quinta-feira, 20 de março de 2014

DIA MUNDIAL DA FELICIDADE


A propósito de Gente Feliz… e da merecida homenagem ao João de Melo, venho lembrar que hoje, 20 de Março de 2014, se celebra, pela segunda vez, o Dia Mundial da Felicidade, aprovado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas a 28 de Junho de 2012. O desejo e a procura da felicidade é um dos objectivos fundamentais do ser humano.
A ideia para a sua criação foi lançada pelo Butão, país localizado nos Himalaias que, em vez do Produto Interno Bruto (PIB) adopta a Felicidade Nacional Bruta.
Este dia, visa promover o bem estar das pessoas e das nações, pretendendo que haja um maior compromisso com o desenvolvimento sustentável e seja reforçada a ajuda aos outros, até porque quando contribuímos para o bem comum, enriquecemo-nos a nós próprios.
O bem estar material é difícil de ser alcançado por quem vive na pobreza extrema ou enfrenta a ameaça da crise socioeconómica, como nós. Mas desde que tenhamos o suficiente para a satisfação das necessidades básicas, o dinheiro deixa de contar para a felicidade. O importante é ter saúde, família, esperança, pensamento positivo, optimismo, gratidão, saborear as alegrias da vida e cuidar do corpo e do espírito.
A felicidade é um sentimento de bem estar interior, de satisfação, de paz, de vida com sentido.
Penso que é possível ser duradoura através da emoção positiva, como a alegria ou o contentamento, da motivação, esforço e compromisso. Tem a ver não só com a personalidade, mas também com a disposição e a forma de estar de cada um, o modo como lidamos com o stress e as dificuldades e como vivemos de acordo com os nossos valores, com o que acreditamos.
Parece estar provado que 40% da nossa felicidade está nas nossas mãos, na forma como encaramos a vida, 50% é de carga genética e apenas 10% depende das circunstâncias, por exemplo, a crise.
A chave do bem estar interior está na forma como olhamos para a vida, na postura face aos problemas e nos objectivos que definimos. As relações sociais, o conviver com os amigos, valorizar o que se tem, ser solidário, optimista e confiante, são importantes na construção de uma existência mais feliz.
Cabe a cada um descobrir a forma ideal de viver e que faça sentido para si. É importante conhecermo-nos a nós próprios, para alcançarmos o bem estar espiritual desejado.
Concluindo, diria que a felicidade é uma atitude pessoal, interior, face à vida e aos acontecimentos. Como ela é subjectiva, está lançado o debate e cada um terá certamente uma palavra a dizer, para animar o Blog.
Um abraço e felicidade para todos.


Baltazar Martins Jesuino

10 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com a excelente reflexão do Baltazar, até mesmo quando ele diz que a felicidade pode ser duradoura, embora muitos defendam que a felicidade não existe, o que existe são momentos felizes.
Anacleto

Anónimo disse...

Também concordo com a brilhante mas curta reflexão do Baltazar e acho que ele deveria fazer uma breve alteração e adaptação de modo a ser publicada nos jornais portugueses. Certamente iria contribuir para o melhoramento da felicidade de muitos dos nossos conterrâneos que se sentem deprimidos com as notícias vindas a lume da ineficácia das Leis e da Justiça e a grande corrupção que grassa no País, que nos oprime a todos nós, porque é a nós, contribuintes, que eles vão buscar o que os outros desviam para Offshores e não só. Tudo isto contribui para que a a felicidade dos portugueses ande muito em baixo. Como cristãos e, a exemplo do Papa Francisco, temos a obrigação de alertar e de lutar contra a grande Injustiça e Corrupção que existe em Portugal e que já tem levado pessoas ao suicídio. Este breve artigo poderia contribuir para que o bem estar interior de muitos(as) melhorasse e tivessem uma vida mais feliz, se fosse a dar a conhecer publicamente.
António Alves

Anónimo disse...

