terça-feira, 19 de agosto de 2008

ALDEIA NOVA - A Velha Casa, que futuro?...

Aldeia Nova traz-nos muitas recordações. Eu vivi lá entre os anos de 1968-1972. Agora que estou em Fátima, passo lá de volta e meia para recordar aqules passeios que se faziam até ao Café do Ventura beber uma cerveja ou/e comprar um SG que depois se fumavam atrás da Capela ou nos balneários. Ou as idas diárias ao sapateiro sr. Albino para fumar um cigarrito ou ver jogar matraquilhos, desde que houvesse um pente... Malandrices dos anos 60.... Porém, mudam-se os tempos... Aldeia Nova tem estado ocupada por crianças da Obra do Padre Gil, mas dentro em breve deixarão de lá estar. E temos (a Província) de estudar o futuro daquele espaço. Claro, terá que ser vendido, pois uma casa desabitada será rapidamente uma casa vandalizada. E é assim que eu, como ecónomo provincial, tenho estado atento a que apareça um possível comprador. A Câmara de Ourém mostrou-se muito interessada - até se falou em vários projectos e preços - mas no momento em que estavamos prestes a concretizar o forma de pagamento, roeu a corda, como se costuma dizer. "Por unanimidade decidiu a Câmara não estar interessada no terreno". Estavam, mas de repente deixaram de estar!!! São os políticos que temos... Continuo à procura de comprador. Se alguém tiver alguma ideia do futuro a dar áquela "nossa casa" ou conhecimento de algum interessado, diga-o. E até dia 18 de Outubro, aqui em Fátima.
Fr. José Geraldes

2 comentários:

Anónimo disse...

São os políticos que temos, ou os frades que temos?

Quando diz que quer vender o terreno, apesar de este ter um edifício, qualquer iniciado percebe qual é o mais que provável problema.

Mas não é caso para se assustar.

Os que não percebem não deveriam ser induzidos a apenas prestar atenção ao manguito celebrizado no século XIX por Bordalo Pinheiro.

Pessoalmente, gosto que os políticos competentes sejam respeitados. Dependemos muito mais deles que o que quase toda a gente julgta saber.

Quanto à quinta de Aldeia-Nova, vamos ver o que se pode fazer.

Porém, não vejo grande alternativa à sua colocação junto de reformados estrangeiros.

Pense nisso.

P.S.

E considere como um presente o facto de eu estar aqui a criticá-lo.

Para quem goste mais da indiferença, também é possível arranjar qualquer coisa.

Anónimo disse...

Continuação

Tomei como fidedigna a citação do frei João Domingos,adiante incluída porque, no que se refere ao estilo, corresponde ao que lhe conheci na segunda metade da década de 60.

"O sermão do Frei João Domingos dirigido aos nossos peixes trungungueiros"

http://www.jornalangolense.com/full_index.php?edit=389&id=1636

(lido em 7/01/2008 no "Jornal Angolense", on line, em contexto que parecia reportar-se a 2004/2005)

“Nós estamos a assistir a ambição da grandeza, a ambição da riqueza, que não olha aos pequenos, que não olha aos pobres. É assim que queremos um país em paz? Achamos que assim o povo vai ficar caladinho e feliz? O povo não pode estar feliz, porque ele vê, tem olhos abertos, está a ver…”
...
“Dizem que só os ricos é que podem fazer produzir as grandes terras. Muito bem, mas por favor deixem a terra perto das aldeias, perto das vilas ao povo, para que ele cultive perto de casa. Não se canse nos caminhos, não ande com pesos às costas tantos quilómetros. A terra junto às populações devia ser respeitada para as populações. E a esses grandes ricos então, outras terras, mais longe, onde eles podem ir de carro, podem ir de tractor. É mais fácil para eles andar longe, do que o povo andar a pé tantos quilómetros.”
...
“Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal.

O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa da corrupção? Ou é porque o sal não salga ou porque a terra se não deixa salgar.

Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber.

Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma coisa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem.

Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal!”