domingo, 27 de julho de 2008

PADRE JOÃO DOMINGOS FERNANDES

Pertenço a uma geração de Aldeia Nova para a qual o Padre João Domingos teve um papel determinante.
Pertenço àqueles que, daquela mesma geração, reconhecem, verbalizam e lhe agradecem esse papel.
Mas esta geração não tem já 12/15 anos nem o Padre João Domingos os 30/40 da altura.
É um salto de meia vida, entre o princípio da década de sessenta e a parte final da primeira década do novo milénio.
Somos todos, agora, muito mais velhos que o Padre João Domingos o era e, no entanto, e porque beirão quase angolano, ele é, cada vez mais, ‘O Mais Velho’!
Por isso, e porque não esqueço as longas conversas por ele mantidas com os meus pais no habitual périplo de verão, o calor dos seus conselhos e reprimendas mas, sobretudo, a força, coragem e disponibilidade com que abarcava a vida, e que, mais tarde, tantas vezes me inspirou,
Lá estarei,

No dia 9 de AGOSTO, na sua terra natal – TORRE, SABUGAL.
Será celebrada uma Missa de Acção de Graças pelos seus 50 anos de Sacerdócio às 12H00, a que se seguirá um almoço de confraternização.

O preço do almoço é de 20 €.
Eventuais interessados em ir no dia anterior poderão ficar em pensão residencial próxima.
O António Valente, ‘alma’ desta iniciativa, assegurará a reserva do alojamento, recebe as inscrições e presta todas as informações necessárias.
O seu número de telefone é o 968230052.


Manuel Mendes

sexta-feira, 25 de julho de 2008

SAUDEMOS A APOLLINE!...



No dia primeiro deste mês de Julho, nasceu a Apolline, a neta mais nova do Fernando Vaz e da Geneviève. Para ela o melhor do Mundo!... Para seus pais, Marie-Aude e François-André, felicitações, saúde e coragem para a guiarem ao dossel que ela merece!... Para seus babados avós, muitas felicidades e muitos anos de vida para poderem usufruir desta condição única e incomparável de ser AVÓS.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

LIMPEZA ÉTNICA - Mário Crespo



O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!" "O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.
"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..."
Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos autodesalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias. Muitos não pagam a renda nem a água e luz que consomem porque não deixam fazer a leitura dos contadores.
Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado.
Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável que, num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes, que haja famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda queiram que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos".
Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade.
O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário.
Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos."
A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil.

Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

18 DE JULHO - PARABÉNS AO TONINHO - António Silva

18 de Julho. PARABÉNS ao Jovem rapaz que continua com a mesma disponibilidade, sentido de partilha, culto e prática da cidadania. AMIGO do seu Amigo. Resumindo: com o rodar dos tempos está 1 Vintage cada vez mais requintado. Parabéns para o dia de hoje e aquele fraterno abraço do JM.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

PENSAR O QUE NOS ESTÁ A ACONTECER

Os senhores deste mundo – pelo menos são eles que dão a face, porque haverá outros na penumbra – estão reunidos no Japão, supostamente para tratarem dos problemas que a humanidade enfrenta. Há muitos anos, que os governantes dos países mais ricos, periodicamente se reúnem procurando dar resposta a questões prementes para os povos. Curiosamente, depois dos discursos, dos relatórios, dos comunicados finais, dos banquetes e das festas, o que fica são os mesmos problemas e mais agravados. Até hoje não houve uma resposta eficaz para a fome, a pobreza, as alterações climáticas. Não passamos dos discursos, de umas palavras de intenção e tudo vai ficando pior neste mundo cada vez mais globalmente injusto. Agora querem responder à crise dos cereais e incentivar a pequena agricultura. Mas repare-se, como exemplo, para onde sucessivos governos atiraram a nossa agricultura, a grande e a pequena.
Os povos sem saída descrêem destes encontros dos poderosos e nada esperam das suas reuniões. Pois foram incapazes de realizar os compromissos tomados em encontros anteriores. Nesta cimeira, eles estão preocupados com os problemas económicos mundiais. Mas nada fazem para alterar a situação em que se alarga sempre mais o fosso entre pobre e ricos em que estes são cada vez mais ricos; o trabalho é sacrificado face ao capital e este acumula-se de forma escandalosa e não contribui para responder às necessidades da maioria mas serve de jogo para especulações financeiras.
Assim os grandes senhores do mundo estão, uma vez mais, reunidos no que parece ser um ritual obsceno e obscuro; estão muito preocupados com a situação do mundo mas não produzirão nenhuma alteração real, que altere este caminho desnorteado da humanidade. Tem sido sempre assim, e eles sabem-no. Atingiu a situação tal nível, que o porta-voz do Vaticano é levado a afirmar: «Existe o perigo real de que os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio sejam recordados só como palavras vazias».
Esta é uma tragédia, pela primeira vez na História, definimos o problema, sabemos a resposta, temos possibilidade de encontrar uma solução porque temos meios técnicos e humanos, porém interesses, que se movimentam no escuro, não permitem uma saída para a humanidade.
Sabemos em que estado está o mundo, temos meios para o transformar. O que impede de alterar as coisas?
Luis Moutinho

