sábado, 16 de junho de 2007

FOI HÁ 47 ANOS ATRÁS!...

O dia de hoje, 16 de Junho, acordou cinzento, aqui nesta Beira interiorizada, desertificada e esquecida. Cinzento, chuvoso, ventoso e com temperaturas que ofendem estes dias que até são de transição para o verão. Então, como não dá para mais, pega-se num livro, folheiam-se jornais, abre-se o computador e, atentando bem no calendário… é mesmo, 16 de Junho!... Fiquei sempre preso desta data, que para vós nada dirá e que para mim diz tanto. Faz hoje 47 anos que, a tantos de vós eu vi pela última vez. Foi o meu último dia em Aldeia Nova!... Meu, do Fernando Vaz, do Arnaldo, do Vitorino, do Rufino e do Domingos Branco. Quando vos disse adeus, nesse dia, eu ainda alimentava uma ténue esperança que, daí a um pouco mais de um mês, nos reencontraríamos para envergar o hábito de S. Domingos. Mas, como já em tempos vos deixei dito, o Fr. Vicente que era o prof. de física, entendia que um bom fradinho de S. Domingos, só o poderia ser, se soubesse física!... Entendeu que eu não sabia e ofereceu-me um 9, indicando-me o caminho de Fátima mas com uma passagem por A. Nova para mais um exame. E nesse já distante 16 de Junho, eu deixei a “velha casa” com propósitos de um até já. Depois, no outro lado do meu mundo, na altura tão pequeno, eu tentei adormecer e amadurecer, como se as duas situações fossem compatíveis. Hoje, estou convencido que não adormeci e que amadureci. Não foi uma decisão só minha, nem a tomei de ânimo leve. Mas ficou decidido não rumar a Fátima, para não me sujeitar a novo exame, que eu considerava vexame. De Aldeia Nova, ainda alguém me acenou –É só um pro-forma!
Isso ainda feriu mais o meu orgulho, pois se era pro-forma, tinha-se resolvido a questão na altura própria.
Todos tivemos a nossas razões e esta foi a minha, que convosco evoco de novo, por ser dia 16 de Junho. Foi há 47 anos atrás!...


Abraça-vos o Nelson

29 comentários:

Armando disse...

Caro Nelson
Foi há 47 anos (atrás). Se não acrescentares o advérbio "atrás" como é que sabemos que foi no passado? Antigamente, quando o inglês não era língua universal, esse enfeite era perfeitamente prescindível, ou antes, uma aberração. Porém agora, se eles usam o ago para exprimir o passado, passamos por parolos se não utilizamos o atrás.
Atrás de excelentes professores e mestres com vocação humanista, saíram-nos ao caminho alguns menos preparados, à falta de matéria prima, que escasseava. Como também já expus em desabafo, aqui no blog, fui teu companheiro de sina. De facto isso agora não tem qualquer relevância, mas não é por acaso que ficou gravado no nosso consciente e inconsciente juvenil, muito sensível a injustiças.
Um abraço a ti e aos pinguins que passaram pelo casarão.
A. Alexandrino

Anónimo disse...

São já 11h e só agora dispus de um momento para abrir o blog. Deparei, Nelson, com a tua recordação desse triste aniversário de há 47 anos e com o comentário do Alexandrino! Invadiu-me uma certa melancolia e mesmo saudade, mas só durou uns segundos... Todos esses momentos fazem parte da nossa construção que finalmente se manifesta bem sólida. Conseguimos enriquecer-nos e fortificar-nos ( sem perdermos a nossa sensibilidade) mesmo com estes momentos em que sofremos injustiças e vexames. Se fizermos bem as contas e as devidas comparações, podemos considerar-nos como verdadeiros Lordes!...Um abraço.

Anónimo disse...

Estendo a minha mão à palmatória do Alexandrino (o Luis Cerdeira era de escova!). Obrigado pela oportunidade e sobretudo pelo alcance e pela amizade do reparo.
Pois Fernando, eu também me não queixo nem tenho razões para isso. Se não sou "lord" sou, pelo menos "sir". Por mim, gosto de olhar para trás e ficar com a certeza de não carregar nenhum arrependimento. Podia ser diferente? Naturalmente que sim mas, chorar sobre o leite derramado, é atitude que não casa com a minha maneira de ser e com a filosofia de vida que sempre adoptei. Agora as recordações, trazidas pelo regresso ao passado, a nostalgia e a saudade, essas eu gosto de carregar porque dão sentido à história de vida que cada um de nós construiu ou vai construindo.
Saudações gratas e amigas para todos vós.
Nelson

Anónimo disse...

