresmalhados.
Mas é preciso que a nossa voz
não seja
um uivo ou um balir perdido...
Saibamos que o nosso rio tem foz
e que em toda a estrada há um sentido.
Eduardo Bento
in O Nevoeiro dos Dias

1 comentário:

Anónimo disse...

Que lindo poema!