quinta-feira, 3 de julho de 2008

A MINHA DOENÇA - José Carlos Amado Santos

A propósito da minha situação realmente confirmo que fui submetido a uma intervenção, via veia cava inferior e que visava a aurícula esquerda naquilo que se chama uma ablação cirúrgica e cujo objectivo é prevenir novas arritmias no futuro (crises de fibrilhação auricular). Tenho 80 % de probabilidades de ficar bem ainda que tal situação aconteça no contexto de uma cardiomiopatia hipertrófica não obstrutiva. Sou seguido pelo prof. Ovídeo no Porto e fui operado pelo Dr João Primo no hospital Santos Silva (Monte da Virgem) onde fiquei 3 dias, na unidade de cuidades intermediários). Correu tudo muito bem e o que que custou mais foi o post-cirúrgico com as 24 horas de imobilização sempre na mesma posição. Faço uma vida normal e fisicamente sinto-me muito bem. Desde há 7 anos que sei que tenho esta doença e tenho conseguido lidar bem com ela. É uma situação genética e não tem nada a ver com coronárias ou outra doença cardíaca cuja origem também tenha a ver com o comportamento (não há tabagismo, alcoolismo, obesidade, diabetes, sedentarismo ou stress, etc). Pratico desporto, tenho cuidado com a dieta, controlo os valores sanguíneos e uso com sucesso técnicas de relaxamento. Eu costumo dizer que com esta doença estou a fazer o meu exercício prático de aproximação á morte. A morte conhecida e esperada e vista de uma forma natural. Provavelmente nem vou morrer desta história mas de outra coisa qualquer, mas como se trata do coração é sempre sugestivo e realmente às vezes a fronteira com a morte anda por ali. Como defendo a teoria e prática modernas dos cuidados paliativos (e que foram implementados a partir da década de 60 do século passado pela medicina- em abono da verdade parte da medicina sempre foi paliativa -e que só agora estão a chegar a Portugal, e isto porque as religiões há muito que as praticavam, sobretudo a cristã) tenho nesta doença um óptimo exercício exactamente para ver a morte com mais naturalidade e descontração. As implicações no trato e na relação com os doentes são muitas e variadas:
a)Mais conhecimentos sobre uma doença rara (cardiomipatia hipertrófica) e sobre uma situação comum (fibrilhação auricular)
b)Experiencia no uso de terapias:tratamento anticoagulante e anti arritmico.
c)Melhor orientação de certo tipo de doentes
d)enfoque sobre temas como a morte,o sentido e significado da vida, os cuidados paliativos.
Como me sinto em forma isto não vai diminuir a minha actividade médica (a não ser que ficasse em fibrilhação auricular definitivamente).
O amigo Frei Geraldes faz-me uma pergunta singela mas a resposta pode ser muito extensa. Para já fico por aqui e espero que tenha saciado a vossa curiosidade.
Um abraço fraternal deste vosso amigo
José Carlos
P.S. Deixo-vos com esta máxima de acção: "Cuida de ti para cuidares dos outros e cuida dos outros para cuidares de ti" .

quarta-feira, 2 de julho de 2008

O HORÁCIO, SEMPRE!...




Pertence ao arquivo do Zé Celestino, e temos à esquerda o Toninho, ao Centro o Horácio e à direita o Zé Vieira. Terá sido em 2001.