segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mais um poema do nosso amigo Eduardo Bento

Com a devida vénia ao autor.
São estes os dias que interpretamos nestes tempo, modo e lugar.
É o tempo que vivemos.
Assim a nossa "estrada" tenha sentido, como diz o poema que se transcreve:

HOJE

Neste rio navegamos
Entre margem e margem apertados.
À superfície vamos

O tempo que nos coube
Faz de nós rebanhos tresmalhados.

Mas é preciso que a nossa voz
Não seja
Um uivo ou um balir perdido

Saibamos que o nosso rio tem foz
E que em toda a estrada há um sentido.

In O Nevoeiro dos Dias de Eduardo Bento
A fls. 34

Antero

1 comentário:

Antero disse...

Meu caro Nelson,
O poema saíu um pouco adulterado, faltando a pontuação original de reticências e sendo dois corpos de cinco versos cada.
Como se trata de uma transcrição e uma obra publicada, aqui reponho a estrutura do poema que na publicação, obviamente sem intenção,não respeitou o original:

“ HOJE

Neste rio navegamos
Entre margem e margem apertados.
À superfície vamos…
O tempo que nos coube
Faz de nós rebanhos tresmalhados.

Mas é preciso que a nossa voz
Não seja
Um uivo ou um balir perdido…
Saibamos que o nosso rio tem foz
E que em toda a estrada há um sentido.”