segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Viver adormecido num mundo frenético


“A informação é o que determina o espaço e o tempo”
Prof. David Bohm
Quem responde a estas questões no mínimo inquietantes?
A humanidade aproxima-se a passos largos do fecho da segunda década do terceiro milénio e ainda continua adormecida na velha ilusão materialista/dualista. Porquê?... E, agora que a 5ª Geração tecnológica já é uma realidade, a humanidade continuará submetida a implacável indústria da doença?
Será que os velhos sistemas económicos e políticos (já instáveis e ameaçar ruína) sobrevirão quando a 5ª Geração tecnológica estiver instalada em todas as áreas da sociedade?
Como será o mundo quando estes velhos sistemas caducos ruírem?
Quem poderá responder a estas questões perturbantes? Na verdade, parece viver-se adormecido num mundo em erupção. O mundo já mudou e todos o sabem…, porque é que a maioria prefere fingir que não se passa nada?..., às vezes chego a pensar…,  “será que ninguém quer enxergar o rei nu, com medo que o julguem tolo” ou será que o novo paralisa?…,
 “O REI VAI NU”. Alguns mais “iluminados” justificam a dormência da humanidade com os jornais televisivos e os blocos publicitários com que somos bombardeados diariamente, e com os quais influenciamos as nossas decisões, levando-nos a viver de maneira inconsciente. Mas se esses iluminados estão certos, entramos num paradoxo ainda mais obscuro, ou conclui-se que humanidade vive sobre um tremendo embuste…, as instituições, que deveriam proteger, educar e esclarecer o ser humano que nasce livre, fazem o contrário, manipulam-no, formatam-no e escravizam-no. Claro que não acredito nisso. Prefiro ver as instituições a fazerem o melhor que sabem e podem dentro dos velhos padrões obsoletos, que já não funcionam mais.
Quem vai transformar este mundo desvairado, num mundo harmonioso alegre e feliz?  O ser humano. Eu, tu, ele. O mundo muda quando nós mudamos. Se és daqueles que dizem: “isso é utopia, há muita maldade no mundo”, é porque ainda estás cego. Vou contar um episódio que se passou há 20 anos atrás. Numa reunião com uma alta responsável dos serviços sociais, expus o que acabei de escrever. A Sra. Dra.  disse que eu era um romântico sonhador. Nesse momento eu decidi fazer a minha parte “ser aquilo que quero que o mundo seja”, como ensinou Gandhi. E nos primeiros anos ouvi muitas vezes comentários do género; “é muito bonita a vida paradisíaca do António, o pior é quando for para o mundo real”. Agora pergunto eu…, já vivi mais de ¼ da minha vida neste mundo paradisíaco e estou próximo de completar 1/3. Já viajei por vários países na busca e partilha de experiências. Será que o meu mundo não é real? As instituições governamentais sociais e económicas não são as mesmas? Claro que são…, então porque que é que nos últimos 20 anos tudo flui e conspira a meu favor? Porque é que no meu mundo não há luta pela sobrevivência?  Será que estou louco? Será que ver para lá da aparência e aproveitar o fluxo da vida tal qual ela se apresenta é loucura? Não é verdade que a Casa escola António Shiva® é uma autoridade no mundo da recuperação e transformação pessoal?
Antes de responder às questões iniciais, vou exemplificar de forma simples, mas clara com resposta que dei a um email que recebi a semana passada de uma moçambicana, que faz o treino online de gestão de stress.
 “Boa Tarde querido António.
O que eu vivi no banco foram muitas coisas, mais vou começar falando dos meus primeiros anos de trabalho, quando cheguei no XXXXX eu me senti discriminada pelos colegas pensei que fosse pelo facto de eu ser duma outra província.
Fui várias vezes muito maltratada. Eu chegava no trabalho e cumprimentava a minha chefe e ela simplesmente não respondia e me ignorava com altivez.
Às vezes eu chegava no trabalho e do nada meus colegas riam-se de mim como se tivesse as calças borradas. 
Me recordo que fiquei 3 meses tirando cópias sem função especifica, e me chamavam de modelo 60, este modelo era um impresso que o banco usava para fazer varias operações, foi o pior ano da minha vida…, tanto que tive uma má avaliação de desempenho e o pior de tudo, eu nunca consegui destratar nenhuma daquelas pessoas, sofri sozinha em silêncio…, várias noites chorei e quis desistir…, mas eu me via sem opção devido à minha condição financeira, então decidi que no ano seguinte, eu queria dar o meu melhor e consegui dar a volta por cima. Fui a melhor colaboradora da agência fui a que mais vendas conseguiu fazer, mas criei uma barreira muito grande com os meus colegas porque eu sentia que eles não me queriam bem, na verdade sempre tive problemas em expressar os meus sentimentos, porque sempre tive medo de magoar as pessoas.
