sexta-feira, 28 de março de 2008

A JUSTIÇA



O padre Pedro "caçou-me" ,simplesmente porque eu queria "caçar " o Frei Bento Domingues e fazer-lhe uma pergunta que podia ser dificil ou não.... e pô-lo a falar sobre o amor a partir dessa pergunta e que foi que é Agapé (amor cristão) e o que é Eros ,bem como a relação entre os dois?..na sua encíclica sobre amor:"Deus Caritas Est", pelo menos o papa Bento XVl ,afirma que Agapé não é inimigo de Eros e mais afirma entre outras coisas que para haver Eros também é preciso haver Agapé..polémica à parte e para não pensarem que leio as encíclicas todas (essa foi a unica que li) o que é certo é que o Frei Bento não se atrapalhou e respondeu bem..Mas imediatamente o padre Pedro aproveita a deixa, cai-me em cima e torna-me responsável pelo próximo encontro... eu e a malta do Alqueidão... nem procura saber se realmente estamos todos a viver no Alqueidão porque o certo é que não estamos e a logistica da nossa organização nunca será muito prática... Seja como fôr saio dai com a responsabilidade da organização do evento e da apresentação do tema nesse evento:A JUSTIÇA... Logo me apercebo que não vai ser um tema fácil e que também não sei se será fácil encontrar prelectores para abordar o dito tema... Desde logo a malta de direito terá uma posição previligiada, mas acontece que das moradas que me foram dadas eu não sei quem é de direito ou não... por isso contava com a vossa colaboração, para que possa contactar a malta de direito ou de filosofia e para que me possais dar a indicação sobre alguma figura proeminente, mas acessivel... e que algum de vós possa conhecer! Também aquele ou aqueles que queiram lêr e falar sobre o assunto... ou desde logo falar mas sem lêr... porque cada um terá a sua sabedoria de experiência feita... agradecia. Parece-me que este tema já terá sido abordado neste blogue, mas mais na explanação do que sejam certas injustiças e sobre as quais outros possam pensar ou comentar um abraço fraterno
José Carlos

21 comentários:

Anónimo disse...

Permito-me lembrar os nomes de ilustres juristas meus contemporâneos de Aldeia Nova, como o Zé Celestino, Vitorino Vieira Dias, Zé Vieira, Ferro... e outros haverá, por certo, cujo percurso me terá escapado.

Anónimo disse...

E eu acrescento mais dois :o fr. Mateus, do convento de S. Domingos de Lisboa e o Angelo, do Porto. Abraços. A.Silva

Anónimo disse...

Desculpa,mas entre outros antigos ex, hoje com saberes na justiça, há também o Manuel Domingos Junior, ali das bandas de Vagos, se a memória não me atraiçoa.

Jaime disse...

E há o Torres (Domingos?) de Fátima propriamente dita, Magistrado do Ministério Público.

Anónimo disse...

E há o Antero S. Monteiro em Lisboa e o Manuel Guerra Henriques em Setúbal...O Manuel Domingues Junior, do MP, está mais "virado" para a problemática da justiça do e no trabalho.

Anónimo disse...

Do que até agora foi escrito no presente bloco, parece que se está à procura da Ética, pensando que se está a avançar para a Justiça, antes de ter tomado consciência do papel da primeira.

No limite, haveria a uma justiça baseada na ética e orientada para a verdade, como uma coisa boa para anjos, algo dispensável entre a maior parte dos humanos.

A Ética não só é uma disciplina em que os sobredotados de todas as épocas continuam a fazer descobertas mas também já dispõe importante significado em inúmeros mercados.

Desde há muitos anos a Ética transpôs a cancela da Religião, do Direito e da Filosofia para se expandir nas Ciências Exactas, na Economia, na Gestão e na Governação de empresas e organizações não governamentais.

Mas não exageremos a respectiva importância. Mas, sempre podemos aplicar-lhe o método dos casos:

Um médico que se afastou o suficiente para deixar ir em paz um doente moribundo?

Um cientista que utiliza células estaminais na produção de tecidos que tratam uma doença generativa?

Um padre que tem uma amiga especial?

Um gestor de fraudes que cria um novo emprego por mês?

Um engenheiro que poupou nos materiais de construção para melhorar o respectivo prémio de desempenho?

Um editor de blogue que, quando apaga uma mensagem ou um comentário escreve que o fez e indica a razão?

Indo por esta via, felizmente, quase todos os educados numa democracia pensam que sabem ética, justiça e verdade. Ainda bem. Mas há mais. Haverá?

E pronto. Chega de chatear por hoje com base em rótulos éticos ou não éticos (e)anónimos.

Ah! E não se esqueçam daquela justiça do dia a dia, com pouca ética e grande sabedoria adicional baseada no método de Salomão.

Com advogados. Peritos. Magistrados. Testemunhas. Júris. Público. Informáticos. Televisão. Imprensa. Empresas. Todos especializados e esquecidos dos que não os percebem.

E, claro, pessoas mais chatas que a potassa.

