V - Bons óculos te vejam Imeldo. Há largos meses que não te ponho a vista em cima.
I – Venham daí esses ossos.
V – Venham daí essas banhas.
I - Também já tinha saudades tuas Vintém. Há que tempos que não te arreio umas “bordoadas”.
V - Dispenso a tua caridade cristã. Amor com amor se paga. Espero continuar a proporcionar-te as meiguices a que te acostumei.
I – Mas porque é que escolheste este local para conversarmos?
V – Ora essa. Este é o melhor sítio para estágio do grande encontro convívio na casa “Beato Nuno” em Fátima…O estômago tem que ser preparado com antecedência para os grandes repastos.
I - Mas tu só pensas no estômago Vintém?
V – Desculpa, mas eu ainda não preciso de fazer dieta, nem estamos na Quaresma.
I – Mutatis mutandis, tu devias era fazer dieta de contenção nos teus escritos no blog, que ferem as almas mais sensíveis.
V – Sabes Imeldo eu conto sempre com as orações dos santos, para não temer pela salvação da minha alma.
I – Eu preocupo-me muito em trazer de volta ao redil os que ainda têm redenção. Em relação aos casos perdidos como tu, já não há nada a fazer.
V – Que alívio.
Pois eu estou preocupado contigo. Se não te apressas na dieta, não vais ter onde te sentar na casa “Beato Nuno”. Vais ficar sempre de pé e acho que as rótulas e os tornozelos vão ceder ao peso. O melhor será prevenir os organizadores para proverem uma cadeira dupla no tamanho e na resistência…
I - Lá estás tu com as provocações do costume. E tu não tens vergonha do passado para voltares ao ambiente ex-seminarista?
V – Vem a propósito. Sabes que ontem deu entrada no Panteão Nacional um ex-seminarista, ou o que resta dele? É verdade o Aquilino Ribeiro foi nosso colega.
I – Sim, mas esse também foi dos que renegou a fé e os bons princípios que recebeu no Seminário.
V - De todo o modo, as bases serviram-lhe para se tornar um escritor sublime e um cidadão ilustre.
I – Mas a alma, Imeldo? Achas que também estará no Panteão celeste? Isso é que é o importante.
V – Sabes uma coisa Imeldo? Nós temos em mãos um passado que é uma fonte de oportunidades. A questão está em fazer reverter a situação a nosso favor.
I – Estou já a vislumbrar nas tuas palavras, intuitos materialistas. “Sursum corda” Vintém!
V – Não se trata de corda mas de guita, Imeldo. A curiosidade e o voyeirismo leva as pessoas a interessarem-se pelas vivências mais ou menos secretas, vidas conventuais, crianças vestidas de preto, metidas em colégios internos (pode-se acrescentar que contra a vontade dos pais, para dar mais emoção). Depois é só pôr a imaginação a trabalhar. É assim. Mete-se uma pitada de auto-comiseração e muito mal-dizer dos chefes e da instituição. Isto rende Imeldo.
I – Serias capaz de escrever essas alarvidades?
V – Tivesse eu a tua veia de escritor. Aquilo é que era facturar.
I – Não seja esse o problema. Agora toda a gente publica com ou sem talento.
V. Mas eu insisto. Manifesta o teu talento, Imeldo. Sabes, até podias fazer uma fotobiografia, só que as tuas fotos não cabem em folhas A4…
I – Então quando é que voltamos ao blog? Afinal foi ali que nascemos.
V - Deixa-me comer descansado. O “Criar laços” tornou-se no blog do táxi.
I – Mesmo assim, tenho uma missão a cumprir. Vou manter o meu contributo para a conversão, escarmento e meditação de alguns dos nossos que andam desencaminhados e arredios.
V – Oxalá que o encontro do dia 27 de Outubro, sirva para trazer ao blog muitos dos nossos “arredios”.
I – Que Deus te oiça. Amem.
Ezequiel Vintém
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6 comentários:
Sejas tu quem fores, oh Ezequiel Vintém, estás a contribuir com os teus textos para a vida do Criar Laços. Parabéns.
Eduardo Bento.
Tenho andado em silêncio. Mas não posso deixar passar mais uma gracinha soez do Vintém que sem graça nenhuma vem brincar com o meu nome e achicalhar o meu físico por ser gordo (oh anónimo andas bem informado). Ainda bem que desta vez o vintém-anónimo não mete a farpa na adiposidade da minha esposa.
