Informamos que a partir de agora estão encerradas as inscrições para a
participação na apresentação do livro do Bento, por razões logísticas.
Aqueles que se inscreveram devem dirigir-se ao Hotel dos Cavaleiros,
em Torres Novas
na Praça 5 de Outubro e depois contar com o jantar e serão cultural em casa do autor.
participação na apresentação do livro do Bento, por razões logísticas.
Aqueles que se inscreveram devem dirigir-se ao Hotel dos Cavaleiros,
em Torres Novas
na Praça 5 de Outubro e depois contar com o jantar e serão cultural em casa do autor.
2 comentários:
Parabéns ao Eduardo Bento,
por várias razões:
A sua palavra continua a estabelecer uma corrente positiva de poesia e amizade.
Bem gostaria de estar presente, mas desta vez não me é possível.
Aqui vai um abraço, especialmente para o Eduardo Bento, mas também para os amigos da "cepa" de Aldeia Nova, por quem espero estar bem representado.
Ao Nelson ou algum dos presentes, agradeço depois as referências da edição para que os ausentes possam adquirir o livro.
Antero
Estive presente!
Neste dia em que houve várias e tão diversas tonalidades, tudo foi perfeito.
- O almoço: barato, mas farto e óptimo, o que pelos vistos ainda não é contraditorio em Portugal.
- A intervenção do Manuel Pena, autor do prefácio e que passou uns largos anos nos dominicanos...
- A leitura de trechos escolhidos da autoria do E.Bento, feita por amadores competentes e bem preparados. -A intervenção do E.Bento e a conclusão do Frei Bento...
- Ainda no restaurante apreciàmos os fados cantados pelo Guerra o
Celestino e um terceiro não menos capaz mas cujo nome esqueci.
- O serão continuou na cave do Eduardo, à volta de uma mesa preparada pela Vitoria (à sombra de um homem ilustre estásempre uma mulher...cansada...) Com o meu amigo Ivan ficàmos mais dois dias para ajudar a comer os restos, que eram tão bons, mas não conseguimos, pois havia comida para o pàroco e toda a paróquia, como aquíse diz.
Na verdade eu que eu não fiquei encarregado de fazer a acta deste evento, ela vai vir com fotos e tudo. Como terminei a noite às tres da manhã, vim para o computador e encontrei num blog uma belíssima e profunda apresentação do livro do E.Bento, que passo a transcrever-vos. Para que não caisse como um cabelo na sopa fiz esta introdução. Foram momentos raros os que passàmos juntos no dia 14. Obrigados,Vitoria e E.Bento.
Sábado, 14 de Abril de 2012
Eduardo Bento, O olhar que procura um barco
Desce a noite. Apolo, no seu carro de fogo, dirige-se para a triste habitação dos mortos. Cresce a sombra. O fim da tarde traz uma fresca brisa e ao longe ouve-se a flauta de um pastor. É da idade, chegou o tempo das nostalgias. Hoje comovo-me a olhar para o passado. Todos partiram e deixaram-me aqui, neste lugar agora tão diferente do que já foi (E. Bento, O olhar que procura um barco)
Onze viagens pela estranho país do passado, pelo território puro e inicial dos mitos, por esses tempos em que razão e imaginação se fundiam e traçavam um rumo altivo no mundo. Acidentalmente, escrevi ontem aqui sobre a revisitação do passado, do meu passado, como um exercício cómico. Opus à comédia plebeia a tragédia aristocrática. Haverá outras possibilidades. O narrador da última viagem - aquela que se denomina Felix Turre - comove-se. Essa é uma possibilidade real, uma mistura de desordem e de ternura, uma comoção. Talvez a proposta do mais novo livro de Eduardo Bento - lançado hoje - seja essa: uma ternura pelos tempos do passado, por esse grande império dos mitos clássicos, e a esperança que isso ainda nos desordene. A desordem é apenas um passo para uma nova ordem. E onde é que nós, ocidentais tardios, haveremos de ir buscar a seiva, o sangue e a linfa? À terra, à sagrada terra do mito de onde tudo provém. Este é o desafio e a proposta que Eduardo Bento lança a partir das onze viagens que compõem o seu O olhar que procura um barco.
Assinado por J.C.M.
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