Ora aí está. Nelson, Nelson, tu foste um daqueles que capitularam perante o mais fácil; não resististe ao cântico da Sereia. Deixaste o caminho dos escolhidos por um motivo fútil. O teu orgulho herdado no rincão granítico das Beiras não te deixou ouvir com humildade o apelo da vocação. Nelson, já pensaste quantas almas poderiam ser salvas por intermédio da tua acção? E isto irremediavelmente, para sempre. Não venhas com desculpas arremetidas para um Vicente ( não conheço) professor de física. Tu escolheste o mais fácil: Trocaste a eternidade pelo tempo. Esta é a verdade sem desculpas e lembra-te que somos apenas pó e, no dizer do meu mestre P.e Clemente de Oliveira a traduzir Camões tu e eu somos: terrae vermiculum.
José Oliveira ( ex Imeldo).

Anónimo disse...

Quem é este José Oliveira, Ex-Imeldo?...Quem será que atira, para cima de outros, defeitos que o próprio tem? Será isso caridade, Ex-frei Imeldo? Porque é que é Ex? Quantas almas deixou de empurrar para o Céu, ao tornar-se Ex? Como aprendi em Aldeia Nova de colegas de outras paragens, com dizeres diferentes dos da minha terra:- estou "deserto" para saber quem é este abencerragem.
O que se passou contigo, Nelson, foi na realidade uma injustiça, com uma indigna justificação. E nós que nesse tempo éramos terreno fértil para boa sementeira, também estávamos sujeitos ao joio. Mas lá vai..
Um abraço
Neves de Carvalho

Anónimo disse...

Ó ex-Imeldo:
Saberás tu, porventura, quantas almas eu já salvei com o meu apostolado laical? Eu não sou um renegado! Eu escolhi o mais fácil? E tu que, ao que dizes, abandonaste a ordem já quando uma pequena tonsura te aureolava o cucuruto!
Acalma-te caro Oliveira! Encolhe as garras!
Se não faltares ao encontro de Outubro, a gente conversará e acertará ideias.
Saudações. Um abraço para ti, Neves de Carvalho.
Nelson

Anónimo disse...

Num cmentário do nosso Blog sugere o Alex que há uma fonte na Vidigueira. Essa será uma fonte de graça e de santidade. E uma boa convivio com os amigos também ajuda à salvação. Portanto, Neves de Carvalho, não ligues às preocupações do Imeldo relativamente às alminhas que o Nelson não salvou. Esse profeta chorão deve ter complexos e frustrações por ter abandonado o abrigo conventual. Eu gostaria que ele no próximo dia 14 também viesse a minha casa. Far-lhe-ia bem porque aqui ainda se respiram uns arzinhos de Fátima e... da Vidigueira. Inscreve-te, Imeldo.
Aqui todas as almas estão predestinadas à salvação.Mas não te esqueças do rosário.
Cordiais saudações do E. Bento

Unknown disse...

Caro Nelson
Registo o teu grito de alma, docorridos 47 anos. Ao longo do nosso convivio tenho sabido e ouvido outros "lamentos" que ainda se encontram gravados no interior desses nossos companheiros e amigos.
Noto o sentimento de dor mas é justo lembrar que nesses "lamentos" não existe odio. Existe dor mas não rancor e isso é algo que demonstra a nossa formação e caminhada pela vida fora.
Para ti e para todos os outros que têm "histórias" dessas o meu fraterno abraço
JMoreno

Anónimo disse...

