domingo, 27 de janeiro de 2019

Ansiedade - o inferno da sociedade moderna


“Não há rapazes maus”
Padre Américo

A humanidade, nunca teve tanto e nunca foi tão infeliz. Vive mergulhada no vazio existencial. Com a Ansiedade, pânico, agorafobia e outras fobias causadoras da maioria dos males, no topo do mal-estar das camadas mais jovens da humanidade. Garantindo o continuo sucesso da indústria da doença e de seus agentes. Enquanto continuarmos neste caminho, a ansiedade (medo) continua a evoluir a velocidade vertiginosa, arrastando com ela todos os tipos de guerras internas e externas do mundo moderno.
Nunca os meus textos, serviram para denunciar seja o que for. Sempre que interfiro com algumas palavras escritas, é para apresentar soluções e não alimentar celeumas estéreis indignas de qualquer inteligência. Há mais de 20 anos que dedico minha vida a esvaziar homens e mulheres de todos os estratos sociais raças e credos, desse medo ilusório chamado ansiedade. Apesar da ansiedade ser a causa de quase todos os males, e alimentar a indústria mais poderosa do planeta, não passa de uma ilusão dos sentidos. Não digo que o sofrimento que ela provoca não é real. Claro que é real. Mas é provocado por uma visão distorcida da realidade. Da mesma forma que a Organização Mundial da Saúde diz que todas as doenças crónicas são psicossomáticas, também afirmo que a ansiedade assim como a depressão resulta de uma ilusão dos sentidos. E posso fazer esta afirmação de forma categórica. Se alguém tiver dúvidas, basta pedir esclarecimentos no atendimento da casa escola António Shiva.
Ansiedade; vilão que matas qualquer momento prazeroso de onde vens? Vem do velho paradigma educacional; Newtoniano/cartesiano. O mundo mudou e continuou-se a enxergar como antes. Hoje a ciência moderna mostra de forma simples e clara que é um caso de pedagogia educacional. Todos que passam pela nossa escola de transformação de paradigma são a testemunhas disso.
Então vejamos: Quando ouvi pela primeira vez “Não há rapazes maus”, pedagogia do Padre Américo, rapidamente se tornou a frase mais inspiradora na minha curta infância (se é que tive infância), e foi continuando até a idade adulta.
Vou contar como foi…, desde criança mesmo vivendo num gueto em que a tensão da luta pela sobrevivência era ininterrupta. Sempre percebi que, por detrás da violência, existia um medo incontrolável. Quanto mais medo mais violência. Os maldosos perversos eram tão maldosos quanto tristes e infelizes. E a luta pela sobrevivência era simplesmente um reflexo do medo e da infelicidade das pessoas do meu gueto. Um gueto feito de casebres cobertos a canas e chapas de zinco, habitado na esmagadora maioria por famílias de etnia cigana.
Quantas vezes me lembro das palavras de meu pai quando se referia a mim “ele não é mau, são as más companhias que o estragam”. Quando ouvia o meu pai, eu ficava convicto que os pais daqueles que eram “más companhias” para mim, diziam o mesmo dos filhos. E passava eu, a ser a “má companhia” para os filhos deles.
O que é que tem isto a ver com a ansiedade de hoje?
Tudo! Na verdade, naquele gueto, nos últimos anos, da década de cinquenta, estava-se em constante pressão (dormindo-se sempre com um dos olhos abertos), não existindo condições para que ansiedade se instalasse. Ao mais pequeno sinal de perigo, era injetado adrenalina no sangue, para que pudéssemos fugir ou lutar contra o perigo.
Hoje o mundo já mudou, mas continua-se com a pedagogia, assente no medo. Medo de não ser capaz, medo do desemprego, medo de não estar a altura das espectativas, medo de não ser amado, medo de ser enganado, medo de não estar no lugar certo na hora certa, medo, medo, medo, medo…, enfim um mundo de vitimismo. Continuados a ser formatados desde a mais tenra idade, para ser normalizado. Como sendo um parafuso que tem que entarraxar numa determinada porca. O conceito de normalidade em relação ao ser humano, esta a destruir a humanidade do futuro. 20 % dos nossos alunos do 2º ciclo já são drogados com a Ritalina…, há quem afirme que a culpa é dos programas de ensino desatualizados. Há quem dê outras explicações. Mas a verdade é que 20% dos nossos filhos são drogados a força, só porque o que lhe querem impingir não lhes desperta qualquer interesse.
Resultando que os 20% que não se deixa formatar é drogado, os outros 80% são normalizados atrofiando os talentos, com que nasceram. Essa formatação leva-os inevitavelmente para o lugar de vítimas. Tornamo-nos dependentes do sistema arruinado. Enfim, sem poder; escravos de um sistema, pelo medo de serem excluídos. Os que não se deixam formatar chamam-lhe marginais. Infelizmente a maioria prefere ser dependente de uma “normose”, do que fazerem da sua vida uma obra. Com medo de ser marginalizado. Depois de formatados (normalizados), sentem-se usados e enganados, fechados no medo, achando que o mundo os deseja prejudicar: o governo, os vizinhos, a sociedade, “os maus” (Não há rapazes maus), que tomam as mais variadas formas.  Tornam-se dependentes dos acontecimentos. Marionétes alienadas sem qualquer poder…, queixam-se, reclamam, protestam e reúnem-se em grupos para lutar contra aqueles que os submetem. De uma forma geral a vida destas pessoas não é boa, tirando raras exceções.
É esta pedagogia do medo que faz a metamorfose; transformando o há de mais belo e divino do humano num “ansioso” que não confia no fluxo e processo da vida, tombando no fosso do inferno existencial.
Seria bom nos responsabilizarmos, pelo que está a acontecer ao mundo e á humanidade. Em vez de tentar “curar”, seria bem mais útil mudar a pedagogia materialista/dualista pela moderna pedagogia espiritual da física moderna. A física das possibilidades em liberdade.
António Fernandes

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