domingo, 31 de agosto de 2008

Fr. João Domingos - Bodas de ouro sacerdotais

Tive conhecimento dos cinquenta anos sacerdotais do Padre João Domingos através do colega Brízido. Já tinha coisas marcadas para o sábado dia 9 de Agosto, mas perante tal acontecimento, apressei-me a transferi-las para data posterior.

Não podia faltar à festa do Director do Seminário de Aldeia Nova que assinou o meu diploma de 5º ano que ainda conservo religiosamente, muito embora outros diplomas até à Faculdade de Engenharia do Porto fosse obtendo ao longo da minha vida.

Como resido no Porto, próximo do convento Dominicano de Cristo Rei, pedi ao Brízido para combinar com o Padre Bernardo e Padre Miguel a nossa viagem, e no dia 9 lá fomos até à Torre, Sabugal. A viagem fez-se rápida. As vias de comunicação de hoje não têm nada ver com as do tempo em que, estudantes do Semiário, tínhamos que utilizar para chegar do Porto a Sabugal, ou daqui até Aldeia Nova. A viagem durava quase um dia.

Fomos recebidos na casa da irmã do Padre João com aquela franquesa e galhardia própria dos beirões. De lá seguimos para a igreja paroquial onde se encontrava o Padre João Domingos.

Quando o vi, e dele me abeirei, espetou-se-me um nó na garganta pelas recordações que me assaltaram ao espírito, e o pouco que eu disse, e o abraço que demos, foi para mim o lenitivo da ausência de 47 anos que estivemos sem eu o contactar nem saber novidades dele.

O que se seguiu - a missa concelebrada com o Sr Bispo da Guarda e sacerdotes amigos, o almoço e convivência com os amigos presentes - foi o clímax da festa que me deu muita felicidade e comoção, o matar saudades que o Padre João Domingos nos criou..

Soube que a sua obra tem sido de um grande homem, de um grande religioso e de um grande missionário, quer em Portugal quer nomeadamente em Angola.

Para mim, o Padre João Domingos atingiu o nível da santidade, aquele em que uma pessoa irradia paz e felicidade naqueles com quem contacta, para além da obra realizada.

Foi essa sensação que experimentei ao estar com ele, ao contemplá-lo, a aura que senti na sua pessoa.

A partida e a despedida são sempre dolorosas, mas um até breve fica a separar-nos.

Que a sua obra continue e a saúde lhe permita realizar os sonhos que ainda mantém.

Pela formação que me deu e pelo exemplo que enformaram o meu carácter e a minha educação, o meu muito obrigado Senhor Padre João Domingos.

Até sempre.

Manuel Neves de Carvalho




sexta-feira, 29 de agosto de 2008

AOS COMENTADORES DO BLOG

Por favor assinem os comentários!... Não me forcem a tomar atitudes menos elegantes.
Obrigado
Nelson

terça-feira, 26 de agosto de 2008

ENCONTRO ANUAL - FÁTIMA 2008



Caro Amigo.
Informamos que o Convívio se realiza no dia 18 de Outubro de 2008, em Fátima. Vem reavivar uma inesquecível parte da tua juventude e partilhar as tuas experiências de adulto. Afinal fomos todos forjados segundo os mesmos princípios. Não faltes e traz a tua esposa. Informa todos os teus conhecidos pois a sua morada pode ser desconhecida da organização.


PROGRAMA
10 h – Concentração junto ao Convento dos Dominicanos em Fátima
10h 30 – Missa na Capela do Convento
11h 30 – Sessão de Boas Vindas
11h 45 – Conferência seguida de debate subordinada ao tema “Justiça”
13h 30 – Almoço no Restaurante da Residencial D. Amélia (a poucos metros do Convento)


Ficha de Inscrição
Nome___________________________________________________________________
Morada_________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Telefone(s)________________________________________________
Endereço electrónico_______________________________________________________
Nº de Pessoas_____________________________________________
Preço por pessoa, 20,00 € (crianças dos 3 aos 10 anos, 50%)
Agradecemos a devolução da ficha preenchida ou a confirmação da presença, por telefone e/ou correio electrónico, impreterivelmente, até 30/09/2008.