Todos nós ou, pelo menos, muitos de nós ”apanharam o mesmo barco”. Nem todos pela mesma razão! Porém, hoje, acho que todos partilhamos a mesma saúdade, as mesmas recordações e guardamos memórias muito semelhantes dessas que foram páginas da nossa vida e desse dia em que a nossa vida mudou de rumo.
Aprecio e admiro a limpidez e a claresa da tua memória, Nélson. E, tal como tú, acho que não tens nada que ter qualquer sentimento de culpa pelo passo que decidiste dar nesse, quem sabe?, talvez abençoado dia 16 de Junho de 1960.
A maioria dos que fazem deste blog um “ponto de encontro”, tomaram a mesma decisão, embora levados a isso pelas mais variadas razões.
Quanto a mim, nada acontece por acontecer! Fatalista?! Talvez! Chamem-lhe o que quizerem. Mas é uma convicção que sempre fez parte de mim.
Lá porque mudamos de rumo, não quer dizer que enveredamos pelo caminho da perdição, como alguém tenta fazer-nos crer. (Creio que esse ex-fr. Emeldo vai ser uma grande surpreza para todos nós!!!)
Acho que, para ser apóstolo não é necessário ser frade. Se não vejam o Fernando Vaz. Continua tão ligado à Igreja como se nunca tivesse arrumado o hábito de São Domingos! E porque não?! Atrevo-me mesmo a dizer que, provávelmente, o Vaz é mais religioso agora do que foi antes. E o mesmo se poderá aplicar a muitos de nós, tenho a certeza.
Eu, cá por mim, nem sequer sei o dia em que deixei o convento dos Dominicanos em Fátima. Sei que foi em 1961! Abril?!… Maio?!… Foi por aí! Não fiquem surpreendidos. Eu continúo a não ser bom para datas!
Um grande abraço para ti, Nelson. Aprecio a tua convicção!
AFerreira

Anónimo disse...

Amigo Ferreira:
Sá para ajudar... em 1961 não podias ter deixado o convento de Fátima!... Não entraste para lá em Agosto desse ano? Que confirmem o Celestino, Alex, Eduardo etc......
Um abraço
Nelson

Anónimo disse...

Tens razão Nelson. O Ferreira deixou Fátima em 1962, pois nós, os do nosso curso, tomámos hábito, como era tradição na Ordem, no dia de S. Domingos, 4 de Agosto. Eu até escolhi o nome do nosso fundador, ao tomar o nome de Frei Domingos Manuel. Eu saí em Junho de 1962, e o Ferreira... não sei em que mês saíu, mas deve ter sido em Maio ou Junho.
Virando de assunto... e o Frei Imeldo em que data deixou de ser Frei?

Um abraço
Neves de Carvalho

Anónimo disse...

Amigo Neves: Já aqui contei como entrei e saí da ordem. Volto a lembrar que cheguei a Fátima nos primeiros tempos de 1968, talvez tocado pela graça da visita de Sua Santidade Pulo VI a Fátima no ano anterior. Aqui estive cerca de três anos. UM de primeiros contactos, outro de noviciado e um terceiro em que em regime de voluntariado - além dos estudos conventuais - frequentei a universidade de Coimbra. Já disse também que, quando estava em Fátima, por ali chegou o Fernando Vaz, vindo de Itália, parece-me com os votos todos esfarrapados mas o de obediência era o que vinha em pior estado. Porque o P.e Raúl, para o domar, apelou aos votos, mas esse F. Vaz, achou melhor partir para a estúrdia do mundo. Há pessoas assim, os compromissos são bons quando não vão contra os nossos interesses. Que deus tenha piedade dele. Eu,
antes de ir para o convento, frequentei o curso de economia em Liboa, residia na rua Rodrigo da Fonseca, nº 1 onde ainda moro. Acredito que tu és pessoa predisposta a acolher a graça e isso basta. Um abraço do
JOsé Oliveira

Anónimo disse...