Mas a brincar o renegado Vintém (é renegado aquele que trai a sua fé)
lá se vai referindo à missão que eu levo a peito de, atrvés deste blog, ir trazendo para o bom redil os que andam desencaminhados. Mas essa de uma cadeira especial para mim no encontro em Fátima não lembrava nem à irreverência bricalhona do incréu Alexandrino. Até por isso não devo ir ao Encontro de Fátima. Estou mesmo a ver que vai ser comesaina e comesaina e ainda por cima o Renan dominicano, Bento Domingues, irá dizer das suas costumadas tiradas prá frentex contra os nossos bispos e as nossas tradições. Alguém levou em consideração a minha proposta de participar no Ofício Divino e irmos em peregrinação, rezando o terço, do Santuário até aos Valinhos. Por isso não devo ir. Para comer, como em casa. Já sei que muitos de vós viveis para as coisas materiais. Como esse Eduardo Bento que é tão de esquerda e depois fica aboletado em casa do Fernando Vaz durante 15 dias a comer e a beber à custa desse diácono emigrante.(Foi neste Blog que eu vi o acontecimento piblicitado) Mas talvez tenha razão esse Eduardo b
Bento. o Fernando Vaz ama muito os pobrezinhos... portanto não lhe fica mal acolher quem lhe bata à porta. Mas se todos fossem a fazer como o Eduardo Bento quem tinha que começar a pedir era esse Vaz que eu não conheço mas cujo progressismo religioso abomino.
Pronto. Eu combato ideias e não pessoas e sou sempre movido pela caridade cristã.
Nelson, Nelson, se um dia te chegar a conhecer quero saber, olhos nos olhos,se concordas com os miseráveis ataques que eu aqui tenho sofrido sobretudo da parte do Vivtém, do Alexandrino, do E. Bento, mas às vezes também mordido pelo Neves, o Celestino e o Moreno.
Bom, eu não sou queixinhas. Seja tudo para a salvação da minha alma e conversão de alguns dos nossos colegas.
José Oliveira (que foi Imeldo)
Lá está o Imeldo com as suas beatices e a não deixar em paz as pessoas que ele não deve conhecer.Este Imeldo além de gordo( que boa parelha faz com a sua excelsa esposa )deve ter o nariz comprido, pois que se mete com quem está sossegado no seu canto, como eu.Mas pronto!Estou pelos ajustes! Se é assim que o nosso Blog tem mais audiência, OK!, não me importo de terçar armas com este Imeldo. Não me lembro do nome do Frei, nosso colega do 1º ou 2º ano de filosofia, que numa tarde de domingo, quando íamos para o Santuário, ao ver tanta mulher no recinto disse: "não sei como Fátima ainda não ardeu com tanta beata".O Imeldo não ia connosco, pois nesse tempo não me lembro de existir nenhum Imeldo no nosso convento. Sei que era um colega de Lisboa, ou desses lados, o que se saíu com essa tirada. Este episódio nunca mais me esqueceu. Bem, já te dei muitas "abébias" irmão Imeldo. Vou meter a viola ao saco, e espero que me poupes com as tuas beatices.
Abraços para todos os que nos lerem, e, se não for antes, até ao dia 27 de Outubro.
Neves de Carvalho
Olha, meu caro Oliveira que já foste Imeldo: -Como costumava dizer um erudito plebeu, já finado mas que eu ainda conheci e que se identificava como Luciano Patrécula do Brécula, "quem com felros melros, com melros felros..." Estás mesmo a ver o alcance?... Pois não foste também tu que, desembainhando a espada, a brandiste sem dó nem piedade ao Vintém, ao Neves e, como no comentário em apreço, ao pobre do Vaz que tanto esforçou para engordar o Eduardo Bento num estágio recente lá para as bandas de Clemont Ferrand? É assim meu caro, quem semeia ventos não pode esperar acalmia. Aparece lá por Fátima no dia 27/09 se tiveres coragem e então conversaremos.
Nelson
Ah!Ah!Ah!. Ó Nelson, essa é o máximo: quem com felros melros, com melros felros.
Abraços
Neves de Carvalho
Gostei imenso do conversa imagiada pelo Vintém entre ele e o Imeldo. O facto que o texto tenha sido construido em forma de diálogo denota que se está a establecer, entre estes dois eminentes animadores do blog, uma relação mais convivial. Estão a preparar-se para o abraço do dia 27 de Outubro. Foi pena que o Vintém tivesse borrado a pintura, com a história da cadeira, larga e resistente! O Imeldo, apesar de andar encharcado de água benta também não pode impedir-se de espezinhar alguns e arrebunhar outros... Até a mentira faz parte de sua tática... Saiba Senhor Imeldo que o Eduardo Bento e sua esposa Vitória, infelizmente não ficaram 15 dias em minha casa, mas só uma semana. Bem insistí para que ficassem mais tempo, mas não houve meio... Foi muito agradável. Foram apreciados por toda a família, pequenos e grandes. Espero que voltem e que outros sigam o exemplo. Nem que venhais todos não conseguireis pôr-me na palha. Sou riquissimo... Tenho quatro filhos e três netos, quase quatro, e se me oferecessem por cada um, o universo inteiro, não o cederia... São eles a minha riqueza, mas também há alguns euros para o quotidiano. Um abraço e até breve, Fernando.
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