O
secretário-geral da ONU identificou no passado dia 23, numa intervenção em
Davos, os “Quatro Cavaleiros do Apocalipse” que provocam atualmente incertezas
e instabilidade no mundo: as alterações climáticas, a desconfiança dos
cidadãos, as tensões geopolíticas e as ameaças tecnológicas.
ZAP
// Lusa
Sopram os ventos dos bons
auspícios. Surge por todos os cantos do mundo guardiões zelosos da nossa casa.
Desde o Papa Francisco, aos milhares de grupos e movimentos ambientalistas até
ao secretario da ONU, com os supostos cavaleiros do apocalipse.
Na verdade, nunca a
humanidade teve um paraíso tão perfeito para viver, como agora.
Se enxergarmos com olhos
de ver…, com mente aberta e boa vontade enxergamos que; o velho predador, que
ainda, á bem pouco tempo, se fazia dono e senhor do pedaço, assentado sobre o
seu umbigo, devorando o mundo, usufruindo
dele o máximo que podia, no mais curto espaço de tempo possível.
O mundo já mudou e este sanguinário
predador, está em vias de intinção e a dar lugar a um NOVO habitante motivado a
SERVIR, e não, a se servir. Este novo habitante, é responsável, e já não conhece
o Chauvinismo, considera-se uma célula da humanidade, habitando a murada comum.
Sopram os ventos de paz,
amor e sabedoria dispersando a ignorância que privilegia o ter em detrimento
ser. Enfim uma nova era, um novo homem e
uma nova humanidade.
Mas apesar de tudo o que
foi escrito até aqui ser realidade mundial…, existe um fosso abismal que separa
desta realidade, de um mundo paralelo onde vegetam mais de 622 milhões de
indivíduos ansiosos; e quase outros tantos deprimidos, segundo os últimos dados
da O.M.S. Mas a pare com este inferno, é também sabido dos milhões de crianças
mulheres e velhos, que morrem á mingua, por todo o mundo. Assim como os que lutam, numa cama de hospital,
com uma doença crónica. Como não bastando isto, surgiu agora a pneumonia viral,
que gera o pânico em 3 cidades chinesas e se expande pelo mundo.
Porque é que existem estes
universos antagónicos? Ambos tão reais…, o paraíso e o inferno.
Claro que perante esta
realidade podemos escolher filosofar…, afinar a voz e puxar dos galões do
conhecimento. E entrar-se na filosofia da “da pescadinha de rabo na boca”. Ou
até justificar…, mas os factos não deixam, dúvidas.
As duas realidades
existenciais que são indiscutíveis “inferno e paraíso” devem-se ao facto de
como cada um vê o mundo. Se recordarmos a história, veremos que em cada era a
humanidade enfrentou os desafios da sua época com base em crenças que derivadas
da visão de mundo (modelo de mundo).
Mas nada se ganha com
justificações. E de nada adianta escrever um artigo para o criar laços, se não
for rejeitado por todos, ou quase todos.
Vamos ao que interessa,
porque viver no inferno ou paraíso, é uma questão de escolha. É uma questão de
visão de mundo.
Não vou deixar aqui as
versões de mundo clássico materialista/dualista (Newtoniano/cartesiano)
responsável pelo inferno existencial e moderno unicista/espiritualista
(quântico), responsável pelo novo mundo. Mas vou explicar de uma forma resumida,
mas clara; como críamos a realidade que cada um de nós experimenta.
No universo não há
separação
Então vejamos…, Felicidade
é estar de bem comigo, com os outros, e com o mundo. Estar de bem comigo já
significa estar de bem com Deus. E sem estar de bem comigo, jamais estarei de
bem com alguma coisa. E tudo começa por aí.
O que é vida? Vida é crescimento
(multiplicação), fluxo (um movimento constante de mudança).
Quem somos? Um ser
espiritual a passar por uma experiência material? Pode ser que sim. Um espírito
(energia) a dar vida a um corpo (matéria/energia).
Partindo destes
pressupostos, pegamos um fio da meada. E começamos a deslindar uma das causas possíveis
do inferno existencial.
