O Novo mundo não é ficção
O Cardeal Tolentino afirma hoje num artigo: “É importante darmo-nos conta que o mundo já não voltará a ser aquilo que era, e que há um novo percurso que devemos seguir. Mas para isto temos de reforçar a nossa experiência comunitária. E juntos, todos unidos, sem descartar ninguém, sem deixar ninguém para trás, que seremos capazes de enfrentar os imensos desafios que nos esperam. Não tenhamos dúvidas: a única verdadeira "imunidade de grupo", de que tanto se fala, é o amor, a justiça social, a construção de um mundo mais humano”.
A questão é a seguinte. Será possível um novo
mundo, sem uma nova consciência? Certamente que não. Se dermos uma vista de
olhos, pela história da humanidade, percebemos que em cada época, predominava
um tipo de consciência. E, é a consciência individual e coletiva, que definem a
realidade de cada época. A humanidade sempre fez, o melhor que sabia e podia,
dentro do que conseguia enxergar. Apesar de em todas as épocas surgirem, alguns
despertos (iluminados), foram mal-interpretados, pelas mentes fechadas de
discípulos e seguidores, que em vez de seguirem seus mestres…, deturparam seus
ensinamentos geralmente de amor e compaixão, pelas trevas do medo, originando
fanáticas instituições religiosas, que espalharam o terror em nome de Deus, e
regaram com sangue o paraíso, criado por Deus (natureza).
Será que “a vida em abundância”;
é uma utopia? Será que “o nazareno”, nos enganou? Será que nascemos para sofrer
com doenças horrorosas, guerras, fome, genocídio, homicídio, ansiedade,
depressão, suicídio, ou qualquer outra forma de sofrimento? De forma alguma,
posso acreditar que Deus “criação/natureza”, criaria este maravilhoso planeta/paraíso,
para fazer dele uma arena onde se deleitava com as lutas insanas dos filhos,
que tinha vendado à nascença.
Se assim fosse, Deus o criador de todas as
criaturas da natureza, seria insano, masoquista e cruel. “Deus é amor”, dizia
Paulo, e não há como duvidar. Deus é amor, e essência, que dá vida a forma
humana. A criação, é sábia e sempre justa. O mundo de amor e abundância, é uma
realidade, e está aí…, esperando por ser habitado pela humanidade. O que
falta…? Somente amplificar a consciência, ao estado mais puro de amor
“aceitação”. Sabemos que estas afirmações, não têm nada novo.
Não será verdade, quando o
nazareno, afirmava: “o meu reino, não é deste Mundo” João
18: 36; ele já falava, no que hoje a ciência moderna chama de mundos paralelos.
O tal “Reino dos Céus”, não é um outro lugar…, mas sim um novo estado de
consciência.
Pouco adianta opinar com mais ou
menos palha. O que não falta para aí é opiniões e “achismos”, dos “especialistas
na matéria”.
A pergunta é; como será o novo
mundo? Como é que todos viveremos?
Ontem saí para ir ás compras, e
encontrei um mundo de pessoas fechadas em suas cápsulas, de rostos tapados,
abatidas, num processo de reciclagem. Á primeira vista, pareciam almas penadas
(mortos vivos), mas ao estar mais atento, percebi que existia um profundo
mergulho cogitativo.
Se os mais adormecidos e distraídos
ainda não se refizeram, do grande abanão, os mais despertos e atentos, já veem
o novo mundo para além da matéria (quântico/metafisico). Já enxergam a grande
derrocada das já frágeis estruturas dos velhos sistemas
político/económico/social/religioso. Não resta pedra sobre pedra. Tudo já mudou
(ou está em mudança) … desde o ensino, até a saúde, já nada é como dantes “no
quartel de Abrantes”.
Mas afinal o que é que vai mudar,
que seja motivo de tanta expectativa e regozijo?
Não haverá certamente a caça as
bruxas. Tudo é perfeito da forma que é.
Vamos aos factos…, até aqui o ser
humano e a humanidade em geral tem procurado a própria realização, progresso e
felicidade no material. Contruíram-se coisas fabulosas, viaturas, comunicações,
palácios e toda a espécie de equipamentos práticos para facilitar a vida
(conforto, lazer e prazer). Apesar deste progresso material maravilhoso, que
ainda está para dar um salto gigantesco num futuro muito próximo, com a
estabilização da 5ª geração tecnológica. O ser humano (humanidade), não
encontrou a tão famigerada felicidade (plenitude). “A plenitude não está
fora (na matéria), mas sim dentro na pessoa”. Penso que esta frase já
foi escrita e lida biliões de vezes. Mas só agora, na era Covid, é que se
começa a fazer luz.
Como o novo mundo, não é um
lugar, mas um novo estado de consciência, o ser humano passara a viver de
dentro para fora. Não estará mais sujeito ao efeito das circunstâncias
externas, mas pela posse interna do Ser construir a realidade externa do ter.
Na verdade, este novo mundo
sempre foi anunciado, e tudo que possa escrever é palha ao lado da sabedoria
dos grandes mestres e mentores. Não deixo de ser um pomposo arrogante tentado
ser humilde. O novo mundo já foi anunciado das mais diversas formas. "Vi,
então, um novo Céu e uma nova Terra", Apocalipse 21.1. o que faz a nova
terra (realidade material) é o novo Céu (consciência). A consciência do Ser
para Ter. A consciência do Ser para ter, está a surgir na humanidade há já
muito tempo. Mas o sistema educacional instituído, viciados mantinha a
formatação na competitividade e luta pela sobrevivência, condenando através da
repressão do “SER” milhões de homens e mulheres ao sofrimento da ansiedade,
pânico, depressão, que em casos extremis leva a dependência de droga, suicídio,
morte. Mas na verdade já são águas passadas. O mundo já mudou e uma nova
humanidade surge de dentro para fora.
Já nada é como antes. Uma nova
consciência mudou a face da terra. Toda a natureza rejubila de alegria. Uma
nova espécie surge no planeta. E todos nós fazemos parte dela!
Obrigado por estares na minha
vida e no meu mundo
António Teixeira Fernandes
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