Aqui há atrasado, a meio de Outubro, estava a malta da finda
comissão dos nossos encontros a conversar com o Pe Bernardo e Pe Pedro à porta
do convento de Cristo – Rei, àcerca da ida a Vila Verde para entregar a
documentação à nova comissão - Manuel Ferraz, José Gama, José Lopes e Manuel
Pires – quando o Padre Bernardo se vira para o Pe Pedro e lhe pergunta se não
conhecia o Santuário da Abadia, obtendo por resposta que não, não conhecia.
Logo ali ficou combinado que, quando fossemos entregar a
papelada e o ceptro à nova comissão, faríamos um passeio pela região de Vila
Verde e Amares, com prolongamento para o Santuário de S. Bento da Porta Aberta
que fica em pleno Gerês.
Far-se-ia um almoço a condizer, depois iríamos todos ao
Santuário de Nossa Senhora da Abadia, que pertence à freguesia de Bouro Santa Maria e fica
encravado nas serranias que separam a vila de Terras de Bouro - terra da
naturalidade do Padre Bernardo - das terras do Concelho de Amares, vila onde
conheci a minha futura mulher, e onde haveria de me dedicar a diversas
actividades de índole cultural.
Como o dia que marcámos para esta entrega de testemunho à
malta de Vila Verde não calhou bem ao Pe Pedro, pois estava em Lisboa já que é
o Provincial da Ordem Dominicana, não quizemos anular a nossa viagem, pois se
impunha a passagem da pasta, e lá fomos todos ter a Prado- Vila Verde que é
terra do Horácio Peixoto e do Manuel Ferraz, onde já este nos esperava na companhia
do José Lopes, não tendo podido comparecer o Manuel Pires nem o José Gama.
Marcámos para os dias maiores e mais soalheiros da Primavera
o passeio por terras da Abadia e pelo S. Bento da Porta Aberta e Gerês, na
esperança de que todos estejamos de boa saúde e prontos a abalar de jornada.
Ao arrumar na estante um romance do Júlio Dinis, que morreu
de ruberculose e era médico pela Escola Médica do Porto, dei com um livrinho
sobre a Senhora da Abadia escrito pelo Cónego Arlindo Ribeiro da Cunha, autor do
livro de Literatura do nosso 5º ano de Aldeia Nova, que o Pe António tão bem
nos ensinava, não se lembram?, do qual
vos apresento algumas laudas feitas no scanner da impressora.
Àcerca do encontro com a nova comissão, tudo correu muito
bem, tendo-nos o Ferraz levado a passar e parar junto da casa do Horácio e da
Rua com o seu nome, para depois continuarmos para um restaurante na margem
esquerda do Rio Neiva, o tal rio que inspirou o Poeta do Neiva ( Sá de Miranda
) na alusão do Cónego Arlindo, e cuja vida passou em grande parte na freguesia
da Torre e jaz no túmulo que se encosta à parede norte da igreja da freguesia
de Carrazedo, ambas do concelho de Amares.
Aqui faço também homenagem a um cantor e compositor que revolucionou
a música ligeira em Portugal e morreu em 1984, estando enterrado no cemitério da
freguesia da Torre:- António Variações.
Em sua homenagem, a Câmara de Amares mandou colocar o seu busto à margem da
estrada, na recta antes de Caldelas, freguesia também deste concelho.
Do encontro vão aqui algumas fotos para memória futura dos
seus actores e testemunho para aqueles que não tiveram a oportunidade de se
comprazer connosco.
Pela Comissão dos encontros de 2012 e 2013
Neves de Carvalho
2 comentários:
"Aqui há atrasado" andei por essas bandas sem me aperceber do Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Após esta descrição fiquei com vontade de conhecê-la.
É uma expressão popular, mas é engraçada, não é Alexandrino? Então tu vens cá para cima e não dizes nada ao pessoal? Não sei se precisas de cicerone, mas, quando vieres, pode ser que arranjes um, depende da oportunidade.
Um abraço
Neves de Carvalho
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