Contactos:
José Carlos Amado Santos
Praceta D. João I - Lote 11 - 5º Dtº
2415-569 Leiria
Telf. 244835517
Telm. 963721848
João M. Amado Frazão
R. Prof. Eduardo Prado Coelho nº 37 4º D
1600-651 Lisboa
Telf. 217579836
Telm. 967170077
Fernando M. Silva Gaspar
R. da Tojeira nº 5
2480-013 Alqueidão da Serra
Tel/Fax 244403618

E.el. carlosamadosantos@sapo.pt E.el. jfrazao@deetc.isel.ipl.pt

domingo, 24 de agosto de 2008

CONFIANÇAS...

O estudo internacional ontem divulgado pela Lusa acerca da confiança dos cidadãos em várias profissões é decepcionante. Parece que as profissões em que os portugueses mais confiam são os bombeiros (94%) e, logo a seguir, os carteiros e os professores (89%).
Os bombeiros e os carteiros ainda vá lá, mas os professores? Foi então inútil o esforço do Ministério da Educação, ao longo de quase uma legislatura, diabolizando os professores e culpando-os, e aos seus "privilégios", de todas as desgraças do sistema educativo? Felizmente a ministra é (ou foi) professora, pelo que, ao menos por esse facto, sempre há-de merecer também alguma confiança aos portugueses. Neles, nos portugueses, é que não se pode confiar. Pois não é que, segundo o mesmo estudo, persistem em confiar igualmente em outras "corporações" cujos "privilégios" o Governo não se tem cansado também de denunciar, como os militares ou os polícias (só ficam a faltar os magistrados e os funcionários públicos…), que têm a confiança de 80% e de 75% dos portugueses? E não é que, ó ingratidão!, só uns escassos 14% confiam nos políticos?
Manuel António Pina
(Texto remetido pelo António Silva)

Parabéns pelo vosso trabalho

Felicito a vossa página, "Criar Laços", parabéns pelo vosso trabalho, pela dedicação e carinho que tendes pela Ordem de S. Domingos e pela nossa Povíncia Dominicana Portuguesa. São ´Laços' cheios de vida e de boas recordações, felicidades para todos.

Fr. J.C.V.Lucas, op (Convento de Fátima)

Aproveito para enviar um texto do fr. Domingos, colaborador da revista e boletim do Rosário; é o frei da Província Dominicana Portuguesa com mais "primaveras".


BREVE RETROSPECTIVA DA PROVÍNCIA
DOMINICANA PORTUGUESA


Honra-se a Província Dominicana de Portugal de ter por seu primeiro religioso um companheiro do próprio S. Domingos, Fr. Soeiro Gomes, uma personagem ilustre e sacerdote virtuoso e sábio. Chefiou o grupo de religiosos que veio para a Península Ibérica e logo tratou de estabelecer a nova Ordem na sua Pátria. Em 1217 já estava em Portugal como Provincial de toda a Espanha. O valor pessoal e a santidade deste e de outros varões ilustres, como o Beato Fr. Gil de Santarém – mais conhecido por S. Frei Gil –, explicam a magnífica aceitação que a Ordem de S. Domingos teve em Portugal. Lembremos que, ainda no século XIII, século da fundação da Ordem, foram construídos os conventos de S. Domingos de Santarém (1218), S. Domingos de Coimbra (1227), S. Domingos do Porto (1238), S. Domingos de Lisboa (1241), Nossa Senhora dos Mártires de Elvas (1267), Nossa Senhora das Neves de Guimarães (1270) e S. Domingos de Évora (1286).
E o número de conventos foi crescendo sempre. Recordemos, no século XIV, o celebérrimo convento de Santa Maria da Vitória (1388), por todos conhecido ainda hoje por Mosteiro da Batalha, e o convento de S. Domingos de Benfica (1399), primeiro da Observância. Vieram depois, no século XV, os conventos de Nossa Senhora da Misericórdia de Aveiro (1423), Nossa Senhora da Piedade de Azeitão (1435), Nossa Senhora da Consolação de Abrantes (1472) e Nossa Senhora da Luz de Pedrógão (1476).
No século XVI fundaram-se mais os seguintes dez conventos em Portugal continental: Nossa Senhora da Serra de Almeirim (1501), S. Domingos de Vila Real (1524), Colégio Universitário de S. Tomás de Coimbra (1539), S. Gonçalo de Amarante (1540), Nossa Senhora da Esperança de Alcáçovas (1541), S. André de Ancede (1559), S. António de Montemor-o-Novo (1559), Santa Cruz de Viana (1561), S. Sebastião de Setúbal (1563) e S. Paulo de Almada (1569).
No século XVIII a Ordem Dominicana ainda experimentou algum florescimento, mas não pôde evitar os efeitos nefastos da decadência geral do país e do ambiente social hostil, com o regalismo político. Todavia, neste século, até à extinção em 1834, ainda se fundaram mais dois conventos, em 1721: o de Nossa Senhora das Neves, em Montejunto, e o de S. Martinho de Mancelos. Com este convento terminou a expansão da Ordem Dominicana em Portugal. Eram ao todo 26 conventos. Por volta de 1750 (84 anos antes da extinção das Ordens religiosas no nosso país), os religiosos dominicanos eram cerca de 693.

