09.30 h do dia 16 de Outubro de 2010.
Conduzindo eu o meu «HC» na Av.ª D. José Alves Correia da Silva, em Fátima, no sentido Verbo Divino Convento dos Dominicanos, dei-me conta que à minha frente circulava calmamente um Mercedes avermelhado, cujo condutor, de imediato reconheci. Era o Manuel Henriques Marto, acompanhado de sua mulher.
«Colando-me» ao Mercedes do Marto, fiz-lhe sinal de luzes, ao que ele logo respondeu com uma saudação do interior da viatura. Mesmo pelo espelho retrovisor o Marto também me reconhecera imediatamente. Segui-o até ao parque privativo do Convento.
Mal tínhamos estacionado e saído dos nossos carros para darmos um abraço e já outros carros entravam no parque, cada um com um grupo de colegas…
O Neves, o Leopoldo, o Moreno, o Brízido e o Zé Espírito Santo, o Luís Guedes, o Domingos Carvalhais, o Costa, o Manuel Mendes, o Antero, o Toninho e muitos outros que a minha memória visual não conseguiu colocar em «save» depressa encheram o parque do Convento.
Simultaneamente, pelas várias ruas que dão acesso ao Convento começaram a surgir outros pequenos grupos de colegas que se iam concentrando nos espaços e escadarias frente à entrada do Convento e da Capela.
Num curto período de meia hora, os pequenos grupos que iam chegando deram origem a um grande grupo que atingiu os mais de 80 participantes no encontro.
Viveram-se nesta meia hora momentos de muita alegria e até de alguma emoção. Troca de abraços e conversas inter grupos. Era visível nos rostos e olhares de cada um a alegria do reencontro. Bastava que um recordasse episódios mais «sui generis» dos tempos de Aldeia Nova/Fátima para, acto contínuo, surgirem gargalhadas de boa disposição…
Pelas 10.30 h, dirigimo-nos todos para a Capela…
Teve lugar uma missa celebrada pelo «colectivo» dos Padres Dominicanos que partilharam connosco o Encontro: Frs Pedro, Paulo, Marques, Geraldes e Alberto.
Foi muito significativo este momento do nosso encontro. Tivemos presente os mestres e colegas já falecidos e num solene abraço reforçamos os laços de amizade que nos unem.
Finda a missa, dirigimo-nos à sala que foi a antiga capela. Aí, a Comissão Organizadora do Encontro procedeu à recolha da «colecta» estabelecida para fazer face às despesas do almoço e do lanche e distribuir pelos presentes uma ficha para preenchimento, pelos que o desejassem, com os seus dados de identificação, contacto e paradeiro.
Pelas 13.30 h, já todos enchíamos o restaurante da Residencial D. Amélia, lugar onde tivemos o nosso almoço de confraternização.
Foi também um momento muito agradável este o do almoço convívio. Muitos aproveitaram para se sentar à mesma mesa e, naturalmente, reviverem longínquos momentos passados juntos. Todo o meio ambiente era de manifesta alegria, com brindes e votos mútuos de boa saúde. Houve pão, vinho e sumos para todos…
Findo o almoço, voltamos à referida sala da antiga capela.
Foi, talvez, o momento mais alto do Encontro. Sem programa predefinido, vivemos umas horas de grande animação e boa disposição: houve tempo para poesia, declamação, canção e fados de Coimbra com a capa do Frei Alberto…
O Zé Ribeiro declamou poemas do Eduardo Bento. O Eduardo Bento encantou-nos com o «sermão» do Padre António Vieira aos peixes. O Manuel Carreira brilhou na canção. O Manuel Guerra e o Zé Celestino animaram com uns clássicos fados de Coimbra, a que se juntou o Firmino Taborda na «Balada da Despedida».
O sempre presente Neves de Carvalho, desta vez acompanhado pelo Manuel Guerra – um genuíno fadista coimbrão - e com umas ajudas do Firmino Taborda brilharam à viola.
Houve ainda tempo para uma rifa e um leilão de produtos oferecidos por colegas, cujas receitas reverteram, respectivamente, para fundo do próximo encontro e doação às comunidades dominicanas radicadas em Angola e Moçambique.
Pelas 17.30 h foi servido um lauto lanche que se prolongou pala tarde fora…
Gradualmente, começaram as despedidas e promessas de reencontro, o mais tardar, até ao próximo ano.
Zé Celestino
Ficam as imagens registadas pelas objectivas do Neves de Carvalho, do Zé Celestino e do Angelo Carvalho
3 comentários:
Obrigado ao Celestino, que com o seu comentário nos permite de participar, de certo modo, a este encontro. Obrigado aos fotógrafos que ilustram a introdução do Celestino... Não vos conhecí a todos. Penso ter reconhecido a maioria. A todos reví com imenso prazer. É-me familiar o livro de poemas "O nevoeiro dos dias" nas mão do Zé Ribeiro, como também a postura do Eduardo Bento a sermonear os peixes... etc. Eu nunca fui perito em poesia, especialmente moderna(parece que estou a ouvir o E.Bento sermonear-me também, dizendo: a poesia não é moderna nem antiga, é poesia, se é...)mais uma prova que não sou especialista...Mas os teus poemas, professor Bento, enchem-me as medidas! Neste que segue, mesmo se é um auto-retrato, também me reconheço .
"fingidor nas palavras,
no gesto verdadeiro.
Rosto e máscara se confundem.
Sou eu mesmo.
Inteiro,
embora dividido,
multiplicado, feito,
desfeito
e repartido...
Sombra esguia,
corvo e àguia,
noctívago ao meio dia."
Um abraço, Fernando
É por isto que Outubro tem mais encanto. Continuo a gostar de marcar o ponto e espero pela próxima vez.
Os meus parabéns e agradecimentos aos organizadores e aos dominicanos que tão pacientemente nos recebem.
Um abraço
Ferraz
Caros Amigos:
Foi com muito prazer que vi as fotos do nosso encontro em Fátima. Espero ansiosamente pelo novo encontro. Um abraço a todos os que participaram e principalmente aos organizadores.
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