HOJE
Neste rio navegamos
entre margem e margem apertados.
À superfície vamos...
O tempo que nos coube
faz de nós rebanhos tresmalhados.
Mas é preciso que a nossa voz
não seja
um uivo ou um balir perdido...
Saibamos que o nosso rio tem foz
e que em toda a estrada há um sentido.
Eduardo Bento
in O Nevoeiro dos Dias
1 comentário:
Que lindo poema!
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