MISSÕES
A Ordem de S. Domingos nasceu do ideal de cruzada emanado da alma do seu fundador. Ele próprio aspirava a missionar entre infiéis e, com essa intenção, chegou a pedir dispensa do governo da Ordem. Embora não tivesse podido concretizar esse seu veemente anseio, muitas vezes arriscou a vida na sua missionação entre hereges. Todavia, a semente missionária lançada por ele no coração dos seus filhos germinou, cresceu e produziu abundantíssimos e belíssimos frutos.
A época mais brilhante da Ordem Dominicana em Portugal foi, sem dúvida, o século XVI, sobretudo pela extraordinária acção missionária levada a cabo em África e no Oriente. Naquelas longínquas paragens, a actividade missionária e cultural dos dominicanos esteve sempre em estreita dependência da situação religiosa da metrópole. Por isso, também neste século os filhos de S. Domingos levaram longe os fulgores da cultura cristã e das ciências divinas

1. África – Expulsos os Mouros do solo português, alargaram os dominicanos a sua acção pastoral a além-mar, mal Portugal iniciou a grandiosa gesta ultramarina. Acompanharam os conquistadores de Ceuta e dali passaram a Tânger onde, em 1546, fundaram um convento. E rapidamente alargaram a sua pregação às regiões da Guiné e aos Reinos do Gabão, do Congo e da Etiópia.
Em 1563 encontravam-se os filhos de S. Domingos em Tete, África Oriental. E em 1579 fundavam um convento na ilha de Moçambique. Nesse mesmo ano passaram a Madagáscar. Pelo tempo fora estabeleceram numerosos centros de irradiação missionária por toda a parte, chegando à foz do rio Zambeze. Em 1585, a pedido do Bispo de Malaca, voluntária e alegremente, partia para as missões uma grande leva de dominicanos. Destes, avultado foi o número dos que selaram com o seu sangue o testemunho da fé que pregavam. Os sulcos abertos no solo africano pela acção missionária dos dominicanos, durante dois séculos e meio consecutivos, foram tão profundos que os seus vestígios ainda hoje se conservam.

2. Oriente – Também o lendário, encantado e extenso Oriente foi teatro de intenso e frutuoso labor dos missionários dominicanos portugueses. Em 1549 fundaram um convento em Cochim, onde já se encontravam desde 1503, com o grande Afonso de Albuquerque. Daqui se conclui que trinta e nove anos antes do grande missionário S. Francisco Xavier chegar à Índia, já por lá "faziam cristandade" os dominicanos.
Continuaram a acompanhar as armadas e fundaram a Congregação de Santa Cruz das Índias, em 1548. O convento principal era o de S. Domingos de Goa, mas o rápido crescimento do número de pretendentes a ingressar na Ordem levou a abrir, em Pangim, o Colégio de S. Tomás, que desempenhou importantíssimo papel na cultura daquela região oriental.
Seria necessário escrever livros e livros para historiar o ingente labor missionário dos dominicanos portugueses no Oriente, bem como para mencionar o número de casas e conventos ali por eles criados. Recordemos apenas que, em 1556 entraram na China, sendo o principal missionário Fr. Gaspar da Cruz, o célebre autor do Tratado das Coisas da China e de Ormuz, primeiro sinólogo europeu. Nesse mesmo ano de 1556, começam os dominicanos a cristianizar Timor, considerado a jóia das missões portuguesas no Oriente. Foi seu primeiro apóstolo Fr. António Taveira. Ali foi profunda a acção missionária dos dominicanos, dando alguns deles, através do martírio, o supremo testemunho da fé que pregavam, como sucedeu, por exemplo, com Fr. Duarte Travaços, Fr. Gaspar Evangelista, Fr. João Baptista e Fr. Simão da Madre de Deus.
A par do testemunho de sangue, não faltou o testemunho de vida santa. Por aquelas paragens do Extremo Oriente, deixaram grande fama de santidade Fr. António da Cruz, Fr. Rafael da Veiga, Fr. João da Costa, Fr. Belchior Dantas, Fr. Simão das Chagas, bem como o Irmão cooperador Fr. Aleixo e muitos outros.
"O estatuto missionário dominicano de 1580 representa o mais antigo e mais completo documento jurídico do século na Ásia" (De Witte).