Então vamos lá. Iniciei o
artigo a regozijar-me com a interação de igreja, ciência, e política, na defesa
do meio ambiente (limpeza da nossa casa comum). Agora chega a oportunidade, de falarmos
sobre o meio ambiente interno. De que importa entrarmos dentro de uma catedral,
igreja, mesquita, ou noutro qualquer lugar sagrado, se nos martirizamos com a
culpa do que fizemos ou do que poderia termos feito? Por momentos até poderemos
sentir ilusoriamente alguma paz. Mas logo, vem à tona o que está dentro. O
inferno da ansiedade, depressão, pânico agorafobia, etc., num meio ambiente
paradisíaco. Porquê? Pela ilusão de uma culpa inexistente, criada por um
preconceito materialista/dualista.
Sem profundar em demasia, vou deixar aqui a
relação do funcionamento mecânico quântico, dos pensamentos sentimentos e
emoções; em relação ao sistema endócrino (responsável pelo meio ambiente
interior), glândulas e hormonas para poderes perceber, o porquê de vivermos no
inferno num mundo parasítico.
“Vamos com calma com o
andor, que o santo é de barro”. Sei que corro o risco de ser presunçoso,
pretendendo fazer luz sobre algo tão delicado. Não receio o que o leitor do
criar laços, possa pensar. Cada um vê dentro do horizonte que consegue
enxergar. Limito-me a fazer o melhor que sei dentro do limitado espaço deste
artigo.
A mecânica quântica da
vida.
“Assim na terra como no
céu” assim dentro como fora.
A tireoide, é o grande
maestro da vida. Tem como pauta a consciência, com que conduz a ordem e o
movimento da vida.
A glândula funciona
através do pensamento. Por exemplo: quando pensas numa determinada
possibilidade, ela age como estivesses a viver essa possibilidade. Injetando a
hormona que precisas para levar acabo essa possibilidade. - Sei que isto não é
novidade nenhuma para ninguém; aprende-se nos bancos da escola primária. Mas se
todos sabem porque nos deixamos levar?
Não é o que fazemos, mas
a forma como o fazemos, que nos dá saúde, sucesso, realização, enfim
abundância…, ou medo doença, fracasso. Porquê?
Para mais fácil ser
entendido, vou aqui descrever o funcionamento das hormonas das suprarrenais.
Apesar de, também não ser novidade para ninguém, podemos ver como o paradigma,
ou modelo de mundo, nos coloca no inferno ou paraíso.
As suprarrenais são duas
glândulas localizadas sobre os rins. Cada uma se divide em duas regiões: córtex
suprarrenal (camada externa que reveste a glândula) e medula suprarrenal (parte
interna). Cada região produz diferentes hormonas.
A adrenalina, por
exemplo, representa cerca de 75% do total da secreção da glândula suprarrenal e
é mais forte que a noradrenalina e a cortisol. A combinação, destas hormonas
são, as principais responsáveis pela resposta de defesa nas condições de S.O.S.
desde a fadiga, frio, calor e dor; assim como emoções fortes, como medo, raiva
e furor. Colocam o corpo em alerta, preparando-o para atacar ou fugir. Até qui
tudo perfeito…, mas…, as situações de perigo podem ser reais ou imaginárias, dependendo
da forma como interpretamos os acontecimentos no nosso meio ambiente.
Assim o que determina
nossa reação aos acontecimentos não são os fatos em si, mas sim, a maneira como
interpretamos aquilo que vemos. Às vezes podemos imaginar estarmos cercados por
situações de risco, porém isso não condiz com a realidade dos factos. Mas como
o corpo não distingue entre realidade e ilusão; ele responde de acordo com
nossa avaliação do momento. Se acharmos que existe perigo, reagiremos de
maneira intensa e imediatamente. Assim, mesmo a interpretação errada de uma
situação, nos deixa receosos e cria o stress. O medo é imediatamente entendido
no corpo, que fica em estado de choque, causando um grande desgaste físico,
emocional e mental (o inferno existencial/ansiedade).
