domingo, 29 de novembro de 2009

RECORDAR É VIVER... (II)


Mais uma do álbum do Filipe.

sábado, 28 de novembro de 2009

RECORDAR É VIVER... (I)


H0je, fica aqui uma foto de Aldeia Nova!... Finais da década de 50... Pertence ao álbum do Filipe Lage Batista, que chega a este espaço via Zé Celestino. Quem conhece quem?...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

JAIME CARVALHO COELHO - 28 de Novembro - PARABÉNS!...



Falar ou pensar no Convento dos Dominicanos, em Fátima, trás á memória Pessoas que nos são queridas. Uns estão cá, outros já partiram.
Das Pessoas de referência, desse convento, está o aniversante de hoje.
Activo, acolhedor, com sentimentos de partilha e de alegria.
Quem não se lembra do seu sentido de humor e recatada gargalhada. Exigente no silêncio para ouvir o Bolero de Ravel.
Óptimo condutor da carrinha, com a particularidade de não causar acidentes mas de...sofrer batedelas dos outros carros.
Que o aniversário de hoje seja festejado com calma, requinte, ternura e não como aquele em que a cidade de Lisboa estava com o recolher obrigatório e não deu para beber o copo até ao fim.
Um triplo e fraterno abraço com votos de saúde e de boa disposição q b .


jm



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Rifão Quotidiano

Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia

chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a

é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece

Mário Henrique Leiria, in Novos Contos do Gin


Por: A. Alexandrino

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A. NOVA - 1964/65

Gostei de ver aqui divulgadas as fotos referente ao ano lectivo 60/61, e em particular aquela do 1º Ano, e para além de recordar toda a minha turma, também consegui identificar alguns dos anos mais velhos.

Assim:

5º Ano reconheci o Filipe Lage Batista, Ginja, e J.S. Pedro (Sacristas);

4º Ano - João Zulmiro (meu conterrâneo), Brízido e Alberto Carvalho ;

3º Ano- Baleco, Horácio Peixoto e J. Ferro;

2º Ano -José Gama, Ernesto Taborda (o Pianista), “Tó” Ferreira, José Luís, Domingos “Campanhã” e Celestino.

Por este motivo resolvi enviar o que resultou da evolução desse meu 1º ano, assim publico a foto tirada no ano lectivo 64/65 do meu 4º Ano por altura da inauguração da parte Nova do Seminário Apostólico Dominicano , era assim que se chamava nessa “ era”.

Na 1ª fila da esquerda para a direita temos: João Melo Pacheco, Paulo Branco, José Lopes, José Veríssimo, Celestino, eu (J. Ambrósio Ribeiro), Manuel Ferraz.

Na 2ª fila : José Maria, Fr. Henrique, Fr. João Domingos (o Xerife) e o Cardoso.

Também , e no mesmo dia, para além das outras turmas foi feita a foto geral para a posteridade. Assim em frente ao novo edifício em pela estrada ( belos os tempos em que se podia andar no meio das estradas !) a pose Geral com os mais novos nas duas primeiras filas, alguns até sentados no chão. Embora conheça todos, entre os mais velhos apenas consegui reconhecer e me lembrar de alguns nomes. A começar pela esquerda embora não consecutivos : Ernesto Taborda, Paulo Branco, M. Ferraz, Abílio, Tó Ferreira, João Gonçalves, Cardoso, Caló, Celestino, José Lopes, Zé Maria, Elias Silva, os Freis Rogério”Paff-Pá”,Henrique, Tonino, João Domingos, Domingos “Alcobaça”, Jaime, e mais á esquerda Guedes “da Régua”, José Luís Lourenço, Júlio Rodrigues, J. Veríssimo, o penúltimo da 2ª fila o João Melo Pacheco e em último na esquerda estou eu próprio (longe da confusão , talvez com a precaução de não ser atropelado!).

Quem conseguir identificar mais , pois que o faça, essas informações serão com certeza bem recebidas.

Obs.: Lamento não ter podido ir ao encontro deste ano, não foi possível. Estive em dúvida até ao último momento, pondo até a hipótese de surgir de surpresa.

Um forte abraço para todos.

Joaquim Ambrósio Ribeiro
(Clica nas imagens para aumentar)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

MANUEL NEVES DE CARVALHO - 19 DE NOVEMBRO - PARABÉNS!... -


Era o mais novo do seu curso. Observador e dado á meditação. Nem sempre tinha vaga no piano ou órgão, existentes em no convento de Fátima.
A sua vida profissional foi dedicada ao mundo da engenharia civil.
Há 25 anos (+ou-) fundou um grupo-amador de música (cavaquinhos?..) e..."liberto" da profissão está a escrever a música para uma Missa.
Continua solidário e faz parte de uma Associação de combate á tuberculose.
Votos de muitos e bons anos de vida com toda essa "garra" de solidariedade, alegria e reflexão.
jm

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ainda a partida do Frei Armindo - COMO SE NÃO FOSSE UMA DESPEDIDA



Estive hoje bastante cedo na capela dos dominicanos porque queria despedir-me do Pe Armindo. Não podendo ir às cerimónias fúnebres, ali estive, sozinho, com o corpo jacente daquele espírito afável a quem tanto devemos, no silêncio do convento. Àquela hora ainda a capela estava sem ninguém. E eu, com o Pe Armindo, ali tão próximo e já tão distante, trouxe à memória episódios vividos em que ele esteve presente e que me marcaram, nos marcaram e fizeram de nós, também, o que nós somos. Estive ali na capela, sozinho, e não estava triste. Eu podia lá estar triste a rememorar episódios de vida com o Pe Armindo! Se todos os homens fossem como ele tão afável, tão cordial, tão francamente claro, a nossa história seria mais humana. Partiu um homem tão simples e tão luminoso. Não estou triste. Talvez um pouco comovido e – será da idade – estou estranhamente feliz.

Como o Neves de Carvalho referiu num comentário, aqui há uns anos, visitámos na companhia do António Ferreira e do Brízido, o Pe Armindo. Nessa altura ele deu-me dois livros de poesia. O Pe Armindo deixou muita publicação dispersa e em 2000 e 2001 publicou, por insistência de amigos, respectivamente, Ao Sabor das Horas Vagas e Ao Sabor das Horas Vagas II. Um dia procurarei fazer uma reflexão sobre a obra poética do Pe Armindo. A sua linguagem é de uma grande simplicidade com uma grande exigência de correcção formal. Diria que a temática se centra numa visão religiosa da vida atingindo aqui e ali uma dimensão mística. Mas a sua poesia não foge ao Mundo e está bem enraizada na vida dos homens reflectindo problemas reais do nosso mundanal percurso. Aqui deixo um dos seus poemas, com a promessa de um dia voltar à Obra do Frei Armindo:

LISBOA SOLITÁRIA

Solidão, solidão, mais solidão,
nas almas de agitados temerosos,
que labutam no duro o dia inteiro
com suor e com sangue pressurosos.

Lá em casa há estômagos vazios.
Há crianças já velhas, sem saber,
ao lado dos avós com seus feitios,
que ainda estão à espera de nascer.

Tanta miséria está a clamar aos céus,
pois lá perto só há arranha-céus
e luxo, muito luxo, que dor de alma!

O desnível de vida é clamoroso!
Parece que este mundo é monstruoso:
ao lado da miséria, o luxo e a calma!



(Aqui deixo uma breve reflexão para outros ajudarem a continuar)
Eduardo Bento