terça-feira, 30 de abril de 2013

Aniversários em Maio

Durante este mês celebram o seu aniversário os
nossos Amigos
NOME                                                                 Dia
  Fernando Pinto Gonçalves                                               1
  Filipe Lage Baptista                                                       4
  Francisco Soares Torres                                                9
  Manuel Luis de Almeida Carvalhais                                   10
  Frei Bernardo Domingues                                              13
  Joaquim António Pereira Moreira                                      21
  Vasco Jose Egidio Reis                                                 23
  Manuel Batista Martins                                                  24
  Jose Antonio Azevedo Gama                                          28
  Domingos Augusto Carvalhais                                         29
Para todos os nossos parabéns e os votos de um futuro cheio de 
Bençãos de Deus.

terça-feira, 23 de abril de 2013

VISITA A ALDEIA NOVA (Cont.)

Mais fotos do Neves de Carvalho, em resultado do seu périplo
pelos sítios da nossa infância e adolescência


segunda-feira, 22 de abril de 2013

VISITA A ALDEIA NOVA


20 de Abril de 2013

Aproveitando a estadia na Batalha,  a passar um fim de semana em que acompanhei minha mulher num Congresso sobre Asma, dei um pulo a Aldeia Nova a fim de ir ver, com o Armando Neto, as instalações para o nosso almoço de confraternização no dia 5 de Outubro, primeiro sábado deste mês que tínhamos marcado para os encontros anuais  dos ex-alunos dominicanos.
Saí da Batalha pela estrada de Fátima, e, poucos quilómetros depois, entrei  na  IC9 que me levou às imediações de Ourém e à saída para o Olival. Em dois tempos fiz este trajecto, coisa que, se fosse pela estradas nacionais de 2ª e 3ª categoria, além do risco de meter  por caminhos errados, me levaria muito mais tempo a fazer o trajecto. Modernices que eram  bem escusadas, segundo uns, e muito necessárias e cómodas, segundo outros, eu entre estes. Uma  moeda também tem duas caras.
Chegado ao Olival, mais cedo do que tinha combinado com o Armando, meti pela estrada que vai ter ao campo de futebol  e cemitério, que são vizinhos, e dei por mim a lembrar os desafios em que os craques eram o Filipe Lage Baptista, o Fontelo, o Arnaldo Jordão do Vale, o Baleco, o Ferreira com as suas corridas de galgo, o Moreira que nunca mais aparece aos nossos encontros -  porque não apareces, pá?! É preciso ir a malta buscar-te? Vê lá!! – e as malhas da baliza a abanarem com as “pastilhas” do nosso companheiro Filipe.
Tirei fotografias do estado actual do campo e das imediações, e pude ver a evolução de 52 anos que nos separam desses tempos. Faltam pinheiros, há casas que não estavam lá, há uma fábrica de tijolos, há uma estrada que vai entroncar na que vai para Urqueira e Caxarias. O calor é que era o mesmo. Meti por essa estrada e fui a Urqueira  a ver se reconhecia os lugares por onde passávamos, a igreja, a quermesse, a lagoa onde a malta deu umas braçadas, enfim, ver se o tempo fez muitos estragos na minha memória.







Do que havia nesse tempo, ainda me recordava de algumas coisas, da igreja, da quermesse, mas já havia muitas diferenças, como é natural, se não este mundo não evoluía. Logo à saída de Aldeia Nova para Urqueira há uma grande fábrica de pre-fabricados de betão, coisa que produz riqueza e emprega pessoas, embora por estas bandas lusitanas a construção civil esteja quase moribunda.
À entrada da igreja, do lado direito, há uma saleta onde estão as fotografias dos padres que curaram, até 2009, as feridas espirituais dos paroquianos de Urqueira. Logo no primeiro lugar está a fotografia do Pe. Alexandre ( 1940 a 1961) que ia a Aldeia Nova, regularmente, perdoar os pecados à rapaziada que se desprevenia, e pô-los em ordem de ir para o Céu, se caso fosse.
Tiradas umas fotos, pensei que, já que estava ali, teria de dar um pulo a Caxarias, pois de cada vez que passei por lá de combóio a caminho de Lisboa, esticava o pescoço para ver a estação e o café onde esperávamos pelo combóio da meia noite para o Porto, e nunca via nada, pois o danado do combóio não parava nem sequer abrandava a marcha para me fazer o gosto.
No tal café em frente à estação, onde em grupos esperávamos o combóio, uns para Norte, outros para Sul, sentei-me para tomar um cafézinho, e ver se reconhecia alguém que nesses tempos se cruzasse connosco. Puro engano! Não reconheci ninguém, alguns já teriam morrido certamente, havia mais ruas que não constavam do mapa desse tempo, e a miúda bem bonita que me atendeu, não me pareceu a reencarnação de nenhuma rapariga que nos tivesse vendido os exemplares  de literatura  ou de banda desenhada que estavam dependurados no cordel.
Tirei mais fotografias, dei uma volta pela vila, pensei  no  Manuel que tinha aquelas expressões ”boa” cada vez que  o berlinde entrava no buraco, mas não tinha comigo o seu telemóvel para marcarmos encontro.
Enfim, nesta impossibilidade, dei a volta aos 125 cavalos, e lá fui para Aldeia Nova, ao encontro do Armando que se tinha prontificado a arranjar-nos um local para o almoço do nosso encontro. Entrei por aquela rua abaixo, estreitinha, a temer a aparição de um carro contrário num sítio em que só cabia eu, passei pela casa dos Galambas, da Preciosa, e fui olhando devagarinho,  para um e outro lado da estrada, a tirar o pó às lembranças de 52 anos antes.
Não entrei  no recreio do Seminário, bastou-me ver por fora o estado bastante degradado do edifício que nos acolheu durante cinco anos nos alvores da nossa adolescência. Se continua assim, daqui a pouco  começa a ferrugem a  tomar conta do ferro das grades, as paredes a mostrar a argamassa de saibro das juntas do perpianho, a madeira das janelas, de arco ogival, a perder a tinta e a mostrar os dentes da ruína. Foi esta a impressão com que fiquei, pena minha!
Não estive com o Armando, pois que uma reunião de serviço o retardava, mas ele teve a simpatia de ligar para uma colega do lar de 3ª idade, vizinha da capela do seminário, para me indicar e localizar a Quinta dos Moinhos, na estrada de Olival para Caxarias, próxima do cruzamento com semáforos.
Depois fui ver as instalações onde faremos o almoço da nossa confraternização anual, o espaço, as ementas, a decoração, o pequeno palco, as áreas exteriores com jardins, com árvores e uma piscina para os que quizerem dar umas braçadas,  daqui sugerindo aos nossos amigos cantores, Celestino, Guerra e outros, que a viola do Neves de Carvalho e certamente a guitarra do Agostinho Torres estarão afinadas para os acompanhar em fados e baladas. Até rima e será verdade!
Voltei à Batalha, aonde cheguei passados 20 minutos. Viva o progresso!!

Neves de Carvalho
Comissão de Organização do Encontro Anual

Obs: Não escrevi segundo o novo acordo ortográfico, com o qual não concordo, e não é por preguiça de me  actualizar, mas pela desfaçatez de quem o propôs e o promulgou.