quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CONVÍVIO COM O FILIPE LAGE BATISTA

O Filipe, há longos anos a residir no Canadá/Montreal, veio, acompanhado da mulher e de um filho, passar umas pequenas férias a Portugal.
Sabedor da sua vinda, um grupo de colegas de Aldeia Nova/Fátima, preparou-lhe uma simbólica receção. Havia que quebrar uma separação que para alguns perdurava há mais de 50 anos…
Na manhã do dia 25 de Julho/12, chegado ao Aeroporto de Lisboa, esperava-o o Zé Celestino. Foi forte, longo e comovido o abraço do reencontro.
Durante cerca de uma hora, saboreando uma bica à mesa de um café do Aeroporto, o Filipe e o Zé Celestino falaram dos seus percursos de vida e, naturalmente, das vivências de Aldeia Nova/Fátima. A mulher e o filho do Filipe partilharam, com alegria nos olhos, o reencontro dos velhos amigos. 
No dia 27 Jul/12, o Costa, o Zé Ribeiro, o Baltazar, o Neves e o Zé Celestino promoveram uma reunião/convívio com o Filipe na já conhecida «Tasquinha do Lagarto», (Lisboa/Campolide), a qual decorreu entre as 20.00 e cerca das 24.00 h, e na qual participaram também a mulher e o filho do Filipe. Imaginem os temas abordados nas curtas 4 horas da reunião… De Aldeia Nova até ao Canadá, os temas de conversa sucederam-se «ad infinitum»…
Antes de regressar ao Canadá, o Filipe estimulou uma segunda reunião/convívio, em Peniche, local onde tem uma casa e passou os seus dias de férias em Portugal. Esta reunião/convívio realizou-se no dia 24 de Agosto/12, das 12.00 a cerca das 19.00 h. O local escolhido foi o restaurante, «Toca do Texugo»…. Estiveram presentes o Neves, o Leopoldo, o Brízido, o Zé Espirito Santo, o Costa e o Zé Celestino. Convidado pelo Filipe, o Francisco Fanhais abrilhantou o convívio com encantadoras baladas, algumas do vastíssimo reportório do Zeca Afonso.
Como devem imaginar, foi um dia pleno de mutuas e fraternas manifestações de amizade.
Estando presentes o F. Fanhais, o Filipe e o Neves teriam de aparecer, obviamente,3 violas afinadíssimas….
O F. Fanhais, o Filipe e o Zé Celestino cantaram e encantaram todos os presentes com  baladas e canções coimbrãs e também alentejanas…:
Dá-me uma gotinha d´água
Dessa que eu oiço correr,
Entre pedras e pedrinhas,
Alguma gota há-de haver

Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta,
Quero cantar como a rola,
Como a Rola ninguém canta.



O som das violas e o entoar das canções fizeram juntar ao grupo vários forasteiros que passavam pelo local, um dos quais, bastante jovem, até mostrou os seus dotes de tocador de viola e cantor de canções do Zeca.
O convívio continuou na casa de praia do Costa, em Peniche, onde nos aguardava um lauto lanche ajantarado, primorosamente preparado pela mulher do Costa. Bem-haja ao casal Costa.
Eram cerca das 22.00 h, quando, já na casa do Filipe, a poucos Kms da casa do Costa, e após o último café, se retomaram   fortes, longos e comovidos abraços. Porém, agora,de despedida do Filipe.
Prometeram-se reencontros…
Cada um rumou a suas casas: O Neves, o Leopoldo, o Brízido e o Zé Espírito Santo aceleraram até ao Porto/Maia e o Zé Celestino até terras da Srª do Almortão/Idanha-a-Nova…
O Filipe voou dia 27 para Montreal, de onde já telefonou a dizer que fez boa viagem e a falar, com saudade, do reencontro com os inesquecíveis amigos dominicanos.
Vejam algumas fotos que perpetuarão o descrito convívio.

Zé Celestino

3 comentários:

Nelson disse...

É bom rever, ainda que por imagens, um Velho Companheiro que comigo entrou em A. Nova nos idos de 1955.
Um abraço, Filipe!
Nelson

Filipe Batista disse...

Não posso deixar de sublinhar que foi com grande emoção e com os olhos banhados em lágrimas que dei um grande e apertado abraço,este do tamanho de 50 anos de ausencia!,ao José Celestino. Lembrámos, momentaniamente, as nossas aventuras, sobretudo do nosso inseparável grupo: Filipe, Celestino, Alexandrino e Neves. Sempre fomos como irmãos em tudo o que faziamos!... Recordar esses velhos tempos é sinal que estamos bem vivos e que compartilhamos ainda os prazeres de uma camaradagem e irmandade que só a morte porá fim! Bem hajam todos! Só tive pena de não ter dado esse abraço do tamanho do tempo ao nosso Alexandrino! Mas enquanto há vida há esperança. Não posso deixar de sublinhar a grande generosodade do José Celestino!...Foi igualmente muito emocionante ter abraçado o Costa,o Baltazar, o Brízido,o Espirito Santo, o Leopoldo e nosso escritor e editor, cujo nome esqueço, por momentos, (que me perdoe!...)e o Moreno que me telefonou durante os dois encontros. Um bem hajam para todos
Espero poder continuar ainda por muitos anos a abraçar todos os nossos colegas.
Aqui fica mais um agradecimento e um forte abraço para todos do
Filipe Batista

Antonio Ferreira disse...

Há duas coisas neste mundo de que nunca fui possuidor: inveja e ambição!
Mas confesso que ao ler o blogue, pelo menos uma delas ocorre dentro de mim. E essa é a "inveja".
Tenho inveja dos vossos encontros, pois com eles vocês teem a oportunidade e o prazer de conviver, lembrar, viver, prolongar.... que mais poderei dizer!... a vida, a camaradágem, os élos indestrutiveis de amizade que nos irão manter unidos para o resto das nossas vidas. Digo nossas porque aqui, dentro do rectângulo que pertence, eu vivo convosco esses vossos encontros. A alegria que teem de poder abraçar e conversar, não só uns com os outros que se encontram no mesmo país, mas também com aqueles a quem a vida, por óbvias razões, levou para outras partes do mundo.
Neste caso em particular, refíro-me ao vosso encontro com o Lages Baptista.
Alegria, lágrimas, saúdades que transbordam, recordações que, por momentos, voltam a ser realidade,... enfim, toda a turbulência de muitas dezenas de anos que passaram sobre uma faze das nossas vidas em comum mas que o tempo não conseguiu apagar.Que o tempo jamais conseguirá apagar!
Por isso, eu tenho inveja de vocês!!! Mas tenho inveja no bom sentido. E só desejo que possam continuar a encontrar-se e a viver a vida porque ela não dura para sempre. E nós já passamos a fase de jóvens bem para o outro lado. Não quero dizer que somos velhos mas...
Deixo aqui um grande abraço para o Filipe. E como não podia deixar de ser, um grande abraço para todos que, porventura leiam este esboço de comentário.
Do amigo irmão,
Antonio Ferreira