EXTINÇÃO DAS ORDENS RELIGIOSAS EM PORTUGAL
A partir de meados do século XVIII, acentua-se a decadência em todos os sectores da Igreja no mundo, e a Europa não constituiu excepção. Em Portugal a Igreja começou a sentir os deletérios efeitos da perseguição, primeiro veladamente e, depois, cínica e claramente: por decreto de 19 de Agosto de 1833, todos os religiosos foram desligados da obediência aos seus Superiores Maiores e estes foram todos depostos; D. José e D. Maria I alcançaram da Santa Sé faculdade para suprimir alguns conventos, quer de frades quer de freiras.
Finalmente, como é do conhecimento geral, por decreto do ministro Joaquim António de Aguiar, datado de 28 de Maio de 1834, foram extintos todos os conventos e casas de religiosos de todo o Reino. Por este triste e nefando decreto, todos os bens das Ordens Religiosas foram usurpados pelo Estado, e os milhares de religiosos, expulsos compulsiva e violentamente, iniciaram a sua peregrinação de miséria, de fome e de morte.

RESTAURAÇÃO DA PROVÍNCIA PORTUGUESA
«As portas do Inferno não prevalecerão contra ela» (Mt 16, 18). Dissemos que em 1834, em Portugal, foram extintas todas as casas religiosas. Mas, diz-se, "não há regra sem excepção"; ora, também neste caso – talvez pela valiosa intercessão de S. Domingos! – este ditado se confirma. Com efeito, apesar de declarada a extinção de todas as casas religiosas em Portugal em 1834, a Ordem Dominicana manteve-se sempre viva no nosso país. Porquê? Porque "amor com amor se paga".
No final do século XVI, o apóstata e criminoso Henrique VIII, rei de Inglaterra, empreendeu cruel e devastadora perseguição contra os católicos, atingindo particularmente a cristianíssima Irlanda, súbdita do Trono Britânico. Os católicos irlandeses viram-se forçados a refugiar-se em vários países, entre eles Portugal. Os dominicanos irlandeses bateram à porta dos dominicanos portugueses que os acolheram fraternalmente. Para que os seus Irmãos irlandeses pudessem instalar-se em casa própria, os dominicanos portugueses do convento de S. Domingos de Benfica ofereceram-lhes um terreno nos arredores, onde eles abriram a primeira residência em Portugal. Decorridos alguns anos, instalaram-se definitivamente em Lisboa, no convento do Corpo Santo, muito próximo do Cais do Sodré. Aquela Comunidade de dominicanos refugiados exerceu, até aos nossos dias, extraordinária actividade apostólica e manteve as fraternidades da Ordem Terceira de S. Domingos e as Confrarias próprias da Ordem.
Foi este o único convento – Corpo Santo – que sobreviveu à expulsão dos religiosos em 1834. Como foi possível?, perguntarão, talvez. Dado que a Irlanda é um país súbdito da Inglaterra, ao serem declaradas extintas em Portugal as casas religiosas, a Comunidade do convento do Corpo Santo arvorou a bandeira inglesa. Desta forma, as autoridades portuguesas não ousaram perturbar a vida daqueles religiosos dominicanos que, como veremos de seguida, foram os instrumentos providenciais do início da restauração da Província dominicana portuguesa.
Um religioso do Corpo Santo, o P.e Fr. Hickey, por 1893, convidou o jovem sacerdote português P.e Manuel Frutuoso, já Irmão Terceiro dominicano, a ingressar na Ordem de S. Domingos, a fim de iniciar a restauração da defunta Província dominicana portuguesa. O P.e Frutuoso atendeu, pronta e zelosamente, a "chamada" do Senhor e, em 18 de Outubro de 1893, começou a sua "missão": vestiu o hábito dominicano e adoptou o nome de Domingos, nome do fundador da Ordem, para manifestar, por certo, a sua firme e resoluta decisão de prosseguir a obra do grande santo do século XIII. Estava lançada a pequenina semente que, como nos diz Jesus, crescendo, se fez árvore (cf. Mt 13, 32).
Seria necessário demasiado tempo e espaço para descrevermos os trabalhos, as dificuldades, as vicissitudes que foi preciso enfrentar e ultrapassar até que "a sementinha crescesse e se fizesse árvore", isto é, até que chegasse o dia 11 de Março de 1962, dia em que, em Fátima, foi restaurada, oficial e solenemente, a Província dominicana de Portugal, com o singular privilégio da presença do próprio Mestre Geral da Ordem, Revmo. Padre Miguel Browne, à data Cardeal preconizado, também ele membro da Província dominicana da Irlanda.
Na verdade – repetimos –, "amor com amor se paga": os dominicanos irlandeses pagaram com amor o amor com que os dominicanos portugueses, cerca de três séculos antes, os acolheram, de braços abertos, em hora tão dolorosa para a martirizada Irlanda católica.
Actualmente (2008), formam a Província Dominicana de Portugal três conventos: o de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima; o de Cristo Rei, no Porto; e o de S. Domingos, em Lisboa.
Além destes três conventos, faz parte da Província o Vicariato de Angola com três Comunidades: a de S. Domingos, em Wako Kungo; a de S. Tomás de Aquino, em Luanda, e a de S. Alberto Magno, próximo da Capital angolana.

