Com a devida vénia ao autor.
São estes os dias que interpretamos nestes tempo, modo e lugar.
É o tempo que vivemos.
Assim a nossa "estrada" tenha sentido, como diz o poema que se transcreve:
HOJE
Neste rio navegamos
Entre margem e margem apertados.
À superfície vamos
O tempo que nos coube
Faz de nós rebanhos tresmalhados.
Mas é preciso que a nossa voz
Não seja
Um uivo ou um balir perdido
Saibamos que o nosso rio tem foz
E que em toda a estrada há um sentido.
In O Nevoeiro dos Dias de Eduardo Bento
A fls. 34
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1 comentário:
Meu caro Nelson,
O poema saíu um pouco adulterado, faltando a pontuação original de reticências e sendo dois corpos de cinco versos cada.
Como se trata de uma transcrição e uma obra publicada, aqui reponho a estrutura do poema que na publicação, obviamente sem intenção,não respeitou o original:
“ HOJE
Neste rio navegamos
Entre margem e margem apertados.
À superfície vamos…
O tempo que nos coube
Faz de nós rebanhos tresmalhados.
Mas é preciso que a nossa voz
Não seja
Um uivo ou um balir perdido…
Saibamos que o nosso rio tem foz
E que em toda a estrada há um sentido.”
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