Se passas dois dias sem vir ao blog, ficas completamente ultrapassado! Aquí vão algumas reflexões inpiradas pelos comentários que precedem.
1° Sublinho a justeza da opinião do Joaquim Moreno. Se ainda subsiste, em alguns subconcientes, um sentimento de dor, também estou certo que não hexiste nem mesmo uma onça de ódio ou rancor. Além de outros, foram também esses que por vezes nos trataram injustamente, que nos deram as ganas de tudo transformar, mesmo a lama, em carburante do mais refinado, para continuarmos a avançar e ir cada vez mais longe e mais alto.
2° O Nelson, como todos os ex que frequento, é do estilo que olha sempre para a frente, sem renunciar a nada do passado. Sabe tirar as devidas lições do que na vida foi e é, óptimo, bom ou menos bom. Sua grande inteligência não lhe atrofiou a memória. Fez bem nunca pôr um testo sobre o passado, quando não a marmita teria explodido!...
3° Com que então, meu amigo António Ferreira, tu achas que eu sou agora mais religioso do que antes? Não vou fazer uma análise de texto, mas deduzo que consideras que nos dominicanos eu de religioso tinha pouco. Tens certamente razão, mas por vezes entre o que uma pessoa é verdadeiramente, a imagem que dela dá e a imagem que os outros apreendem, há um mundo de diferença... Sei bem que querias elogiar o meu presente, mais doque criticar o meu passado. Conservo o meu espirito critico cada vez mais afiado. Corto no entanto, com uma certa diplomacia mesmo nas ideias do meu Arcebispo, que conhece bem as minhas e apesar de tudo me considera como um colaborador e vem comer muitas vezes aquí a casa e também nos vonvida. Para te dizer a verdade já deixei de me perguntar se sou religioso ou se tenho fé. Acabei com essas análises que para mim são estéreis. Depois de as ter feito umas 10 vezes e voltar sempre ao ponto de partida, decidi-me a agir e ser útil à comunidade portuguêsa desta diocèse, dando um pouco do muito que recebí nos dominicanos. Diaconos = Servidor!
4° O Senhor José Oliveira (de que não me recordo) tem em parte razão quando diz que andava com os votos esfarrapados, mas nem todos. Nunca admití, (tivemos mestres) nem admito ainda, que uma pessoa por ser Superior, Prior, Pai ou Mãe, Chefe, Bispo ou Papa, só devido a esta função, tenha sempre razão e possa submeter outras pessoas a suas ideis ou opiniões. O meu voto de obediência tal como era imposto pelo padre Rolo, andava é verdade, completamente esfarrapado. Gosto desta expressão. O voto de castidade la me arranjava com ele, como todas nós, rapazes, cheios de vida e de entusiasmo!...Nunca tive problemas com o voto de pobreza, mas sempre detestei a miséria tanto para os outros como para mim. Nunca estive apegado a nenhum bem material. Trabalhei muito para que nada falte à minha família, mas posso viver com o mínimo e repartir de zero. Nisto não tenho qualquer mérito, é a minha natureza. No entanto, obedecer a alguém só porque ele é chefe, sempre me foi impossível, sobretudo se ele não é inteligente. Um abraço para todos, Fernando.

Anónimo disse...

Sr. José Oliveira(ex.fr. Imeldo)
Aceita o convite do Eduardo Bento para o agape na sua quinta. Talvez se verifique a tua ...... e encontres o António Costa para lhe solicitares que seja catequista na tua Rua.
Não deixes de ficar frente ao Eduardo Bento para que, olhos nos olhos", deixem de ser tanto "extremas" direita e esquerda.
Podes telefonar ou enviar mensagem para te juntares aos peregrinos do Sul e fazer a caminhada a pé.
Até breve.
Peregrino

Anónimo disse...

Amigo Fernando Vaz,
Sim, posso ver que a tua perspicácia é tremendamente apurada. Talvez tenhas tido tempo de aprendere a fazer a analogia das palavras ao ponto de conseguires ver nelas aquilo que nelas não existe. Isso é uma grande qualidade de que tens a sorte de ser dotado. Eu já não sou assim! A minha simplicidade sempre me leva a ver nas palavras aquilo que elas expressam na forma como estão escritas.
Isto faz-me lembrar uma passágem que aconteceu comigo quando estava a ser levantada a vedação entre a minha casa e a do meu visinho.
Devo esclarecer que o pouco inglês que consegui aprender com o Pe. Armindo de Carvalho, em Aldeia Nova, de nada me valeu quando, inesperadamente, me encontrei na Austrália. Na realidade, mais não sabia que meia dúzia de palavras soltas que me não levaram a parte alguma.
Pois esse vizinho meu, boa gente por sinal, perguntou-me - aínda hoje não sei o quê – ao que eu respondi, muito prontamente: “Sim, sim!”
Essa minha resposta originou uma enorme e franca gargalhada, pela parte deles, que me deixou francamente encavacado.
E eu, com o meu fraco e escasso inglês que àvidamente tentava aprender, perguntei: “Porque é que se ríem?”
A resposta foi: “ É que tú devias ter respondido não!” (??????)
Depois disso falamos muitas veses, como visinhos que éramos, mas nunca mais me interessou saber o que é que eles me tinham perguntado nesse dia.
Voltando ao que vinha dizendo,não meu amigo, nunca me passou pela ideia dizer que és mais religioso agora do que o eras no convento. Pelo, contrário! “Errare humanum est”. Mas foi bom que, ao mesmo tempo, conseguiste ver a outra parte que eu, realmente, quis expressar. E essa é a “Veritas veritatis”
Eu conhecía-te bastante bem, embora não fosse do teu ano. Sabia que eras muito rebelde quando tentavam a tua aversão ao que te era imposto pelo poder. Pela posição. Isso pode ser muito útil se for usado com peso e medida. Pelo menos acho que és daqueles que não te deixas “embarrilar”. Acho que esse control também o possuis, pelo que tenho depreendido dos teus escritos.
Por aqui me fico, não sem primeiro te dizer que gosto da tua forma de escrever. Parabéns.
Um grande abraço.