Para não ser só do contra, aqui vai um livro para os mais arrojados.

Os mais arrojados? - Pois, até agora, o sexo feminino só se faz representar pela Geneviève.

Ora esta!

Livro:

Preaching Justice – Dominican Contributions to Social Ethics in the Twentieth Century
Francesco Compagnoni OP and Helen Alford OP
Dominican Publications, Dublin, 2007.
512 pages.
ISBN 1-905604-07-6

(Pregando justiça: contribuições dominicanas para a ética no século XX)

Se quiserem ler menos, vejam "Ética laica e ética religiosa" doutra pessoa que terão de descobrir pelos vossos próprios meios.

Segue sem nome, porque estive a fazer um papel de amador.

Um bom fim de semana para todos e, quem vai ser a segunda escritora a visitar-nos?

Anónimo disse...

Que bom arranque para esta semana! (Eu acho que a verdadeira semana vai de sábado a sexta). Pelo menos já me pôs a pensar no assunto e, para mim, o tema é muito interessante visto de todos os lados.
Enquanto o dia não nasce por completo, aceitei a proposta do Isidro e estou a dar uma volta a alguns artigos, de várias pessoas, sobre ética laica e religiosa. Claro, há neste particular pano para mangas, mas fico sempre muito reconfortado quando, no fundo, vem à tona a mesma "norma" (oh, maldita palavra!): "Não faças aos outros o que..." E mesmo isto é tão relativo... Algumas pessoas desejam para si aquilo que eu nunca quereria para mim. Será que a ética e a justiça só fazem sentido apenas para uma determinada comunidade? Vou continuar a consulta, devagar, devagarinho... Já vejo aqui, mais abaixo, qualquer coisa relacionada com "Direitos Humanos". Deixa ver... Um abraço. Até logo. Ferraz

Anónimo disse...

Lí com o máximo de atenção a intervenção do José Carlos, assim como todos os comentários, de modo especial o do Anónimo
(quando saberei quem és?)
e o do Ferraz. Fiquei contente por ver que o próximo encontro já está a tomar corpo e não duvido um segundo que o José Carlos, com os seus vários braços direitos e ajudado por todos nós, vai levar a sua missão a bom termo!
Para ser sincero, o que mais me interessa nestes encontros é o “diário” , o convivio directo e descontraido com o máximo de individuos que foram formados ou deformados nos (e pelos) dominicanos! Quando ví a palavra “justiça” disse para com os meus botões: que programa vasto para tão pouco tempo... Segundo os últimos comentários parece que nos estamos a orientar mais para a Ética... Mesmo assim “ethos” já nos fala de temperamento, carácter, costume, de códigos morais, de bem, de mal, de responsabilidade... Aconselho-vos a ir ler o artigo do frei Bento no site dos dominicanos no ISTA: “Virtudes da Ética Religiosa e da Ética Laica”. Depois de uma introdução interessante o Frei Bento divide o trabalho em duas partes:
1° Que ética? Do dever ou do prazer?
2° Convergência numa ética comum: os direitos do Homem.
Encontrareis também uma bibliografia de mais de 30 referências: Livros e artigoso.
É realmente ainda um tema muito vasto! Se realmente tem que haver uma conferência, o tema que gostaria de ver tratado seria a Bioética.
Desculpai que seja assim directo, mas francamente o que me faz deslocar a estes encontros é precisamente o “encontro” das pessoas num diálogo directo para pôr em dia, actualizar, na medida do possível, as evoluções mutuas...
Tendo em conta a finalidade destas reuniões, nem sequer a missa se reveste, para mim,de um carácter indispensável! Dito isto, pelo menos uma vez por ano, com a minha mulher vamos passar uns dias num convento ou mosteiro, participando a todos os ofícios com profunda emoção e muito proveito. Há tempo para tudo! Mas nem sempre é o tempo das amoras...
Dito isto, meu caro José Carlos, estou à tua disposição para continuar esta reflexão e estarei presente, para participar com entisiasmo, a tudo o que for organizado. Um grande abraço para todos do Fernando.

Anónimo disse...

Interessantes intervenções as que têm surgido nestes comentários.Mas a abstracção do tema merece-me alguns reflexões. A JUSTIÇA antes de ser uma questão de direito é uma questão filosófica (Platão, Aristóteles, S. Tomás, Hegel...). Poderiamos restringir mais o tema,torná-lo mais concreto, e assim entregá-lo para debate a alguns dos nossos Juristas (já foram, em comentários anteriores, referidos e são muito competentes para abordar o tema) que se predispusessem a tratá-lo.Proponho, por exemplo: A INJUSTIÇA DA JUSTIÇA,HOJE. A Justiça, como a educação, a saúde, a economia, andam tão doentes que são já, antes de mais, problemas clínicos.
Um abraço
Eduardo Bento

Nelson disse...

Há comentários que, sem bem que anónimos, são textos que deveriam ser publicados no blog. para tanto devem ser enviados para o mail respectivo eassinados, naturalmente. Parece-me ser também uma questão de "ética" ou estarei enganado?...