Na verdade, interpretamos
tudo que nos cerca, de acordo com nossa maneira de ver (o modelo de mundo). Ou
seja, aquilo que acreditamos ser verdade, é que serve de fundamento, para
determinar o que acontece à nossa volta. Nem sempre interpretamos corretamente
aquilo que nos acontece. O maior mal dessas interpretações erradas é o desgaste
que isso provoca na própria pessoa. O estado de apreensão eleva os níveis de
hormonas causadoras de stress, prejudicando a saúde. O stress é um dos maiores
males da modernidade.
O stress, ao contrário do
que a santa ignorância faz crer, não resulta das situações externas, mas do
modelo obsoleto de interpretação do facto.
A Cortisol apesar de
discreta, é uma das hormonas indispensáveis á sobrevivência humana. É essencial
ao metabolismo, e atua em diversos órgãos e tecidos, e acima
de tudo uma das principais causadoras de stress. É a alta concentração desta
hormona, que nos faz acordar pela manhã, com uma boa disposição física para
realizar as atividades do dia.
A nível quântico ou
espiritual este estado de boa disposição física, resulta de optarmos por fazer
o que temos de fazer, e aceitar o processo e fluxo da vida, tal como ela nos é
apresentado. O estar em aceitação a vida,
e a tudo que ela nos apresenta, faz com que acordemos bem-dispostos e com
energia, mesmo para as atividades mais cansativas.
Como podemos analisar,
tudo depende de nós (tudo depende de nossa predisposição). Espiritualmente, é
ela (aceitação com alegria, ou negação) que determina o nível do cortisol na
corrente sanguínea pela manhã.
Também quando precisamos
de concentração plena, as suprarrenais libertam a cortisol, a adrenalina e a
noradrenalina. E é a combinação destas três hormonas que fabricam o máximo de
energia para que cérebro e músculos lidem com as situações de risco, sejam
físicas ou emocionais.
Apesar de o stress físico
poder acarretar alguns danos, principalmente quando passa a dependência física;
é o stress emocional, o grande criador do inferno existencial. O inferno
existencial só é possível, pela negação ao processo e fluxo da vida. Uma
realidade rica, alegre, realizada e feliz, resulta da aceitação do processo e
fluxo da vida, assim como uma vida pobre, angustiada e fracassada resulta da
negação ao processo e fluxo natural da vida.
Não será demência, negar
o processo e fluxo da vida?
Claro que é demência…, mas…,
alguém tem dúvida? Se estamos vivos neste mundo, maravilhoso, é para viver…, não
é para vegetar alienados á espera que a morte chegue. Mas como enxergar essa
demência, se até parece que é o próprio sistema a demência? Quem contribui para
a esmagadora maioria de ansiosos? Não são os jovens adultos?
“Tudo que é posto á luz
se torna luz” afirmava Paulo
Então porque se “vive no
inferno”, na melhor versão de mundo? O inferno assim como o paraíso está
dentro, não está no meio ambiente.
É indispensável, mudar o
sistema educacional obsoleto, para esta nova versão de mundo. Porque na
realidade, a esmagadora maioria de nossos ansiosos resulta da produção em
massa, do sistema “educacional”. São
homens e mulheres, com a autoestima de rasto, sentem-se vazios, inúteis e
deslocados do meio ambiente. Porquê? Foram formatados para reagir e lutar, num
mundo competitivo. Mas esse mundo já não existe…, o mundo hoje é altamente
tecnológico. As competências adquiridas nas escolas de produção em massa são
inúteis. Por essa razão, os nossos jovens, sentem-se perdidos, sozinhos e
enganados pelo sistema. Vivem na roda de hámster, correndo; correndo; sem ir a
lugar algum. Vivem numa hipnose psicóticas e representa a esmagadora maioria
dos ansiosos e consumidores de drogas duras (benzodiazepinas) para aliviar o
vazio existencial.
É URGENTE desnormalizar e
recuperar a individualidade, essencial á criatura divina.
Viver infeliz, vazio,
fracassado e doente na melhor versão de mundo. É algo que dá para pensar. É
preciso despertar, para o novo mundo.
“Abençoados os que acreditam sem ver, que
deles será a terra”. Dizia o mestre
António Teixeira
Fernandes