Na linha do primeiro comentário, concordo com o que é referido no texto, de que a felicidade pode ser duradoura. Mas àquilo que o Baltazar diz, acrescentaria que ela pode ser duradoura também através da meditação. Se ficar viúvo e viver muitos anos, vou regressar ao convento e provar que se pode ser plenamente feliz já aqui neste mundo, através da meditação, da contemplação, da relação com o Outro, Deus, Yavé, como lhe queiram chamar, que também está em mim. Gostava de viver isso de uma forma plena e traduzi-lo num livro, tocando no tema da morte que hoje em dia é um tabu e que o seu esquecimento leva à exploração desenfreada a que estamos a assistir, menosprezando os outros, adorando o Deus Dinheiro, sacrificando todos os valores perante esse Ser Absoluto do Dinheiro. Para mim, a crise não é tanto economica, mas mais uma crise de valores, em que nos esquecemos que somos todos pessoas, irmãos, que estamos aqui de passagem, que somos finitos, que a morte existe e nos espreita dia e noite. Mas temos um poder infinito dentro de nós, a nossa mente, que nos permite ser plenamente felizes já aqui e agora.
Manuel Vieira

Anónimo disse...

A felicidade não está na chegada mas no caminho. Vivo o hoje, a viagem, rumo aos meus objetivos. Um dos valores, objetivos, mais importantes para mim é a amizade convosco, com outros e sentir-me bem comigo próprio. Preciso de persistência para manter o equilíbrio emocional, para superar os pensamentos negativos, de modo que o foco nos aspectos positivos da vida me levem à felicidade. Tenho o poder de criar a realidade que quiser. A vida é bela, mas é uma sucessão de crises, todas elas necessárias para a evolução, constituindo novas oportunidades, mudança, desafio, criatividade. A partir da minha transformação pessoal, consigo também mudar os que comigo convivem e juntos lutar por um mundo melhor, de amor, justiça, alegria, respeito, esperança, felicidade. Merecemos isso e muito mais. O futuro pertence-nos desde que acreditemos nesse sonho. Vamos lutar por esse sonho, caros amigos e antigos colegas de Aldeia Nova e Fátima?
João Nobre

Anónimo disse...

Parabéns ao Baltazar pela sua breve reflexão sobre a Felicidade, porque através das suas maravilhosas ideias e daquelas que surgiram nos comentários, é possível transformarmo-nos um pouco a nós próprios e, como membros da sociedade onde vivemos, melhorar o meio que nos envolve de modo que todos possamos ser mais felizes e solidários, já hoje. Não vos parece, Eduardo Bento, Zé Celestino, Fernando Vaz? Podia e devia acrescentar outros nomes de colegas que também escrevem brilhantemente, mas resolvi provocar estes ilustres amigos até porque estão na origem do Blog e se encontram dispersos por diferentes paragens. Será que neste momento se encontram na Crimeia? Como não dizem nada?!...
Um abraço para todos do Emanuel

Anónimo disse...

Como ninguém, nem nenhum dos meus ilustres amigos referidos, diz nada, venho eu expor a minha opinião sobre a felicidade. Além do que já foi dito, pouco tenho a acrescentar. Para mim, ela vive-se. Sente-se. Não me preocupo em ser feliz ou não. Sinto-me bem comigo próprio e com os que me rodeiam. Vivo o dia a dia, desfruto-o, à minha maneira. Não sei se chegarei ao dia de amanhã. Também não me preocupo com isso. Carpe diem. Gozo o dia. Mas se se celebra o Dia Mundial da Felicidade, é porque há uma ou várias razões para isso. Todos nós, homens e mulheres, desejamos ser felizes. Mas nem todos são. Há vários suicídios, diariamente, e alguns de uma forma violenta, com um tiro na testa. Entre os nossos ex-colegas também já tem acontecido, mas de uma forma mais suave, como o enforcamento ou comprimidos. Acontecerão esses casos de desespero só devido à solidão ou depressão? Não vim aqui discorrer sobre esse assunto, mas sobre alegria, contentamento. Vim animar o Blog Criar Laços, que parece um pouco morto. Vou escrevendo, transmitindo para o computador o que me vem à cabeça neste momento. A felicidade é um tema muito vasto. Desde o principio do mundo, homens e mulheres se têm debruçado sobre ele. Para Sócrates e Platão, um Homem deve ser senhor de si, ter autocontrole. Para Aristóteles a felicidade é uma atividade de acordo com a virtude. É entendida como o maior bem do homem. A pessoa feliz é autosuficiente. Não me vou alongar mais, nem falar de outros filósofos, psicólogos, nem da recente Psicologia Positiva. Termino, desejando a todos os Bloguistas e outras pessoas que porventura venham a ler estas linhas, muitas felicidades e bem estar nas suas vidas.
Emanuel (Para quem não concorde ou queira transmitir-me a sua opinião, que agradeço, aqui deixo o meu email: antoniomartins1945@gmail.com)

Nelson disse...