Anónimo disse...

Desculpa Fernando, se não assinei o comentário anterior. Eu não gosto de anonimatos. O que dizemos ou escrevemos, fazemo-lo porque estamos convictos ou então não vale a pena.
AFerreira

Anónimo disse...

Tens razão, amigo Nelson!
A minha memória é, de facto, muito curta. “Enquanto se é ninguem, ninguem pode ser alguem!
Ou o mesmo é dizer: “Não se deve pôr o carro à frente dos bois?”
Amigo Neves, é bom saber que estás aí. Obrigado pelo teu esclerecimento sobre o ponto em questão.
Um abraço amigo para vocês dois.
AFerreira

Anónimo disse...

Então, Fernando Vaz, não te lembras de mim? Puxa pela memória.
Nesse tempo que eu antes situei com precisão, depois de eu já ter tomado hábito, um dia à tarde fui interpelado por ti que nessa manhã tinhas chegado de Itália. Mal chegaste a Fátima começaste logo às turras com o teu superior Raúl Rolo. Interpelaste-me no claustro enquanto eu deambulava, no silêncio,dedilhando o Rosário. Ia eu nos Mistérios Gozosos quando a tua natural desinibição não teve pejo em interromper a minha oração e ainda por cima meneaste a cabeça escarnecendo da minha prática. Lembas-te? Provavelmente já te esqueceste que há uma casta de demónios que só são expulsos com muito jejum e oração!

José Oliveira

Anónimo disse...

Então eras tu o beatão que lá andava no clautro a desfiar o rosário com cara bem redonda semi olhos, e cabeça inclinada para o lado direito?! Para te dizer a verdade, a primeira vez que te vi naquela atitude que qualifiquei de falsarrona, até me deste nauseas e tentei logo esquecer-te e até tinha conseguido... Tu foste de todo impermeável a todos os ensinamentos e influência dos verdadeiros dominicanos: aqueles que punham o respeito da pessoa, antes das leis e dos ritos, etc. Só passàmos uns dois meses juntos, mas para mim foi suficiente. Tu pelos vistos parece que queres mais. Esquece-me e não me obrigues a faltar à caridade.
Guardo no entanto uma óptima recoprdação do António Ferreira que pelos vistos também conservou uma ideia batante justa da minha personalidade. Evidentemente que, como numa família, todos os irmãos se conhecem, e se apreciam mesmo se as idades, e os carácteres são diferentes.
Passàmos cinco anos juntos: quatro em Aldeia Nova e um em Fátima, se bem me recordo.
Obrigado por me teres consagrado um pouco do teu tempo. Lí-te com prazer e espero poder dar-te um abraço na primeira ocasião. O amigo Fernando.

Anónimo disse...

Há mais alegria no céu por um pecador que se converte do que por um milhão de diáconos franceses.
José Oliveira

Anónimo disse...

Começo a ficar pelos cabelos e a ponderar, sériamente, na hipótese de barrar a publicação de comentários insidiosos. De resto, o Zé Celestino, com toda a oportunidade e senso jurídico que todos lhe reconhecemos, já me alertou para esse facto. Este Zé Oliveira é dono e senhor de uma pena (língua) verrinosa, mordaz e pouco ética, descarregando bilis a torto e a direito sem se preocupar com os alvos. Vejam os seus comentários!... É incapaz de enaltecer, louvar ou estimular!... Naturalmente que esta postura me incomoda e permito-me deixar à vossa superior consideração o meu propósito. Gostaria que o Ezequiel também se pronunciasse, uma vez que tem sido alvo previligiado das suas arremetidas. Amigo Celestino, sentenciarás também, se te aprouver... Mas lá que este ex-Imeldo, para além de melga, é mesmo um "desbragado", já não restam dúvidas. Como diz o meu pequeno neto Nuno: Estou-me a passar!...
Abraços amigos
Nelson

Anónimo disse...