Fr. Domingos N. Martins, o.p.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A PALAVRA AO FR. PEDRO

Caros amigos

É a primeira vez que escrevo para o blog, mas faço - o com muito gosto. É uma maneira de estarmos em comunicação permanente e fortalecermos os laços criados, as relações estabelecidas, e fortalecermos a amizade e a proximidade uns com os outros. Vale a pena criar pontes de ligações e derrubar os muros que criamos ou nos criam, que dificultam a aproximação entre as pessoas. O Blog tem-me proporcionado saber notícias de muitos de vós e das vossas famílias. Parabéns a todos, e desejo muita saúde e felicidades a cada um de vós.
Parabéns a todos quantos mandam notícias e comentários para o Blog; é uma maneira de nos enriquecermos mais e de nos sentirmos mais próximos.

Quanto à mensagem do meu irmão confirmo o que diz o Nelson; ele enviou a mensagem no dia 08 de Agosto e não no dia 18.
Informo que no dia 09 de Agosto, a festa do meu irmão, correu mesmo bem; foi uma ocasião para vermos alguns amigos, que há muito tempo não víamos e pormos a escrita em dia. Certamente, que alguns eis dominicanos, que estiveram presentes, dar-vos-ão a conhecer as suas impressões, e fazendo os seus comentários. Respirou-se um bom ambiente de família, quer na Eucaristia, quer no almoço.
Para o Frei João Domingos foi um a surpresa, pois não contava com tantos ex alunos e ex colegas. Ele encontra-se em casa da minha irmã, na Amadora, ou no Convento de São Domingos, em Lisboa. Ele regressará a Angola, nos começos de Setembro. Se algum de vós quiser contactar com ele, mando o número do seu telemóvel: 916763804.
Aproveito para agradecer, a todos e cada um, as notícias, os comentários, as reflexões que têm partilhado.
Felicitações para todos os que fizeram anos, recentemente. O Moreno não se esquece de nos lembrar as datas de alguns, para estarmos mais unidos.
Ao José Carlos Frazão desejo as melhoras desse coração. Espero que ele e os colegas do Alqueidão da Serra, e os demais que eles acharem por bem convidar, preparem o próximo encontro, que se realizará, como fora combinado, no dia 18 de Outubro. Certamente, estão já a trabalhar e a programar as coisas e dá-las-ão a conhecer, muito em breve.
Informo que o Frei Bernardo esteve doente, mas graças a Deus já está de novo em plena forma, com o seu bom humor, que todos lhe conhecemos.
Ele termina, neste mês, o seu segundo mandato de Prior. Isso “obriga-nos” a termos eleições para Prior do Convento em Setembro. Aceitam-se candidatos…
Os Freis João Leite, Miguel dos Santos, Jerónimo Carneiro e demais irmãos mandam-vos um abraço.
Um abraço amigo e votos de boa saúde para todos e cada um, assim como a continuação de boas férias, para quem as tem.