Palavra de honra que não pendo para a anarquia, nem pouco mais ou menos, mas entendo que só é infeliz quem procura a infelicidade. Cada um terá de definir o seu padrão de felicidade. Eu não espero que a felicidade venha ter comigo, vou eu ter com ela... Se sou infeliz a rir, choro; se sou infeliz só, procuro companhia; se sou infeliz a escrever, leio o que os outros escrevem. A crise económica de que tanto se fala e os assaltos silenciosos dos governantes, podem revoltar-me, mas não me fazem infeliz. Daí a minha absoluta e total concordância com o texto do Baltazar e a opinião dos restantes amigos. Vamos promover o aumento da FNB, que sepulte de uma vez por todas o ideólogos da economia e das políticas económicas que a seu jeito vão teorizando compêndios de infelicidade. Quando o homem fizer de cada dia, um dia Mundial da Felicidade, ninguém mais se preocupará com o PIB.
Amigo Baltazar, Velho Companheiro das longas viagens no comboio da Beira Alta, ainda a vapor (e com mais janelas que o da Beira Baixa)na década de cinquenta do século passado, continua a partilhar connosco as tuas reflexões... pode ser que elas despertem os prosadores e poetas referidos atrás pelo Emanuel.
O blog está a deixar-me sem trabalho, mas vou resistindo.
Um abraço
Nelson

Anónimo disse...

Dou os parabéns ao Baltazar pela sua breve reflexão, porque já contribuiu certamente para que muitas pessoas possam ser mais felizes, pois vem lembrar-nos que a felicidade está em nós e não nos outros, nem nas coisas ou no dinheiro que possamos ter. Alguns comentários falam da relatividade da vida e que a morte nos espreita. Também concordo que se esse tabu da morte fosse desfeito, a vida poderia ser melhor para nós e para muitos dos nossos concidadãos, pois os governantes teriam outros valores e a dívida e a crise de que tanto se fala, seriam diferentes. A verdadeira justiça, a compaixão, a solidariedade, estariam presentes no dia a dia.
Para mim, a felicidade é uma atitude pessoal, interior. Constrói-se. Está nas pequenas coisas. Encontro-a no sorriso de uma criança, no sol que brilha no firmamento, na alegria dos que me rodeiam. Encontro-a em mim próprio, no meu interior, na descoberta de mim mesmo. A vida é uma aprendizagem, uma viagem de autodescoberta. Quando ousamos ser quem somos, tornamo-nos mais facilmente amigos de nós próprios e dos outros.
Se decido não ser vítima do passado e construir uma nova vida, o poder interior que possuo faz com que surja em mim uma certa felicidade. O passado existe só na minha cabeça e na maneira como o observo. É apenas uma lembrança e o futuro é uma promessa. O momento que estou a viver é o aqui e agora. O importante é o que escolho pensar, acreditar e expressar agora. O pensamento cria o sentimento e vivo a vida de acordo com isso. Mas sou eu que controlo a minha mente. Os pensamentos negativos assaltam-me constantemente, mas tomando consciência deles, prossigo para além deles. Faço aquilo que julgo estar certo. Sigo a minha voz interior. O amor por mim próprio transforma-me de vítima em vencedor e o meu pensamento positivo molda o meu futuro. Gosto e tenho apreciação por mim. A vida transforma-se assim numa dádiva de alegria. Sou feliz. Podemos e devemos ser felizes sempre, dentro das nossas possibilidades, mesmo no dias mais nublados. É maravilhoso a vivência da harmonia com o nosso próprio ser.
Felicidades e alegria para todos os ilustres bloguistas, antigos companheiros de Aldeia Nova e por quem aqui passar...
Alfredo

Anónimo disse...

