sexta-feira, 12 de julho de 2013

ENCONTRO ANUAL/2013

Meus caros


Pretendendo dar ao nosso encontro um carácter mais festivo - e  sem música não há festa - venho em nome da Comissão Organizadora e  por este meio,  convidar-vos a colaborar no sarau que pretendemos efectuar após o almoço, o qual se realizará na Quinta dos Moinhos que fica na estrada que vai do Olival para Caxarias, a 500 metros após o semáforo localizado à saída do Olival. 

Por sugestão do Filipe Lage Baptista, que estará presente vindo do Canadá, solicito-vos que escolhais temas da lista que junto em anexo ou outros que estareis dispostos a cantar, permitindo-nos depois fazer uma triagem para gestão do tempo e dos cantadores. 

O salão, onde decorrerá o nosso repasto, é grande e espaçoso para 200 pessoas, tem um palco e terá instalação sonora para uma performance o mais perfeita possível. Está prometida a guitarra do Agostinho Torres e a viola do Neves de Carvalho para o fado de Lisboa, assim como a guitarra do Francisco Torres e a viola do mesmo Neves para os temas de Coimbra e do Carlos Paredes. 
Gostaríamos de saber quem canta fado de Lisboa e fado/balada de Coimbra.

Sugiro ainda que quem tiver violas, guitarras ou outros instrumentos musicais, os deva levar para fazermos um "ensemble" instrumental que poderá tratar temas populares em que todos cantem em conjunto.

O salão ficará à nossa disposição durante o resto da tarde, podendo ir pela noite dentro, conforme informação do gerente da empresa que fornecerá o almoço.

Aguardo as vossa notícias o mais breve possível

Com um abraço

Neves de Carvalho
Baladas e fados de Coimbra,
José Afonso e Luiz Goes
José Afonso, Baladas e canções
1 – Balada do Outono: Sol m – pg 50
2 – Deus te salve, Rosa: Sol M – pg 121
3 – Cantiga do monte: Ré M – pg 84
4 – Altos castelos: Mi M – pg 38
5 – Pombas -
6 – Canção vai...e vem: Lá m – pg 76
7 – Canto moço: Dó M – pg 90
8 – Cantigas do Maio: Mi m – pg86
9 – Chula da Póvoa: Sol M – pg 96
10 – Resineiro engraçado: Sol M – pg 96
11 – Elegia: Mi m – pg125
12 – Endechas a Bárbara: Mi m – pg 129
13 – Maria: Lá M – pg 177
14 – Menino d oiro: Ré M – pg 187
15 – Ó minha amora madura: Ré M –
         pg 233
16 - O que faz falta: Dó M – pg 239
17 – Os vampiros: Ré m – pg 254
18 – Quanto é doce: Lá M – pg 265
19 – Senhor poeta:  Lá m – pg 287
20 – Ó que calma vai caindo!
21 – Senhora do Almortão: Mi m – pg 289
22 – Tenho barcos, tenho remos: Fá M
         - pg 299
23 – Quem diz que é pela rainha: Fá m
24 – Venham mais cinco: Dó M – pg 321
25 – Verdes são os campos: Sol M – pg 326
26 – Viva o poder popular:
27 – Fui à beira do mar: Ré M – pg 157
28 – Mulher da erva: Dó m- pg 195
29 – Canção do desterro: Sdol m – pg 68
José Afonso, Fados de Coimbra
1 – Saudades de Coimbra
2 – Mar alto
3 – Vira de Coimbra: Sol M – pg 328
4 – Fado das águias: Lá m – pg 154
5 – O sol anda lá no céu
6 – Contos velhinhos
7 – Mar largo
Luiz Goes, fados de Coimbra
1 – Minha barca
2 – Canção açoreana
3 – Cantares do penedo
4 – Fado do estudante
5 – o meu desejo
6 – Toada beirã
7 – Fado triste
8 – Serra d Arga
9 – Fado dos beijos
10 – Sonhar contigo ó Coimbra
11 – Balada da Torre d Anto
12 – Balada do tempo breve
13 – Balada da distancia
14 – Balada da Sé Velha
15 – Balada do mar
16 – Romagem à Lapa
17 – Balada dos meus amores


Outros fados de Coimbra
1 – Amor é fogo (Camões)
2 – As minhas asas (A. Garrett)
3 – Canção tão simples (M. Alegre)
4 – Serenata Açoreana (A. Quental)
5 – Toada Coimbrã (A. Nobre)
6 – Fado corrido de Coimbra
7 - Sam

