terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
ARMANDO JOSÉ ALEXANDRINO - 28 de Fevereiro
Malta, vamos até Moncarapacho, mais propriamente a Bias-Norte, para festejar o nascimento do nosso velho amigo algarvio!. Contamos encontrar uma mesa com conquilhas, que são as melhores do mundo e aproveitamos a levantar a nossa taça ao jovem apaixonado pela matemática e pela solidariedade. Votos de longa vida, saúde e sonhos.
jm
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
FERIADOS E OUTROS ÉFES CONSENTIDOS...
Citando o editor José Antunes Ribeiro, por todos, nem Camilo Castelo Branco deixou de descobrir, em 'O Portuense (1853) que '...falta-nos o respeito à lei, e a lei que deva respeitar-se...'
A invenção de paridade entre dois feriados laicos (5 de Outubro e 1 de Dezembro) e dois feriados eclesiásticos (dias n.º 60 depois da Páscoa e 15 de Agosto, parece) pode ter partido da Congregação dos Bispos e de fundamentalistas beatarrões, invocando a Concordata Portugal-Vaticano, mas corresponde apenas a construir um esqueleto de plástico no armário.
Por mim, prescindir-se-ia da 'oferta' e, havendo lugar à supressão ou mudança de data de feriados, actuaria apenas sobre os que nada têm a ver com a Concordata. Seria uma boa maneira de lembrar que a I República despojou a Igreja de coisas que, verdadeiramente, nunca lhe pertenceram e que os republicanos se meteram em coisas íntimas que não lhes diziam respeito. São lembranças documentadas que nenhuma formalidade de calendário poderá apagar!
Assim, acaba por ser como a parceria que, há muitos anos 'derrubou' as confederações de agricultores, 'comprando-as', através de dações sobre a gestão de certos subsídios para que deixassem de contrariar a venda da produção alimentar à CEE, com os 'brilhantes' resultados que estamos a ver...
Se apenas se tentou algum bom-senso, será de pessoas mal preparadas como as que, na Câmara de Lisboa, fizeram a lista de novos nomes para as freguesias futuras escondendo santos antigos e promovendo santos novos, ou esquecendo nomes consagrados sem ligação com coisas laicas ou eclesiásticas.
Tentando emprestar um pouco de inteligência à coisa, em ambas as situações haveria o intento de aproveitar a ruralidade da população portuguesa, muito ligada com a memória de rituais religiosos, lado a lado com o paganismo popular, usando tudo o que esteja à mão sobre possíveis fidelizações de tipo-supermercado!
E já que, por parte dos Governos, com destaque para o presente, tem estado na moda a transformação dos compromissos bilaterais em simples contratos de adesão dos pesos-leves aos pesos-pesados na remuneração dos factores produtivos e improdutivos, por que não aproveitar-se para encontrar maneiras novas de festejar o que verdadeiramente valha a pena?
Ou queremos voltar a ser sisudos como no tempo do botas?
Como disse Fernando Teixeira de Andrade (1946-2008), no seu livro de lições de literatura para pré-universitários, no trecho de 'O Medo: o Maior Gigante da Alma',
'Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.'
Um abraço.
Isidro.
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