Ao passar por aqui, não quero ficar sem dar os parabéns ao Baltazar pela sua bela e breve reflexão sobre um tema que nos é tão caro a todos nós. Já contribuiu de certeza para muitos serem mais felizes, inclusive eu próprio.
Como ele refere, cada um é feliz à sua maneira, pois a felicidade é subjetiva. Uns são felizes, por exemplo, na calmaria do campo, outros vivendo numa cidade. O dinheiro e o conforto material são secundários. A comparação com outros, torna-se prejudicial. Mas a família, a espiritualidade, a saúde, a educação, a amizade, contribuem muito para atingirmos a felicidade. Cada um procura no seu projeto de vida, o que o faz feliz, o que o torna realizado, satisfeito.
A felicidade, tema vasto e complexo, é um estado de espírito que vem dos tempos de criança. Pode ser melhorado. As relações pessoais, a esperança num futuro melhor, permitem-nos sorrir mais e ver em cada novo desafio uma oportunidade de renovação, de aprender mais, de ir mais além, de avançar para a plenitude desejada.
Pode-se ter tudo e não ser feliz, pois como já dizia Aristóteles, a felicidade alcança-se pela posse do bem adequado à natureza humana. A sua procura é muito antiga. Existiu sempre. Porém, atualmente, as pessoas são mais responsáveis pela sua própria felicidade, pois têm mais alternativas quanto ao sentido que querem dar às suas vidas. Temos direito a ser felizes. O texto da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, 1776, refere que todos os Homens foram criados iguais, foram dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, estando entre eles, a vida, a liberdade e a busca da felicidade.
Segundo a imprensa, a depressão e o pessimismo têm aumentado entre os portugueses, pelos mais variados motivos, entre os quais a crise que se vive no País. Somos responsáveis pela nossa felicidade e pela dos outros. Somos todos irmãos. A felicidade ao dividir-se, multiplica-se. A alegria e a paz interior constrói-se a partir de nós. Vamos transmitir uma palavra de esperança num mundo melhor, mais justo, e contribuir para uma Felicidade Coletiva?
Hermenegildo

Anónimo disse...

Ao ler a brilhante reflexão do Baltazar e os comentários que se seguiram, não quero ficar sem agradecer a todos o valioso contributo que me deram para melhorar a minha felicidade, a minha performance, evitando cair em depressão. Fizeram-me lembrar que quando nós mudamos, o mundo muda. Fizeram-me questionar porque é que eu estou aqui? Que estou aqui a fazer? Qual é o meu sentido de vida? Isso levou-me a um maior autoconhecimento, sentir-me bem e melhor poder ajudar os outros.
A qualquer momento podemos mudar a nossa vida. Somos guiados, estamos todos protegidos. Somos energia Tudo é energia. Somos todos um. O exemplo de cada um vai potenciar o outro a ser mais feliz. Fazemos todos parte do Universo, da Inteligência Divina. Somos todos diferentes, mas iguais. Todas as pessoas nascem iguais e deveriam ter as mesmas oportunidades.
Com aquilo que li aqui no Blog Criar Laços, descobri-me melhor a mim mesmo. Autoconsciencializei-me. Lembrei-me dos tempos de Aldeia Nova. Criou em mim uma amizade por todos vós. O amor, a amizade, são importantes na vida e no bem estar pessoal. A consciência de quem sou e dos meus limites, o sentido existencial, levam-me a ser mais feliz. Não estou aqui por acaso. Estou grato a todos os que se manifestaram e a todos os que conheci em Aldeia Nova, Olival. Foi tão bom esse passado, é tão bom viver e estar a escrever estas linhas. A oportunidade é hoje de ser feliz. A felicidade não é um fim, mas um caminho. O caminho se faz ao caminhar. A felicidade para mim é uma satisfação, um pensamento, a consciência limpa do dever cumprido. É amor próprio, conhecer-me a mim mesmo, confiança em mim, no que sou e no amor com que faço as coisas. Escutar-me, celebrar quem sou. Perdoar-me por tudo o que fiz até hoje, que até foi o melhor que sabia. Assumir quem sou.
Somos a solução para a nossa vida. Proposta de felicidade: sermos o exemplo. Amar os outros como nos amamos a nós próprios. Não fazer ao outro o que não queres que te façam a ti. Tudo isso contribui para sermos mais felizes. Boa Páscoa para todos.
João Manel