Para complementar o comentário anterior, diria que era oportuno que o Alexandrino, Fernando e Eduardo deixassem a sua opinião, já que ela tb será determinante.

Anónimo disse...

Utilizando os tiques do Imeldo eu direi apenas: "seja tudo para a salvação da nossa alma". A mim já ele chamou " cátaro de Esquerda". Mas quem tem sido mais atacado é o Fernando Vaz... o Vintém também.
Nelson, na minha opinião não lhe deves retirar a palavra. Como diria o Frei Reginaldo, a palavra é do tempo o silêncio da eternidade. O Imeldo tem certas fixações que merecem ser analisadas. Penso que ele dava um bom inquisidor.
Eduardo Bento

Armando disse...

Para quem tem como cartilha ùnica "O caminho" de S. José Maria Escrivá a dialética e o confronto de ideias com respeito pelos oponentes, é uma acção impossível. Como temos visto, o Imeldo é radical e o seu campo de pensamento reduz-se a meia dúzia de máximas aprendendidas na tal cartilha. Daí os anátemas, quais bombas, que lança, contra quem não pensa como ele.
Tinha que fazer uma reciclagem com o Celestino, porque os advogados sabem escolher não só as palavras que os inocentam como também as metáforas que melhor lhes dignificam o juízo. O Vintém, por vias divergentes chega ao mesmo radicalismo, pelo que carece também dum curso de Verão, em retiro, preferencialmente.
A. Alexandrino

Anónimo disse...

E se, antes da "censura", se começasse por ignorar, não reagir. Sem grandes estatísticas podemos verificar que o maior número de comentários se verifica como reacção a essas intervenções, mesmo com desprezo dos textos onde estão inseridos. Um exemplo é este texto do Nelson: dos 23 comentários, 3 ocupam-se do tema; vinte giram à volta do Imeldo e do Pancrácio.
Deixem morrer os bichos com falta de alimento. Se não, está certo! Como nas televisões, as audiências fazem-se com programas do género e, consequentemente, temos a televisão (o blogue) que merecemos,
Jaime

Anónimo disse...

Estou de acordo com o Jaime a mais de 100%. Já por várias vezes me tinha prometido que nunca mais responderia ao Imeldo. Além de outros dons, ele tem também o da provocação e um homem não é de pau!... Continuo a pensar que cada um se deve exprimir em toda a liberdade. Deixemos de pôr lenha na fogueira e ela se apagará por ela mesma. A partir de hoje não comentarei textos irreverentes ou anónimos por mais bem escritos que estejam. Peço que a censura seja reservada para casos verdadeiramente extremos.

Anónimo disse...

Já aqui alvitrei que não se desse importância aos anónimos. Porém penso que os comentários diversos animam o Blog. Os artigos de fundo vêm em primeira página. Os comentários que vão surgindo são em muitos casos como que conversa de café. É o espaço onde informalmente conversamos uns com os outros.
Eduardo Bento

Anónimo disse...

Já respondi ao José Oliveira,Ex-Imeldo, noutro ponto do Blog, mas fi-lo de uma maneira suave, correctora. Quando comecei a ler estes comentários, a minha ideia formou-se no sentido que vejo escrito mais à frente pelo Jaime, pelo Fernando, pelo Eduardo, pelo Alexandrino, ou seja, " os comentário vão surgindo como conversa de café". Deixai o Ex-Imeldo escrever. Afinal... até acaba por ter alguma piada, desde que não ofenda, na essência, as pessoas que ele visa. É desta forma que eu vejo o assunto. E lápis azuis da censura...deixai-os no fundo dos mais fundos gavetões.
Um abraço
Neves de Carvalho

Anónimo disse...

Tenhamos senso de humor...
O Imeldo funcionando como um palhaço, é divertido. O bobo da corte divertia porque dizia disparates. Depois tendo em conta as respostas hilariantes que provoca fazem deste blogue um verdadeiro "must".