Anónimo disse...

Se o editor do blogue visse interesse em divulgar, no primeiro plano, como artigo, uma nota inserida como comentário pediria, com certeza, autorização ao respectivo autor.

Anónimo disse...

Por tudo o que acima ficou explanado, perspectiva-se não uma conferência, mas um congresso. Preparem a mala, despeçam-se da família no mínimo por três dias. Poderíamos acrescentar outros ângulos de abordagem ao tema, para dar mais pistas ao conferencista, começando pela própria etimologia das palavras chave que dão conteúdo à justiça: LEI que nos remete para os tribunais, as procuradorias, as polícias e as penitenciárias, e REGRA cujos palcos são a família, a religião, a escola, o exército, a profissão e que nos conduz à ética. A regra, reporta-se mais a virtudes, valores e costumes de ordem cultural do que a códigos severos de ordem artificial/legal.
Logo, meus caros, temos pano para muitas mangas.
Mas o mais importante é estarmos juntos, como bem refere o Fernando Vaz.
Abraços
A. Alexandrino

Nelson disse...

E o autor é...

Anónimo disse...

Caro Nelson,

Agradeço a pergunta, mas não tenho nada a adicionar à minha precedente observação, em que apenas pretendi construir uma resposta genérica sobre o que, hipoteticamente, era uma questão.

P.S.

Na lista de questões indicativas, de um comentário anterior, a menção que fiz a um editor de blogue não tinha nada a ver com ética.

Era apenas uma questão de controlo para referir, implicitamente, que não basta estalar os dedos para encontrar uma questão ética.

Anónimo disse...

Ora bolas.

Hoje é dia das mentiras.

Mentiras pias?

Unknown disse...

Ao José Carlos:
Parabens pelos textos e pela "norma" interior existente. Não pares!
Ao ler Alqueidão lembrei-me do Arnaldo Jordão do Vale. Por ventura não podes dar novas deste velho colega? Nos 2 últimos anos não tem aparecido e era dos grandes animadores dos encontros.
Joaquim Moreno

Anónimo disse...

O José Carlos provavelmente nunca conheceu o Arnaldo. Nem o Alqueidão é o mesmo. Alqueidão da Serra fica ali para as abas dos Candeeiros e o Alqueidão do Arnaldo fica junto da Figeira da Foz.
E.Bento

Nelson disse...

Moreno:
Também eu fico apreensivo relativamente ao Arnaldo Jordão, de Alqueidão (Figueira da Foz), que visitei em sua própria casa, que já veio a aminha casa, que foi boticário, que julgo ser ainda orizicultor e que ultimamente desempenhava a função de consultor ou promotor financeiro, qualquer coisa parecida. Apareceu no encontro de há três anos em Aldeia Nova e nunca mais deu sinal de vida. O endereço dele é: R. José da Silva Gomes 40, 3090-431 Alqueidão. telefone: 233940803.
Nas minhas tentativas de contacto, não tenho sido bem sucedido.
Abraços
Nelson

Armando disse...

O nome toponímico de Alqueidão, aqui trazido pelo José Carlos, também me fez evocar o Arnaldo Jordão do Vale, velho companheiro de Aldeia Nova e Fátima, assim como, quiz o destino, camarada de armas nas guerras de Moçambique. Mocímboa da Praia não é para recordar, mas de Nampula e Lourenço Marques podemos rememorar com alguma saudade.
Espero boas notícias em breve.
A. Alexandrino

Autsil disse...

Estou plenamente de acordo com a frase a INJUSTIçA DA JUSTIçA,hoje e da abstracção que o companheiro Bento lhe atribue.
Quis o destino que eu não bebesse de tais elixires que nos corróem a lucidez e a humanidade porque finalmente nos dias que correm a justiça é cega e os magistrados, talvez nem todos, homens sem coração. Ainda apegados ao credo do "lex dura sed lex" vão justiciando tornando mais duro o fardo ao inocente das gentes pobres sem recursos para se defenderem. Eis de certa maneira a justiça do nosso tempo. Não será por acaso se falo assim...
Perdoem-me se firo susceptibilidades de profissionais em Direito. Falo assim pelo que me deu a conhecer a mãe experiência, e por isso mesmo lanço para o ar o mote cuja frase:
"A sociedade tem os criminosos que merece".
A cupidez em que se vive torna os homens azedos, piores que o fel...
Aos companheiros cujos sentimentos fazem apelo à luta pelos indefesos... disponibilizem meios para socorrer e por travão ao sistema corrupto do vil abuso de poder arreigado às velhas e cúpidas tradições.

Companheiro de Aldeia Nova, José Carlos! Somos do mesmo tempo?

Um abraço amigo do TREZE

Samuel disse...

Olá, gostaria de te convidar para participar de uma rede de conteúdo para blogueiros.

Chama Ocasional, se você tiver interessa veja como funciona a rede aqui em www.ocasional.com.br/howto.aspx ou então pode enviar um email no smatosjr@gmail.com

Abs,
Samuel