Frei Pedro Fernandes op.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

ALDEIA NOVA - A Velha Casa, que futuro?...

Aldeia Nova traz-nos muitas recordações. Eu vivi lá entre os anos de 1968-1972. Agora que estou em Fátima, passo lá de volta e meia para recordar aqules passeios que se faziam até ao Café do Ventura beber uma cerveja ou/e comprar um SG que depois se fumavam atrás da Capela ou nos balneários. Ou as idas diárias ao sapateiro sr. Albino para fumar um cigarrito ou ver jogar matraquilhos, desde que houvesse um pente... Malandrices dos anos 60.... Porém, mudam-se os tempos... Aldeia Nova tem estado ocupada por crianças da Obra do Padre Gil, mas dentro em breve deixarão de lá estar. E temos (a Província) de estudar o futuro daquele espaço. Claro, terá que ser vendido, pois uma casa desabitada será rapidamente uma casa vandalizada. E é assim que eu, como ecónomo provincial, tenho estado atento a que apareça um possível comprador. A Câmara de Ourém mostrou-se muito interessada - até se falou em vários projectos e preços - mas no momento em que estavamos prestes a concretizar o forma de pagamento, roeu a corda, como se costuma dizer. "Por unanimidade decidiu a Câmara não estar interessada no terreno". Estavam, mas de repente deixaram de estar!!! São os políticos que temos... Continuo à procura de comprador. Se alguém tiver alguma ideia do futuro a dar áquela "nossa casa" ou conhecimento de algum interessado, diga-o. E até dia 18 de Outubro, aqui em Fátima.
Fr. José Geraldes

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A PALAVRA AO FR. JOÃO DOMINGOS


