Os senhores deste mundo – pelo menos são eles que dão a face, porque haverá outros na penumbra – estão reunidos no Japão, supostamente para tratarem dos problemas que a humanidade enfrenta. Há muitos anos, que os governantes dos países mais ricos, periodicamente se reúnem procurando dar resposta a questões prementes para os povos. Curiosamente, depois dos discursos, dos relatórios, dos comunicados finais, dos banquetes e das festas, o que fica são os mesmos problemas e mais agravados. Até hoje não houve uma resposta eficaz para a fome, a pobreza, as alterações climáticas. Não passamos dos discursos, de umas palavras de intenção e tudo vai ficando pior neste mundo cada vez mais globalmente injusto. Agora querem responder à crise dos cereais e incentivar a pequena agricultura. Mas repare-se, como exemplo, para onde sucessivos governos atiraram a nossa agricultura, a grande e a pequena.
Os povos sem saída descrêem destes encontros dos poderosos e nada esperam das suas reuniões. Pois foram incapazes de realizar os compromissos tomados em encontros anteriores. Nesta cimeira, eles estão preocupados com os problemas económicos mundiais. Mas nada fazem para alterar a situação em que se alarga sempre mais o fosso entre pobre e ricos em que estes são cada vez mais ricos; o trabalho é sacrificado face ao capital e este acumula-se de forma escandalosa e não contribui para responder às necessidades da maioria mas serve de jogo para especulações financeiras.
Assim os grandes senhores do mundo estão, uma vez mais, reunidos no que parece ser um ritual obsceno e obscuro; estão muito preocupados com a situação do mundo mas não produzirão nenhuma alteração real, que altere este caminho desnorteado da humanidade. Tem sido sempre assim, e eles sabem-no. Atingiu a situação tal nível, que o porta-voz do Vaticano é levado a afirmar: «Existe o perigo real de que os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio sejam recordados só como palavras vazias».
Esta é uma tragédia, pela primeira vez na História, definimos o problema, sabemos a resposta, temos possibilidade de encontrar uma solução porque temos meios técnicos e humanos, porém interesses, que se movimentam no escuro, não permitem uma saída para a humanidade.
Sabemos em que estado está o mundo, temos meios para o transformar. O que impede de alterar as coisas?
Os povos sem saída descrêem destes encontros dos poderosos e nada esperam das suas reuniões. Pois foram incapazes de realizar os compromissos tomados em encontros anteriores. Nesta cimeira, eles estão preocupados com os problemas económicos mundiais. Mas nada fazem para alterar a situação em que se alarga sempre mais o fosso entre pobre e ricos em que estes são cada vez mais ricos; o trabalho é sacrificado face ao capital e este acumula-se de forma escandalosa e não contribui para responder às necessidades da maioria mas serve de jogo para especulações financeiras.
Assim os grandes senhores do mundo estão, uma vez mais, reunidos no que parece ser um ritual obsceno e obscuro; estão muito preocupados com a situação do mundo mas não produzirão nenhuma alteração real, que altere este caminho desnorteado da humanidade. Tem sido sempre assim, e eles sabem-no. Atingiu a situação tal nível, que o porta-voz do Vaticano é levado a afirmar: «Existe o perigo real de que os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio sejam recordados só como palavras vazias».
Esta é uma tragédia, pela primeira vez na História, definimos o problema, sabemos a resposta, temos possibilidade de encontrar uma solução porque temos meios técnicos e humanos, porém interesses, que se movimentam no escuro, não permitem uma saída para a humanidade.
Sabemos em que estado está o mundo, temos meios para o transformar. O que impede de alterar as coisas?
Luis Moutinho
5 comentários:
O Nelson fez bem não desactivar este nosso blog, o que nos permite ler estes textos e outros, como também nos permitiu ser informados, acompanhar e compartilhar o drama que vivia a familia do Horácio.
Penso que o blog passou (senão a uma velocidade superior) a uma outra fase! Não há pressão nem obrigação de resultado, nem publicações regulares que, segundo me parece, o nosso subconsciente, nos tinha imposto... Teriamos feito da quantidade, senão a única, a primeira exigência? Desde o momento em que aceitàmos todas as eventualidades, mesmo a de ver o blog desaparecer, ele ganhou nova intensidade, em toda a liberdade... Viva o novo blog! Fernando.
Faltava a primeira frase!...
É já a segunda vez que o Luis Moutinho nos regala com uma análise tão profunda com agradável a ler sobre a actualidade desportiva ou económica e tenho a certeza que outras virão...
O Nelson fez bem não desactivar este nosso blog, o que nos permite ler estes textos e outros, como também nos permitiu ser informados, acompanhar e compartilhar o drama que vivia a familia do Horácio.
Penso que o blog passou (senão a uma velocidade superior) a uma outra fase! Não há pressão nem obrigação de resultado, nem publicações regulares que, segundo me parece, o nosso subconsciente, nos tinha imposto... Teriamos feito da quantidade, senão a única, a primeira exigência? Desde o momento em que aceitàmos todas as eventualidades, mesmo a de ver o blog desaparecer, ele ganhou nova intensidade, em toda a liberdade... Viva o novo blog! Fernando.
As portas continuam abertas e a minha disponibilidade é a mesma. A única guerra, já declarada por mim, é aos "anónimos" que não souberam e não souberem coexistir num espaço que é de amigos. Que mais vos posso dizer? -Dai-me trabalho.Para ti, Fernando, um grande abraço.
Nelson
Caros amigos,
Participo, «ab initio» no nosso blogue e defendo entusiásticamente a sua continuação e enriquecimento.
Não fora o entusiasmo e empenhamento técnico do Nelson Amaral Veiga, estou certo que o blogue já não existiria...
Mais uma vez quero expressamente louvar o Nelson por esse seu entusiástico empenhamento e gabar-lhe a paciência e arte de saber lidar com os anónimos comentaristas de intervenções menos construtivas...
Defendo que o blogue deve ser aproveitado para rápida informação uns dos outros e combinar/estimular encontros mais ou menos alargados... Para dizer que estamos vivos... que morreu ou foi operado o amigo X...
Quem tiver fotografias que documentem a nossa vivência comunitária, que as enviem, via e-mail, para o Nelson...
Quem se lembrar de episódios mais ou menos ilustradores dos nossos tempos de Aldeia Nova/Fátima que os descreva no blogue...
Isto não significa, obviamente, que deixem de ser apresentados temas/intervenções de natureza social, política ou religiosa...
Nestes casos, cada um saberá avaliar do impacto e/ou polémica dessas intervenções e potenciais reacções..
E, para finalizar,relembro que o nosso próximo encontro geral é no dia 18 de Outubro, em Fátima...
Vamos lá agendar esta data para «Encontro em Fátima» e não assumir outros compromissos para a mesma...
Ao grupo dinamizador do encontro peço que se empenhe na mobilização da malta e vá procurando um espaçoso e agradável restaurante para o almoço conjunto...
Um abraço amigo
Zé Celestino
É isso Zé Celestino. Estou aqui porque quis estar, porque sonhei este espaço, porque queria partilhar com todos (mesmo com aqueles com quem me não cruzei em Aldeia Nova), coisas que nunca dissemos uns aos outros... eu, afinal perdi-vos a todos e só vos reencontrei meio século depois!... foi para reatar esses laços que o blog nasceu. Fica uma certeza - ás minhas mãos não morrerá, ou morrerá comigo. Obrigado Zé! Aguardo por todos.
Abraços
Nelson
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