Os anos se passaram e os dois últimos anos foram terríveis para mim, foi muita coisa que aconteceram: a minha separação e a empresa me colocou no balcão mais chato da cidade com várias enchentes entrava as 7:30 para sair 20 horas e ainda trabalhar sábado para sair as 17, rotina desgastante, pior por causa da minha gerente que não sei porque, ela sempre me tratou mal , acredita que o ano passado ela me deu a função de atendedora do balcão e também tinha que cuidar do arquivo do banco, um trabalho que é muito pesado. Eu tinha que carregar caixas mensalmente e o engraçado é que eu tinha colegas homens mais ela queria que fosse eu a fazer aquele trabalho. Me recordo que tivermos uma reunião em que ela me tratou muito mal, tínhamos um problema e estávamos tentando resolver e os meus colegas deram as suas opiniões, mas quando chegou a minha vez de falar ela começou a gritar XXXXXX cala a boca, não fala nada! Cala a boca, não fala nada! Sabe, eu fiquei calada e assustada com aquele comportamento por parte dela, e as minhas colegas ficaram escandalizadas com aquilo, e disseram XXXXX fala, eu disse o que sentia em relação à minha ideia de resolver ou melhorar o problema que a agência tinha.  A minha gerente depois de ouvir o que falei…, disse que ela pensava que quisesse dizer outra coisa…, sabes aquilo me magoou muito e eu não fui capaz nem de lhe dizer tudo que sentia sobre isso… continuei, calada.
Então este ano as minhas crises de pressão pioraram Antonio, e fiquei sabendo que minhas colegas dizem que estou me fazendo é tudo mentira minha, só para não trabalhar e o que mais me tocou é saber que a minha gerente também tem a mesma opinião…,
Basicamente, minha trajetória resumida no banco foi essa me esforcei para dar meu melhor dei e muito e não senti nenhuma valorização do banco pois estou a 7 anos no banco e o meu salário mal cobre as minhas despesas básicas.”
  O mail desta jovem mulher de 32 anos mostra com clareza como a sua postura dualista/materialista criou stress, sofrimento, depressão, enfim uma vida miserável.
Mas como esta jovem mulher poderia ter uma vida realizadora e feliz perante a recção que recebeu quando chegou a esta cidade?
Livro do Êxodo
  - Quando alguém sai ou entra num grupo, tem de existir uma reacomodação. É natural que uma jovem de 25 anos vinda da capital para uma cidade de província, cheia de força para vencer na bagagem, amedronte os funcionários acomodados na sua zona de conforto. Mais uma no grupo, agitaria inevitavelmente o funcionamento do grupo. E os mais inseguros certamente reagiram violentamente. Todos sabemos que a violência resulta do medo. Apesar de a nossa leitora, não ter a intenção de fazer mal a nenhum dos novos colegas, ela, para os mais inseguros, era uma ameaça. E, assustados, juntaram-se para bloquearem o sucesso na nova colega (claro que isto só acontece porque estamos presentes pessoas com “formação/educação” arcaica ainda baseada na competitividade ou luta pela sobrevivência). Apesar de na nova era em que nos encontramos isso já não existir, ainda persiste a síndrome de Onoda por todos os setores da sociedade mundial.
Perante esta reação do grupo (que apesar de não se correta, nem normal, é muito comum acontecer), a nossa leitora como possui uma “formação/educação” do mesmo nível dos seus novos colegas reagiu a esta atitude dos colegas, vitimando-se e iniciou-se um processo de bola de neve que culminou na queda de pressão e depressão.
Agora vou mostrar como a mente expandida e esclarecida agiria perante a reação agressiva dos colegas. Como a agressividade só resulta do medo, a primeira sensação da nossa leitora seria de regozijo, segurança e bem-estar. Não podia mudar a atitude dos colegas, mas podia agradecer por lhe terem dado e mostrado tanto poder. Esse estado de gratidão, mantê-la-ia na crista da onda, transportando-a para o lugar que merecia ocupar, que desempenharia na perfeição.
Porque tenho a certeza que seria assim? – antes de responder a esta questão vou continuar a discernir alguns acontecimentos atribulados desta nossa leitora.    Fui a melhor colaboradora da agência fui a que mais vendas conseguiu fazer, mas criei uma barreira muito grande com os meus colegas porque eu sentia que eles não me queriam bem”,
 Aqui a nossa leitora, não largou a sua posição de vítima, mas esforçou-se para que lhe dessem valor. Mas o valor já lhe tinha sido dado, quando a hostilizaram à sua chegada e ela não enxergou. Claro que a sua postura de vitima cria predadores e agressores.
Agora sim!…, agora vou responder porque tenho tanta certeza de ser assim…,
   Hoje a física moderna ensina-nos na sua 1ª lei da mecânica quântica que possibilidades infinitas estão em cada acontecimento. E tem a 2ª lei que afirma que o observador influencia o observado. Depois vem 3ª lei que diz atrais na mesma frequência e densidade tudo que irradias.
Perante estas 3 leis da mecânica quântica a nossa leitora criou a sua infeliz realidade, como poderia ter criado uma realidade bem diferente. O poder está sempre nas mãos do observador, não do observado.
Aqui a nossa leitora como observadora não conseguiu enxergar o poder que lhe estava a ser concedido e rejeitou-o entrando no vitimismo.
Na verdade, a vida hoje presenteia-nos com “o Maná” como “pão nosso de cada dia” como na travessia do deserto do povo Hebreu. Como sabeis o maná podia ter qualquer sabor que a pessoa desejasse. Chegou a hora de acordar, sair dessa ilusão da matéria e escolher o que quer saborear de cada coisa ou acontecimento.
O texto já está a ficar longo deixo para a 2ª parte a resposta às perguntas inquietantes com que iniciei este artigo.
Fico a aguardar,

António Teixeira Fernandes  

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