Meus Caros Amigos:
Hoje, no Porto, o frei Pedro pôs-me em contacto com este “blog” que acabo de ler (uma parte claro). Primeiramente, os meus parabéns aos autores desta iniciativa. Tudo o que é criar laços é muito bom. O mundo caminha para aí: destruir muros de Berlim e outros… criar laços entre pessoas, povos, culturas. Raças não digo, porque para mim não há raças; apenas uma – a raça humana.
Segundo obrigado a todos os que vão participando com notícias, com partilha de ideias e sentimentos. Assim se constroem os laços. Obrigado ao M. Mendes pelas suas palavras amigas. Quando o coração é bom os olhos vêm coisas que muitas vezes são bem pequeninas. Já Saint Exurery dizia que o mais importante é invisível para os olhos. E S. Tomás avisava que não devemos fazer juízos, pois a pessoa é um mistério…que só Deus lê perfeitamente. Nem o próprio, nem os outros podem ver e compreender a realidade total.
Também eu fui informado que me esperam familiares e amigos na Torre - Sabugal, dia 9, isto é, depois de amanhã. Vai certamente ser uma boa ocasião para encontrar e abraçar muitos e muitas que já não vejo há algum tempo. Espero encontrar alguns de vocês. Tenho grandes saudades dos tempos de Aldeia Nova, da vossa jovialidade e dinamismo, da amizade que nos prendia, dos passos dados para abrir o espírito do Seminário: a professores/as leigos/as, a ir fazer exames ao liceu para que cada um se sentisse livre de avançar para o caminho que o coração pedia, dos jogos de futebol com os colégios, de Alvaiázere e outros, etc.
Será sobretudo um momento de, todos juntos, agradecermos a Deus: os meus 75 anos de vida e os 50 anos de padre. Em 2002, celebramos em Angola os 50 anos de profissão na Ordem dos Irmãos Pregadores. Como podeis imaginar tenho muito a agradecer. Posso dizer que Deus entrou na minha vida e me marcou para este Caminho. Nem sempre foi fácil, mas foi sempre agradável. Sinto-me feliz nesta vida de dominicano e de padre. Senti-me feliz em Aldeia Nova. Vivi lá 5 anos como seminarista, 8 anos como responsável. Foi um tempo forte de construções, de plantação de árvores de fruta, conseguimos trazer luz eléctrica para Aldeia ova, alcatroar a estrada… A capela, oferecida pela Ordem ao Povo de Aldeia Nova, está bem linda e cuidada. Fui lá os últimos 3 anos celebrar com o povo de lá a festa de S. Domingos que está marcada para o 1º domingo de Agosto. Digo isto para que se alguns de vocês lá quiserem aparecer… a data é sempre essa. Gostei do tempo passado em Fátima e depois em Lisboa com o ISTA.
Mas eu costumo dizer que Deus guardou a sobremesa para os últimos anos da minha vida: Angola. Aí eu passei os tempos mais duros e arriscados, aí gastei o “coração” que precisou de “umas palmilhas novas”, mas aí tenho vivido grandes alegria também. Dirigi de 1988 a 2008 um Instituto que recebi com 27 alunos e hoje tem unas 7 escolas em 6 Províncias de Angola: formamos lá professores de Educação Moral e Cívica e Educadores Sociais. Este Instituto passou a ser dirigido por um angolano que se formou connosco e enviamos a França fazer um mestrado. Desde Março que estou liberto desta responsabilidade. Mas estou a dirigir um Instituto Superior João Paulo II, que criamos há 3 anos e que forma licenciados: Professores de Educação Moral e Cívica e Assistentes Sociais e vamos formar também Educadores de Infância. Tudo cursos que não existiam em Angola e que são muito necessários Isto tem sido uma boa parte do meu trabalho nestes últimos 20 anos. Antes, estive no Waku Kungo, Kwanza Sul, no centro da guerra, durante 6 anos. Gostei muito assim como gosto de pregar e participar na Comunicação Social, em debates na rádio e TV., e em Workshops, semanas de estudo, etc. Tem sido agradável. O lema do nosso Instituto médio dá-vos uma ideia do espírito que anima o nosso trabalho: “Vai até ao teu Povo, ama-o. Aprende com ele, serve-o; caminha com ele, começando com o que ele tem e com o que ele sabe”.
E é tudo Por hoje, pois temos de partir. Um abraço a todos vós, vossas famílias e amigos.
Até à próxima.
Frei João Domingos, o irmão mais velho.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

APOCALIPSE

É o cavalo do tempo a galopar…
Ninguém pode detê-lo.
Vê-lo,
É ver, a sonhar,
Um relâmpago a rasgar
O céu dum pesadelo.

Deixa a desolação por onde passa.
Torna os sonhos maninhos.
Desmente os adivinhos
Que, na divina graça
De feiticeiras alucinações,
Prometem duração às ilusões.

Besta infernal,
Com asas de morcego
E raiva desbocada,
Largou do prado onde pastava ausente
E corre, corre, em direcção ao nada,
Única direcção que a fúria lhe consente.

(Miguel Torga)

NÃO ESQUECER – PARA QUE NÃO VOLTE A ACONTECER

Foi há 63 anos. No dia 6 de Agosto, bem cedo, o “ENOLA GAY” deixou cair uma “Little Boy” sobre a cidade de Hiroshima.
O relógio marcava a hora.

António Silva

sábado, 2 de agosto de 2008

PARABÉNS A VOCÊ!...


3 de AGOSTO de 1944 -ANIVERSÁRIO
O bom do fr. Domingos (de Alcobaça) colocava todo o seu saber e
carinho na feitura do sumo de uva de...Aldeia-Nova.
A função de "arrumação dos paramentos" permitia o "pecadinho" de fazer
a sua prova in loco e assim receber essa doçura e carinho que se tem
mantido pela vida de Adulto.
Esse jovem de ontem e de hoje está, de momento-hoje, em terras do Tio Sam.
Para o "malvado" do ZÉ CELESTINO vai aquele abraço de PARABÉNS pelo
dia de hoje com votos de bons festejos... lá e cá.
J.M.