segunda-feira, 8 de julho de 2013

PACIÊNCIA COM DEUS (1) - Fr. Bento Domingues, op

                                           PACIÊNCIA COM DEUS (1)
                                     Frei Bento Domingues, O.P.
1. pessoas que falam da vontade de Deus e dos seus desígnios, com tanta certeza e desenvoltura, que até parece que Deus lhes lê o seu jornal todas as manhãs. Fico, depois, perplexo com o recurso ignorante a certas construções teológicas acerca da vida interna da SS. Trindade, como se andassem nos corredores de um museu de antiguidades. Não posso deixar de admirar essa arrojada arquitectura mental, cheia de subtilezas, para que o mistério da divina unidade na trindade das pessoas não surja como um absurdo, no contexto da sua recepção na cultura grega. Admito que esta concepção possa ajudar a acolher e cultivar a unidade plural nas nossas sociedades e no mundo em geral. Não tenho, todavia, paciência para a racionalização neutralizante da vida das metáforas. Ao perderem a sua energia poética passam a ser conceitos de nada. Tenho diante de mim, uma curiosa imagem com três cabeças numa só. Coitada. Prefiro a sobriedade enigmática dos textos do Novo Testamento.
Ninguém pode, no entanto, ser proibido de imaginar o mundo divino segundo os recursos das suas tradições culturais e religiosas, com a liberdade e ousadia criadoras dos artistas de cada época. A beleza do livro de Rebecca Hind[i] resulta da recolha esmerada de expressões artísticas na diversidade do mundo religioso. Nesta imensa diversidade, nenhuma obra pode pretender ser a expressão adequada de Deus e muito menos a sua fotografia. A verdadeira arte não fecha o mundo. Sugere universos que não cabem em conceitos e representações definidas. Não fixa, abre a imaginação. Fruto de uma grande viagem, este livro ajuda a visitar mundos que nunca podem ser circunscritos. Apenas modestamente sugeridos.
Entre todas as artes, aquela que menos distrai do infinito divino, por absoluta ausência de referente, é a grande música. A de J. S. Bach nasceu para nos dar o sentimento de Deus e dos mistérios cristãos. K. Barth prometeu que, ao chegar ao céu, iria pedir aos anjos para tocarem Mozart. Eduardo Lourenço, como sempre, sabe escrever destas coisas como ninguém[ii].
2. Sob o ponto de vista cultural, viveu-se, no Ocidente, durante muito tempo, na ideia de que Deus tinha morrido e que nada o poderia ressuscitar. Como alguém observou, a notícia era exagerada. Passou-se, depois, à conversa sociológica do retorno do sagrado, da religiosidade flutuante, a propósito de tudo e de nada. A Europa laica acolheu, entretanto, uma imigração muito diversificada que alterou o seu panorama religioso e está a obrigar a rever os simplismos com que estava habituada a abordar esses universos.
A laicidade comporta três princípios fundamentais, com acentuações diferentes, segundo os países: a liberdade de ter, não ter ou mudar de religião; a defesa da igualdade de direitos e deveres, sejam as pessoas crentes ou não; finalmente, o princípio da autonomia do político e do religioso. Neste sentido, a laicidade tem sido considerada um fenómeno religioso europeu, com história diferente, segundo os países. Se a chamada Primavera Árabe tivesse podido beber nestes princípios fundamentais, em vez de os combater, não continuaria a invocar Deus para destruir os adversários, dentro e fora de portas.
3. Com um título algo surpreendente, Paciência Com Deus, Tomáš Halík[iii], escreveu um livro que recebeu o galardão de “Melhor Livro Europeu de Teologia” de 2009/10 e, nos EUA, foi destacado como o “Livro do Mês”, em Julho de 2010. 
O autor nasceu em Praga, em 1948, licenciou-se em Ciências Sociais e Humanas na mesma cidade, em 1972; estudou teologia na clandestinidade e foi ordenado padre, em 1978. Só depois da queda do Muro de Berlim, pôde completar os seus estudos de teologia. De assessor do cardeal Tomásek, figura emblemática da “Igreja do Silêncio”, foi conselheiro de Václav Havel. Além de várias vezes premiado, é professor convidado de prestigiadas universidades, Oxford, Cambridge e Harvard.
T. Halík escreveu uma obra de teologia, num estilo pouco habitual. Os grandes teólogos que ajudaram e elaborar os textos do Vaticano II e a lançar a teologia em novos horizontes, já são raros e idosos. Não admira que seja saudada uma teologia que continua a apresentar-se com perguntas antes de respostas feitas e que incita o pensamento a caminhar pelo mundo do desassossego, das interrogações e dúvidas, o território onde se vive a “paciência de Deus”, desse Deus que interrogou o interessante Zaqueu desta obra:  “A fé – se fôr uma fé viva – tem de respirar; tem os seus dias e as suas noites. Deus não fala apenas através das suas palavras, mas também através do seu silêncio. Fala às pessoas não só através da sua proximidade, mas também do seu afastamento. Tu esqueceste-te de escutar a minha voz nos que experimentam o meu silêncio, a minha distância, nos que olham do outro lado, do vale de trevas, para o monte do meu mistério, escondido numa nuvem. Aí é que me devias ter procurado. A esses é que devias ter acompanhado, fazendo-os aproximar-se um pouco mais do limiar da minha casa. Era essa a porta especialmente preparada para ti.
Voltarei a esta problemática.
07.07.2013


[i] 1000 Faces de Deus, Dinalivro,2004
[ii] Tempo da Música, Música do Tempo, Gradiva, 2012
[iii]  Paulinas Editora, 2013

segunda-feira, 1 de julho de 2013

ANIVERSÁRIOS EM JULHO

Durante este mês celebram o seu aniversário os
nossos Amigos
NOME                                                                 Dia
  Bernardo Gonçalves da Costa                                          2
  Manuel Alberto Rodrigues                                               6
  Frei Jerónimo Herculano                                                 7
  António de Lemos Martins                                               8
  Anastácio Jesus dos Reis                                             12
  Eduardo Jorge Seia Nobre Soares                                    13
  Edmundo Francisco Gonçalves                                       16
  António dos Santos Silva                                               18
  Frei Luís França                                                         20
  Almerindo Rocha                                                        20
  César Pedrosa Carreira                                                22
  António Manuel Martins Caetano                                      24
Para todos os nossos parabéns e os votos de um futuro cheio de 
Bençãos de Deus.