“A
informação é o que determina o espaço e o tempo”
Prof.
David Bohm
Quem responde a estas
questões no mínimo inquietantes?
A humanidade aproxima-se
a passos largos do fecho da segunda década do terceiro milénio e ainda continua
adormecida na velha ilusão materialista/dualista. Porquê?... E, agora que a 5ª Geração
tecnológica já é uma realidade, a humanidade continuará submetida a implacável indústria
da doença?
Será que os velhos
sistemas económicos e políticos (já instáveis e ameaçar ruína) sobrevirão quando
a 5ª Geração tecnológica estiver instalada em todas as áreas da sociedade?
Como será o mundo quando
estes velhos sistemas caducos ruírem?
Quem poderá responder a
estas questões perturbantes? Na verdade, parece viver-se adormecido num mundo
em erupção. O mundo já mudou e todos o sabem…, porque é que a maioria prefere
fingir que não se passa nada?..., às vezes chego a pensar…, “será que ninguém quer enxergar o rei nu, com
medo que o julguem tolo” ou será que o novo paralisa?…,
“O REI VAI NU”.
Alguns mais “iluminados” justificam a dormência da humanidade com os jornais
televisivos e os blocos publicitários com que somos bombardeados diariamente, e
com os quais influenciamos as nossas decisões, levando-nos a viver de maneira
inconsciente. Mas se esses iluminados estão certos, entramos num paradoxo ainda
mais obscuro, ou conclui-se que humanidade vive sobre um tremendo embuste…, as
instituições, que deveriam proteger, educar e esclarecer o ser humano que nasce
livre, fazem o contrário, manipulam-no, formatam-no e escravizam-no. Claro que
não acredito nisso. Prefiro ver as instituições a fazerem o melhor que sabem e
podem dentro dos velhos padrões obsoletos, que já não funcionam mais.
Quem vai transformar
este mundo desvairado, num mundo harmonioso alegre e feliz? O ser humano. Eu, tu, ele. O mundo muda quando
nós mudamos. Se és daqueles que dizem: “isso é utopia, há muita maldade no
mundo”, é porque ainda estás cego. Vou contar um episódio que se passou há 20
anos atrás. Numa reunião com uma alta responsável dos serviços sociais, expus o
que acabei de escrever. A Sra. Dra. disse
que eu era um romântico sonhador. Nesse momento eu decidi fazer a minha parte
“ser aquilo que quero que o mundo seja”, como ensinou Gandhi. E nos primeiros
anos ouvi muitas vezes comentários do género; “é muito bonita a vida
paradisíaca do António, o pior é quando for para o mundo real”. Agora pergunto
eu…, já vivi mais de ¼ da minha vida neste mundo paradisíaco e estou próximo de
completar 1/3. Já viajei por vários países na busca e partilha de experiências.
Será que o meu mundo não é real? As instituições governamentais sociais e
económicas não são as mesmas? Claro que são…, então porque que é que nos
últimos 20 anos tudo flui e conspira a meu favor? Porque é que no meu mundo não
há luta pela sobrevivência? Será que
estou louco? Será que ver para lá da aparência e aproveitar o fluxo da vida tal
qual ela se apresenta é loucura? Não é verdade que a Casa escola António Shiva®
é uma autoridade no mundo da recuperação e transformação pessoal?
Antes de responder às
questões iniciais, vou exemplificar de forma simples, mas clara com resposta
que dei a um email que recebi a semana passada de uma moçambicana, que faz o
treino online de gestão de stress.
“Boa Tarde querido António.
O que eu vivi no banco
foram muitas coisas, mais vou começar falando dos meus primeiros anos de
trabalho, quando cheguei no XXXXX eu me senti discriminada pelos colegas pensei
que fosse pelo facto de eu ser duma outra província.
Fui várias vezes muito
maltratada. Eu chegava no trabalho e cumprimentava a minha chefe e ela
simplesmente não respondia e me ignorava com altivez.
Às vezes eu chegava no
trabalho e do nada meus colegas riam-se de mim como se tivesse as calças
borradas.
Me recordo que fiquei 3
meses tirando cópias sem função especifica, e me chamavam de modelo 60, este
modelo era um impresso que o banco usava para fazer varias operações, foi o
pior ano da minha vida…, tanto que tive uma má avaliação de desempenho e o pior
de tudo, eu nunca consegui destratar nenhuma daquelas pessoas, sofri sozinha em
silêncio…, várias noites chorei e quis desistir…, mas eu me via sem opção devido
à minha condição financeira, então decidi que no ano seguinte, eu queria dar o
meu melhor e consegui dar a volta por cima. Fui a melhor
colaboradora da agência fui a que mais vendas conseguiu fazer, mas criei uma
barreira muito grande com os meus colegas porque eu sentia que eles não me
queriam bem, na verdade sempre tive problemas em expressar os meus
sentimentos, porque sempre tive medo de magoar as pessoas.
Os anos se passaram e
os dois últimos anos foram terríveis para mim, foi muita coisa que aconteceram:
a minha separação e a empresa me colocou no balcão mais chato da cidade com várias
enchentes entrava as 7:30 para sair 20 horas e ainda trabalhar sábado para sair
as 17, rotina desgastante, pior por causa da minha gerente que não sei porque,
ela sempre me tratou mal , acredita que o ano passado ela me deu a função de
atendedora do balcão e também tinha que cuidar do arquivo do banco, um trabalho
que é muito pesado. Eu tinha que carregar caixas mensalmente e o engraçado é
que eu tinha colegas homens mais ela queria que fosse eu a fazer aquele
trabalho. Me recordo que tivermos uma reunião em que ela me tratou muito mal,
tínhamos um problema e estávamos tentando resolver e os meus colegas deram as
suas opiniões, mas quando chegou a minha vez de falar ela começou a gritar XXXXXX
cala a boca, não fala nada! Cala a boca, não fala nada! Sabe, eu fiquei calada
e assustada com aquele comportamento por parte dela, e as minhas colegas
ficaram escandalizadas com aquilo, e disseram XXXXX fala, eu disse o que sentia
em relação à minha ideia de resolver ou melhorar o problema que a agência
tinha. A minha gerente depois de ouvir o
que falei…, disse que ela pensava que quisesse dizer outra coisa…, sabes aquilo
me magoou muito e eu não fui capaz nem de lhe dizer tudo que sentia sobre isso…
continuei, calada.
Então este ano as
minhas crises de pressão pioraram Antonio, e fiquei sabendo que minhas colegas
dizem que estou me fazendo é tudo mentira minha, só para não trabalhar e o que
mais me tocou é saber que a minha gerente também tem a mesma opinião…,
Basicamente, minha
trajetória resumida no banco foi essa me esforcei para dar meu melhor dei e
muito e não senti nenhuma valorização do banco pois estou a 7 anos no banco e o
meu salário mal cobre as minhas despesas básicas.”
O mail desta jovem mulher de 32 anos mostra
com clareza como a sua postura dualista/materialista criou stress, sofrimento,
depressão, enfim uma vida miserável.
Mas como esta jovem
mulher poderia ter uma vida realizadora e feliz perante a recção que recebeu
quando chegou a esta cidade?
Livro do Êxodo
- Quando alguém sai ou entra num grupo, tem
de existir uma reacomodação. É natural que uma jovem de 25 anos vinda da
capital para uma cidade de província, cheia de força para vencer na bagagem,
amedronte os funcionários acomodados na sua zona de conforto. Mais uma no
grupo, agitaria inevitavelmente o funcionamento do grupo. E os mais inseguros
certamente reagiram violentamente. Todos sabemos que a violência resulta do
medo. Apesar de a nossa leitora, não ter a intenção de fazer mal a nenhum dos
novos colegas, ela, para os mais inseguros, era uma ameaça. E, assustados,
juntaram-se para bloquearem o sucesso na nova colega (claro que isto só
acontece porque estamos presentes pessoas com “formação/educação” arcaica ainda
baseada na competitividade ou luta pela sobrevivência). Apesar de na nova era
em que nos encontramos isso já não existir, ainda persiste a síndrome de Onoda
por todos os setores da sociedade mundial.
Perante esta reação do
grupo (que apesar de não se correta, nem normal, é muito comum acontecer), a
nossa leitora como possui uma “formação/educação” do mesmo nível dos seus novos
colegas reagiu a esta atitude dos colegas, vitimando-se e iniciou-se um
processo de bola de neve que culminou na queda de pressão e depressão.
Agora vou mostrar como a
mente expandida e esclarecida agiria perante a reação agressiva dos colegas.
Como a agressividade só resulta do medo, a primeira sensação da nossa leitora
seria de regozijo, segurança e bem-estar. Não podia mudar a atitude dos
colegas, mas podia agradecer por lhe terem dado e mostrado tanto poder. Esse
estado de gratidão, mantê-la-ia na crista da onda, transportando-a para o lugar
que merecia ocupar, que desempenharia na perfeição.
Porque tenho a certeza
que seria assim? – antes de responder a esta questão vou continuar a discernir
alguns acontecimentos atribulados desta nossa leitora. “Fui a melhor colaboradora da agência fui a que mais vendas
conseguiu fazer, mas criei uma barreira muito grande com os meus colegas porque
eu sentia que eles não me queriam bem”,
Aqui a nossa leitora, não largou a sua posição
de vítima, mas esforçou-se para que lhe dessem valor. Mas o valor já lhe tinha
sido dado, quando a hostilizaram à sua chegada e ela não enxergou. Claro que a
sua postura de vitima cria predadores e agressores.
Agora sim!…, agora vou
responder porque tenho tanta certeza de ser assim…,
Hoje a física moderna ensina-nos na sua 1ª
lei da mecânica quântica que possibilidades infinitas estão em cada
acontecimento. E tem a 2ª lei que afirma que o observador influencia o
observado. Depois vem 3ª lei que diz atrais na mesma frequência e densidade
tudo que irradias.
Perante estas 3 leis da
mecânica quântica a nossa leitora criou a sua infeliz realidade, como poderia
ter criado uma realidade bem diferente. O poder está sempre nas mãos do
observador, não do observado.
Aqui a nossa leitora
como observadora não conseguiu enxergar o poder que lhe estava a ser concedido
e rejeitou-o entrando no vitimismo.
Na verdade, a vida hoje
presenteia-nos com “o Maná” como “pão nosso de cada dia” como na travessia do
deserto do povo Hebreu. Como sabeis o maná podia ter qualquer sabor que a
pessoa desejasse. Chegou a hora de acordar, sair dessa ilusão da matéria e
escolher o que quer saborear de cada coisa ou acontecimento.
O texto já está a ficar
longo deixo para a 2ª parte a resposta às perguntas inquietantes com que
iniciei este artigo.
António Teixeira
Fernandes